sábado, 31 de julho de 2010

Meditações de Daniel Goleman para Download

No encerramento do especial do mês de julho com o tema “Meditar para Bem Viver”, o CD “A Arte da Meditação”, de Daniel Goleman integralmente disponível para download.
















CD/DOWNLOAD FAIXAS:

1- Introdução
2- Meditar Respirando
3- Meditar Relaxando
4- Meditar Concentrando
5- Meditar Caminhando

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meditação: Os Pensamentos de Krishnamurti


“A mente meditativa é aquela que se encontra em silêncio. Não se trata do silêncio que a mente pode conceber, nem o silêncio de um entardecer calmo, mas o silêncio que sobrevêm quando o pensamento, com todas as suas imagens palavras e percepções cessa completamente. Essa mente meditativa é a mente religiosa- a mente da religião que não é tocada pela Igreja, pelos templos nem pelos cantos. A mente religiosa é a explosão do amor; esse amor não comporta qualquer separação. Para essa mente, longe é perto. Não é “um” nem “muitos”, mas sim esse estado de amor em que toda a divisão cessa. Da mesma forma que a beleza, não cabe na avaliação das palavras. Só a partir deste silêncio è que a mente meditativa pode actuar.”

“O vale mais parecia um carpete de flores e os declives achavam-se repletos de uma abundância multicolorida delas, tão abundantes quanto à vastidão da terra com todas as suas cidades, verdes prados, pastos, bosques e cidades. Lá estavam tão ricas e belas quanto o próprio vale; todavia, tanto a abundância da natureza como o homem estão destinados a morrer e a surgir de novo. A abundância da meditação não é reunida pelo pensamento nem pelo prazer que o pensamento gera, mas acha-se para além da flor e da nuvem. A partir disso a abundância torna-se tão imensurável quanto à flor e a beleza. Contudo jamais se encontram neste lado da sua manifestação.”

“Se vos preparardes deliberadamente para meditar isso deixará de ser meditação. Se fizerdes por ser bons, jamais a bondade poderá florescer. Se cultivardes a humildade, ela deixará de o ser. Meditação é a brisa que entra quando deixais a janela aberta; porém, se o fizerdes deliberadamente, e a convidardes a entrar, ela jamais surgirá.”

“Não sei se alguma vez notastes que, quando prestais completa atenção, ocorre um estado de silêncio. Nessa atenção não existe fronteira nem centro algum, como aquele que se acha atento e consciente. Essa atenção, esse silêncio, é um estado de meditação.”

“A meditação da mente que se encontra completamente silenciosa constitui a benção que o homem sempre procurou. Nesse silêncio ocorre a verdadeira diferença.”

“A meditação não é a ação da experiência. Se procurais experiências mais amplas e intensas segui e obedecei. Toda a experiência chega ao fim porém, a ânsia e a dor permanecerão. O fim do sofrimento é o começo da sabedoria- a qual não é congregada pela experiência; a experiência só fortalece e cumula o conhecimento. Onde há amor existe sabedoria.”


Jiddu Krishnamurti - (Madanapalle, 11 de maio de 1895 - Ojai, 17 de fevereiro de 1986) foi um filósofo e místico indiano. Entre seus temas estão incluídos revolução psicológica, meditação, conhecimento, relações humanas, a natureza da mente e a realização de mudanças positivas na sociedade global. Constantemente ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, política ou social. (Wikipédia)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Imagem e Mensagem : Meditação Vipassana

Destacamos para a “Imagem e Mensagem” do mês, um vídeo que nos ensina uma excelente prática budista para silenciar a mente, conhecida como meditação vipassana. Em seu livro “Amor, Verdade, Felicidade”, o Dalai Lama faz um breve relato sobre essa prática: “Você não consegue mudar a sua mente sem meditar. Existem dois tipos de meditação: a analítica e a direcionada. A verdadeira arma contra a negatividade é a analítica. Pela análise, pode-se desenvolver uma nova convicção ou consciência. À medida que essa consciência cresce, as forças de oposição se reduzem. A meditação analítica destrói a negatividade. O Vipassana, ou insight especial, é uma espécie particular de meditação analítica.”





Obs: Esse vídeo pertence ao site Na Luz e encontra-se disponível no Youtube.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Meditação, “Uma visão Espírita”


Meditação no Espiritismo


Por Breno Henrique de Sousa

A palavra meditação é vulgarmente entendida como a prática da reflexão sobre questões relevantes na vida. Neste sentido, é comum na literatura espírita o convite à meditação (reflexão) sobre nossas atitudes, sobre quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Na questão 919, de O Livro dos Espíritos, Santo Agostinho nos convida a refletir diariamente sobre nossas atitudes, na busca do auto-conhecimento e da perfeição moral.

À época de Kardec, a meditação, enquanto prática de desenvolvimento mental pelos princípios da atenção plena, auxiliada por uma série de técnicas geralmente advindas das culturas orientais, era pouco conhecida no ocidente e estava no ciclo restrito das escolas esotéricas, mesclada com seus princípios místicos. Devido ao caráter de clareza e objetividade do Espiritismo, pelo fato da Doutrina encontrar-se em processo de formação e ao caráter místico que ainda era atribuído a esta prática, não vamos encontrar, nos primórdios da doutrina espírita, ênfase na prática da meditação, mas sim na reflexão sobre questões existenciais ou ainda a “concentração” para fins de prática e desenvolvimento mediúnicos.

No que se refere à concentração para a prática mediúnica, não está clara a relação entre esta e a meditação. No capítulo XVII, de O Livro dos Médiuns, que trata da formação dos médiuns, fala-se da postura do médium, a evocação dos espíritos, a vontade como elemento fundamental, deixando clara a importância do caráter magnético do fenômeno mediúnico, onde o espírito comunicante estabelece uma relação fluídica com o médium. Não foi pesquisado, por exemplo, como a prática da meditação, dentro dos princípios e finalidades expostos na matéria, pode repercutir sobre a qualidade da prática mediúnica, mas, a julgar pelos resultados apresentados na reportagem, resultados já amplamente divulgados pela mídia, os efeitos só poderão ser positivos.

Nos dias atuais, assim como foi afirmado na *matéria, a meditação não precisa estar necessariamente vinculada a um aspecto místico ou esotérico. Além disso, são comprovados cientificamente os resultados positivos da prática da meditação. Despojada de seu caráter místico e comprovada cientificamente a sua eficácia no equilíbrio das emoções e das faculdades psíquicas, não há nenhum obstáculo ou incompatibilidade com o Espiritismo. Tudo o que serve para o desenvolvimento do potencial humano e que esteja demonstrado pela ciência, deve ser endossado pelo Espiritismo, conforme dizia o próprio Allan Kardec.

Já é comum em muitas obras espíritas atuais, em seminários e congressos, referências às técnicas de meditação como um auxiliar terapêutico e complementar nos tratamentos espirituais. Algumas instituições até iniciam seus participantes nestas técnicas, porém, é preciso refletir sobre a forma como terapêuticas modernas e eficazes devem ou não ser introduzidas no espaço do centro espírita. Sabe-se que não é muito difícil encontrar instituições espíritas que pratiquem a homeopatia, a fitoterapia e até mesmo acumputura. Sem ter a pretensão de afirmar de maneira categórica que estas terapias devem ou não fazer parte do centro espírita, é preciso ter cuidado para que estas práticas não descaracterizem a própria terapêutica espírita. Além disso, estas terapias complementares possuem seus próprios espaços destinados à sua prática e difusão de seus princípios e nada impede que o espírita procure estes espaços para usufruir dos benefícios ali oferecidos.

O tema é amplo e abre espaço para muitas reflexões. O mais importante nesta bem elaborada reportagem é mais uma vez a comprovação de que a mente determina a saúde do corpo físico e mais um passo para a afirmação de que somos seres espirituais em uma experiência transitória na matéria.


*Os termos matéria e reportagem a que o texto faz referência , são comentários pessoais do autor a respeito da publicação da Revista IstoÉ, em 19/02/2010, sob o título “O Poder da Meditação”.

Breno Henrique de Souza é paraibano de João Pessoa, ambientalista, expositor e militante espírita há mais de 10 anos.

Fonte: Espiritismo.net


Leia aqui a matéria completa da Revista IstoÉ

terça-feira, 27 de julho de 2010

James Redfield e a Meditação

O escritor americano James Redfield, autor do livro “A Profecia Celestina”, no prefácio da obra “Meditações Celestinas”, de autoria da sua esposa “Salle Merrill Redfield, faz um relato sobre a sua visão a respeito do papel da meditação em nossa época.


“Existe hoje uma nova consciência espiritual emergindo em nosso planeta. Nas últimas décadas, as contribuições que nos vêm de fontes religiosas e filosóficas do Oriente e do Ocidente mudaram a visão e o conceito que tínhamos da espiritualidade.

Durante muito tempo, quando pensávamos em espiritualidade, nós nos referíamos a crenças e práticas religiosas dirigidas a um Deus distante e poderoso a quem reverenciávamos e temíamos. Na nova visão, descobrimos que a espiritualidade não é uma fé abstrata, mas uma experiência concreta. Descobrimos sobretudo que Deus não está fora e distante, mas é nossa dimensão interior fundamental. Quando nos ligamos profundamente a essa dimensão, nossa vida é energizada e nos sentimos guiados através de intuições sutis e coincidências misteriosas.

Mas é preciso investir para desenvolver e aprofundar essa conexão com o divino. A melhor maneira que conheço para isso é a meditação. Alguns minutos por dia são suficientes para alcançarmos o crescimento e paz que buscamos. Na meditação nós nos acalmamos, relaxamos, silenciamos o tumulto interior e criamos uma abertura para receber a sabedoria necessária para transformar nossa vida.

Durante muitos meses, minha mulher Salle e eu percorremos o mundo falando para pessoas que estão engajadas nesse processo. As meditações elaboradas por Salle mostraram-se extremamente úteis e eficazes para promover uma conexão mística com a quinta percepção.

Nós convidamos você a unir-se a nós nessas meditações.

É muito natural que, de vez em quando, tenhamos dúvidas ou crises de ceticismo. Mas é visível também que cada vez mais pessoas compreendem o poder espiritual da esperança e da visualização ao se conectarem com a força transformadora de Deus que existe dentro de nós.

Quando somos capazes de encontrar tempo para meditar e visualizar um futuro melhor para todos os seres humanos, nós transformamos o mundo.”


James Redfield


Prefácio do livro “Meditações Celestinas, de Salle Merril Redfield.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Música Espírita: (De Volta) A Fonte – Vozes Eternas

O nosso destaque em "Música Espírita" do mês de julho vai para a belíssima canção “A Fonte”, do grupo Vozes Eternas, já antes editada em vídeo por mim e agora gravada em uma nova roupagem.


domingo, 25 de julho de 2010

Mensagem da Semana



Meditando com Saara Nousiainen


Ouvir a Meditação

Voz de Saara Nousiainen



Quero estar em Harmonia



Diga mentalmente:

Quero estar em harmonia com o mundo, porque o mundo é o meu grande lar.

Quero estar em harmonia com a vida, porque eu sou uma parte da própria vida.

Quero estar em harmonia com meus companheiros de trabalho, porque com eles tenho muito a aprender e preciso da sua colaboração para meu próprio progresso.

Quero estar em harmonia com a natureza, porque faço parte dela e ela de mim.

Quero estar em harmonia com a humanidade, porque todos são meus irmãos neste caminho de lutas e aprendizados.

Quero estar em harmonia com a minha família, porque é no lar que devemos aplicar os melhores recursos da nossa boa educação e do nosso amor, aprendendo a viver e a conviver.

Quero estar em harmonia com o meu corpo, porque é nele que eu posso me manifestar no mundo físico.

Quero estar em harmonia com a minha consciência, porque ela é a Luz de Deus em mim.

Paz, harmonia, amor e alegria em todo meu ser.


Saara Nousiainen

sábado, 24 de julho de 2010

Boas Notícias

Seleção de notícias positivas veiculadas em alguns sites, durante esse mês de Julho:

Meio Ambiente


Rio: universidade promove ação para recuperar a Mata Atlântica

Para ajudar a preservar a Mata Atlântica e ainda estimular a consciência ambiental entre seus alunos, uma universidade carioca está promovendo a Ação Consciência Verde.

A iniciativa partiu da Universidade Veiga de Almeida (UVA) em parceria com o Instituto Terra. Juntos, eles pretendem resgatar um dos maiores símbolos verdes do Estado do Rio de Janeiro.

Para participar é necessário seguir os seguintes passos:

- Inscrever-se no vestibular pelo link www.uva.br/vestibular/conscienciaverde;
- Preencher corretamente o formulário e marcar "sim" no campo obrigatório "Está participando da Ação Consciência Verde?", presente no formulário.

Todos os candidatos que fizerem a inscrição desta forma e comparecerem no dia da prova, representarão um investimento na recuperação de 1m² de Mata Atlântica, que poderá ser acompanhado online por um link que será divulgado no final da ação.


Fonte: Notícias Terra, 23/07/2010


Livro ensina crianças a proteger a natureza



"Em O planeta está com febre, a escritora Luciana Rosa mostra aos pequenos uma saída para a preservação e recuperação do aquecimento global que atinge a Terra."


Livros infantis geralmente trazem uma moral no final da história que faz as crianças pensarem em qual comportamento se deve ter frente aos problemas da vida. E quando o problema é a causa da destruição da vida, o que fazer? Em O planeta está com febre, a escritora Luciana Rosa mostra aos pequenos uma saída para a preservação e recuperação do aquecimento global que atinge a Terra: o amor.

Com texto dinâmico e desenhos cheios de vida, feitos pelo ilustrador Salmo Dansa, o livro conta uma histórinha que ilustra a atual situação do meio ambiente global, e vai além: ao mesmo tempo que pede aos pequenos medidas para curar o mundo, porque o "egoísmo dos adultos" está destruindo o planeta, ensina que é preciso passar a mensagem de preservação à frente e mobilizar todos da comunidade.

Prefácio e atividades

O prefácio de O planeta está com febre também possui um autor engajado. O ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, escreve sobre a importância de ensinar às crianças sobre preservar a Terra, e se despede com pesamentos de incentivo de Gandhi e Chico Mendes.

No final da publicação, Luciana propõem algumas atividades educativas para as crianças, como construção de painéis, pesquisas sobre aquecimento global e envio de cartas à pessoas queridas. Além disso, a autora criou um blog para manter contato com seus pequenos leitores. Na plataforma, ela divulga ideias e desenhos enviados.


Fonte: Terra Notícias, 15/07/2010


Ciência


Telescópio acha 140 planetas que podem ter vida

“Kepler descobre planetas quando eles passam em frente a sua estrela, assim como registra Vênus ou Mercúrio ao passarem em frente ao Sol.”

Cientistas anunciaram a descoberta de 140 novos planetas parecidos com a Terra encontrados nas últimas semanas. Com os novos dados, os cientistas acreditam que existam cerca de 100 milhões de planetas parecidos com o nosso e que possam abrigar vida apenas na Via Láctea. As informações são do Daily Mail.

Os achados foram feitos pelo telescópio espacial Kepler, que procura novos planetas desde que foi lançado, em janeiro de 2009. Segundo o astrônomo Dimitar Sasselov, os planetas têm tamanho parecido com o da Terra. O cientista descreveu a descoberta como a "realização do sonho de Copérnico", em referência ao pai da astronomia moderna.

Novos planetas fora do sistema solar são descobertos quando eles passam em frente a sua estrela. O telescópio não capta uma imagem direta, mas registra a minúscula diminuição do brilho do astro quando o planeta passa em frente. Essa passagem causa "piscadas" na luz. Pelo cálculo da diminuição de brilho, do tempo entre as "piscadas" e da massa da estrela, os astrônomos conseguem descobrir o tamanho do planeta.

