sábado, 31 de outubro de 2009

Tributo a Kardec


Encerramos o mês dedicado a Allan Kardec com essas homenagens em poesias e textos, que revelam a grandiosidade da sua missão e toda a nossa gratidão pelo seu legado de amor que possibilita a humanidade o esclarecimento da vida, em todos os seus aspectos, a fé no futuro e a compreensão mais pura dos ensinamentos de Jesus em seu Evangelho.

A todos os que nos visitam os nossos sinceros agradecimentos e os votos de muita paz.

Carlos Pereira



Allan Kardec, o Codificador


A vida e a obra de Allan Kardec, o sistematizador da Doutrina Espírita, foram objeto de profundas pesquisas de seus biógrafos, em trabalhos notáveis, na França e no Brasil.

Sua personalidade conquistou reconhecimento, a gratidão e a admiração de milhões de seres humanos que se beneficiam continuamente do que realizou como grande missionário da Terceira Revelação.

Têm os espíritas plena consciência de que a Nova Luz procede da Espiritualidade Superior, como o Cristo de Deus à frente de uma plêiade de Espíritos escolhidos para dar cumprimento à vinda co Consolador prometido por Jesus.

Mas sabem também que a corporificação, no mundo dos homens, do plano da Espiritualidade Superior exigia um mediador humano, um trabalhador com excepcionais qualidades para a missão de grande responsabilidade, que se caracterizasse também pela fidelidade ao compromisso.

O professor Rivail- Allan Kardec- foi esse medianeiro fiel.

Interpretar para um mundo inferior, num corpo doutrinário coerente, extremamente abrangente, como é a Doutrina Espírita, que vem inovar, renovar e implantar conhecimentos novos que contrariam velhas e arraigadas concepções religiosas e filosóficas sobre Deus, o Universo e o homem- eis resumidamente, a tarefa gigantesca aceita e executada pelo Codificador.

Acresce que o objetivo da missão, por sua natureza, não poderia ser imposto, através dos poderes instituídos pelos homens.

Trabalho essencialmente de esclarecimento, de concepções novas, de conhecimento íntimo de cada ser, teria que se desenvolver junto das almas, demandando de seu responsável preparo intelectual, método apropriado, segurança nas convicções, repulsa tanto à ingenuidade quanto à credulidade, numa palavra- o bom senso, imperando em todas as circunstâncias.

O Codificador reconstruiu, assim, o edifício da crença baseada na realidade, oferecendo à civilização atual bases morais e religiosas fundamentadas e seguras com fulcro na Fé iluminada pela Razão, no Amor da criatura ao Criador acima de tudo e ao seu próximo como a si mesma.

Allan Kardec, na grandeza de sua missão bem cumprida, iniciou a Era Espírita-Cristã, que poderá atingir todos os quadrantes deste Planeta com a Luz do Consolador.


Revista Reformador, Março de 2001.





Salve Kardec


Sobre a Terra de sombra e de amargura
A treva espessa e triste se fizera.
A Ciência e a Fé nas asas da quimera
Mais se afundavam pela noite escura.

A alma humana de então se desespera,
E eis que das luzes místicas da altura
Desce outra luz confortadora e pura,
De que o mundo infeliz se achava à espera.

E Kardec recebe-a, sobre o abismo
Espalhando as lições do Espiritismo,
Em claridades de consolação.

Emissário da Luz e da Verdade,
Entrega ao coração da Humanidade
A Doutrina de Amor e Redenção.


Pelo Espírito Cornélio Pires

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Doutrina e Vida





Allan Kardec


Qual farol que ilumina a noite densa,
foste um foco de luz - a bem da vida -
sem buscar uma outra recompensa
que não fosse ver a fé robustecida.

Não a fé sobre dogmas erguida,
que confunde e arrasta a turba imensa,
mas a fé raciocinada, esclarecida,
que engrandece o homem pela crença.

Do estudo fecundo e sublimado
deixaste, para nós, codificado,
o mais puro e fraterno cristianismo!

Que possamos, também, à tua imagem,
esclarecer aos homens c'oa mensagem
do Evangelho Segundo o Espiritismo!


José Antônio Macedo - São Gabriel (RS)





Reverenciando Kardec


Antes de Kardec, embora não nos faltasse a crença em Jesus, vivíamos na Terra atribulados por flagelos da mente, quais os que expomos :

o combate recíproco e incessante entre os discípulos do Evangelho;

o cárcere das interpretações literais;

o espírito de seita;

a intransigência delituosa;

a obsessão sem remédio;

o anátema nas áreas da filosofia e da ciência;

o cativeiro aos rituais;

a dependência quase absoluta dos templos de pedra para as tarefas da edificação íntima;

a preocupação de hegemonia religiosa;

a tirania do medo, ante as sombrias perspectivas do além-túmulo;

o pavor da morte, por suposto fim da vida.

Depois de Kardec, porém, com a fé raciocinada nos ensinamentos de Jesus, o mundo encontra no Espiritismo Evangélico benefícios incalculáveis, como sejam :

a libertação das consciências;

a luz para o caminho espiritual;

a dignificação do serviço ao próximo;

o discernimento;

o livre acesso ao estudo da lei de causa e efeito, com a reencarnação explicando as origens do sofrimento e as desigualdades sociais;

o esclarecimento da mediunidade e a cura dos processos obsessivos;

a certeza da vida após a morte;

o intercâmbio com os entes queridos domiciliados no Além;

a seara da esperança;

o clima de verdadeira compreensão humana;

o lar da fraternidade entre todas as criaturas;

a escola do Conhecimento Superior, desvendando as trilhas da evolução e a multiplicidade das "moradas” nos domínios do Universo.


Jesus - o amor.

Kardec- o raciocínio.

Jesus- o Mestre.

Kardec- o Apóstolo.


Seguir o Cristo de Deus, com a luz que Allan Kardec acende em nossos corações, é a norma renovadora que nos fará alcançar a sublimação do próprio espírito, em louvor da Vida Maior.

Emmanuel


Textos Allan Kardec, o Codificador e Reverenciando Kardec (CEAK)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Imagem e Mensagem: Consolador Prometido

Escolhi a mensagem “Consolador Prometido” do capítulo VI, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, para fazer esse vídeo da “Imagem e Mensagem” em homenagem a Allan Kardec incluindo a bela canção “A Chasing of the Wings “, do músico mexicano Ernesto Cortazar.



quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Gênese

A Gênese, ou também Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo (La Genése, les Miracles et les Preditions selon le Spiritisme em francês), foi publicada em 6 de janeiro de 1868. Nessa obra, Allan Kardec aborda diversas questões de ordem filosófica e científica, como a criação do Universo, a formação dos mundos, o surgimento do espírito, segundo o paradigma espírita de compreensão da realidade.

Nesse livro, Kardec procura estudar os milagres como fenômenos naturais cujos mecanismos de funcionamento são atualmente desconhecidos pela Ciência. Descreve os feitos extraordinários de Jesus Cristo, explicando o que teria realmente acontecido. Também mostra o processo espiritual e físico da criação da Terra, dos astros e planetas que compõem o Universo, segundo a visão científica de seu tempo. Epígrafe:"A Doutrina Espírita é a resultante do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência está chamada a constituir a Gênese segundo as leis da Natureza. Deus prova Sua Grandeza e Seu Poder pela imutabilidade de Suas Leis, e não pela sua suspensão. Para Deus, o passado e o futuro são o presente".


