quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Serenidade


A Conquista da Serenidade


Um dia amanhece, glorioso, com a luz do sol atravessando as folhas. Silêncio que é quebrado pelo som dos passarinhos que acordam.

Murmúrio de regatos que cantam, perfume de relva molhada pelo orvalho da noite. Será isso serenidade?

A natureza oferece ao homem a oportunidade do silêncio externo, o exemplo da calma. Mas sozinha, ela, a natureza, será capaz de trazer a paz interna?

Muita gente diz assim: Vou sair da cidade, a fim de descansar. Quero esquecer barulho, poluição, trânsito.

Essa é uma paz artificial. Em geral, depois de alguns dias descansando, a pessoa volta para a cidade e aos ruídos da chamada civilização. E ainda exclama ao chegar: Que bom é voltar para o conforto da cidade.

E, nas semanas seguintes, enfrenta novamente os engarrafamentos de trânsito, o som constante das buzinas, a fuligem. A comida engolida às pressas e o estresse do cotidiano estão de volta.

Então vem a pergunta: Será que realmente a serenidade existe em nossa alma? Se ela estivesse mesmo em nós, não teríamos de deixar o local em que vivemos para encontrar a paz, não é mesmo?

A conquista da serenidade é gradativa. A natureza não dá saltos e as mudanças de hábitos arraigados ocorrem muito lentamente. Não se engane com isso.

Muita gente acredita que a simples decisão de modificar um padrão de comportamento é suficiente para que isso aconteça. Mas não é assim.

Um antigo provérbio chinês traduz muito bem essa dificuldade. Ele diz assim: “Um hábito inicia como uma teia de aranha e depois se torna um cabo de aço”. O mesmo acontece em nossa vida.

E a conquista da serenidade não escapa a essa lógica de criar novos hábitos, de reeducar-se. Sim, pois tornar-se pacificado é um exercício de autoeducação.

A pessoa educa-se constantemente. Treina a paciência, o silêncio da mente. É uma conquista diária, um processo que vai se instalando e se fortalecendo.

E por onde começar? O melhor é iniciar pelo dia a dia. Treinando com parentes, amigos, colegas de trabalho. Não se deixando perturbar pelas pequenas coisas do cotidiano.

Das pequenas coisas que irritam, a pessoa passa a adquirir mais força para superar problemas mais graves, situações mais complexas.

Aos poucos, suaviza-se o impacto que os outros exercem sobre nós. Acalma-se o coração, domina-se as emoções, tranquiliza-se a mente.

O resultado é o melhor possível. Com o passar do tempo, a verdadeira paz se instala. E mesmo em meio aos ruídos de todo dia, o homem pacificado não se deixa perturbar.

É como um oásis em meio ao caos da vida moderna. Um espelho de água em meio a tempestades. Esse homem, em qualquer lugar que esteja, traz a serenidade dentro de si.

Experimente começar essa jornada hoje mesmo. Vai torná-lo muito mais feliz.

A serenidade resulta de uma vida metódica, postulada nas ações dinâmicas do bem e na austera disciplina da vontade.

Mantenhamos a serenidade e a nossa paz se espalhará entre todos.


Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Respeito ao Próximo


Existe uma prioridade indiscutível: a necessidade de respeitarmos o nosso próximo. Urge meditarmos sobre o assunto, pois nos iludimos terrivelmente quando pensamos que o respeito pelo próximo se limita às manifestações exteriores de um verniz social. Meras gentilezas, palavras banais e corriqueiras, que nada dizem, ou mesuras tolas não demonstram por si só o respeito que alguém possa demonstrar por outrem.

Respeitar o próximo é algo que vai além. Acredito que o tema escolhido para esta pequena dissertação seja mesmo difícil de ser tratado em todas as suas facetas. Alguns exemplos e considerações poderão ser por nós colocadas, a fim de expormos o nosso ponto de vista.

Ao exigirmos de alguém um comportamento moral e social a que não está habilitado, estaremos faltando-lhe com o respeito.

Ao criticarmos alguém que está impossibilitado de se defender, estaremos faltando-lhe com o respeito.

Se adotarmos atitudes diferentes por estarmos longe ou perto de tal pessoa, estaremos faltando-lhe com o respeito.

Ao negarmos a alguém a oportunidade de diálogo nas situações de desavença, estaremos faltando-lhe com o respeito.

Ao tentarmos escolher os caminhos que outra pessoa deve pisar, estaremos faltando-lhe com o respeito.

Precisamos aprender que as pessoas, aparentemente niveladas, segundo vários critérios, sejam a idade, a cor, a instrução, a condição econômica ou social, são tão diferentes umas das outras que seria impossível encontrar duas iguais.

Por sermos diferentes uns dos outros, por termos tido cada um de nós um momento único de criação e um caminho peculiar e individualizado a seguir através da evolução espiritual, não podemos pretender ter as mesmas percepções e, em consequência, não nos desenvolvemos no mesmo ritmo.

