Existe uma prioridade indiscutível: a necessidade de respeitarmos o nosso próximo. Urge meditarmos sobre o assunto, pois nos iludimos terrivelmente quando pensamos que o respeito pelo próximo se limita às manifestações exteriores de um verniz social. Meras gentilezas, palavras banais e corriqueiras, que nada dizem, ou mesuras tolas não demonstram por si só o respeito que alguém possa demonstrar por outrem.
Respeitar o próximo é algo que vai além. Acredito que o tema escolhido para esta pequena dissertação seja mesmo difícil de ser tratado em todas as suas facetas. Alguns exemplos e considerações poderão ser por nós colocadas, a fim de expormos o nosso ponto de vista.
Ao exigirmos de alguém um comportamento moral e social a que não está habilitado, estaremos faltando-lhe com o respeito.
Ao criticarmos alguém que está impossibilitado de se defender, estaremos faltando-lhe com o respeito.
Se adotarmos atitudes diferentes por estarmos longe ou perto de tal pessoa, estaremos faltando-lhe com o respeito.
Ao negarmos a alguém a oportunidade de diálogo nas situações de desavença, estaremos faltando-lhe com o respeito.
Ao tentarmos escolher os caminhos que outra pessoa deve pisar, estaremos faltando-lhe com o respeito.
Precisamos aprender que as pessoas, aparentemente niveladas, segundo vários critérios, sejam a idade, a cor, a instrução, a condição econômica ou social, são tão diferentes umas das outras que seria impossível encontrar duas iguais.
Por sermos diferentes uns dos outros, por termos tido cada um de nós um momento único de criação e um caminho peculiar e individualizado a seguir através da evolução espiritual, não podemos pretender ter as mesmas percepções e, em consequência, não nos desenvolvemos no mesmo ritmo.
Se hoje descobri o valor da fraternidade e me embebi e me deliciei nos benefícios que ela me traz, não posso pretender que os outros que me rodeiam sintam, como eu, o significado da fraternidade.
Haverá um momento em que cada um descobrirá a bênção da fraternidade exercitada.
Além disso, devo considerar que, à medida que alcanço conhecimentos que não possuía, outros estarão, próximos a mim, conquistando outro tipo de compreensão e de esclarecimento.
No mais, o importante é trocarmos as experiências adquiridas pelo exemplo vivo da nossa conduta.
Respeitemos a personalidade do nosso próximo, valorizemos suas qualidades, incentivemos sua reforma íntima, mas não exijamos dos outros a perfeição que nós mesmos ainda não conseguimos alcançar.
Quando houver mais compreensão no mundo, as coisas serão bem melhores e todos irão se sentir muito felizes.
Luiz Sérgio
Livro Intercâmbio, psicografia de Alayde de Assunção e Silva, Lucia Maria Secron Pinto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário