quinta-feira, 31 de março de 2011

Música Espírita: Quem Somos – Grupo Acorde

Para encerrar o especial “Atualidades Espíritas”, vídeo com a música “Quem Somos”, do grupo musical espírita paraibano “Grupo Acorde”, que tem como proposta levar a mensagem do Cristo de forma libertadora para as criaturas compreenderem o real sentido do Evangelho e conta com a participação do renomado cantor e compositor Nando Cordel.


quarta-feira, 30 de março de 2011

A Conquista da Felicidade


Por Clara Lila Gonzales de Araújo


“A conquista da felicidade como obra de educação”

“Ele disse: Bem-aventurados, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” (Lucas, 11:28.)



O capítulo V, de O Evangelho segundo o Espiritismo, traz fulgente mensagem do cardeal Morlot, recebida em Paris, no ano de 1863, sobre a felicidade, que é almejada como condição de satisfação plena de todo ser humano.

O preclaro Espírito chama atenção para a possibilidade de nunca podermos alcançá-la, pois “o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado”.

Afirma ele que o que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. [...]

Diante dessa constatação, o anseio de felicidade seria puramente quimérico para as almas aqui reencarnadas? Eis um velho e complicado mistério filosófico sem solução racional, pois enquanto o homem resumir a felicidade na utilização de bens materiais, na deplorável ilusão de que o legítimo contentamento está condicionado aos tesouros perecíveis, não conseguirá atingir a paz e o bem-estar que tanto almeja. Emmanuel, Benfeitor espiritual, em uma de suas luminosas obras, ao analisar de que modo pode-se conceber a felicidade na Terra, faz a seguinte ponderação:

– Se todo espírito tem consigo a noção de felicidade, é sinal que ela existe e espera as almas em alguma parte. Tal como sonhada pelo homem do mundo, porém, a felicidade não pode existir, por enquanto, na face do orbe, porque, em sua generalidade, as criaturas humanas se encontram intoxicadas e não sabem contemplar a grandeza das paisagens exteriores que as cercam no planeta. Contudo, importa observar que é no globo terrestre que a criatura edifica as bases da sua ventura real, pelo trabalho e pelo sacrifício, a caminho das mais sublimes aquisições para o mundo divino de sua consciência.

Ao longo da história da Humanidade o homem buscou respostas para as suas inquietações, como necessidade imperiosa de superação das suas dores, originadas, principalmente, das frustradas conquistas de melhoria existencial. Entre os gregos, a felicidade seria alcançada pela procura do bem supremo e da virtude. Sócrates (470-399 a.C.), “considerado o pai da ciência moral, que a exemplificou em si mesmo, em caráter apostolar”, tornou-se o “verdadeiro pioneiro das ideias cristãs e espíritas” e contribuiu para conceituar a felicidade através do “seu legado ético [...] de relevante valor moral e espiritual, rescendendo o sutil aroma da sua filosofia de vida”.

Aristóteles (384-322 a.C.) faz da felicidade “a atividade da alma dirigida pela virtude”.

No século XVIII, Immanuel Kant (1724-1804) critica as correntes de pensamento que sugerem a obtenção da felicidade por meio dos sentidos ou que fazem dela um objeto da razão pura. Para o filósofo, “a felicidade é sempre uma coisa agradável para aquele que a possui”, mas deve considerar, “como condição, a conduta moral conforme a lei”. A felicidade, pois, tem sido aspiração de todos os povos, através dos tempos, mesmo que o desapontamento de muitos, com relação a ela, tenha resultado em pessimismo e desesperança, mormente na fase atual em que o homem moderno experimenta vicissitudes jamais imaginadas, deixando- se envolver pelo imediatismo ditado, sobretudo, pelas paixões deprimentes e desordenadas como novas “formas de amor” para se atingir a decantada satisfação de viver plenamente.