Se hoje descobri o valor da fraternidade e me embebi e me deliciei nos benefícios que ela me traz, não posso pretender que os outros que me rodeiam sintam, como eu, o significado da fraternidade.

Haverá um momento em que cada um descobrirá a bênção da fraternidade exercitada.

Além disso, devo considerar que, à medida que alcanço conhecimentos que não possuía, outros estarão, próximos a mim, conquistando outro tipo de compreensão e de esclarecimento.

No mais, o importante é trocarmos as experiências adquiridas pelo exemplo vivo da nossa conduta.

Respeitemos a personalidade do nosso próximo, valorizemos suas qualidades, incentivemos sua reforma íntima, mas não exijamos dos outros a perfeição que nós mesmos ainda não conseguimos alcançar.

Quando houver mais compreensão no mundo, as coisas serão bem melhores e todos irão se sentir muito felizes.

Luiz Sérgio

Livro Intercâmbio, psicografia de Alayde de Assunção e Silva, Lucia Maria Secron Pinto.

sábado, 25 de novembro de 2017

Bem-querer


A solidariedade virá como consequência do conhecimento de si mesmo. À medida que for investigando quem você é, poderá saber quais as verdadeiras razões que o levam a ajudar aos outros.

Geralmente, as pessoas vivem adormecidas, sem ter uma consciência lucida do sentido real da vida. São induzidas pelos outros, não sabem o que querem, o que estão fazendo e por que estão fazendo; e quando sentem algo incomum, normalmente não procuram conhecer as razões desse sentimento.

Algumas criaturas buscam na ajuda ao próximo a salvação das almas; por isso, utilizam-se do seu eu-crença. Outras lançam mão de uma dedicação desenfreada, valendo-se do seu eu-criança, para suprir as carências de amor na infância e equilibrar sua existência enraizada em sentimentos de autodesvalorização. Diversos companheiros cooperam generosamente porque desejam ter um comitê eleitoral, ocupando-se do seu eu-político; enquanto muitos outros abraçam causas filantrópicas servindo-se do seu eu-social, para participar das condecorações e homenagens da vida comunitária. Você precisa saber quem é que o dirige: seus eus aparentes ou o legítimo eu que existe em seu ser profundo.

Quando se sente alegria mesclada com a satisfação de ajudar aos semelhantes, é porque se fez uma perfeita conexão com a alma. Tudo é espontâneo e natural. Assemelha-se à serena brisa que nos acaricia nos passeios por campos floridos.

Quando a solidariedade, entretanto, não passar de uma linda teoria intelectual, como vivenciam alguns, a entrega aos outros permanecerá difusa e restrita, porque a hipotética ajuda é prestada ao próprio ego, centralizado na realização de interesses imediatos.

São inúmeras as pessoas que, escravas da imagem que desejam ter de si mesmas, intensificam todos os esforços para alimenta-la. Muitas, presas às ideias medievais de céus e infernos, preocupam-se em ser boas aos outros para receber recompensas e evitar as penas eternas.

Ser caridoso com o intuito de conseguir uma benção não é bondade. Cumprir os preceitos da benevolência por temor ao castigo não é a concreta prática do bem.

Os que são bondosos por causa da gratificação ou da purificação divina são órfãos da plenitude do amor.

Se você ignora que é, faz de suas ações uma demonstração aparente de generosidade, porque lhe falta consciência do Reino de Deus que está em seu interior.

Se soubesse prestar atenção em seus mais íntimos sentidos – bússola divina a guia-lo – talvez aprenderia muito mais sobre a beneficência.

Solidariedade é o sentimento que leva o homem ao auxilio mútuo; já o autoconhecimento, aliado a esse altruísmo, leva-os ao reconhecimento de que o templo de Deus está em toda parte, e não somente em lugares predeterminados. Percebem igualmente a presença divina nas pétalas de uma rosa, na sombra majestosa de uma vetusta àrvore, no silêncio de uma prece, no borbulhar das fontes de àguas cristalinas, na transcendência de um amanhecer, enfim nas obras da criação universal.

A ajuda a si mesmo durante muito tempo foi vista como egoística ou narcisista. No entanto, no auto-amor encontramos o elixir da vida, base de onde se origina todo o aprendizado do amor integral.

Quem aprendeu a amar a si mesmo vive em harmonia, em profunda compreensão das emoções humanas e distanciado das atitudes possessivas.

Portanto, conheça a si mesmo; assim, sua vida será um constante compartilhar, um compartilhar solidário sem exigir ou pedir qualquer recompensa neste ou no plano espiritual.

Quando você for convidado a fazer alguma coisa pelo mundo ou por seus companheiros de humanidade, precisa saber que é que realmente o está motivando para esses eventos. Se tiver desenvolvido a autoconsciência, estará em contato com as verdadeiras razões e, dessa maneira, modificará de forma significativa o valor e a importância de seu bem-querer.