Fonte: Wikipeia

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas













No dia 01 de abril de 1858, Allan Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que tinha como objetivo “o estudo de todos os fenômenos relativos às manifestações espíritas e suas aplicações às ciências morais, físicas, históricas e psicológicas”.












Ele não tinha a intenção de fundar uma religião, como ocorreu posteriormente, a partir de seu legado. Para Kardec, “a ciência espírita compreende duas partes: uma experimental, relativa às manifestações em geral, e outra filosófica, relativa às manifestações inteligentes e suas conseqüências”.

Em outubro de 1861, ocorreu um triste e patético acontecimento. Trata-se do famoso auto-de-fé promovido pela Igreja Católica na cidade espanhola de Barcelona, quando cerca de 300 publicações espíritas foram queimadas em praça pública. As obras, encomendadas a Allan Kardec pelo livreiro Maurice Lachâtre, foram enviadas de forma comum, nas condições alfandegárias normais e tendo as taxas de importação pagas pelo destinatário às autoridades espanholas. No entanto, a entrega das encomendas não foi realizada, pois foram confiscadas pelo bispo de Barcelona com a seguinte justificativa: “A Igreja Católica é universal e estes livros são contrários à fé católica, não podendo o governo permitir que passem a perverter a moral e a religião de outros países”.

Talvez com saudades dos áureos tempos de absoluto domínio das consciências humanas à base de ferro e fogo, o douto bispo, acreditando pertencer à uma seleta instituição de únicos representantes da vontade de Deus na Terra, fez reacender as fogueiras que atingiram tantas vítimas inocentes em séculos anteriores. Através de um carrasco, as obras foram queimadas, certamente, no lugar das pessoas que deveriam estar ali: os espíritas franceses em geral e um homem em particular: Allan Kardec. A pantomima seguiu em tudo as regras de uma execução inquisitorial.

Graças a esta demonstração de brutalidade por parte da religião de Roma, o Espiritismo acabou tendo uma grande repercussão em toda a Espanha, granjeando inúmeros adeptos. De certa forma, o ato alçou a doutrina espírita ao mesmo patamar de outros mártires da liberdade de espírito, incluindo Jacques DeMolay, Galileu Galilei, Giordano Bruno e aquela que, com toda a infalibilidade papal, foi condenada como bruxa à fogueira, para, quatro séculos depois, ser elevada à categoria de santa: Joana D’Arc.

Uma Religião para o Clero

Na Revista Espírita de 1864, Allan Kardec fez uma observação a respeito da divulgação do Espiritismo como uma religião pelos doutores da lei da era moderna. Disse ele: “Quem primeiro proclamou que o Espiritismo era uma religião nova, com seu culto e seus sacerdotes, senão o clero? Onde se viu, até o presente, o culto e os sacerdotes do Espiritismo? Se algum dia ele se tornar uma religião, o clero é quem o terá provocado”.

Kardec passou o resto de sua vida na missão de divulgar os resultados de seus estudos e os de outros colegas, empreendendo inúmeras viagens pela França e pela Bélgica entre os anos de 1859 e 1868 e escrevendo várias brochuras e pequenos artigos para a propagação do Espiritismo. Produziu ainda muitos outros livros, entre eles O Livro dos Médiuns (1861), O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese (1868).

Sempre lúcido e lógico, Kardec soube muito bem como enfrentar a oposição e a difamação de inimigos gratuitos com dignidade e nobreza, reconhecendo quando algum argumento oposto tinha valor sério e sincero. Manteve-se à frente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, além de escrever outros livros e artigos para a Revista Espírita, até os seus últimos dias de vida. Allan Kardec desencarnou em 31 de março de 1869, aos 65 anos de idade, vítima de um aneurisma cerebral. Regressava ao plano espiritual aquele que abriu as mentes dos homens para esse mundo além da morte.


Trecho do artigo Kardec e a Codificação, escrito por Carlos Antônio Fragoso Guimarães e publicado na Revista Cristã de Espiritismo, especial edição 05.

*Imagens de Paris na Época de Allan Kardec (Universo Espírita)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Música Espírita: O Evangelho Segundo o Espiritismo

Essa é uma canção do Projeto Cancioneiro Espírita, surgido no ano de 2002 na cidade de Franca, São Paulo, que com muita criatividade conta a história da codificação, desde as promessas do Consolador, através das palavras do Mestre Jesus, até o advento de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, a terceira das obras básicas que compõem o pentateuco da Doutrina Espírita.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Revista Espírita (Revue Spirite)

1858 - A 1º de janeiro Kardec lança o primeiro número da Revista Espírita (Revue Spirite), jornal de estudos psicológicos. Contendo o relato das manifestações materiais ou inteligentes dos Espíritos, aparições, evocações, etc., assim como todas as notícias relativas ao Espiritismo. O ensino dos Espíritos sobre as coisas do mundo visível e do mundo invisível; sobre as ciências, a moral, a imortalidade da alma, a natureza do homem e seu porvir. A história do Espiritismo na Antigüidade; suas relações com o magnetismo e o sonambulismo; a explicação das lendas e crenças populares, da mitologia de todos os povos, etc. Paris; bureau à Rue des Martyrs, 8.

O primeiro número, com 36 páginas, foi impresso na Imprimerie de Beau, em Saint-Germain-en-Laye, a mesma que já imprimira O Livro dos Espíritos; as despesas, como no caso desse livro, também ficaram por conta e risco de Kardec (*AK III 21-33; II 76). A Revista era de periodicidade mensal e durante a vida de Kardec funcionou em sua própria residência, ou seja:

1º/1/1858 - Rue des Martyrs, 8.

15/7/1860 - Passage Ste.-Anne (Rue Ste.-Anne, 59).

1/4/1869 - Nessa data estava programada a transferência dos Escritórios e do Expediente para a Librairie Spirite,* Rue de Lille, 7, que também sediaria provisoriamente a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas; a Redação iria para a Villa Ségur (Av. de Ségur, 39), casa de propriedade de Kardec pelo menos desde 1860, para a qual se mudaria com a dedicada esposa. (AK III 21-24, 35-37, 118-19; II, pp. 24-25)

Era Kardec quem redigia integralmente a revista e cuidava de toda sua correspondência e expedição, trabalho hercúleo suficiente para consumir todo o tempo de uma pessoa ordinária. E isso era apenas uma parte de seus trabalhos, havendo ainda os livros, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, as centenas de visitantes anuais, as viagens...