O Kepler continuará pesquisando o céu dia e noite, sem interrupção, pelos próximos quatro anos, segundo o cientista. Sasselov afirma que nos últimos 15 anos cerca de 500 exoplanetas foram descobertos, mas nenhum foi considerado parecido com a Terra, ou seja, com a possibilidade de abrigar vida.

"Vida é um sistema químico que realmente necessita de um planeta pequeno, água e pedras e uma grande quantidade de complexos químicos para surgir e sobreviver. (...) Tem um monte de trabalho para fazermos com isso, mas os resultados estatísticos são claros e planetas como a nossa Terra estão lá fora. (...) Nossa própria Via Láctea é rica nesse tipo de planetas", disse o astrônomo durante a apresentação dos resultados do Kepler na conferência TEDGlobal, em Oxford, no Reino Unido.


Terra Notícias, 22/07/2010


Saúde


Acordo entre OMS e COI busca promover estilo de vida saudável

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Olímpico Internacional (COI) juntarão forças para promover estilos de vida saudáveis, incluindo atividades físicas, esporte para todos, Jogos Olímpicos sem Tabaco e a prevenção da obesidade infantil.

Representantes dos dois órgãos assinaram um memorando de entendimento na quarta-feira, 21 de julho, em Lausane (Suíça), no qual prometem cooperar em nível nacional e internacional para promover atividades destinadas a ajudar as pessoas a reduzirem o risco de doenças não transmissíveis, como câncer, ataques cardíacos e diabetes.

Reforço

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que o acordo irá reforçar o combate a doenças que provocam o maior número de mortos no mundo. Doenças não transmissíveis ou não infecciosas matam cerca de 35 milhões de pessoas todos os anos, o que inclui quase 9 milhões com menos de 60 anos. A falta de exercícios físicos é apontada como o quarto maior fator de risco para todas as doenças, contribuindo para cerca de 1,9 milhão de mortos anualmente.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, ressaltou que tanto o COI como a OMS estão interessados em promover estilos de vida saudáveis.

Países vulneráveis

Uma nota da agência da ONU indica que quase 90% de todas as mortes antes dos 60 anos ocorrem nos países mais vulneráveis e podem ser evitadas por meio da redução do consumo de tabaco, adoção de dietas saudáveis e aumento de atividades físicas. Mortes causadas por doenças não infecciosas estão aumentando em todas as regiões do mundo. A OMS revela que elas irão subir para cerca de 41 milhões por ano, se a atual tendência continuar.


Fonte: Terra Notícias, 22/07/2010


Inclusão Social


Portadores de necessidades especiais recebem qualificação profissional

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial(SENAI), já matriculou mais de mil pessoas portadoras de necessidades especiais no estado do Ceará nos cursos de capacitação profissional. A ação faz parte do Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI), e tem como principal objetivo, formar essa parcela da população para o trabalho.

O programa que foi instituído em 2000 e acontece em todo Brasil, conta com apoio das empresas que contratam todos os estudantes dos cursos. No Ceará são cinco empresas participando a M. Dias Branco e o Grupo Pelágio Oliveira, do setor alimentício, o Grupo Norsa, de bebidas, a Marisol e a Vicunha, do segmento têxtil.

As contratações devem cumprir cota prevista na lei 8.213, que estabelece um numero mínimo de empregados portadores de necessidades especiais. Pela lei, as empresas que possuem cem ou mais funcionários, devem preencher de 2% a 5% das vagas para esse grupo de pessoas.

De acordo com Cid Fraga, diretor do Centro de Formação Profissional do SENAI na Barra do Ceará, os cursos são focados na necessidade que a indústria possui “As indústrias fazem o processo de seleção com as pessoas e nos passam suas necessidades. A partir disso elaboramos um programa para o curso de acordo com as especificações das funções que o estudante vai exercer”, explica Cid.

Os estudantes passam parte do tempo em salas de aula e outra parte na empresa em que vai trabalhar. “desde o início do curso, a empresa já fecha contrato com os profissionais, desta forma eles já aprendem a teoria e a prática de sua profissão”, diz o diretor. Os cursos têm, em média, duração de um ano.

Segundo dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no país cerca de 24,5 milhões de pessoas – ou 14,5% da população – com algum tipo de deficiência, que pode ser auditiva, visual, física, motora ou intelectual. O Programa de Ações Inclusivas do SENAI adapta os currículos dos cursos de formação profissional às características dessas pessoas.

O programa do SENAI oferece ainda cursos de formação ou requalificação profissional para idosos, indígenas e quilombolas em todo o país. De 1999 até janeiro deste ano foram capacitados em todo o Brasil mais de 57.000 alunos especiais. No ano passado, o PSAI formou 17.000 pessoas. Os cursos mais procurados são os de panificação, informática, mecânica de automóvel, operador de máquinas pesadas e construção civil.

Contato: Cid Fraga, diretor do Centro de Formação Profissional do SENAI – (fone: 85 3241 5501)


Fonte: Agência da Boa Notícia, 20/07/2010


Paz


Movimento Por Amor à Vida realiza Fórum para sensibilizar a sociedade


Diante das situações de atentado à vida registradas em Fortaleza, surgiu o Movimento Por Amor à Vida com a intenção de mobilizar a sociedade, buscando diagnósticos e propondo estratégias para garantir uma convivência. Nesta quinta-feira (1°), o Movimento realiza o Fórum Por Amor à Vida, às 17h, na Procuradoria Geral de Justiça (Rua Assunção, 1.100 - José Bonifácio).

O Fórum é aberto à participação de todas as pessoas e instituições interessadas em congregar forças para reverter o atual quadro de violência e garantir que todas e todos possam viver com dignidade. A inscrição pode ser feita no blog do Movimento: www.poramoravida.org/inscricoes

Segundo a assessoria de imprensa do Movimento, o Forum será o “momento de pactuar as diretrizes do Por Amor à Vida, além de sensibilização e busca de adesões da sociedade”. O encontro será aberto com a apresentação do movimento e, em seguida, os participantes do Fórum serão convidados a integrar um dos cinco grupos de trabalho.

Os temas a serem discutidos pelos grupos são: “Cidade, Violência e ações de defesa da vida”, “Sistema de Justiça e de Garantia de Direitos”, “Cultura das Adicções: abuso de álcool e outras drogas”, “Ações Comunitárias em Rede” e “Cultura, Cidadania, Ações Cotidianas e Gentileza”.

Os participantes de cada grupo buscarão apresentar a situação relativa a cada tema, identificar estratégias e ações a serem apoiadas e potencializadas pelo Movimento e delinear resultados esperados a curto e médio prazos. Em seguida, cada grupo levará o resultado das discussões para deliberações em plenária. Ao final, será elaborada a carta de fundação oficial do movimento Por Amor à Vida.

Boa Notícia no Movimento

O Presidente da Agência da Boa Notícia, jornalista e professor Francisco Souto Paulino, explica que a entidade decidiu integrar o Por Amor à Vida por ser “um movimento aberto a todas as pessoas e instituições de boa vontade que procuram fazer o bem em todas as suas nuances”.

Ele elogia a idéia do Fórum abrir espaço para discussão em cinco linhas de trabalho, o que facilita a adesão e participação das pessoas. “Elas vão se agrupando de acordo com o tema ou área que tem mais afinidade e experiência”

Saiba mais sobre o Movimento Por Amor à Vida

O “Por amor à vida” é um movimento da sociedade civil organizada, sem fins lucrativos ou partidários, criado por iniciativa espontânea de diversas pessoas e instituições que desejam construir uma cidade onde todas e todos possam viver com dignidade.

Não é uma instituição formal, é um movimento, ou melhor, uma teia aberta à pessoas e instituições que desejam afirmar a vida, em toda sua integralidade e que deve ser vivida dignamente por todas e por todos.