Lourdes Catherine, psicografia do livro “Conviver e melhorar”, de Francisco do Espírito Santo Neto.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Jesus e a Afetividade


Em sua trajetória na Terra, em especial nos anos de seu messianato, o Mestre conviveu com homens das mais diversas classes sociais e culturais, aproveitando cada momento para oferecer-lhes um novo ensinamento que enfatizasse a supremacia da experiência amorosa como remédio para que as relações humanas fossem mais harmoniosas e felizes, levando a todos, por consequência, a um encontro íntimo com o seu Criador.

Embora desprezado e desonrado pelos seus contemporâneos, o Cristo Jesus, advindo de uma região de pouca importância (Nazaré) e de uma família socialmente desvalorizada, com um papel aparentemente apagado em seu momento histórico, transformou-se na figura mais importante do contexto da história, transformando a contagem cronológica em antes e após a sua vinda.

Certamente, seus ensinamentos foram o grande feito de sua pessoa, mas eles só permaneceram registrados na história pela força dos seus exemplos, que dignificavam a sua posição diante de toda a Humanidade.

O Evangelho não apresenta relatos de que Jesus tenha sorrido (dando a impressão a muitos de que ele desvalorizasse a alegria) ou mesmo informa-nos de gestos simples e afetuosos de sua pessoa, gerados na intimidade do seu lar ou nas residências em que se hospedou; no entanto, informa-nos, a todo momento, do seu cuidado com a pessoa humana, com a valorização da criatura independentemente do sexo, raça, cor ou estado social e enfatiza-nos a importância da disponibilidade íntima e do exercício de servir como regras para o bem viver.

Suas posturas diante das crianças, seus contatos com as mulheres, em especial, com aquelas consideradas de má conduta e de condição social inferior, os diálogos desenvolvidos com indivíduos de outras raças (atitude condenada entre os judeus), aos quais ajudava prontamente, demonstram a sua envergadura espiritual e apontam para a urgência da transformação moral de nossa humanidade, postando-nos afetuosamente diante de qualquer criatura.

Todos seus posicionamentos são lições vivas para o aprendizado do Amor, sem contudo significarem abandono de regras morais divinas e imutáveis. Seus gestos gentis e doces eram substituídos por posicionamentos firmes e incisivos, quando estes se faziam necessários. Seus sentimentos eram coadjuvados pela razão, mas, acima de tudo, seus atos eram a expressão mais pura da Vontade divina, vivência plena da Lei de Deus.

Alguns exemplos, retirados do Novo Testamento, que retratam os seus ensinamentos para o atendimento das criaturas em diferentes condições, fornece o remédio para uma vida mais sadia:

• Para um bom relacionamento: “Fazei aos homens tudo o que queiras que eles vos façam, pois é nisto que consistem a Lei e os Profetas.” (Mt., 7:12)
• Para quem se sente magoado: “Então Pedro, se aproximando, lhe disse: Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão, quando ele houver pecado contra mim? Será até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Eu não vos digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” (Mt., 18:21-22)
• Para quem não sabe perdoar: “Portanto, se estiveres para trazer a tua oferta ao altar, e ali lembrares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e depois virás apresentar a tua oferta. Assume logo uma atitude conciliadora com o teu adversário enquanto estás com ele no caminho...” (Mt., 5: 23-25)
• Para aquele que não sabe como utilizar-se das palavras: “Seja, porém, o vosso falar: sim, sim; não, não; por que o que passa disto é de procedência maligna.”(Mt. 5:37)
• “Eu vos digo que toda palavra inútil que os homens disserem darão contas no dia do Juízo. Pois por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.” (Mt., 12: 36-37)
• Para os sequiosos pela riqueza: “Observai os pássaros do céu: eles não semeiam e não colhem, e não amontoam nada nos celeiros, mas vosso Pai celestial os alimenta; não sois muito mais do que eles? (Mt., 6:26)
• Para os coléricos: “Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra o seu irmão, terá de responder em juízo; aquele que chamar ao seu irmão: Cretino! Estará sujeito ao julgamento do Sinédrio;” (Mt., 5:22)
• Para os ansiosos: “Por isso vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem com vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa?” (Mt., 6:25)
• Para os que vivem em plena juventude: “Que ninguém o despreze por ser jovem. Quanto a você mesmo, seja para os fiéis um modelo na palavra, na conduta, no amor, na fé, na pureza.” ( I Tim., 4: 12)
• Para os temerosos: “E não temais os que matam o corpo, e que não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.” (Mt., 10: 28)
• Para os que vivem atormentados pelos apelos sexuais: “Mas, se não são capazes de dominar os seus desejos, então se casem, pois é melhor casar-se do que abrasar-se” (I Cor., 7: 9)
• “Fujam da imoralidade. Qualquer outro pecado que o homem comete, é exterior ao seu corpo; mas quem se entrega à imoralidade peca contra o seu próprio corpo.” (I Cor., 6: 18)
• Para os que se encontram tristes: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei.” (Mt., 11: 28)
• Para os orgulhosos: “Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus.” (Mt., 18 : 4)
• Diante dos sofredores: “E qualquer que tiver dado só que seja um copo d’água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.” (Mt., 10: 42)
• Diante do pecador: “Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João, 8: 11)


Roberto Lúcio Vieira de Souza, Trecho de artigo da RIE (Revista Internacional de Espiritismo, julho/2004)

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Paciência e Compreensão


Aceitarás a dificuldade, não por fardo de aflição que te arrase as energias, mas por ensinamento que te habilite à mais ampla aquisição de experiência.