A Revue Spirite constitui rico manancial doutrinário, pouco explorado pelos espíritas. Os originais franceses, ainda necessários para pesquisas cuidadosas, são raríssimos em todo o mundo. Kardec discorre sobre a idéia da criação da Revista em *OP 293-94. Em suas próprias palavras, ela tornou-se-lhe "poderoso auxiliar" na elaboração da doutrina e na implantação do movimento espírita (AK III 22; OP 294). Seus objetivos principais eram (AK III 21-33; II 24-25):

Veicular relatos e análises espíritas de fenômenos espíritas, psicológicos, sociológicos etc.;

Publicar produções mediúnicas selecionadas, obtidas na SPES ou enviadas por correspondentes;

Sondar a opinião dos homens e dos Espíritos sobre princípios em elaboração;

Comentar, à luz do Espiritismo, artigos de jornais, obras literárias, filosóficas e científicas.

Kardec editou a Revue até o número de abril de 1869, inclusive. Após a morte de Kardec (31/3/69) ela continuou sendo publicada, graças ao idealismo da Senhora Allan Kardec, de Pierre-Gaëtan Leymarie e de Jean Meyer, principalmente (AK III 153-57; Reformador, 09/1990, p. 286). A partir de 1913, aditou-se ao título da revista o artigo 'la' ('a'), que ficou, desde então 'La Revue Spirite' (AK III 32 e 47). Em lamentável decisão, foi extinta em 1976 por André Dumas, junto com a Union Spirite Française, para dar lugar a Renaître 2000 e a Union des Sociétés Francophones pour l'Investigation Psychique et l'Étude de la Survivance (USFIPES), ambas de cunho não-espírita. Sob a lúcida e firme direção de Francisco Thiesen, a FEB envidou esforços para salvá-la em 1977, não obtendo sucesso (AK III 45-57). Felizmente, em 11 de maio de 1989 a Union Spirite Française et Francophone, com sede em Tours, conseguiu judicialmente recuperar o título, retomando a publicação da Revue, com periodicidade trimestral.


Silvio Seno Chiubeni

Quadro dos Principais Fatos Referentes a Allan kardec e às Origens do Espiritismo
*OP (Obras Póstumas)
*AK (Allan Kardec)

domingo, 25 de outubro de 2009

Mensagem da Semana


Ouvir a mensagem

Fora da Boa Vontade não há Solução


Realmente, a caridade é a chave do céu, entretanto, não nos esqueçamos de que a boa vontade é o começo da sublime virtude, tanto quanto o alicerce é o início da construção.

Se encontrarmos a cólera no espírito do companheiro e não temos a boa vontade da paciência, indiscutivelmente, atingiremos lamentáveis conflitos.

Se o desânimo nos visita e não dispomos de boa vontade na resistência, dormiremos delituosamente na inutilidade.

Se a maldade nos persegue e não exercitamos a boa vontade da desculpa compreensiva, desceremos a deploráveis movimentos de reação com resultados imprevisíveis.

Se o trabalho nos pede sacrifício e não usamos a boa vontade da renúncia, o atraso e a sombra dominarão a vida que devemos iluminar e sublimar.

Se o insulto nos surpreende e não praticamos a boa vontade do silêncio, cairemos na desesperação.

Se a prova nos procura, em favor de nossa regeneração e fugimos à boa vontade da conformação e da diligência, demorar-nos-emos indefinidamente na brutalidade, adiando sempre a elevação para a vida superior.

De todos os males que escravizam as nossas almas, na terra, os maiores, são a ignorância e a penúria.

Para combatê-los e extingui-los, tenhamos a precisa coragem de trabalhar e servir, auxiliando-nos reciprocamente, aprendendo sempre e semeando o bem, cada vez mais, porque se a caridade é o nosso anjo renovador devemos reconhecer que, nos variados problemas da jornada na terra, sem a boa vontade não há solução.


Emmanuel

Do livro: Visão Nova, Francisco Cândido Xavier

sábado, 24 de outubro de 2009

O Poder do Pensamento


Pensamentos e Fluidos


“Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais, modificando suas características básicas. Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência. Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.

Pode-se concluir assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos.

À atmosfera fluídica associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se Espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus.

“A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem conseqüências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas, tanto físicas quanto espirituais, é diretamente proporcional ao seu grau evolutivo e que ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor atmosfera fluídica em torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive. Resumindo, todos somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais que vive o planeta atualmente.

“Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive, porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos maus. Se um dia a Terra chegar a não ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que não se encontrem em condições de higiene física e moral completamente outras que as hoje existentes” - (Allan Kardec - Revista Espírita, Maio, 1867).


Referências:
A Gênese (Allan Kardec)
Revista Espírita (Allan Kardec)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Espiritismo de Kardec aos dias de Hoje

Aqui está o excelente documentário histórico “O Espiritismo de Kardec aos dias de Hoje” sobre a codificação espírita elaborada por Kardec, baseada nos ensinamentos transmitidos pelos espíritos, completo e dividido em 6 partes.

Uma Produção nacional, lançada no ano de 2004 pela comemoração do bicentenário do nascimento de Allan Kardec, com a direção de Marcelo Taranto, narração da atriz Aracy Balabanian e atuação de Ednei Giovenazzi no papel de Allan Kardec. O filme mostra os fundamentos básicos da Doutrina Espírita e de como ela contribui para o progresso e a felicidade do homem.


Parte 1



Parte 2



Parte 3



Parte 4



Parte 5



Parte 6

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Céu e o Inferno

O Céu e o Inferno, ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo (Le Ciel et l'Enfer em francês), é a quarta das cinco Obras Básicas do espiritismo, lançada em 1865, na França, por Allan Kardec. Compõe-se de duas partes: na primeira, Kardec realiza um exame crítico da doutrina católica sobre a transcendência, procurando apontar contradições filosóficas e incoerências com o conhecimento científico, superáveis, segundo ele, mediante o paradigma espírita da fé raciocinada. Na segunda, constam dezenas de diálogos que teriam sido estabelecidos entre Kardec e diversos espíritos, nos quais estes narram as impressões que trazem do além-túmulo, e de como se deu o processo de desencarne para pessoas de diferentes tipos de caráter.


Fonte (texto e imagem): Wikipédia

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Gotas de Luz


A Lei do Trabaho


Necessidade do Trabalho

O trabalho é uma lei da natureza e, por isso, é uma necessidade. A civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta suas necessidades e os seus prazeres (*LE, 674). Como decorrência, o fato de ter que trabalhar concorre para o desenvolvimento de suas potencialidades intelectuais e morais.

O trabalho, no entanto, não se restringe apenas ao esforço de ordem material, porquanto toda ocupação útil é trabalho (LE, 675), sejam atividades intelectuais, sejam morais, e é neste sentido que se diz que o Espírito também trabalha. Em razão da sua natureza corpórea, e objetivando o aperfeiçoamento de sua inteligência, o trabalho é imposto ao homem como condição essencial para o seu desenvolvimento moral e espiritual. Sem o trabalho, o homem permaneceria na infância intelectual (LE, 676), embora, em certos casos, possa também ser considerado como uma expiação, tendo em vista a sua condição evolutiva.

Assim como o homem, os animais também trabalham de acordo com sua inteligência limitada às necessidades da conservação de cada espécie. Seu trabalho também concorre para a realização do objetivo final da natureza, pois todos têm o seu papel a cumprir. Mas, enquanto o trabalho dos animais é meramente instintivo, e portanto sem progresso algum, para o homem tem uma dupla finalidade: a conservação do corpo e o desenvolvimento do pensamento, que é também uma necessidade que o eleva acima de si mesmo (LE, 677).

