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A Defesa da Não-violência
A Defesa da Não-violência
Muitos me perguntam por que a não-violência, principio que também posso chamar de Ahimsa é tão importante pra mim.
São muitos os motivos, mas para responder de forma direta devo dizer: a força gerada pela não-violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade humana.
Sim, a não-violência é poderosa, e o que é melhor, pode ser praticada por mim, por você e por qualquer ser humano. A não-violência é a qualidade mais fina da alma, mas ela só se desenvolve por meio da prática.
Para torná-la real, forte e concreta em sua vida é preciso ter em mente alguns princípios básicos:
1- Para começar a não-violência implica em uma autopurificação tão completa quanto for humanamente possível.
2- A não-violência é sem exceção superior a violência, ou seja, o poder que está à disposição de uma pessoa não violenta é sempre maior do que o poder que essa pessoa teria se fosse violenta.
3- O fim supremo da não-violência é sempre a mais segura vitória.
4- A não-violência nunca deveria ser usada como escudo para a covardia. Ela é uma arma para bravos.
Mas, o que é na realidade a não-violência ?
A não-violência é a grande lei do amor, mas ela não está em amar aqueles que nos amam. A não-violência só existe quando amamos aqueles que nos odeiam.
Sei como é difícil seguir essa lei, mas todas as coisas grandes e boas não são difíceis de fazer ? Amar quem nos odeia é a mais difícil de todas, mas com a graça de Deus essa tarefa se tornará fácil, se assim desejarmos.
A não-violência é a força nascida da verdade e do amor.
A única condição para uma bem sucedida utilização dessa força é o reconhecimento da existência da alma e sua natureza permanente, mas que fique claro, este reconhecimento tem de equivaler a uma fé viva e não a um mero entendimento intelectual.
O Ahimsa é o atributo da alma e deve ser exercido por todos, em todas as situações.
Se não pode ser exercido o tempo todo não tem valor prático. O Ahimsa não é simplório como o fizeram parecer. Não ferir a qualquer ser vivo é sem dúvida parte do Ahimsa, mas é a sua menor expressão, sua expressão mais óbvia.
O principio do Ahimsa é ferido por todo pensamento maligno, pela prece desnecessária, pela mentira, pelo ódio, pelo o mal desejar de qualquer pessoa. Também é violado pelo nosso apego àquilo de que o mundo necessita.
Não sou um visionário, sou simplesmente um idealista prático. Quando falo em Ahimsa, quando falo em não-violência não estou dando conselho para santos e grandes sábios, estou falando com todos os seres humanos, com todas as pessoas comuns, com a espécie humana como um todo.
Da mesma forma a aplicação prática de Ahimsa não deve se restringir ao campo da religião e da espiritualidade. Alguns amigos me dizem que a verdade e a não-violência não têm lugar na política e nas questões seculares.
Eu não concordo.
Eu não preciso da verdade e da não-violência como um meio de salvação individual. Eu preciso delas na vida cotidiana. Eu preciso delas na política e na luta por um mundo melhor.
Esse tem sido o meu experimento o tempo todo.
Esse de qualquer forma é o meu sonho.
Viverei e morrerei tentando realizá-lo.
Minha fé me ajuda a descobrir novas verdades todos os dias, uma delas é que Ahimsa é o sumo altruísmo. Altruísmo quer dizer completo desapego com relação ao nosso corpo.
Se um homem deseja encontrar a verdade ele só pode fazer isso ao se desapegar completamente do seu corpo, isto é, ao fazer todas as outras criaturas se sentirem seguras em sua presença. Este é o verdadeiro sentido de Ahimsa.
Ahimsa não significa simplesmente não matar.
Ahimsa significa não causar dor.
Não oferecer perigo.
Não ter a intenção de ferir.
Não ser egoísta, ser portanto, altruísta.
A força de Ahimsa pode nascer numa multidão, pode nascer em você agora mesmo.
A força de Ahimsa pode nascer agora mesmo e pode transformar o seu caminho, sua história, sua verdade.
A força de Ahimsa é o amor mais puro que podemos conhecer e sim, ela nos leva as alturas.
Antes de me despedir um ultimo conselho, uma ultima lembrança: A força não provem da capacidade física e sim de uma vontade indomável.
Gandhi
Texto extraído do site Gandhian Institute Sarvodaya Mandaj
Áudio da coletânea Gandhi, Sementes de Sabedoria – Acervo Editora Tríada.