Essa importante questão tem sido cuidadosamente analisada pelos Espíritos superiores, tratando-se de problema a ser solucionado pela educação moral das massas humanas, sabedores de que o enigma da felicidade é de natureza espiritual. Em comentário da resposta à pergunta 933, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec tece valiosos esclarecimentos a esse respeito:

De ordinário, o homem só é infeliz pela importância que liga às coisas deste mundo. Fazem-lhe a infelicidade a vaidade, a ambição e a cobiça desiludidas. [...] Aquele que só vê felicidade na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz, desde que não os pode satisfazer, ao passo que aquele que nada pede ao supérfluo é feliz com o que os outros consideram calamidades. [...] Como civilizado, o homem raciocina sobre a sua infelicidade e a analisa. Por isso é que esta o fere. Mas, também, lhe é facultado raciocinar sobre os meios de obter consolação e de analisá-los. Essa consolação ele a encontra no sentimento cristão, que lhe dá a esperança de melhor futuro, e no Espiritismo que lhe dá a certeza desse futuro.

A Doutrina Espírita traça para nós um roteiro de vida capaz de proporcionar a felicidade almejada, ainda que venhamos a sofrer, de acordo com o nosso estágio evolutivo. A felicidade é resultante de muitas conquistas, conforme ressalta o autor espírita Juvanir Borges de Souza (1916-2010), entre elas:

A “fé no futuro”, a que se referem os Instrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...] dando ao adepto sincero segurança e autoconfiança.

Para termos otimismo, precisamos ter fé. “[...] Sem fé ninguém pode ser feliz. Sem fé e sem amor não há felicidade”.

A felicidade, assim, depende das qualidades conquistadas e não do meio material no qual os seres humanos se encontram. Esse alcance, entretanto, exigirá grande esforço de nossa parte; sendo ela consequência de muitas vitórias de ordem moral, é obra de autoeducação e intensa luta será travada para granjear a reforma íntima que ansiamos.

Ao analisar as aflições humanas, Kardec adverte-nos quanto à origem dos males terrestres, reconhecendo que o homem, na maioria dos casos, “é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que [...] é apenas a sua incúria”.

Alerta-nos ele:

Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição. A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? [...]

Só seremos felizes quando compreendermos o valor das oportunidades que nos chegam do Alto, a cada reencarnação, sabendo aproveitar as experiências necessárias ao nosso progresso intelectual e moral, por meio das ações materiais, cuja execução Deus nos confia. Quanto mais difícil a existência, maior será a satisfação de superar, com resignação e denodo, as provas e as privações inúmeras que nos atingem. Geralmente, a felicidade surge da própria dor e da satisfação de tê-la vencido. Sobre isso, sábio conselho é transmitido pelos Espíritos reveladores:

Os males deste mundo estão na razão das necessidades factícias que vos criais. A muitos desenganos se poupa nesta vida aquele que sabe restringir seus desejos e olha sem inveja para o que esteja acima de si. O que menos necessidades têm, esse o mais rico.

E eles complementam:

[...] Quando um justo é infeliz, isso representa uma prova que lhe será levada em conta, se a suportar com coragem. Lembrai-vos destas palavras de Jesus: Bem-aventurados os que sofrem, pois que serão consolados.

Saber e virtude serão adquiridos após longo aprendizado na sementeira do amor e da caridade. É imprescindível a prática da fraternidade, da bondade e da justiça para que sejamos cooperadores da obra educativa do Espiritismo, tal como ensinou Jesus, e fruiremos, paulatinamente, de autêntica felicidade!


Fonte: Reformador, março de 2011

terça-feira, 29 de março de 2011

O Suicídio



Por Domício Magalhães Maciel



A vida, que Deus nos deu, atendendo à nossa escolha, mesmo inconsciente, tem por objetivo, tornar-nos melhor, reconciliar-nos com os nossos adversários, enfim, promover nosso progresso espiritual, como nos ensina os Espíritos Superiores, em resposta à questão nº 132 do Livro dos Espíritos, sobre o objetivo da encarnação: “Seu fim é conduzi-los à perfeição: para uns é expiação, mas, para outros, missão. Contudo, para atingirem a perfeição, têm eles de sofrer todas as vicissitudes da existência corporal e nisso é que consiste a expiação....”. De outro modo, nos dá oportunidade de colaborar com o projeto divino de fazer deste mundo, um mundo melhor.

Dentro da programação estabelecida para nós, em cada existência, em linhas gerais, são previstas as duras provas que teremos que passar com vista à nossa promoção na hierarquia espiritual. Por muitas vezes o ser humano se depara com situações por demais desesperadoras, que o leva a refletir sobre a sua impotência diante de Deus e da vida. Muitos nesta situação, não tendo coragem para enfrentar o problema, se despojam do corpo físico, achando encontrar neste ato, uma solução para o problema. Que engano, pois aqueles que buscaram uma saída “fácil”, destruindo seu corpo físico, vêm através de um outro, o médium, dizer: “oh!!... continuo a viver, que decepção!!!”. O Sofrimento é grande, e só uma nova existência para recompor o corpo espiritual afetado pelo ato tresloucado.

Os Espíritos Superiores nos esclarecem que as causas que levam um indivíduo a se suicidar são as mais diversas possíveis, mas essencialmente se resume, “na ociosidade, na falta de fé e, frequentemente, na saciedade” (1), e somando a estas, temos as obsessões, que arrastam muitos às raias do suicídio.

O indivíduo que não espera nada do futuro e ao mesmo tempo absorve as ideias materialistas, se vê estimulado a se suicidar, pois para ele o nada e o futuro são a mesma coisa. Convencido destas ideias, o descrente foge de uma situação aflitiva para cair, sem saber, em outra infinitamente mais aflitiva, de maneira inenarrável, como os próprios suicidas, do plano espiritual, nos informam.

Para o suicida “Não existem castigos determinados e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o determinaram. Há, porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar: o desapontamento.” (2) “... O que há é o desaponto, a surpresa aterradora daquele que se sente vivo a despeito de se haver arrojado na morte!.” (3)

Entretanto, as consequências imediatas do suicídio, para o Espírito, são as mais terríveis possíveis. Primeiro, o corpo espiritual ainda impregnado dos fluidos animalizados do corpo físico, se ressente de todas as impressões da decomposição deste, sentindo, ainda, os vermes corroerem o mesmo; o estado em que ficou o corpo material, fica refletido no corpo espiritual, por tempo indefinido; mentalmente, o Espírito revê todas as cenas que culminaram com o suicídio, repetidas vezes. Este sofrimento dura mais ou menos o tempo que restava para encerrar aquela existência. O único bálsamo que alivia sua dor, são as preces que partem daqui em seu favor.

Se o Espírito encarnado é um crente na vida futura e conhecedor dos ensinamentos do Cristo, ele encontra nos Evangelhos as medidas profiláticas contra o suicídio. Basta buscar o “Sermão da Montanha” (São Mateus, Cap. V, v.3-11), que o mesmo encontrará esperanças, forças para dar continuidade à sua vida, mesmo que às duras penas. Emmanuel, guia espiritual de Chico Xavier, corrobora: “Ainda que não possas marchar livremente com o teu fardo, avança com ele, mesmo que seja um milímetro por dia....”

Por outro lado, se o crente for um estudioso Espírita, suas forças são aumentadas, pois é conhecedor da vida após a morte e sabedor das consequências de um ato tão hediondo, como é o suicídio. O Estudo do Espiritismo, fortalece a fé do cristão, que cada vez mais valoriza sua vida como trampolim de sua ascensão espiritual. O Espiritismo o conscientiza da sua responsabilidade em relação a própria evolução.

Resta-nos perguntar: quando o suicídio será erradicado da face da terra? Acreditamos que isso se dará quando a humanidade estiver integrada nos planos divinos, ou seja, nos planos da vida eterna.


[1] Livro dos Espíritos, Questão nº 943.

[2] Idem, Questão nº 957.

[3] PEREIRA, Yvonne A. Os Réprobos. In “Memórias de um Suicida” 1ª Parte. Cap. I. O Vale dos Suicidas, p. 17.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Tempos de Valorização da Vida


Quaisquer que sejam as providências tomadas para elucidar a alma humana, no sentido de se promover os cuidados para com a vida, valorizando-a como deve ser, esbarraremos numa muralha intelectual e num vazio moral instigados pela influência das teses materialistas-ateístas que se insurgem no seio das sociedades.

Não deveremos desconsiderar a força dos projetos de vida imediatistas que se costumam alimentar no anseio tipicamente humano de desenvolver poucos empenhos, ou de usufruir situações mais confortáveis e de tirar todos os proveitos possíveis dos recursos do Planeta, sem que se tenha muito o que ressarcir, o que realizar, em prol desse bem-estar anelado.

Enfim, é a teoria do proveito pleno e sem ônus para os beneficiários.

Tais posturas são regidas pelo egoísmo, remanescente do instinto de conservação, que tem nos reinos inferiores à Humanidade a sua fonte geradora. É o egoísmo que faz dilatar essa desenfreada busca do prazer hedonista, do gozo insaciável e gratuito sem qualquer reflexão relativa às consequências desses privilégios.

Não estranhemos que semelhantes condutas estejam entranhadas e muitas vezes sustentadas por criaturas que se apresentam como religiosas, como crentes em Deus, ou como lideranças nos campos das instituições de fé ditas cristãs.

O que se passa é que muitos Espíritos hão chegado ao Planeta, nos dias presentes, trazendo responsabilidades assumidas na Imortalidade, nos campos do bem, da renovação espiritual e dos progressos inerentes à alma eterna. Ao se sentirem bem instalados no conforto do corpo físico, valendo-se das possibilidades socioeconômicas de realce ou quando se adornam com os poderes da política terrena, deslustram esses compromissos – que lhes são recordados durante as horas de desdobramentos naturais pelo sono – e mergulham em atuações ególatras discricionárias, absolutistas, sem qualquer pensamento que se volte para o Criador da Vida e Suas leis registradas em nossa consciência.

É indispensável que estejamos atentos para as instruções trazidas pelas Vozes dos Céus, no cerne da Codificação do Espiritismo, concernentes ao poder nefário do egoísmo que se reproduz nas mais várias instituições do mundo, seja no seio da família, da escola, das igrejas ou das oficinas profissionais, fenômeno que só será batido, transformado ou superado por meio do ingente trabalho da educação.

Impraticável conseguir-se o entendimento, por parte das massas terrenas, de questões magnas para a vida como é a do abortamento, da pena de morte, da eutanásia, da fome, dos descalabros antiéticos, sem que os indivíduos tenham, devidamente amadurecida, a consciência de si mesmos como Espíritos imortais e que, por isso mesmo, responsáveis pela sementeira que realizam no solo planetário.

O Espiritismo é chamado agora, por meio do labor dos espíritas, a cooperar em todos os movimentos sociais que enaltecem a vida e todos os elementos a ela vinculados, no campo das providências imediatistas, nas respostas que precisam ser dadas às comunidades, sem qualquer dúvida.

Entretanto, pela força filosófica da Doutrina Espírita, não podem os espiritistas perder de vista o seu caráter educacional, trabalho que é capaz de modificar as disposições morais dos seres, mudando o modus vivendi do homem, proposta que permitirá lancemos na correnteza social criaturas bem formadas, participantes da aristocracia intelecto-moral a que se referiu o ínclito Codificador Allan Kardec, na esteira das suas formosas reflexões acerca dos grupos de governança terrestre.

O que presenciamos, por enquanto, é um formidável embate entre as vozes que projetam luz sobre as mentes, sobre as almas e aquelas que gritam suas alucinadoras propostas de destruição e de morte, testemunhado pelo covarde silêncio de muitos indivíduos que, se conseguem cantar e prestigiar as verdades espirituais em grupo, no conjunto dos confrades do bem, calam-se e omitem-se toda vez que se defrontam com o ensejo de dar seu testemunho da verdade, amedrontados muitas vezes pelo temor do achincalhe ou das desconsiderações de que possam ser alvos.

Estamos convocados pelos Porta-Vozes de Jesus Cristo, que atuam nos altos serviços de espiritualização das ideias no mundo, a dar nosso contributo, a nossa palavra consistente, calcada nos princípios do venerando Espiritismo, sem arrogância, sem presunção e sem medo.

Contudo, somos chamados a dar o nosso testemunho de lucidez, de fortaleza moral e de fraternidade, a fim de que o processo educacional que o Espiritismo apresenta, muito além de receber o reforço na nossa teoria, possa contar com o vigor da vivenciação dos espíritas no meio social.