Nos mundos mais aperfeiçoados o trabalho é menos material, porque a natureza do trabalho é relativa à natureza das necessidades; sendo estas menos materiais, segue-se que menos material será o trabalho a desenvolver-se; ninguém, porém, permanece inativo ou ocioso. Mesmo o homem que possui bens suficientes para assegurar sua subsistência, terá que trabalhar; terá sempre um dever moral a cumprir, um trabalho moral a executar, pois a riqueza poderá tornar-se uma bênção de Deus, desde que bem utilizada em benefício do próximo.

Portanto, embora tal situação privilegiada lhe permita ficar dispensado do trabalho material, não o desobriga de ser útil na proporção de seus meios, de aperfeiçoar a sua inteligência ou a dos outros, o que é também um trabalho (LE, 679); segundo a lei natural, cada um deve tornar-se útil, na proporção de suas faculdades.

Os pais devem trabalhar para os filhos e os filhos para os pais, porque Deus fez do amor filial e do amor paterno um sentimento natural, a fim de que, por essa afeição recíproca, os membros de uma mesma família sejam levados a se auxiliarem mutuamente (LE, 681). A Doutrina Espírita esclarece que a paternidade e a maternidade são missões, e que, portanto, compete aos pais a formação do caráter de seus filhos.

Da mesma forma existe o amor filial regido por leis divinas, para estimular a afeição àqueles que proporcionaram a vida encarnada aos filhos, e por isso a importância do "honrar pai e mãe". Assim sendo, trabalhar pelos pais, sustentando-os ainda que nas maiores tribulações, é um dever fundamental. É através deste trabalho que muitas consciências se enobrecem ou se perdem quando se buscam saídas fáceis, sem trabalho, como por exemplo, o internamento dos pais em asilos.

Limite do Trabalho e Repouso

O limite do trabalho é o limite das forças; não obstante, Deus dá liberdade ao homem (LE, 683); assim, cabe a ele impedir que haja excesso de trabalho, pois todo abuso que se cometa, quer imposto pelo próprio interessado, quer pela sujeição a que submete seu próximo, confïgurar-se-á em transgressão à lei de Deus.

O homem consciente de seus deveres deverá mobilizar todos os recursos disponíveis ao seu alcance, para evitar a exploração do seu semelhante através de uma sobrecarga de trabalho, concorrendo assim para que haja justiça social.


Repouso:

O repouso, constituindo-se em uma lei da natureza, é necessário após o trabalho, não só para refazer as forças do corpo, como também para dar um pouco mais de liberdade ao Espírito, para que possa elevar-se acima da matéria. O forte deve trabalhar para o fraco; na falta da família, a sociedade deve ampará-lo: è a lei da caridade (LE, 685a). É assim que em uma relação social elevada, os homens devem compensar-se uns aos outros, na busca da fraternidade e na organização de uma sociedade cristã de fato.

A sociedade, através de seus membros, deve organizar-se de tal modo a proporcionar ocupação para todos; além disso, é necessário cuidar da educação do homem: não a educação intelectual, mas a moral, e nem ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar os caracteres, aquela que cria os hábitos, porque educação é conjunto de hábitos adquiridos (LE, 685a).

Assim, trabalhar não é sofrer, mas progredir, evoluir, e portanto, conquistar a felicidade; a Doutrina Espírita propicia a todos quantos queiram trilhar o caminho do bem, diretrizes oportunas quanto ao que fazer com o tempo livre, de modo a conciliar o lazer e o descanso com atividades altruístas que engrandeçam espiritualmente.


Bibliografia: Livro dos Espíritos, 682ªa a 685ª

(*LE : Livro dos Espíritos)

Continua no próximo Gotas de Luz o Tema “Leis Divinas e Naturais”

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Extra: Marcha Mundial pela Paz


Uma Proposta Humanista


A Marcha Mundial pela Paz e pela Não-violência foi lançada durante o Simpósio do Centro Mundial de Estudos Humanistas no Parque de Estudo e Reflexão Punta de Vacas (Argentina), em 15 de novembro de 2008.

Esta Marcha pretende criar consciência frente à perigosa situação mundial que atravessamos, marcada pela grande probabilidade de conflito nuclear, pelo armamentismo e pela violenta ocupação militar de territórios.

Esta é uma proposta de mobilização social sem precedentes, impulsionada pelo Movimento Humanista através de um de seus organismos, o Mundo sem Guerras.

A proposta inicial se desenvolveu muito rapidamente. Em poucos meses, a Marcha Mundial já suscitou a adesão de milhares de pessoas, agrupações pacifistas e não-violentas, diversas instituições, personalidades do mundo da ciência, da cultura e da política, sensíveis à urgência do momento. Também inspirou uma grande diversidade de iniciativas em mais de 100 países, configurando um fenômeno humano em veloz crescimento (www.theworldmarch.org).

A Situação Atual


Vivemos uma situação crítica em todo o mundo, caracterizada pela pobreza de vastas regiões, o confronto entre culturas, a violência e a discriminação que contaminam a vida cotidiana de amplos setores da população. Existem conflitos armados em diversos pontos, uma profunda crise do sistema financeiro internacional, ao que se soma hoje a crescente ameaça nuclear, a máxima urgência do momento. Este é um momento de grande complexidade. Aos interesses irresponsáveis das potências nucleares e à loucura de grupos violentos com possível acesso a material nuclear de dimensões reduzidas, devemos acrescentar o risco de um acidente que poderia detonar um conflito devastador.

Não é uma soma de crises particulares. Estamos diante do fracasso global de um sistema cuja metodologia de ação é a violência e cujo valor central é o dinheiro.

As Propostas da Marcha Mundial


Para evitar a catástrofe atômica futura, devemos superar a violência hoje, exigindo:

• o desarmamento nuclear em nível mundial;

• a retirada imediata das tropas invasoras dos territórios ocupados;

• a redução progressiva e proporcional do armamento convencional;

• a assinatura de tratados de não agressão entre países; e

• a renúncia dos governos a utilizar as guerras como meio para resolver conflitos.

Urge criar consciência da Paz e do desarmamento. Mas é necessário também despertar a consciência da Não-violência que nos permita rejeitar não somente a violência física, mas também toda forma de violência (econômica, racial, psicológica, religiosa, sexual, etc.). Esta nova sensibilidade pode se instalar e comover as estruturas sociais, abrindo caminho para a futura Nação Humana Universal.

Reivindicamos nosso direito de viver em paz e liberdade. Não se vive em liberdade quando se vive ameaçado.

A Marcha Mundial é um chamado para que todas as pessoas unam seus esforços e tomem em suas mãos a responsabilidade de mudar nosso mundo, superando sua violência pessoal, apoiando-se em seu âmbito mais próximo e até onde chegue sua influência.