Tem por princípios: Gentileza gera gentileza; Fraternidade é identificar o que nos separa e convocar o que nos une; Todas e todos são artífices de uma cidade de Direitos e Paz; A primeira infância fundamenta a vida e a juventude aponta o futuro; A palavra divide, agride e liberta. A comunicação promove valores e resignifica a cultura; Cuidado com todas as formas de dependência; O conhecimento, a ciência, a técnica, a arte e a cultura a serviço da vida; A cidade é o lugar do encontro e a escuta congrega os diferentes e a diferença. Os espaços públicos são espaço de lazer e de construção social; Família, comunidade e valores. Fortalecer arranjos familiares e redes comunitárias.

* Com informações da Assessoria de Imprensa do Movimento

Contatos: jornalista Thiago Mendes - (fones: 3131 1698/ 8885 3818) e jornalista Mônica Mourão - (fone: 85 3131 1698/ 8814 8091)


Fonte: Agência da Boa Notícia, 01/07/2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Meditação Cristã em prol da Paz

Meditar em prol da Paz


O monge Laurence Freeman acredita que a disciplina espiritual conquistada com a meditação pode diluir o sentimento de violência

Por Maria Fernanda Vomero


"A meditação nos deixa conscientes das sementes de violência que estão dentro de nós"


Antes de se tornar um monge beneditino, o inglês Laurence Freeman foi jornalista, teve emprego em um banco de investimentos e passou seis meses trabalhando no escritório da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, como assistente do embaixador inglês. Em seu currículo, consta também um mestrado em Literatura Inglesa na Universidade de Oxford. Quando o monge John Main – que havia sido seu professor no colégio beneditino – criou um centro de meditação cristã para leigos em Londres, em 1975, Laurence resolveu participar da experiência. Passou seis meses no mosteiro aprendendo a meditar. "No fim daquele período, quando eu pensava em voltar para o meu trabalho como jornalista e para a vida acadêmica, já não conseguia sentir entusiasmo", diz. Ao mesmo tempo, a vida contemplativa dos monges o deixou encantado. "Levei o verão todo para decidir o que fazer. A meditação foi o começo de uma longa jornada espiritual.

Como eu era um aprendiz vagaroso e indisciplinado, resolvi me tornar monge para continuar aquela jornada." Em viagens e retiros espirituais pelo mundo, Dom Laurence divulga a prática meditativa como maneira de promover a paz. Ele é o guia espiritual da Comunidade Mundial para a Meditação Cristã, que reúne 27 centros de meditação e mais de uma centena de grupos presentes em mais de 50 países, inclusive no Brasil. Numa das visitas a São Paulo, Dom Laurence conversou com a Super.

Super – Qual a importância da prática da meditação?


A meditação é importante nos dias de hoje por causa do desequilíbrio das nossas vidas. Vivemos numa velocidade muito alta, sempre lutando contra o tempo. Gradualmente, vamos perdendo o contato com o centro do nosso ser, onde experimentamos paz, alegria, amor e os sentimentos essenciais para estarmos bem. Dia desses, em Londres, eu buscava um lugar para estacionar o carro. Ao virar a esquina, achei uma vaga e fiz uma manobra. Um ciclista que estava atrás de mim teve que desviar bruscamente. Não aconteceu nada grave, mas percebi que ele me seguia para tirar satisfações. E me xingava, gritando. Voltei-me para ele, pedi desculpas e perguntei o que poderia fazer para ajudá-lo. Ele ficou tão surpreso – afinal, esperava uma reação nervosa da minha parte – que disse apenas: "Prometa que nunca mais fará isso". Foi engraçado, mas preocupante. O rapaz sentia uma raiva profunda, não somente por causa da fechada no trânsito. Era uma vontade de brigar, uma infelicidade intensa. Se falta paz dentro de cada um, imagine na sociedade como um todo.

Super - A meditação pode resgatar essa paz interior?

Certamente. Note como, na sociedade, existe uma certa obsessão pela violência, mesmo nos momentos de lazer, em filmes e jogos. Por causa das condições da vida moderna, não temos tempo de estar em contato com as fontes de paz e alegria dentro de nós mesmos. Por isso, é fundamental ter uma disciplina espiritual, como a meditação. Sem esse contato profundo consigo mesmo, o indivíduo morre como ser humano. Hoje há um grande interesse no autoconhecimento. As pessoas querem saber mais sobre si mesmas, buscam os psicólogos. Isso é útil e proveitoso, afinal precisamos nos conhecer bem para viver com qualidade. As tradições religiosas, contudo, entendem o autoconhecimento de uma maneira bem mais profunda. Não se trata somente de saber algo mais sobre a própria personalidade, mas de estar em contato com o profundo de nós mesmos, onde Deus está. A tradição cristã sempre ensinou que conhecer-se verdadeiramente é conhecer a Deus.

Super - A meditação sempre esteve presente na tradição cristã?

Sim, mas não tem sido central na vida espiritual diária dos cristãos. Durante muito tempo, a Igreja Católica ocidental envolveu-se em questões seculares e esteve preocupada com sua dimensão externa e com a conversão dos pagãos. Perdeu, aos poucos, sua vida interior e contemplativa. Nos séculos XVI e XVII, a contemplação foi marginalizada e a meditação acabou restrita a monges, padres e freiras. Nos últimos 50 anos, porém, vários monges católicos retomaram a tradição meditativa e formaram comunidades para estimular essa prática.

Super - Há diferenças entre a meditação cristã e a budista?

Tanto diferenças quanto similaridades. A meditação é uma prática espiritual presente em diversas tradições religiosas. Pode ser definida como um jornada da mente para o coração. Você sai de uma atividade consciente para uma vivência espiritual. Conseguimos isso com muita disciplina, estando tranqüilos e silenciosos. Na prática, tanto cristãos quanto budistas vivem essa mesma experiência espiritual e os frutos são iguais: paz, alegria, paciência, bondade etc. Mas o significado da experiência meditativa é diferente. Nós, cristãos, acreditamos que, ao meditar, rezamos como Jesus Cristo rezava. Ele tinha tanto os momentos de contemplação profunda quanto de compromisso com os semelhantes. A ação concreta é resultado dessa viagem interior.

O senhor é um grande defensor do diálogo inter-religioso. Um exemplo foi o programa The Way of Peace (O Caminho da Paz), com o Dalai Lama. Como o senhor avalia a experiência?

Foi um programa que durou três anos, de 1998 a 2000. Queríamos explorar o diálogo entre budistas e cristãos, por meio da meditação, em três diferentes caminhos: uma peregrinação, um retiro espiritual e um trabalho conjunto pela paz. No primeiro ano, estivemos com o Dalai Lama em Bodhgaya, na Índia, um lugar sagrado para o budismo. No ano seguinte, o diálogo foi num retiro na Itália. E, por fim, fomos a Belfast, na Irlanda do Norte, refletir sobre a amizade entre as religiões e o processo de paz. Quisemos mostrar que a amizade espiritual entre budistas e cristãos, via meditação, podia colaborar para a solução dos conflitos entre católicos e protestantes. Em outras palavras, a amizade espiritual, em profundidade, contribui de modo poderoso para a paz entre as pessoas. Acho que fomos bem-sucedidos. Tivemos encontros com políticos, líderes religiosos, jovens e vítimas da violência. O Way of Peace continua com encontros anuais, quando refletimos sobre a ligação entre a meditação e o processo de paz. Tentamos mostrar que a violência não leva a lugar algum.

Super - Como explicar os conflitos justificados pela religião?

Todas as religiões, em sua origem, pregam o amor e a paz. Se estimulam o conflito, alguma coisa está errada. Hoje há uma grande confusão entre fé e crenças. A fé é a capacidade humana para transcender, ou seja, para estabelecer um relacionamento profundo com Deus. Cada um descreve sua experiência de fé de um jeito diferente. As crenças são justamente o modo de expressar essa fé, conforme a tradição, os costumes e a cultura. Se nos apoiamos somente nas nossas crenças e esquecemos a fé, todos aqueles que têm uma crença diferente se tornam inimigos. Daí as divisões dentro da própria Igreja e entre os diversos grupos religiosos, as inimizades, os confrontos. A oração precisa ser profunda, senão a religião se torna perigosa.