Estamos nos tempos de exercitar a própria coragem e a boa disposição, nessa audácia que fez com que os primitivos cristãos descessem aos circos tão logo ressoou na voz do Cristo a palavra Amor.

Destemidamente, cabe-nos avançar conjugando os possíveis esforços para que, perante tanto desapreço pela vida humana, atuemos no campo da feliz educação, amparada pela ética do amor a Deus acima de tudo e ao próximo, como a nós mesmos, engolfados pela moral de prestar os indispensáveis serviços em prol da dissolução gradativa do egoísmo, da espiritualização das ideias e do aprofundamento das reflexões em torno da lei de causalidade, do que nenhum de nós estará indene.

A valorização da vida do corpo não pode prescindir do apoio à cultura da alma, da estima que se viva quanto às realidades do Espírito imortal.

Camilo
(Mensagem psicografada pelo médium José Raul Teixeira, em 10 de novembro de 2007, na Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, realizada em Brasília, DF.)

domingo, 27 de março de 2011

Mensagem da Semana



Ouvir a Mensagem


O seu Trabalho


Por mais insignificante que você possa imaginar valorize o seu trabalho.

Nenhuma obra nasce acabada.

Se você valorizar o seu esforço, você também será valorizado por ele.

Toda tarefa no bem é importante e indispensável.

Aperfeiçoando aquilo que você faz, você também se aperfeiçoa.

Toda atitude repercute. Através do que você faz, você influencia os que vivem a sua volta estimulando-os a fazer coisas também.

O seu trabalho, não se esqueça, é a sua identidade, fornecendo notícias da sua própria realidade mais profunda.

O humilde filete de água tem a graciosidade que o mar não possui.

Uma pequena flor do campo pode causar inveja aos mais bem cuidados jardins.

Alegre-se pelo que você faz.

Quem não se realiza naquilo que faz de verdade é o verdadeiro infeliz.


Mensagem produzidas na Rádio Alvorada FM 94,7MHz, na cidade de Campinas-SP / Brasil

sábado, 26 de março de 2011

Boas Notícias

Destaque para notícias positivas divulgadas em sites nesse mês:

Paz

Atenção aos prazos para o Prêmio Gandhi de Comunicação 2011


A Agência da Boa Notícia prossegue com inscrições para o Prêmio Gandhi de Comunicação 2011 até o dia 13 de maio. Podem concorrer reportagens (TV, rádio e jornal), fotos ou ensaios fotográficos, campanhas e anúncios publicitários veiculados no período de 1º de junho de 2010 a 06 de maio de 2011. Os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) em Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade & Propaganda), defendidos e aprovados por banca da IES, devem ser relativos aos períodos letivos de 2010.1 e 2010.2.

Com o Prêmio Gandhi de Comunicação, a Agência da Boa Notícia demonstra o reconhecimento ao esforço de profissionais e estudantes de Jornalismo e Publicidade & Propaganda em divulgar iniciativas que colaboram para a harmonia e paz social. Os autores dos nove melhores trabalhos sobre Cultura de Paz vão dividir o prêmio de R$ 35 mil da seguinte forma:

Profissionais - Reportagem de jornal ou revista: R$ 5 mil; Reportagem para televisão: R$ 5 mil; Reportagem para rádio: R$ 5 mil; Fotojornalismo (foto ou ensaio): R$ 5 mil; Campanha ou peça publicitária: R$ 5 mil;

Estudantes - Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Graduação em Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade e Propaganda), já defendido e aprovado por banca da Instituição de Ensino Superior, relativo aos períodos letivos de 2010.1 e 2010.2: R$ 2,5 mil; Trabalho em mídia impressa de estudante de Jornalismo, divulgado em jornais ou revistas-laboratório, de circulação no âmbito da IES: R$ 2,5 mil; Trabalho em mídia eletrônica (rádio ou TV) de estudante de Jornalismo divulgado em veículos-laboratório, exibido no âmbito da IES: R$ 2,5 mil; e Trabalho de estudante de Publicidade & Propaganda, também divulgado no âmbito da IES: R$ 2,5 mil.