A Marcha em Ação

A Marcha Mundial pela Paz e pela Não-violência já está inspirando diversas iniciativas e atividades que deverão se multiplicar nos próximos meses. Uma delas será a marcha simbólica de uma equipe multicultural que percorrerá os seis continentes. Começará em 2 de outubro (Dia Internacional da Não-violência) em Wellington, Nova Zelândia, e culminará em 2 de janeiro de 2010 ao pés do Monte Aconcagua, em Punta de Vacas, Argentina.

Durante todo esse tempo, em centenas de cidades serão realizadas marchas, festivais, fóruns, conferências e outros eventos para criar consciência da urgência da paz e da não-violência. No mundo todo, campanhas de adesão à Marcha multiplicarão esse sinal para além do que é agora imaginável.

Pela primeira vez na história, um evento dessa magnitude se põe em marcha por iniciativa das pessoas.

A verdadeira força desta Marcha nasce do simples ato de quem, por consciência, adere a uma causa digna e a compartilha com outros.


Redação da equipe da Marcha Mundial pela Paz

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Assista ao vídeo promocional da Rede Globo:


A Marcha Mundial começou na Nova Zelândia, no dia 2 de outubro de 2009, aniversário de nascimento de Ghandi e declarado pelas Nações Unidas como “Dia Internacional da Não-Violência. Terminará na Cordilheira dos Andes, em Punta das Vacas (Monte Aconcágua) em 2 de janeiro de 2010.

Esta é uma excelente iniciativa. O Mundo necessita nesse momento de ações como essa, que conscientize a todos que o caminho que se tem a seguir é o do amor e da fraternidade Universal. Faça a sua adesão, vamos todos nos unir, essa é uma grande oportunidade.

Existem várias opções para você aderir a essa causa, seja divulgando a Marcha em seu site ou blog, seja participando ativamente na caminhada ou num trecho do percurso, desenvolvendo uma ação relacionada ou dando uma declaração filmada da sua adesão.

Estamos afixando no Blog o selinho da campanha, como também da organização “Mundo sem Guerras”, para acessar o site da Marcha é só clicar no mesmo.


Abraços Fraternos

Carlos Pereira

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Uma Carta para o Sr. Allan Kardec

"Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso..."

Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado.

Fazia frio.

Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos.

A pressão aumentava...

Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.

Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail - a doce Gabi -, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada.

O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela. E leu:

"Sr. Allan Kardec:

Respeitoso abraço.

Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.

Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital.

Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.

Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo.

Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade...

A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano.

Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa.

Minhas forças fugiam.

Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio. "Seria fácil, não sei nadar"- pensava.

Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a ponte Marie.

Olhei em torno, contemplando a corrente... E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés.

Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera.

Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça do poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:

"Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito. - A. Laurent."

Estupefato, li a obra - "O Livro dos Espíritos" - ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver."

Ainda constava da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.

O Codificador desempacotou, então, um exemplar de "O Livro dos Espíritos" ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme:

"Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. - Joseph Perrier."

Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro...

Aconchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.

Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas...

Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo.

Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...

O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima..."


Hilário Silva

domingo, 18 de outubro de 2009

Mensagem da Semana



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O EVANGELHO NO LAR


Trabalhemos pela implantação do Evangelho no lar, quando estiver ao alcance de nossas possibilidades. A seara depende da sementeira. Se a gleba sofre o descuido de quem lavra e prepara, se o arado jaz inerte e se o cultivador teme o serviço, a colheita será sempre desengano e necessidade, acentuando o desânimo e a inquietação.

É importante nos unamos todos no lançamento dos princípios cristãos no santuário doméstico. Trazer as claridades da Boa Nova ao templo da família é aprimorar todos os valores que a experiência terrestre nos pode oferecer.

Não bastará entronizar as relíquias materiais que se reportem ao Divino Mestre, entre os adornos da edificação de pedra e cal, onde as almas se reúnem sob os laços da consangüinidade ou da atração afetiva.

É necessário plasmar o ensinamento de Jesus na própria vida, adaptando-se-lhe o sentimento à beleza excelsa. Evangelho no Lar é Cristo falando ao coração. Sustentando semelhante luz nas igrejas vivas do lar, teremos a existência transformada na direção do Infinito Bem.

O Céu, naturalmente, não nos reclama a sublimação de um dia para outro nem exige de nós, de imediato, as atitudes espetaculares dos heróis.

O trabalho da evangelização é gradativo, paciente e perseverante. Quem recebe na inteligência a gota de luz da Revelação Cristã, cada dia ou cada semana transforma-se no entendimento e na ação, de maneira imperceptível.

Apaga-se das almas felicitadas por essa bênção o fogo das paixões, e delas desaparecem os pruridos da irritação inútil que lhe situa o pensamento nos escuros resvaladouros do tempo perdido.

Enquanto isso ocorre, as criaturas despertam para a edificação espiritual com o serviço por norma constante de fé e caridade, nas devoluções a que se afeiçoam, de vez que compreendem, por fim, no Senhor, não apenas o Amigo Sublime que ampara e eleva, mas também o orientador que corrige e educa para a felicidade real e para o bem verdadeiro.

Auxiliemos a plantação do cristianismo no santuário familiar, à luz da Doutrina Espírita, se desejamos efetivamente a sociedade aperfeiçoada no amanhã.

Em verdade, no campo vasto do mundo as estradas se bifurcam, mas é no lar que começam os fios dos destinos e nós sabemos que o homem na essência é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor a si mesmo.

Apoiar semelhante realização, estendendo-se no círculo das nossas amizades, oferecendo-lhes o nosso concurso ativo, na obra de regeneração dos Espíritos na época atormentada que atravessamos, é obrigação que nos reaproximará do Mentor Divino, que começou o seu apostolado na Terra, não somente entre os doutores de Jerusalém, mas também nos júbilos caseiros da festa de Caná, quando, simbolicamente, transformou a água em vinho na consagração da paz familiar.

(...) Que a Providência Divina nos fortaleça para prosseguirmos na tarefa de reconstrução do lar sobre os alicerces do Cristo, nosso Mestre e Senhor, dentro da qual cumpre-nos colaborar com as nossas melhores forças.


Bezerra de Menezes


Do livro Temas da Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos

sábado, 17 de outubro de 2009

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Em abril do ano de 1864, surge a primeira edição da Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo, mais tarde passando a ser intitulado de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Leia aqui, nesse artigo, como Allan Kardec em sua “Revista Espírita”, apresentou oficialmente o lançamento dessa obra:


BIBLIOGRAFIA À VENDA: IMITAÇÃO DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Contendo: a explicação das máximas morais do Cristo, sua concordância com o Espiritismo, e sua aplicação às diversas posições da vida.

*Por Allan Kardec


Com esta epígrafe: "Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade."
Abstemo-nos de toda reflexão sobre esta obra, nos limitando a extrair da introdução a parte que lhe indica o objetivo.

"Podem-se dividir as matérias contidas nos Evangelhos em quatro partes: Os atos comuns da vida do Cristo, os milagres, as predições, o ensino moral. Se as três primeiras partes foram objeto de controvérsia, a última permaneceu inatacável.

Diante desse código divino, a própria incredulidade se inclina; é o terreno onde todos os cultos podem se reencontrar, a bandeira sob a qual todos podem se abrigar, quaisquer que sejam suas crenças, porque ela jamais foi o objeto de disputas religiosas, sempre e por toda a parte levantadas pelas questões de dogmas; discutindo-as, aliás, as seitas aí teriam encontrado a sua própria condenação, porque a maioria está mais ligada à parte mística, do que à parte moral que exige a reforma de si mesmo. Para os homens em particular é uma regra de conduta abarcando todas as circunstâncias da vida privada ou pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas sobre a mais rigorosa justiça; é, enfim, e acima de tudo, a rota infalível da felicidade futura, um canto do véu levantado sobre a vida futura. É esta parte que se faz o objeto exclusivo desta obra.

'Todo o mundo admira a moral evangélica; cada um lhe proclama a sublimidade e a necessidade, mas muitos o fazem em confiança, sobre o que ouviram dizer, ou sobre a fé em algumas máximas que se tornaram proverbiais; mas poucos a conhecem a fundo, menos ainda a compreendem e sabem deduzir-lhe as conseqüências. A razão disso está em grande parte na dificuldade que apresenta a leitura do Evangelho, ininteligível para a maioria. A forma alegórica, o misticismo intencional da linguagem, fazem com que a maior parte o leiam para descargo de consciência e por dever, como lêem as preces sem compreendê-las, quer dizer, sem fruto. Os preceitos de moral, disseminados aqui e ali, confundidos na massa dos outros relatos, passam desapercebidos; torna-se, então, impossível apreender-lhe o conjunto, e dele fazer objeto de uma leitura e de uma meditação separadas.

"Fizeram-se, é verdade, tratados de moral evangélica, mas o arranjo em estilo literário moderno lhes tira a ingenuidade primitiva que, ao mesmo tempo, lhes deu o encanto e a autenticidade. Ocorre o mesmo com as máximas destacadas, reduzidas à sua mais simples expressão proverbial; não são mais, então, senão aforismos que perdem uma parte de seu valor e de seu interesse, pela ausência dos acessórios e das circunstâncias nas quais foram dadas.

"Para obviar esses inconvenientes, reunimos nesta obra os artigos que podem constituir, propriamente falando, um código de moral universal, sem distinção de culto; nas citações conservamos tudo o que era útil ao desenvolvimento do pensamento, não podando senão as coisas estranhas ao assunto. Além disso, espeitamos escrupulosamente a tradução original de Sacy, assim como a divisão por versículos.

Mais em lugar de nos prendermos a uma ordem cronológica impossível e sem vantagem real num semelhante assunto, as máximas foram agrupadas e classificadas metodicamente segundo a sua natureza, de maneira que, tanto quanto possível, se deduzam uma das outras. A chamada dos números de ordem dos capítulos e dos versículos permite_ recorrer à classificação vulgar, julgando-se oportuno.

"Não estivesse aí senão um trabalho material sozinho, não teria sido senão de uma utilidade secundária; o essencial era colocá-lo ao alcance de todos, pela explicação das passagens obscuras, e o desenvolvimento de todas as conseqüências tendo em vista a aplicação às diferentes posições da vida. Foi o que tentamos fazer com a ajuda dos bons Espíritos que nos assistem.

"Muitos pontos do Evangelho, da Bíblia e dos autores sacros em geral, não são ininteligíveis, muitos mesmo não parecem irracionais, senão por falta da chave para compreender-lhes o verdadeiro sentido; esta chave está inteiramente no Espiritismo, assim como já se puderam se convencer disso aqueles que o estudaram seriamente, e assim como se o reconhecerá melhor ainda mais tarde. O Espiritismo se encontra por toda a parte na antigüidade e em todas as épocas da Humanidade; por toda a parte dele se encontram os traços nos escritos, nas crenças, e sobre os monumentos; é por isso que, se abrem horizontes novos para o futuro, lança uma luz não menos viva sobre os mistérios do passado.

"Como complemento de cada preceito, juntamos algumas instruções escolhidas entre aquelas que nos foram ditadas pelos Espíritos em diversos países, e por intermédio de diferentes médiuns. Se essas instruções tivessem saído de uma fonte única, teriam podido sofrer uma influência pessoal ou a do meio, ao passo que a diversidade de origens prova que os Espíritos dão seus ensinos por toda a parte, e que ninguém tem privilégio sob esse aspecto.

"Esta obra é para o uso de todo o mundo; cada um pode nela haurir os meios de conformar a sua conduta à moral do Cristo. Os Espíritas nela encontrarão outras aplicações que lhes concernem mais especialmente. Graças às comunicações estabelecidas doravante de maneira permanente entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica ensinada em todas as nações pelos próprios Espíritos, não será mais uma letra morta, porque cada um a compreenderá, e será incessantemente solicitado a pô-la em prática, pelos conselhos de seus guias espirituais. As instruções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens, e convidá-los à imitação do Evangelho."


Revista Espírita, 7º ano, abril de 1864

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dos Espíritos

"A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário compreender."

Allan Kardec



Os Espíritos


Os Espíritos não constituem, como supõem alguns, uma classe à parte na criação: eles são as almas dos que viveram na Terra e em outros mundos, mas despojadas de seu invólucro corporal.
Os que admitem que a alma sobreviva ao corpo admitem, por isso mesmo, a existência dos Espíritos. Negá-los importa negar a alma.

Em geral se faz uma idéia muito errada do estado dos Espíritos. Não são seres vagos e indefinidos, como muitos pensam, nem chamas semelhantes aos fogos-fátuos ou fantasmas tais quais os descrevem os contos de almas do outro mundo.
São seres semelhantes a nós, com um corpo como o nosso, apenas fluídico e, normalmente, invisível.

Quando unida ao corpo, durante a vida, tem a alma um envoltório duplo: um pesado, grosseiro e destrutível – o corpo; outro leve, fluídico e indestrutível – o perispírito.

Assim, há no homem três elementos essenciais:
I - a alma ou Espírito, princípio inteligente, no qual residem o pensamento, a vontade e o senso moral;
II - o corpo, envoltório material, que põe o Espírito em relação com o mundo exterior;
III - o perispírito, envoltório fluídico, leve, imponderável, que serve de ligação e de intermediário entre o Espírito e o corpo.

Quando o envoltório exterior se acha usado e não pode mais funcionar, cai; o Espírito o abandona, assim como a noz se despe da casca, a árvore da cortiça, a serpente da pele; numa palavra, do mesmo modo que deixamos uma roupa que não nos serve mais. A isto chamamos morte.

A morte é somente a destruição do envoltório corporal, abandonado pela alma, como a borboleta abandona a crisálida. Mas o Espírito conserva o corpo fluídico, ou perispírito.

A morte do corpo liberta o Espírito do laço que o prendia à Terra e lhe causava sofrimento. Liberto desse fardo, só lhe resta o corpo etéreo, que lhe permite percorrer os espaços e vencer distâncias com a rapidez do pensamento.

Alma, perispírito e corpo unidos constituem o homem; alma e perispírito separados do corpo constituem o ser que chamamos Espírito.