Não te rebelarás contra a enfermidade.

Saberás, no entanto, afastá-la com os recursos curativos de que disponhas, imitando o devotamento do lavrador que protege a enxada em cuja cooperação encontra o pão de cada dia.

Entenderás os seres amados que te apresentem lamentáveis quadros de provação, tolerando-lhe, com serenidade, até mesmo as injúrias.

Ainda que seja à distância, porém, não só farás o possível para desculpá-los, como também te empenharás a auxiliá-los na melhoria do espírito.

Suportarás a preterição e o menosprezo nas áreas da atividade profissional.

Não renunciarás, contudo, ao dever de aprimorar-te, a fim de ser mais útil à comunidade à qual te vinculas.

Até mesmo em nós próprios, admitiremos certas falhas de extinção difícil, chegando a medir com sinceridade, a extensão de nossas deficiências.

Mas prosseguiremos, fazendo o melhor de nós, até que nos sintamos curados das imperfeições que nos caracterizem, com o esmeril do trabalho, ao calor da responsabilidade constante.

Paciência é compreensão.

Compreensão é luz de amor.

Aceitemos os obstáculos por testes de resistência e as provas por lições.

Entretanto, saibamos acolhê-los, agindo sempre por superá-los na expansão do bem, de vez que estamos todos na forja da luta evolutiva, com a certeza de que degraus para cima é que configuram a estrada de elevação.

Página psicografada por Francisco Cândido Xavier, ditada pelo Espírito Emmanuel.

domingo, 19 de novembro de 2017

Afeto e Amor


O afeto é um estado da alma, onde podemos colocar em prática os melhores sentimentos em nós... O afeto é um momento onde interagimos intensamente com o outro, de forma humilde e amorosa... Construímos o afeto através de nossas relações pautadas no bem...

Não se pode ser afetuoso, com sentimentos mesquinhos e egoístas... Ao contrário, o afeto com o próximo, depende exclusivamente de nossa capacidade de amar o outro, sem cobranças e aceitando-o como é.

A melhor demonstração do afeto é sermos caridosos com aqueles que necessitam de nosso apoio... É dar ao outro o melhor de nós, respeitando acima de tudo os limites de cada um. Através do afeto, trabalhamos em nós a modificação para o bem, e consequentemente melhoramos o corpo e a mente.

O Afeto e o Amor estão sempre juntos, não existe afeto sem amor.

Para sermos afetuosos necessitamos do Amor... O afeto estimula em nós a capacidade de amar, dá –nos a oportunidade de colocarmos em prática a compreensão, nos dá a oportunidade da reflexão sobre nossos atos, porque através da reflexão podemos modificar nossos pensamentos... Sejamos afetuosos para com nossos semelhantes e veremos quanto amor temos em nosso coração.

Lembre-se sempre, que somente o Amor verdadeiro é livre de qualquer engano e pode colocar em nossos corações o real afeto que devemos praticar com nossos irmãos.

A dignidade da pessoa humana não está fundamentada em “parecer amar” e sim em “amar verdadeiramente”.

A autêntica afetividade está associada a uma ampliação da consciência e a um amadurecimento espiritual. Quem a possui aprende a ser caridoso, generoso, benevolente, deixando os outros livres não apenas para errar, para aprender, para discordar, mas também para amar, reconhecendo que as fragilidades que muitas vezes recriminamos nos outros podem ser as nossas amanhã.

Temos para com nossos irmãos de jornada o compromisso de nos colocarmos a disposição para ajuda-lo sempre que necessário.

É esse o ensinamento de Jesus: - “Amar a Deus sobre todas as coisas” e ao próximo como a ti mesmo” Através desta demonstração de Amor, exercitamos o afeto em nossos corações, revitalizando nossas forças interiores, trazendo a nós e aos outros vibrações positivas e caridosas. Perceba que quando fazemos o bem, nossos sentimentos melhoram, temos uma sensação de bem estar, nos sentimos revigorados e percebemos o quanto somos capazes de nos doarmos verdadeiramente.

Façamos esta revitalização de nossas almas, mantendo nossos sentimentos no Afeto.

Podemos fazer isso, com uma palavra amiga, com um abraço, ou simplesmente sendo ouvintes daqueles que nos procuram... Trazemos o Afeto em nosso íntimo, ele está lá... basta que estejamos atentos quando formos chamados à pratica deste sentimento.

Vamos revigorar o afeto, pois a necessidade essencial do ser humano é a Afetividade – fonte de vida, equilíbrio e saúde física e emocional. Sem ela a criatura se afunda na dor da carência emocional e nós só temos o afeto que damos.

Associação Espirita Evangelho Redivivo

Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. XI – item 8 “A Lei do Amor “
Unidos pelo Amor - Texto 19 “Só temos o Afeto que damos” ( Wanderley S. Oliveira/ Ermance Dufaux )
Prazeres da Alma :- Texto “Afetividade” pág. 57 a 60 ( Francisco do Espírito Santo Neto / Hammed )
Site Espírita “Gotas de Paz – Mensagens Edificantes” Texto “Afeto e Amor “

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Gratidão


Um sopro de alegria nos invade a alma a cada agradecimento. A ajuda da espiritualidade que apenas intermedia a ajuda de Deus, nosso pai de amor infinito, não carece de reconhecimento. Não precisa agradecer. Mas quando isto acontece é porque houve uma melhora íntima, um crescimento, e a vida de alguém está um pouco mais em paz por algum momento.

A gratidão é sentimento nobre para quem sente. Chega após uma conquista, após aprendizado, após bem-estar. Quem recebe sente alegria pela alegria do outro. Uma alegria pura e fraterna. Não é uma recompensa dos esforços despendidos. É alegria genuína.

Deveríamos aprender com a gratidão. Os sentimentos são gloriosos para quem sente. O amor é unicamente seu, e você pode espalha-lo por aí, como uma suave distribuição de sementes. Você não precisa saber o que houve com as sementes naquele momento. A natureza cuida, e a retribuição pode vir ou não. Os sentimentos são sensações sentidas e deslocadas para o universo. Sua força é diversa, assim como o que depois. Aí depende do que pensamos e como agimos.

Sentimentos são como uma canção. Aprecie-a!

Laura Borelli

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A Pedagogia do Afeto na Educação do Espírito


O afeto é um dos pilares do desenvolvimento humano saudável. Uma habilidade que abre largas portas para a entrada do Amor, porque ser afetivo é laborar com o sentir. Diríamos assim que a afetividade é um degrau para o Amor. Afeto é uma força da alma de incalculável poder. Por essa razão, especialmente nesse tempo de materialismo e do império da razão, nossas casas de Amor devem fixar-se na função social reeducativa do sentimento, aprimorando-se cada vez mais para honrar o título de escola da alma, desenvolvendo pessoas felizes, realizadas, dignas e solidárias.

Aprender a amar é, pois, a competência essencial que deveria fundamentar quaisquer conteúdos de nossas escolas espirituais. Aprender a amar o próximo, aprender a amar a si e aprender a amar a Deus.

E como ensinar o Amor no centro espírita? É preciso contextualizar o conteúdo espírita abstraindo o excesso de informações e trazê-lo para a realidade de seu grupo, priorizar respostas, soluções, discutir vivências, refletir sobre horizontes novos de velhos temas do viver, reinventar a vivência em direção aos apelos da consciência, propiciar à criatura externar sonhos, limitações e valores já conquistados, fazendo da sala de estudos espíritas um laboratório de ideias na ampliação da capacidade de pensar com acerto, lógica e bom senso. Isso se chama educar.

A pedagogia do ser prioriza o homem, sua experiência pessoal, o relacionamento humano, tendo como pólo de atração o idealismo, possibilitando que as casas espíritas criem grupos que se amam e se querem bem.

Aprender a amar, portanto, é essencial para cada um, mas é preciso ter consciência que amar é uma aprendizagem e que conviver é uma construção. Não existe Amor ou desamor à primeira vista, e sim simpatia ou antipatia. Amor não pode ser confundido com um sentimento ocasional e especialmente dirigido a alguém. Devemos entender o amor com o Sentimento Divino que alcançamos a partir da conscientização de nossa condição de operários na obra universal, um “estado afetivo de plenitude”, incondicional, imparcial e crescente.

Ninguém ama só de sentir. Amor verdadeiro é vivido. O atestado de Amor verdadeiro é lavrado nas atitudes de cada dia. O Amor é crescente no tempo e uniforme no íntimo, não tem hiatos. Amor não é empréstimo Divino para o homem e sim aquisição de cada dia na aprendizagem intensiva de construir relacionamentos propiciadores de felicidade e paz. E esse sentimento sublime carece aprendizagem, somente um recurso poderá promover semelhante conquista: a educação.

A meta maior do Espiritismo é o melhoramento da humanidade, a educação integral do homem bio-sócio-psíquico-espiritual. Allan Kardec, influenciado pelo educador Pestalozzi, declarou em O Livro dos Espíritos (comentário a p. 917) que “a educação, convenientemente entendida, constitui a chave do progresso moral”. Educação harmônica do ser, que implica fazer crescer o intelecto, o afeto e a ação, não sendo demais afirmar que a coerência entre pensar, sentir e fazer, respondem pelo equilíbrio integral do ser. Em resumo, poderíamos afirmar que educação é transformar impulsos e desenvolver potencialidades.