Super - Como a meditação contribui para o processo de paz no mundo?

Ela nos deixa conscientes das sementes de violência que estão dentro de nós: perda ou rejeição, tristeza, raiva. Assim, podemos corrigi-las precocemente. A meditação também nos coloca em contato com um espaço interior comum a todos os homens. Quando o indivíduo se sente parte desse "espaço de humanidade", entende que é possível partilhar com os demais. Essa é a base da cooperação, da existência pacífica.



*Laurence Freeman:
• Monge beneditino do mosteiro de Cristo Rei em Cockfosters, Londres.
• Tem 51 anos e é autor de seis livros sobre meditação cristã.
• Gosta de ler romances e, quando vem ao Brasil, aprecia correr ao longo da praia de Copacabana, no Rio.


Fonte: Revista Super Interessante, Edição 182 – 11/2002.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Poder do Pensamento

Os Pensamentos que Criamos

Os pensamentos são coisas! Os pensamentos são tão reais quanto os órgãos do corpo. Que tipo de pensamentos ocupam o seu dia ? São pensamentos amistosos ou agressivos ? Os pensamentos são poderosos, e por isso é importante prestar atenção naquilo que pensamos. Nossa vida cotidiana é resultado daquilo que pensamos.

A ciência credita a certos padrões de neurônios existentes no cérebro a formação de modos específicos de pensar e raciocinar. Sim, isto é verdade. Há um elemento de atividade elétrica ocorrendo em áreas particulares do cérebro e afetando nosso desempenho. Mas a verdade é que o pensamento não é, de modo algum, criado no cérebro. Nós não dizemos: algo me veio ao cérebro. Em vez disso, afirmamos: algo me veio à mente. O pensamento é uma função, e o resultado final é encontrado no cérebro.

Há basicamente três fontes de pensamento. O primeiro tipo, embora fácil para algumas pessoas, é mais difícil de conseguir para outras. Trata-se do pensamento através das orações ou da meditação. A vibração desses pensamentos energéticos é muito alta. O primeiro passo para sintonizar sua consciência nesta freqüência mais alta de energia é habituar-se a reservar algum tempo, todo dia, para orar e meditar. Tenha paciência e persistência: embora muitas vezes pareça que nada está acontecendo, com o tempo você descobrirá que a recompensa pela prática espiritual é grande. Acredito que ganhar consciência neste nível cria um sentimento de humildade, tranqüilidade, amor-próprio e alegria.

Durante os anos em que treinei para me tornar um médium, era necessário meditar diariamente. Alinhando-me com esta consciência da força de Deus, minha conexão com as dimensões espirituais aumentou e intensificou sua vibração. Entretanto, tive que sentar-me pacientemente, dia após dia, silenciosamente, para elevar meu nível de consciência da energia da Força de Deus dentro de mim. Então nas sessões com meus clientes, eu trabalhava em uma vibração amorosa muito alta. A mediunidade é, em si mesma, uma capacidade incrível e milagrosa, mas o trabalho ganha uma dimensão inteiramente nova quando o médium está se desenvolvendo também em um nível espiritual.


James Van Praagh, do livro “Em Busca da Espiritualidade”.
Imagem : Foto de James Van Praagh

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Meditando com Daniel Goleman

Ouvir a Meditação


Meditar Respirando


Para fazer esta primeira meditação, procure uma posição confortável, mas não confortável demais, para não correr o risco de adormecer. Desaperte o cinto e use roupas folgadas. Não é preciso sentar-se numa posição de ioga para meditar: basta uma cadeira de espaldar reto e firme, ou qualquer lugar em que você possa sentar-se confortavelmente com as costas apoiadas.

Sente-se numa posição ereta, mas relaxada. Mantenha a cabeça, o pescoço e a coluna vertebral alinhados, como se um grande balão de gás estivesse puxando sua cabeça para o alto. Manter a cabeça ereta ajuda a mente a permanecer alerta, o que é uma condição essencial na meditação.

Feche os olhos e mantenha-os fechados até o final da meditação... Muito bem, vamos começar...

Comece prestando atenção na sua respiração, no fluxo natural do ar que entra e sai por suas narinas, ou no seu ventre que sobe quando você inspira e desce quando expira.

Observe todas as sensações ligadas à sua respiração... o movimento do ar... o calor... tudo o que você sentir...

Não procure controlar a respiração... respire naturalmente prestando atenção ao ar que entra e sai...

Se a respiração estiver superficial, deixe-a ficar assim. Se ela for mais rápida ou mais lenta, deixe-a ficar do jeito que está... A própria respiração se regula...

Enquanto medita, você só precisa prestar atenção nela... Quando você perceber que sua mente dispersou, traga-a suavemente de volta para a respiração. Durante essa meditação, os pensamentos, os planos, as lembranças, os sons, as sensações, tudo o que for diferente da sua respiração será considerado uma distração. Livre-se desses pensamentos. Tudo o que vier à sua mente desviando a atenção da respiração é, a partir de agora, uma distração.

Não se preocupe nem se culpe se sua mente se distrair com outros pensamentos... isso é natural. Cada vez que isso acontecer, basta trazer suavemente o foco da atenção para sua respiração...

Tente prestar atenção em cada respiração durante todo o tempo que ela durar: toda a inspiração, toda a expiração...

Para ajudar sua mente a se concentrar na respiração, repita em silêncio uma palavra para cada inspiração e para cada expiração: se você se concentrar no ar que entra e sai das narinas diga em sua mente "dentro" para a inspiração e "fora" para a expiração. Se a concentração estiver no movimento de seu ventre, diga em silêncio "subindo" para a inspiração e "descendo" para a expiração.

Faça com que essas palavras sejam como uma suave música de fundo em sua mente... um murmúrio bem leve... Preste atenção no que você sente ao respirar, e não apenas na mera repetição das palavras.

Tome consciência de cada inspiração e de cada expiração...

Quando sua mente for ocupada por outros pensamentos, traga-a suavemente de volta para sua respiração...

Deixe a respiração seguir seu ritmo natural... Se ela for superficial ou profunda, lenta ou rápida, não interfira em seu ritmo... basta prestar atenção nela...

Observe toda a inspiração... toda a expiração... dentro... fora... subindo... descendo...

Mantenha sua atenção alerta...

Dentro... fora... subindo... descendo...

Observe cada respiração... toda a respiração...

Cada vez que sua mente se afastar da respiração, traga-a suavemente de volta...

Agora, pare um pouco... observe seu corpo... veja como ele se sente... como você se sente...

Quando quiser, abra os olhos...


Daniel Goleman , do livro e CD “A Arte da Meditação”, de Daniel Goleman

terça-feira, 20 de julho de 2010

David Lynch e a Meditação pela não-violência


"Se a população meditasse, acabaria a violência" (David Lynch)


O cineasta americano David Lynch, diretor de filmes polêmicos como Eraserhead (1977), Veludo Azul (1986), Estrada Perdida (1997) e Império dos Sonhos (2006), esteve no Brasil em 2008 para lançar o seu livro Em águas Profundas, Criatividade e Meditação (Editora Gryphus, tradução de Márcia Frasão) e concedeu essa entrevista a Revista Época onde ele defende a prática da meditação, da qual é adepto desde 1975.


“se a raiz quadrada de um por cento da população de um país meditar, acaba-se a violência”. ( David Lynch)


ÉPOCA - A meditação transcendental pode realmente levar à paz?

David Lynch - Sim. Maharishi sempre dizia: regue a raiz e aproveite os frutos. Você pode imaginar o mundo como uma árvore, com folhas amarelas e galhos envergados. Regar a raiz significa avivar o mais profundo nível da vida, o campo unificado, oceano de consciência. Meditação em grupo é a chave para a paz. E tudo o que precisamos é da raiz quadrada de 1% da população meditando. No Brasil, se 12 mil ou 14 mil meditadores avançados fizessem isso duas vezes por dia, a violência e o estresse iriam acabar. A negatividade se dissipa.