Observação: Assim, é a alma um ser simples, o Espírito um ser duplo e o homem um ser triplo. Seria mais preciso reservar o vocábulo alma para designar o princípio inteligente; espírito para o semimaterial, constituído desse princípio e do corpo fluídico. Como, porém, não é possível conceber o princípio inteligente isolado da matéria, nem o perispírito sem que esteja animado pelo princípio inteligente, alma e espírito são, em geral, empregados indistintamente: é a figura que consiste em tomar a parte pelo todo, da mesma maneira por que se diz que uma cidade é habitada por tantas almas, uma vila constituída de tantos fogos. Entretanto, filosoficamente é essencial que se faça a diferença.
Revestidos de corpos materiais, os Espíritos constituem a Humanidade, ou mundo corpóreo visível; despojados desses corpos, constituem o mundo espiritual, ou invisível; este enche o espaço. Vivemos em seu meio, sem disso nos apercebermos, assim como vivemos no mundo dos infinitamente pequenos, do qual não suspeitávamos antes que tivesse sido inventado o microscópio.

Assim, os Espíritos não são seres abstratos, vagos e indefinidos, mas concretos e circunscritos; só lhes falta a faculdade de serem vistos, para que sejam semelhantes aos homens. Disso decorre que, se de momento fosse levantado o véu que no-los oculta, constituiriam eles uma população em redor de nós.

Possuem todas as percepções que tinham na Terra, mas em grau mais alto, pois suas faculdades não se acham amortecidas pela matéria; têm sensações que desconhecemos, vêem e ouvem coisas que os nossos limitados sentidos nem vêem, nem ouvem.

Para eles não há obscuridade, salvo para os que, por castigo, se acham em trevas temporárias.

Todos os nossos pensamentos neles repercutem: lêem-nos como num livro aberto. Assim, aquilo que lhes poderíamos esconder durante a vida terrena, não mais o poderemos após a sua desencarnação.

Os Espíritos se acham em toda parte, ao nosso lado, acotovelando-nos e nos observando incessantemente. Por sua constante presença em nosso meio são agentes de vários fenômenos, representam papel importante no mundo moral e, até certo ponto, no mundo físico. Constituem, se assim podemos dizer, uma das forças da Natureza.

Admitida a sobrevivência da alma ou Espírito, é racional admitir que continuem as suas afeições. Sem isto as almas dos nossos parentes e amigos estariam totalmente perdidas para nós depois da morte. E como os Espíritos podem ir a toda parte, é também racional admitir que os que nos amaram durante a vida terrena ainda nos amem depois de mortos, venham até junto de nós e se sirvam dos meios encontrados à sua disposição. Isto é confirmado pela experiência.

Realmente, prova a experiência que os Espíritos conservam as afeições sérias que tinham na Terra, alegram-se em se aproximar dos que amaram, sobretudo quando atraídos pelos sentimentos afetuosos, ao passo que revelam indiferença pelos que se lhes mostram indiferentes.

O fim do Espiritismo é demonstrar e estudar a manifestação dos Espíritos, as suas faculdades, a sua situação feliz ou infeliz, o seu porvir. Numa palavra, a sua finalidade é o conhecimento do mundo espiritual.

Evidenciadas essas manifestações, conduzem à prova irrefragável da existência da alma, da sua sobrevivência ao corpo, da sua individualidade após a morte, isto é, da vida futura. Assim, é ele a negação das doutrinas materialistas, não só mediante o raciocínio, mas, e principalmente, pelos fatos.

Uma idéia muito generalizada entre os que desconhecem o Espiritismo é supor que, pelo simples fato de estarem desprendidos da matéria, os Espíritos tudo devem saber e estar de posse da sabedoria suprema. É um erro grave. Não passando de almas dos homens, os Espíritos não adquirem a perfeição ao deixar o envoltório terreno: seu progresso só se faz paulatinamente, à medida que se despojam de suas imperfeições e conquistam os conhecimentos que lhes faltam.

Admitir que o Espírito de um selvagem ou de um criminoso repentinamente se tornasse sábio e virtuoso seria tão ilógico quanto seria contrário à justiça de Deus admitir que continuasse eternamente na inferioridade.

Há homens em todas as gradações do saber e da ignorância, da bondade e da malvadez. O mesmo se dá com os Espíritos. Alguns destes são apenas frívolos e brincalhões; outros, mentirosos, fraudulentos, hipócritas, vingativos e maus; outros, ao contrário, possuem as mais sublimes virtudes e o saber em medida desconhecida na Terra.

Essa diversidade na situação dos Espíritos é um dos mais importantes pontos a considerar, pois que explica a natureza, boa ou má, das comunicações que se recebem. E todo cuidado deve ser posto em distingui-las.

Do livro “O Principiante Espírita”, de Allan Kardec

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

As Obras de Allan Kardec


Aqui estão relacionadas com sinopses e disponíveis para download, as obras básicas e complementares de Allan Kardec:


Obras Básicas:


1 – O Livro dos Espíritos

Esta obra é a pedra fundamental da Doutrina dos Espíritos; o primeiro dos cinco livros básicos que compõem a Codificação do Espiritismo, reunindo os ensinos dos Espíritos Superiores através de médiuns de várias partes do Mundo. Ele é o marco inicial de uma Doutrina que trouxe uma profunda repercussão no pensamento e na visão de vida de considerável parcela da Humanidade, desde 1857, data da primeira edição francesa. Estruturado em quatro partes e contendo 1.019 perguntas formuladas pelo Codificador, aborda os ensinamentos espíritas, de uma forma lógica e racional, sob os aspectos científico, filosófico e religioso.

Independentemente de crença ou convicção religiosa, a leitura de “O Livro dos Espíritos” será de imenso valor para todos, porque trata de Deus, da imortalidade da alma, da natureza dos Espíritos, de suas relações com os homens, das leis morais, da vida presente, da vida futura e do porvir da Humanidade, assuntos de interesse geral e de grande atualidade.
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2 – O Livro dos Médiuns

Esta é a segunda das cinco obras que constituem a Codificação da Doutrina espírita. Reúne “o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo”. Apresenta ainda, na parte final, precioso vocabulário básico espírita.

De leitura e consulta indispensável para os espíritas, este livro será sempre uma preciosa fonte de conhecimento também para qualquer pessoa indagadora e atenta ao fenômeno mediúnico, que se manifesta crescentemente no mundo inteiro, dentro ou fora das atividades espíritas. Sendo os homens parte integrantes do intercâmbio entre os dois planos da vida, o material e o espiritual, o melhor é que conheçamos, e bem, os mecanismos desse relacionamento. “O Livro dos Médiuns” é o manual mais seguro para todos os que se dedicam às atividades de comunicação com o mundo espiritual.
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3 – O Evangelho segundo o Espiritismo

Terceira das cinco obras que constituem a Codificação Espírita, “O Evangelho segundo o Espiritismo” compõe-se de um conjunto de ensinamentos transmitidos por Espíritos Superiores, organizados e comentados por Allan Kardec.