A partir destes conceitos, verificamos o centro espírita e sua importância como educandário do Amor face à didática estimuladora de conhecimentos e da vivência através da ampliação do saber e de transformação do caráter. Neste sentido, a fraternidade, expressando a síntese das virtudes cristãs, é a meta ética de todo o corpo filosófico e científico do Espiritismo.

Nos programas doutrinários para a educação do afeto nas relações, destacamos algumas importantes lições a serem estudadas e exercitadas: (1) conhecer os sentimentos; (2) adquirir o controle sobre as reações emocionais; (3) saber conviver harmoniosamente com os sentimentos maus; (4) saber revelar seus sentimentos com assertividade; (5) exercitar a sensibilidade e (6) expressar o afeto na convivência.

O centro espírita pode oportunizar a valorosa e preenchedora experiência do Amor auxiliando o homem na reeducação de suas tendências, no conhecimento de si, no exercício da solidariedade material e relacional e na supressão do personalismo, que permitirá o potencial afetivo dirigido a realizações nobres e gratificantes. Caridade! O melhor exercício para a sensibilidade.

Como identificar a qualidade das relações afetivas na casa espírita? Eis alguns indicadores interessantes: (1) motivação do espírito de equipe; (2) valorização da capacidade cooperativa de qualquer pessoa; (3) promoção através da delegação, criando o policentrismo sistêmico; (4) investimento na capacitação do trabalhador como pessoa e ser social e (5) o ensejamento de realizações específicas para a revitalização do afeto em grupo.

Carlos Pereira

Adaptação do livro Laços de Afeto, Ermance Dufaux, psicografia de Wanderley Oliveira.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Compaixão


Quando te ergueres em prece ao coração augusto e misericordioso do Pai Celestial, não olvides que ao redor de teus passos, ecoam as súplicas de milhões de seres implorando-te compaixão.

Anota-lhes o tom de expectativa e de angústia e não desdenhes auxiliar.

Aprende a guardar na acústica da própria alma a essência divina do amor infatigável para que a paciência e o sorriso te ensinem a recolher, sem alarde e sem queixa, todos os impactos do alheio sofrimento.

Veste, cada dia, a túnica do entendimento e encontrarás, por toda a parte, a ignorância e a penúria rogando-te amparo e compreensão.

Observarás a dor de mil faces, estendendo-te as mãos, à procura da migalha de fraternidade e carinho.

Aqui, mascara-se na forma de delinquência naqueles que não tiveram as tuas oportunidades de educação; adiante, surge na roupa espinhosa do desespero a que se acolhem os companheiros em provas amargas.

Ali, aparece-te com a fantasia da ilusão em todos os que não se apercebem da sua condição de usufrutuários da Terra, e, mais além destaca-se nas chagas de aflição dos que despertam sob as responsabilidades do ouro e do poder.

Seja com quem for e seja onde for, compadece-te e ampara sempre.

Observa que a própria Natureza, em todos os lugares, é um apelo vivo à tua misericórdia para que a vida alcance os fins a que se destina.

A terra seca roga-te a bênção da água refrescante para que te possa doar os talentos do pão e da alegria; a árvore clama por teu devotamento a fim de produzir quanto deve em teu próprio benefício e o fruto verde espera por teu carinho, para não perecer em sua expectativa de maturação.

Age e caminha, trabalha e serve, inspirando-te na compaixão que deves a todas as criaturas.

Perdoa mil vezes antes de reprovar uma só e penetrarás os altos segredos do bem.

Recordemos em quantas ocasiões necessitamos da compaixão do próximo para sanar os nossos erros e fazendo pelo bem dos outros aquilo que desejamos dos outros na preservação de nossa própria felicidade, avançaremos para a vanguarda de luz sob o amparo de Deus, cuja Infinita Bondade, encerra em nosso favor todas as bênçãos da compaixão imperecível.

Emmanuel,
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sábado, 11 de novembro de 2017

Afetividade e Conflitos


Todos nós, homens e mulheres, buscamos a afetividade. Até aí, não nos parece nada de estranho. Desde o nascimento, a criança necessita e busca o amor.

Mas por que essa busca tem se apresentado como uma ansiosa necessidade? Ou ainda, por que essa afetividade muitas vezes se apresenta como conflito?

A imaturidade em que se encontram os indivíduos muitas vezes gera a ilusão de que somente através de outra pessoa será possível experimentar a afeição. Dessa forma, as pessoas que se sentem solitárias entram em ansiosa busca, o que possivelmente aciona seus conflitos, pois acreditam que somente serão felizes e/ou encontrarão segurança quando estiverem com alguém.

De imediato nos deparamos aí com um grave problema: espera-se que outra pessoa os complete, realize por eles o que somente eles podem realizar. Joanna de Ângelis afirma: "Um solitário quando se apoia em outro indivíduo que também tem necessidade afetiva, forma uma dupla de buscadores, esperando um do outro aquilo que não sabem ou não desejam oferecer". E sendo essa a busca, como podemos esperar que o relacionamento dê certo? Como não esperar que essa relação fique presa às sensações grosseiras do imediatismo?

Apresenta-se outro grave problema: será que a busca nos relacionamentos não é uma busca egoísta? E sendo egoísta acaba por construir relações vazias que geram conflitos novos e reacendem feridas antigas, prendendo o indivíduo em um círculo vicioso de relações muitas vezes dolorosas e que não proporcionam crescimento para nenhuma das partes.

Desejamos tanto o amor, mas realmente estamos disponíveis para a transformação necessária para sermos um instrumento do amor? Ou egoisticamente quero ser amado sem ao menos ter desenvolvimento a capacidade de amar a mim mesmo?

Mas todo problema traz em si mesmo a solução, e como proposta da própria Mentora, "faz-se imprescindível desenvolver a capacidade de amar, porque o amor também é aprendido". Se os relacionamentos com os outros não vão bem, muito provavelmente o relacionamento do indivíduo consigo mesmo também não vai bem. E como não se podem mudar os outros, o trabalho que se tem a realizar é a própria mudança. E como nos lembra Joanna de Ângelis, na obra Diretrizes para o Êxito: "Ama sempre, mas não te permitas relacionamentos conflituosos sob a justificativa de que tens a missão de salvar o outro, porque ninguém é capaz de tornar feliz aquele que a si mesmo se recusa a alegria de ser pleno."

A primeira lição que é preciso aprender na resolução do problema da afetividade é: Amar a si mesmo, pois sem o desenvolvimento do auto amor perde-se a genuína preocupação com o nosso bem-estar, o que pode favorecer a permanência em situações danosas à emoção e ao desenvolvimento do ser, além, é claro, da capacidade de respeitar-se. Só aquele que se respeitar em sua integridade humana é capaz de respeitar o outro, favorecendo assim que se busque ser melhor a cada dia, e permita ao outro ser o que naquele momento lhe apraz.

O exercício do autoamor exige uma visão precisa de quem se é, isso significa que o trabalho de reconhecimento da sombra também nos ajuda na afetividade, porque não podemos amar só pela metade. Uma vez que se reconhece sombra e luz, deve-se apreciar as próprias conquistas, sem vaidades e excessos, e o mais importante, o autoamor, impulsiona para a busca de novas possibilidades para tornar-se um ser melhor a si mesmo, ao outro e ao mundo.

O ser humano não cresce psicologicamente sem o enfrentamento dos problemas, e nesse sentido os conflitos devem ser percebidos como uma oportunidade de aprimoramento das emoções, principalmente na área da afetividade, pois como já dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade: " Amar se aprende amando".

Texto baseado no cap. 11 do livro “Atitudes Renovadas”, de Joanna de Ângelis.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Ternura


Nossa alma tem Escaninhos onde são guardados tesouros que podem ficar ocultos.

Vivemos descuidados dos momentos felizes pelos quais passamos. Levamos a infância, a juventude e início da maturidade a receber benefícios de amizades e amores diversos. Pais, avós, irmãos, amigos nos dedicam suas atenções que para nós são coisas naturais.

Chega a um determinado ponto, aquele em que encontramos a pessoa que, nos parece, chegou para nos completar. Sonhos, pensamentos, cálculos para o futuro e tudo passa a viver em torno daquela criatura. Pode não ser bonita, mas tem um “que” a nos prender. Começam os entendimentos e surge o amor. Forte, apaixonado e a causar insônia e ciúmes. É a fase em que, por vezes, nos sentimos indignos de tão especial criatura. Mas aos poucos a gente vai criando coragem que resulta em casamento.

Há pessoas, porém, que não mantêm aquela vibração inicial. Modifica os hábitos, esquece comezinhos cuidados no trato para a companheira ou companheiro. A relação vai-se tornando insossa. Aqueles sonhos que resultavam em agrados ao cônjuge desaparecem aos poucos. E por que isso? É falta de cultivo da ternura. Esta deve estar presente a toda hora. Ternura é uma “emanação” da alma como o perfume da flor. É indescritível, mas agrada. Casamentos duradouros e felizes mantêm-se pela ternura. Diz-se que é pelo amor, mas este às vezes é violento ou possessivo e também pode ser grosseiro e despido de ternura. Portanto, o que mantém a ligação é a delicadeza da ternura.

Às vezes um dos cônjuges não demonstra ternura e nem sensibilidade aos cuidados recebidos, mas quem dá recebe intimamente, não se sabe como, um retorno agradável. Quando visitamos um ser querido doente e em coma, ele nada demonstrará, é lógico, mas ao vibrarmos ternura numa prece, ao tocá-lo suavemente, aquela emanação prazerosa volta como um agradecimento que nos comove.