ÉPOCA - Para quem seu livro será útil?

Lynch - Quem trabalha na área de cinema pode pegá-lo para ler e tirar alguma coisa dali. Mas, com mais freqüência, o livro será bom para as pessoas que buscam algo mais, ou que estão enfrentando algum tipo de problema. Elas podem perceber que há algo que pode mudar as coisas para melhor. Com a meditação transcendental, a criatividade flui e as coisas logo ficam muito, muito boas.

ÉPOCA - Gostaria de que seu livro estivesse numa prateleira de auto-ajuda?

Lynch - Poderia estar em auto-ajuda ou em cinema. Quero que esteja em uma livraria, não importa onde.

ÉPOCA - No livro, o senhor fala sobre como a intuição é importante em seu trabalho. Mas acredita na inspiração?

Lynch - Sim. Quando pego uma idéia, ela vem de uma imensa energia de inspiração. É uma emoção. É importante sentir essa energia, tanto quanto escutar e a sentir a idéia.



ÉPOCA - A meditação o ajuda a entrar em contato com seu eu interior?

Lynch - Não é apenas isso. É o nível mais profundo da vida, sem fronteiras, infinito e eterno. O campo unificado, como diz a ciência moderna. A meditação transcendental é apenas a chave que abre as portas para esse campo. É um aprendizado muito específico, mas fácil e supremamente profundo. Uma criança de dez anos pode praticar a meditação transcendental tão bem quanto um homem de 99 anos. Há vários caminhos, e várias formas de meditação. Dizem que todas as estradas levam a Roma. Algumas são estradas de terra, outras de pedra, outras de mão dupla... Mas pode haver uma superestrada para a Roma! Essa é a meditação transcendental.

ÉPOCA - É difícil entender como uma mente tão pacífica pode criar um trabalho tão perturbador.

Lynch - As histórias têm contrastes: tormentos, beleza, felicidade perfeita, sofrimento, toda uma variedade de condições humanas. Minhas histórias refletem o mundo em que vivemos, um mundo negativo. O artista não tem de sofrer para mostrar sofrimento. Não precisa morrer para filmar uma cena de morte. Ele precisa entender o sofrimento. O entendimento cresce quando você transcende. Expandindo a consciência, é possível pegar idéias em níveis profundos. Eu simplesmente me apaixono por certos tipos de idéia. E pela forma como o cinema pode traduzir essas idéias. É maravilhoso. Outra pessoa pode se apaixonar por idéias diferentes. Há tantas idéias por aí borbulhando.

ÉPOCA - Alguns críticos dizem que seus filmes mostram um lado perverso dos Estados Unidos. Qual o futuro do país?

Lynch - Os Estados Unidos saíram dos trilhos. Mas há um grupo de meditadores que busca a paz e está quase chegando à raiz quadrada de 1% da população. Assista ao que vai acontecer: os Estados Unidos vão voltar a ser um ótimo e pacífico país.

ÉPOCA - Quando o país foi pacífico?

Lynch - Provavelmente nunca (risos). Mas talvez tenha havido um tempo com ênfase nas coisas boas. John Fitzgerald Kennedy (presidente dos EUA entre 1961 e 1963) realmente tentou transformar o país para melhor. As histórias ao longo do tempo têm contrastes.

ÉPOCA - No livro Hollywood is Right, o crítico Mark Cousins escreveu que seus filmes tendem a elogiar o isolacionismo. Sobretudo Veludo Azul e Eraserhead. O que acha?

Lynch - É uma bobagem, isso sim. Esses filmes não falam nada sobre os Estados Unidos. Os filmes não refletem todas as pessoas, ou um país inteiro. Eles estão localizados, e isso é importante. A história é sobre uma situação particular, com aqueles personagens em particular, naquela cidade em particular.

ÉPOCA - Por que se recusa a dar sua interpretação de seus filmes?

Lynch - Não quero estragar a experiência de ninguém. O filme é uma coisa completa. Como na meditação, não se deve adicionar nem retirar nada. Você não sai por aí desenterrando autores mortos e perguntando a eles o que eles quiseram dizer com isso ou aquilo. É preciso descobrir por si próprio. Toda interpretação é válida.

ÉPOCA - Nunca fica incomodado com alguma interpretação?

Lynch - Não. É tão lindo. Todos olhamos para o mesmo mundo, mas cada um tem uma visão diferente dele.


ÉPOCA - O senhor escreveu no livro que não tinha idéia do que eram a caixa e a chave azuis que aparecem em Cidade dos Sonhos (2001).

Lynch - Era uma brincadeira, é claro que eu sei o que são (risos). Acho que cada pessoa, lá no fundo, sabe o que são a caixa e a chave.

ÉPOCA - O senhor já disse que não faz testes com os atores, mas que conversa com eles. Como é possível ver se a atuação de alguém é boa numa conversa?

Lynch - É bem fácil. Olho para os olhos deles, para o rosto. E vejo como aquela pessoa vai ficar no meu personagem.

ÉPOCA - O livro critica a forma como os diretores perdem o controle de seus filmes, na indústria cinematográfica. Acha que é livre para criar?

Lynch - Não critico, fico com pena deles. Enfrentei esse problema em Duna (filme de 1984, fracasso de críticas e de bilheteria). É preciso ser livre para criar.

ÉPOCA - A maior parte dos seus filmes foi financiada por europeus. O senhor se sente distante de Hollywood?

Lynch - Sim, bem distante. Mesmo morando lá. Na França, eles têm a melhor postura. Nunca pensariam que um cineasta não poderia ter controle criativo.

ÉPOCA - E como é ser um estrangeiro em Hollywood?

Lynch - É maravilhoso.

ÉPOCA - É difícil conseguir dinheiro para fazer filmes, atualmente?

Lynch - O cinema está mudando tanto! De certa forma, é mais difícil para cineastas estreantes conseguirem dinheiro. Por outro lado, hoje é preciso menos dinheiro, com as câmeras digitais. Então as coisas acabam se equilibrando. Acho que o destino tem um papel muito importante na carreira das pessoas. Se você tem o bom destino, consegue o dinheiro.

ÉPOCA - Os filmes digitais são o futuro do cinema?

Lynch - Com certeza.

ÉPOCA - E a internet? Os estúdios e cineastas estão preparados para ela?

Lynch - Não estão preparados, mas ela está chegando. Não estou preocupado com isso. O que acontece depois de o filme estar terminado está fora do controle do cineasta. A alegria de fazer um filme e sentir que ele está tomando o rumo certo é uma viagem maravilhosa. É melhor aproveitar essa parte. Com a meditação transcendental, você curte muito mais fazer coisas.

ÉPOCA - Mas nunca se preocupa com a maneira como os filmes chegarão ao público?

Lynch - Não, mas sei que será pela internet. Ela é o novo cinema, a nova televisão, a nova livraria, o novo parque de diversões.

ÉPOCA - Império dos Sonhos (2006) é seu filme mais estranho. As pessoas estão com medo do próximo. O que o senhor está fazendo?

Lynch - (Risos) Não precisam ter medo. Tenho pintado, feito músicas e fotografias. Não tenho uma idéia para o próximo filme. Mas estou trabalhando num documentário sobre a turnê em que falei sobre meditação e paz em 15 países.

ÉPOCA - O senhor se diz apaixonado por mistérios. Que mistério o assombra no momento?

Lynch - O mistério da vida.


ÉPOCA - No livro, o senhor soa às vezes como o detetive Dale Cooper, de Twin Peaks (série de sucesso criada por Lynch e exibida entre 1990 e 1991).

Lynch - Talvez a gente tenha características em comum. Há um mistério e ele é um ótimo detetive que quer descobri-lo. Eu gosto de sua atitude positiva.

ÉPOCA - Tem alguma coisa no mundo que o faça sair dessa serenidade?

Lynch - Estou cheio de serenidade, mas ainda não ao máximo. Se uma pessoa fosse completamente iluminada, nada a poderia desviar da serenidade. Esse é o futuro. É nosso direito de nascença, como seres humanos, ter iluminação.



Revista Época, 08/2008.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pensamentos Nobres

Considerações em frases e pensamentos sobre a meditação:



“Na meditação nós nos acalmamos, relaxamos, silenciamos o tumulto interior e criamos uma abertura para receber a sabedoria necessária para transformar nossa vida.”

Salle Merrill Redfield, do livro Meditações Celestinas.





“A meditação exige prática, paciência. Mas o próprio ato de meditar gera cada vez mais paciência. Afinal, o que importa é que você está indo ao encontro da parte mais bonita, acolhedora e produtiva de você mesmo – a sua porção feita de luz.”

Brian Weiss, do livro Meditando com Brian Weiss






“Que homem sábio é consumido por dúvidas em relação à felicidade nesta vida e na próxima? Os homens inteligentes fazem da meditação o essencial.”

Atisha (982-1054), Tibete




“Através da meditação, vivenciamos uma beleza interior que nos faz repensar tudo o que nos rodeia e a nós mesmos. Que nos faz confiar na capacidade – que de fato possuímos – de utilizar e direcionar nossas energias para a purificação de nosso corpo e de nossa mente, e para a descoberta e o desenvolvimento de nossa espiritualidade.”

Brian Weiss, do livro Meditando com Brian Weiss



“Nos momentos serenos e silenciosos em que meditamos, tomamos mais consciência das situações que estamos vivendo e conseguimos compreendê-las com maior clareza. Vamos nos tornando capazes de perceber o que precisa ser mudado e o que devemos simplesmente aceitar.”

Salle Merrill Redfield, do livro Meditações Celestinas



“A prática da meditação nos ajuda a limpar a mente. Por um período determinado, de pensamentos intrusos e do que retemos na consciência sob a forma de ecos e de fragmentos inquietantes, oriundos do mundo exterior. Em certo sentido, torna a mente mais sensível ao que é, de fato, essencial. E seus efeitos se prolongam para além do estado meditativo.”

Brian Weiss, do livro Meditando com Brian Weiss



"Meditar é esvaziar-se do ego e dar permissão para a nossa Divindade manifestar-se em todos os nossos corpos, limpando-os, preenchendo-os e amplificando-os. Dando vazão a sentimentos de plenitude, harmonia e amor."

autor desconhecido



"Medita raciocinadamente ante o clima de conhecimento superior que já possuis, na certeza de que te encontras na ocasião de expressar o melhor de ti mesmo."

Chico Xavier

domingo, 18 de julho de 2010

Mensagem da Semana



Meditando com Saara Nousiainen

Ouvir a Mensagem
Voz de Saara Nousiainen


Neste Mundo tão cheio de Aflições


Senhor da Vida !

Neste mundo tão cheio de aflições nós precisamos mais de Ti.

Então pedimos Teu amparo, a Tua ajuda a todos que estão sofrendo,
mas acima de tudo Senhor, que a força da aflição possa ser aquela energia capaz de impulsionar os seres para o alto e transformar a terra num mundo mais fraterno, num mundo de Paz.

Que assim seja !

Saara Nousiainen

sábado, 17 de julho de 2010

Extra (Paz) : Internet pela Paz

Estamos abrindo hoje esse espaço, para falarmos de um assunto que diz respeito a cada um de nós: “a Paz”. O mundo nunca esteve tão necessitado de uma nova consciência e para isso, é imperioso que transformemos também os nossos valores. Em nossos dias, uma grande maioria de pessoas, ainda se mantém atreladas às perspectivas de um futuro melhor com base em seus interesses pessoais, sem ao menos considerarem as necessidades do próximo e de uma maneira mais abrangente, do meio ambiente como um todo.

Já passa da hora de despertarmos de que somos todos um, independente de raça, credo ou quaisquer diferenças e que tudo no universo encontra-se interligado. A nossa felicidade depende da felicidade do próximo. Não podemos imaginar que a paz possa ser conquistada apenas com o fim dos conflitos, das armas ou das guerras, pois sabemos que isso não resolve em nada o sofrimento daqueles que passam fome ou são atingidos pelas terríveis catástrofes naturais.

É hora de partirmos para a renovação, que indubitavelmente começa com o chamado “bom combate”, ou seja, aquele movimento de renovação realizado em nosso interior. Não há sequer a possibilidade de uma nova consciência coletiva, se essa não tiver a sua origem dentro de cada indivíduo. Sem a paz interior, mesmo que a nossa vida seja materialmente confortável, estaremos ainda muito distantes do real significado da palavra felicidade. O progresso material de nada valerá se estiver destituído da evolução espiritual do ser.

A partir dessa tomada de consciência, poderemos sim, nos mobilizarmos em prol da paz universal. Somos uma só família humana e possuímos hoje em dia, graças a esse progresso material, poderosas ferramentas que se usadas adequadamente, nos auxiliarão nesse sentido. A internet é uma delas. Podemos até afirmar que “a mais poderosa”, uma vez que, através dela nos conectamos com o mundo e nos aproximamos rompendo barreiras de tempo e distâncias.


A internet foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz 2010. Participe ! Mostre o seu apoio ! Divulgue em seu blog ou em seu espaço na net.

Acesse aqui e compartilhe suas idéias.

Conheça aqui o site oficial da Internet pela Paz.


Manifesto oficial Internet pela Paz


Finalmente percebemos que a internet é muito mais do que uma rede de computadores, mas uma rede infinita de pessoas.

Homens e mulheres de todos os cantos do planeta estão se conectando uns aos outros graças à maior interface social que a humanidade já conheceu.

A cultura digital estabeleceu as bases de um novo tipo de civilização. Além disso, essa civilização está promovendo o diálogo, o debate e o consenso através da comunicação, pois a democracia sempre prospera onde há abertura, aceitação, discussão e participação. Além disso, o contato com outras pessoas sempre foi o antídoto mais eficiente contra o ódio e o conflito.

É por isso que a internet é uma ferramenta pela paz.

É por isso que cada um de nós, dentro da internet, pode ser uma semente de não violência.

É por isso também que a internet merece o próximo Prêmio Nobel da Paz.

Um Prêmio Nobel dado também para cada um de nós.



Assista ao Vídeo da campanha Internet pela Paz :


sexta-feira, 16 de julho de 2010

A Meditação e a Paz



Meditação no combate à Violência


Por Eduardo Araia


Violência é um tema tão onipresente no noticiário mundial que dificilmente se consegue ficar à margem dele. No Brasil, por exemplo, são raras as pessoas que não passaram ou não conhecem quem passou por uma experiência do gênero. Como o problema atinge proporções planetárias, talvez seja recomendável revisitar alguns conceitos propostos há cerca de 40 anos por Maharishi Mahesh Yogi. Para quem não se lembra, esse controvertido guru indiano, que morreu em fevereiro, aos 91 anos, ficou mundialmente famoso por criar a meditação transcendental e associar - interesseiramente, diria John Lennon - sua imagem à dos Beatles, de quem foi instrutor espiritual por um curto espaço de tempo.

Maharishi declarou nos anos 1960 que se 1% da população mundial praticasse sua forma de meditação, as guerras desapareceriam da face da Terra. Como naquela época não havia meditadores suficientes para testar essa afirmação, a idéia pareceu mais uma bravata. Por volta de 1974, porém, mais de 250 mil norte-americanos já praticavam a meditação transcendental, e em muitas pequenas cidades o número de adeptos atingia 1% da população local. Foi a senha para o início dos estudos.

O primeiro deles foi realizado em dezembro de 1974. Os pesquisadores mediram indicadores da qualidade de vida em quatro das cidades que se encaixavam no perfil delineado pelo guru. Foram reunidos índices como estatísticas de crimes, taxas de acidentes e admissões em hospitais, comparados em seguida com os de outras quatro cidades que serviram como controle. Os números mostraram diferenças significativas: as taxas de crimes caíram nas cidades com 1% de meditadores e subiram nas outras (a tendência observada nos Estados Unidos como um todo).

O estudo foi então ampliado para 11 cidades com 1% de meditadores e 11 cidades-controle. As primeiras tiveram índices de crime 16,6% menores do que as últimas. Nova ampliação, com 48 cidades de cada lado, mostrou resultados semelhantes, abordados no estudo "The Transcendental Meditation Program and Crime Rate Change in a Sample of Forty- Eight Cities", publicado no Journal of Crime and Justice (Vol. IV, 1981). Os números obtidos foram considerados a evidência de um "Efeito Maharishi" sobre a violência.

A partir daí, a pesquisa se diversificou, sempre procurando conservar o rigor científico. Segundo o físico quântico John Hagelin, presidente da Universidade Central Maharishi, em Fairfield (Estado de Iowa), um dos estudos mais interessantes nesse aspecto foi desenvolvido em 1983, durante o auge da guerra entre Líbano e Israel. "Descobrimos que nos dias em que o grupo de meditadores teve o máximo de participantes (e também no dia seguinte a eles), os níveis de conflito tiveram redução de cerca de 80%", afirmou Hagelin numa palestra realizada em 2007 para o Instituto de Ciências Noéticas (Ions, na sigla em inglês). "Isso se tornou um efeito estatisticamente significativo e surpreendente, porque havia apenas entre 600 e 800 pessoas meditando no meio desse conflito inteiro e da altamente estressada população circundante."

Em sua edição de dezembro de 1988, o Journal of Conflict Resolution da Universidade Yale publicou esses resultados e uma carta na qual convocava outras instituições, colaboradores e grupos a replicar o estudo. A sugestão foi aceita, e nos 821 dias seguintes sete experimentos foram conduzidos, com grupos baseados em Israel, no próprio Líbano e em países do Oriente Médio, da Europa e de outras partes do mundo. Mais uma vez, os resultados chamaram a atenção dos estudiosos: quedas de 71% no número de mortos na guerra, de 68% nos casos de feridos e de 48% no nível geral de conflito, enquanto a cooperação entre os antagonistas aumentou em 66%.

Cada um dos grupos ia agregando cada vez mais meditadores e, quando chegava ao limite previamente calculado para produzir o efeito desejado, ocorria uma sensível redução da violência. Estudos anteriores já haviam mostrado, aliás, que, para se obter um efeito repetível e demonstravelmente mensurável em relação à violência, não era necessária nem mesmo uma quantidade de meditadores correspondente a 1% da população; bastava o equivalente à raiz quadrada desse número.

Hagelin salientou um dado curioso observado: as pessoas instaladas na vizinhança geográfica dos grupos também apresentaram mudanças, tal como se elas também estivessem meditando. Esses indivíduos registraram aumento na coerência em eletroencefalograma (um sofisticado método de análise quantitativa que fornece evidências sobre a microestrutura do cérebro, sua fiação e seus circuitos), redução de cortisol no plasma e níveis mais elevados de serotonina no sangue, além de alterações bioquímicas e neurofisiológicas. "Quando juntamos todos esses estudos", afirmou Hagelin, "a possibilidade de que as reduções dos índices de violência observadas representassem simplesmente uma coincidência - um feliz acaso estatístico - foi de menos de um em 10 milhões de milhões de milhões (1019)".

Em 1993, Hagelin e os pesquisadores ligados à Universidade Maharishi tiveram a oportunidade de testar a afirmação do guru indiano numa grande cidade com índices preocupantes de violência: Washington, a capital norte-americana. Estudos anteriores mostraram que, durante um período de seis meses em que a temperatura subia na cidade, os níveis de criminalidade também se elevavam - um fenômeno explicado pelo fato de as pessoas ficarem mais tempo nas ruas, agitadas e irritadiças. Um grupo de meditadores foi criado no início do semestre observado e gradativamente ampliado, até atingir 2.500 membros - o número previsto para conseguir o efeito positivo desejado, equivalente a algo em torno de 0,17% da população da capital (no final, o grupo chegou a 4 mil praticantes). Nesse momento, registrou- se uma queda expressiva nos índices de crimes, mesmo levando-se em conta todos os fatores que poderiam interferir nisso, como a meteorologia, fins de semana e feriados.

Segundo Hagelin, o trabalho foi desenvolvido com a polícia de Washington, o FBI e 24 cientistas sociais e criminologistas ligados a instituições como as universidades Temple, do Texas e de Maryland. "Previmos uma queda de 20% no índice de crimes e conseguimos 25%", conta o físico. Entre os surpreendidos com o resultado estava o chefe de polícia de Washington, que, antes do estudo, dissera à televisão algo como 'precisam cair uns 30 centímetros de neve em junho (mês quente em Washington - N. da R.) para reduzir o índice de crimes em 20%'. No fim, seu departamento dobrou- se às evidências e assinou como co-autor uma monografia a respeito do caso ("Effects of Group Practice of the Transcendental Meditation Program on Preventing Violent Crime in Washington, D.C.: Results of the National Demonstration Project, June-July 1993", na edição de junho-julho de 1999 da revista Social Indicators Research).

Já existem mais de 60 experiências nas quais um número pequeno de pessoas, usando a meditação transcendental, conseguiu influenciar cidades e até países a reduzir sua violência. Como se explica isso? Hagelin arrisca uma resposta baseada na física quântica. Segundo ele, o fenômeno está ligado à vanguardista Teoria das Supercordas (que representaria a unificação das quatro forças fundamentais da natureza: a gravitação, o eletromagnetismo e as interações forte e fraca). Ela coloca um único e universal campo de inteligência na base de todas as formas e fenômenos conhecidos do universo.

"Experiências regulares do campo unificado relacionadas à técnica de meditação transcendental têm mostrado que dissolvem condições arraigadas de estresse no indivíduo, acarretando reduções marcantes em hipertensão, derrame cerebral, problemas do coração e outras doenças ligadas ao estresse", afirma Hagelin. "Quando praticado coletivamente em grupos, esse mesmo programa tem registrado uma redução efetiva do estresse e das tensões sociais."

Ele explica que, segundo a física, o acesso e o estímulo ao campo unificado promovido pelos grupos de meditadores da paz criam poderosas ondas de unidade e coerência que permeiam a consciência coletiva da população. O resultado imediato disso é uma sensível redução dos índices de crimes e de violência social, além do aprimoramento de tendências positivas entre a sociedade.

"Felizmente, esses benefícios do programa de meditação transcendental vêm natural e automaticamente, e não requerem crença ou compreensão intelectual de sua mecânica", ressaltou Hagelin na palestra no Ions. "É tão simples quanto acionar um interruptor e apreciar a luz. Um grupo de meditação alivia o estresse social agudo e cria calma e coerência em toda a população."

O cientista vê no fenômeno da meditação aplicada à violência uma evidência de uma nova ramificação da física, ligada ao pensamento, que propicia mecanismos adicionais para interações de longo alcance entre as pessoas. "Ela sugere que vivemos num espaço predominantemente plano, cruzado por atalhos que oferecem rotas de comunicação instantânea através de vastas distâncias, e até para o passado ou para o futuro", afirma. "Se assumimos que em nosso nível essencial de ser estamos todos intimamente conectados em um campo unificado no qual somos todos um, torna-se muito fácil entender como influenciamos uns aos outros. Quando contatamos esse campo unificado do ser, estimulamos aquela unidade, aquela harmonia e aquela coerência na consciência coletiva da sociedade. E, ao fazer isso, todo mundo parece fluir mais harmoniosamente junto."

Maharishi e seus adeptos mostraram uma trilha promissora no combate à violência. Cabe agora a outros estudiosos e voluntários alargá-la, verificando, por exemplo, se os mesmos resultados podem ser obtidos usando-se outras formas de meditação. Lugares para testar essas hipóteses não faltam - e a expectativa de retorno certamente vale o investimento.


Fonte texto e imagem: Revista Planeta, edição agosto de 2008.
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