Esta obra encerra a essência do ensino moral de Jesus e por isso constitui o abrigo onde os adeptos de todas as religiões – e mesmo os que não têm religião – podem reunir-se, porquanto oferece um roteiro seguro para a nossa reforma íntima, objetivo apontado pelo Cristo como indispensável para alcançarmos a felicidade vindoura, a paz interior, essa conquista que somente a observância plena das leis divinas pode proporcionar ao Espírito na sua caminhada evolutiva para Deus.

É obra eminentemente consoladora, de cunho evangélico, que trará ao leitor a verdadeira e importante dimensão da figura de Jesus.
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4 – O Céu e o Inferno

Esta é a quarta das cinco obras básicas que compõem a Codificação do Espiritismo. Seu principal escopo é explicar a justiça de Deus à luz da Doutrina Espírita. Objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no mundo espiritual, como conseqüência de seus próprios atos. Divide-se a obra em duas partes:
A primeira parte estabelece um exame comparado das doutrinas religiosas sobre a vida após a morte; mostra fatos como a morte de crianças, seres nascidos com deformações, acidentes coletivos e uma gama de problemas que só a imortalidade da alma e a reencarnação explicam satisfatoriamente. Kardec procura elucidar temas como: anjos, céu, demônios, inferno, penas eternas, purgatório, temor da morte, a proibição mosaica sobre a evocação dos mortos, etc. Apresenta também a explicação espírita contrária à doutrina das penas eternas.

A segunda parte, resultante de um trabalho prático, reúne exemplos acerca da situação da alma durante e após a desencarnação. São depoimentos de criminosos arrependidos, de espíritos endurecidos, de espíritos felizes, medianos, sofredores, suicidas e em expiação terrestre.
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5 – A Gênese


Quinta e última das obras básicas da Codificação do Espiritismo, “A Gênese – os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo” é um livro que, conhecido e estudado, proporciona uma oportunidade excepcional de imersão em grandes temas de interesse universal, abordados de forma lógica, racional e reveladora.

Divide-se a obra em três partes: na primeira parte analisa a origem do planeta terra, de forma coerente, fugindo às interpretações misteriosas e mágicas sobre a criação do mundo; na segunda parte aborda a questão dos milagres, explicando a natureza dos fluidos e os fatos extraordinários contidos no Evangelho; na terceira parte enfoca as predições do Evangelho, os sinais dos tempos e a geração nova, que marcará um novo tempo no mundo com a prática da justiça, da paz e da fraternidade. Os assuntos apresentados nos dezoito capítulos desta obra têm como base a imutabilidade das grandiosas Leis Divinas.
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Obras Complementares:


A Obsessão – Origem, Sintomas e Curas


Esta obra é composta de diversos relatos de sessões de desobsessão dirigidas por Allan Kardec, oriundos de artigos da Revista Espírita dos anos de 1858 a 1868.
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A Prece segundo o Evangelho

Mais do que uma simples coletânea de preces, este livro reúne o conteúdo dos capítulos 25 a 28 de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, analisando e detalhando a prece em seus diversos aspectos: qualidade, eficácia, ação e inteligibilidade, bem como a felicidade, a paz de espírito e a serenidade que a oração às criaturas que buscam contato com o Criador.
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Conselhos, reflexões e máximas de Allan Kardec

Esta pequena obra é a reunião de algumas das passagens mais significativas dos numerosos artigos que Allan Kardec publicou na Revista Espírita de 1858 a 1869; esse trabalho, divulgado pelo Centro Espírita Lionnais Allan Kardec, na França, tem o objetivo de nos recordar alguns dos princípios filosóficos que freqüentemente o mestre gostava de frisar.
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Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita

Esta não é uma obra individual publicada por Allan Kardec. Ela é, na verdade, uma reunião de artigos da Revista Espírita e de Obras Póstumas, elaborada pela editora da FEB, contendo instruções e esclarecimentos de Kardec ao Movimento Espírita.
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Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas

Esta é, possivelmente, a obra menos conhecida de Kardec: um manual dedicado aos médiuns. Lançada em 1858, ela serviu como uma espécie de “versão prévia” da obra definitiva “O Livro dos Médiuns”, que a substituiria, segundo as palavras de Kardec.
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O Espiritismo em sua mais simples Expressão

Esta pequena obra consiste em um dos folhetos redigidos por Allan Kardec e distribuídos por toda a França, em valores bastante acessíveis à população interessada, com o intuito de popularizar o Espiritismo e tomar mais fácil e ágil a sua divulgação.
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O Principiante Espírita

Este pequeno e valioso livro encerra, de forma compacta, uma introdução aos conceitos do Espiritismo e ao conhecimento do mundo invisível, um resumo da doutrina Espírita, além de respostas às principais dúvidas e objeções que se levantam em relação ao Espiritismo.
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O que é o Espiritismo

Esta obra tem como principal objetivo esclarecer aos críticos, aos céticos e aos interessados em geral as objeções mais comuns formuladas sobre os conceitos do espiritismo. Também são expostas didaticamente noções elementares do mundo invisível, pelo estudo das manifestações dos Espíritos, e é apresentado um resumo dos princípios da Doutrina Espírita.

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Obras Póstumas

Obra publicada após a desencarnação de Allan Kardec, apresenta, inicialmente, uma biografia do Codificador, seguida do discurso pronunciado por Camille Flamma-rion quando do seu sepultamento.

Reunindo importantes registros deixados por Allan Kardec, acerca de pontos doutrinários e fundamentais do Espiritismo, divide-se este trabalho em duas grandes partes: a primeira aborda assuntos como: caráter e conseqüências religiosas das manifestações dos Espíritos, as cinco alternativas da Humanidade, questões e problemas, as expiações coletivas, liberdade, igualdade e fraternidade, música espírita, a morte espiritual, a vida futura; a segunda parte inclui apontamentos em torno da iniciação espírita e o roteiro missionário de Kardec, assim como uma “exposição de motivos”, apresentada na “Constituição do Espiritismo”, como precioso legado do mestre lionês às sociedades espíritas do futuro
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Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas

Este opúsculo constitui-se um dos folhetos redigidos por Allan Kardec e distribuídos por toda a França, em valores bastante acessíveis à população interessada, com o intuito de popularizar o Espiritismo e tomar mais fácil e ágil a sua divulgação.
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Revista Espírita (doze volumes anuais – 1858 a 1869)

Periódico mensal, a “Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos” foi publicada, sob a responsabilidade direta de Allan Kardec, no período de janeiro de 1858 a março de 1869, ano de sua desencarnação, passando, a partir de então, a ser administrada pelos seus continuadores até os nossos dias. Os exemplares referentes aos anos de 1858 a 1869 foram editados em língua portuguesa, agrupados em doze volumes anuais.
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Viagem Espírita em 1862

Esta obra é o relato da viagem realizada pelo Codificador no ano de 1862, que o levou a mais de vinte cidades, nas quais presidiu aproximadamente 50 reuniões organizadas pelas entidades espíritas das localidades visitadas.

Para Kardec essa viagem teve a finalidade de avaliar a situação em que se encontrava a Doutrina Espírita e levar ao conhecimento geral as orientações necessárias aos organizadores dos diferentes Centros.
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