São muitos os motivos, mas para responder de forma direta devo dizer: a força gerada pela não-violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade humana.
Sim, a não-violência é poderosa, e o que é melhor, pode ser praticada por mim, por você e por qualquer ser humano. A não-violência é a qualidade mais fina da alma, mas ela só se desenvolve por meio da prática.
Para torná-la real, forte e concreta em sua vida é preciso ter em mente alguns princípios básicos:
1- Para começar a não-violência implica em uma autopurificação tão completa quanto for humanamente possível.
2- A não-violência é sem exceção superior a violência, ou seja, o poder que está à disposição de uma pessoa não violenta é sempre maior do que o poder que essa pessoa teria se fosse violenta.
3- O fim supremo da não-violência é sempre a mais segura vitória.
4- A não-violência nunca deveria ser usada como escudo para a covardia. Ela é uma arma para bravos.
Mas, o que é na realidade a não-violência ?
A não-violência é a grande lei do amor, mas ela não está em amar aqueles que nos amam. A não-violência só existe quando amamos aqueles que nos odeiam.
Sei como é difícil seguir essa lei, mas todas as coisas grandes e boas não são difíceis de fazer ? Amar quem nos odeia é a mais difícil de todas, mas com a graça de Deus essa tarefa se tornará fácil, se assim desejarmos.
A não-violência é a força nascida da verdade e do amor.
A única condição para uma bem sucedida utilização dessa força é o reconhecimento da existência da alma e sua natureza permanente, mas que fique claro, este reconhecimento tem de equivaler a uma fé viva e não a um mero entendimento intelectual.
O Ahimsa é o atributo da alma e deve ser exercido por todos, em todas as situações.
Se não pode ser exercido o tempo todo não tem valor prático. O Ahimsa não é simplório como o fizeram parecer. Não ferir a qualquer ser vivo é sem dúvida parte do Ahimsa, mas é a sua menor expressão, sua expressão mais óbvia.
O principio do Ahimsa é ferido por todo pensamento maligno, pela prece desnecessária, pela mentira, pelo ódio, pelo o mal desejar de qualquer pessoa. Também é violado pelo nosso apego àquilo de que o mundo necessita.
Não sou um visionário, sou simplesmente um idealista prático. Quando falo em Ahimsa, quando falo em não-violência não estou dando conselho para santos e grandes sábios, estou falando com todos os seres humanos, com todas as pessoas comuns, com a espécie humana como um todo.
Da mesma forma a aplicação prática de Ahimsa não deve se restringir ao campo da religião e da espiritualidade. Alguns amigos me dizem que a verdade e a não-violência não têm lugar na política e nas questões seculares.
Eu não concordo.
Eu não preciso da verdade e da não-violência como um meio de salvação individual. Eu preciso delas na vida cotidiana. Eu preciso delas na política e na luta por um mundo melhor.
Esse tem sido o meu experimento o tempo todo.
Esse de qualquer forma é o meu sonho.
Viverei e morrerei tentando realizá-lo.
Minha fé me ajuda a descobrir novas verdades todos os dias, uma delas é que Ahimsa é o sumo altruísmo. Altruísmo quer dizer completo desapego com relação ao nosso corpo.
Se um homem deseja encontrar a verdade ele só pode fazer isso ao se desapegar completamente do seu corpo, isto é, ao fazer todas as outras criaturas se sentirem seguras em sua presença. Este é o verdadeiro sentido de Ahimsa.
Ahimsa não significa simplesmente não matar.
Ahimsa significa não causar dor.
Não oferecer perigo.
Não ter a intenção de ferir.
Não ser egoísta, ser portanto, altruísta.
A força de Ahimsa pode nascer numa multidão, pode nascer em você agora mesmo.
A força de Ahimsa pode nascer agora mesmo e pode transformar o seu caminho, sua história, sua verdade.
A força de Ahimsa é o amor mais puro que podemos conhecer e sim, ela nos leva as alturas.
Antes de me despedir um ultimo conselho, uma ultima lembrança: A força não provem da capacidade física e sim de uma vontade indomável.
Gandhi
Texto extraído do site Gandhian Institute Sarvodaya Mandaj
Áudio da coletânea Gandhi, Sementes de Sabedoria – Acervo Editora Tríada.
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