Nossa alma tem escaninhos onde são guardados tesouros que podem ficar ocultos. A pessoa pode parecer cética, mas no íntimo possuir tesouros e entre eles a ternura. Mesmo estas, conseguem manter uma relação amorosa a vida toda, pois a ternura tem como resultado a compreensão e a tolerância. Têm alegria de viver e de conviver com os demais. Discutem opiniões com naturalidade. Mantêm a vida em paz. Isso é que, provavelmente, Deus espera de nós: que vivamos de modo tal que o mal não povoe nossos pensamentos. E a mansuetude deve ser o tempero de nossas relações.

Hoje, que pena! O sentimento de “executivo” domina os casais. Alegrias, baladas, festas e sexo procuram esconder o vazio d’alma. Não há mãos a medir quanto à procura do “onde irei hoje?”. Causa piedade ver a mocidade ansiosa por encontrar a paz interior. E nunca houve tantos lugares para meditar. Igrejas para todos os gostos. Mas, se não for vivida a brandura dos sonhos e a suavidade da ternura, a vida fica sem graça. Misticismo? Que seja! Mas é o que traz felicidade.


Artigo de Julio Capilé (membro-fundador da Comunhão Espírita de Brasília)

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Carência Afetiva


Ninguém vive dignamente sem se sentir amado. A carência afetiva está na raiz da maioria de nossas doenças e problemas de relacionamento em geral.

Temos uma necessidade imperiosa de sermos aceitos e amados, porém, nem sempre as pessoas estão prontas para isso, pois elas também precisam ser aceitas e amadas. No fundo, cada um está esperando receber amor e, enquanto não recebe, também não se sente estimulado a amar.

O que não percebemos, contudo, é que já somos amados por Jesus. Aqui reside a solução para nossos grandes problemas: sentirmos que somos amados pelo ser mais evoluído que Deus mandou ao Planeta.

Ninguém mais reclame de carência afetiva, pois é amado por Jesus!

Ninguém mais alegue solidão, porque tem a companhia de Jesus!

Ninguém mais se diga perdido, pois encontrou a direção de Jesus.

José Carlos De Lucca, do Livro Sempre Melhor, cap. 48.

domingo, 5 de novembro de 2017

A Alegria


Quando o homem faz iluminação interior, otimiza a vida, cadencia seus passos, avalia cada segundo de sua existência, é feliz, muito feliz na felicidade que produz ao próximo.

Sabe traduzir o seu pensamento feliz em gestos de engrandecimento à pessoa humana, faz identidade, solidariedade, dignificando a todos, com prazer.

Suaviza as suas palavras, abranda seu coração, alimenta, constrói o mundo pelo amor; está sempre caminhando na integração com todos.

A cada segundo, coloca sua energia, sua consciência, na construção do bem, pois sabe que todas as grandes transformações operadas pelo conhecimento humano se devem ao equilíbrio mental, espiritual e moral do homem.

Trabalha com afinco, está livre da angústia, da miséria, da vacilação, uma vez que repousa o seu pensamento no sentido da construção humana, da liberdade, do bem, da justiça e da harmonia.

É sensível ao diálogo, procura sempre o entendimento, tem boa vontade, é fraterno com todos.

No exercício do cotidiano está sempre pronto a descobrir e viver o lado bom da vida, elevando o espírito humano acima das provações, da dor, do sofrimento e das angústias; sua vida é um cântico de agradecimento a Deus.

A sua potencialidade aumenta pela força, pela disciplina, fazendo autoestima, esperança, autoconfiança, exercitando o autoconhecimento.

O homem espiritualizado não é triste, deprimido, entediado, tem confiança em si mesmo, fé no Criador, respeitando o próximo e procurando compreender a diversidade humana.

A força da alegria transforma a vida humana, direcionando-o para paragens que são estímulos ao trabalho e à dedicação ao bem.

A alegria no coração humano foi, é e será sempre poderosa alavanca evolutiva para o moral, o espiritual e o caráter do homem.

A certeza que o homem espiritualizado tem da vida eterna, o liberta de tudo o que possa magoá-lo, feri-lo, desagradá-lo no trânsito evolutivo da Terra.

Quem faz, vive o processo construtivo da alegria, tem consciência crítica de que o futuro só lhe reserva luz, esperança, dignidade, paz.

O homem espiritualizado, educado, portanto com uma boa formação cultural e moral, tem o dever de fazer autodisciplina, autoconhecimento, aprendizado permanente, expressando em todas as situações da existência, o prazer, a alegria de viver, a fé no Criador, a certeza de que todas as experiências são forças evolutivas do espírito.

Esperança, alegria, jubilo.

O abraço afetuoso,
LEOCÁDIO JOSÉ CORREIA

Mensagem extraída do livro, “HORIZONTES DA ALMA”, psicografada pelo médium Maury Rodrigues da Cruz.
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