Os jornalistas, publicitários e estudantes de graduação em Comunicação Social, que desejarem concorrer ao Prêmio Gandhi, podem ter atuação no Estado do Ceará ou em outros Estados, desde que inscrevam trabalhos sejam sobre ações e fatos do Estado do Ceará.

O Regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site da ABN - www.boanoticia.org.br – e na sede da Agência da Boa Notícia, na Avenida Desembargador Moreira 2120, sala 1307 - Aldeota - CEP 60170-002 - Fortaleza – Ceará. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h e de 14h às 18h. A festa de entrega do Prêmio Gandhi de Comunicação 2011 acontecerá em junho.

Fonte: Agência da Boa Notícia, 25/03/2011

Ciência

Técnica torna célula-tronco de dente tão boa quanto embrionária


O laboratório de genética do Instituto Butantan, órgão da Secretaria da Saúde de SP, desenvolveu uma técnica que abre caminho para o tratamento de várias doenças - como doenças motoras, imunológicas, de regeneração de ossos e nervos, na reconstrução de células dos músculos, cartilagem e outros tecidos, e enfermidades psiquiátricas. A técnica se constitui em reprogramar células extraídas de dente de leite, tornando-as capazes de criar qualquer célula e tecido.

A pesquisa demonstrou que as células-tronco adultas da polpa de dente de leite podem ter a mesma versatilidade de células-tronco embrionárias, retiradas de embriões de poucos dias. "É como se conseguíssemos pegar uma célula de uma flor e a transformássemos novamente em muda, capaz de originar qualquer parte da flor. Com a descoberta nos igualamos a países desenvolvidos que trabalham com pesquisas de ponta", explica Irina Kerkis, do laboratório de genética do Butantan.

Antes, entre os países desenvolvidos, somente a China desenvolvia pesquisas de ponta nesta área. Outro benefício da técnica é que ela não é invasiva, além de ser mais rápida e barata que outros métodos.

Fonte: Terra Notícias, 25/03/2011


Anti-inflamatório Ibuprofeno reduz risco de Parkinson

Os adultos que tomam regularmente ibuprofeno, um anti-inflamatório, têm 27% menos riscos de desenvolver a doença de Parkinson, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.

"Não há remédio para a doença de Parkinson, então a possibilidade de que o ibuprofeno, um medicamento relativamente não tóxico, possa ajudar a proteger contra esta doença é apaixonante", afirmou o médico Alberto Ascherio, professor de epidemiologia e nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (Massachussets, nordeste), um dos coautores da pesquisa.

O Mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que causa rigidez muscular, dificuldade para iniciar movimentos, falta de equilíbrio e lentidão nas ações voluntárias.

Os neurologistas consideram que o ibuprofeno reduz a inflamação no cérebro que poderia contribuir para o desenvolvimento da doença.
O estudo foi publicado na versão on-line da revista Neurology, da Academia americana de neurologia. Os pesquisadores analisaram os dados médicos provenientes de 98.892 enfermeiras e de 37.305 homens, também profissionais de saúde.

Fonte: Terra Notícias 02/03/2011


Solidariedade

Dia do Bem prestará serviços de Cidadania


Fazer o bem para quem precisa é a meta da Unidade Beneficente Coração de Maria em Municípios do Ceará.

Juazeiro do Norte. Alegria, lazer, saúde, educação, capacitação profissional, doações, oficinas, aconselhamento e arte para o público. Amanhã, centenas de voluntários no Estado estarão dedicados ao Dia do Bem, dentro da programação dos 50 anos do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, por meio da Unidade Beneficente Coração de Maria.

As atividades acontecem em todo o Brasil e, no Ceará, em comunidades de Municípios da Região Metropolitana e interior. De norte a sul do Estado e no litoral, a mobilização irá atender mais de mil pessoas. As atividades envolvem comunidades em Caucaia, Maranguape, Itaitinga, Cascavel, Crato e Sobral.

A maioria dos grupos começa cedo as atividades, que incluem a participação de técnicos, assistentes sociais, médicos, psicólogos, enfermeiros, especialistas na área de meio ambiente, advogados, assistentes sociais, engenheiros, arquitetos e artistas. A grande mobilização visa também instruir as pessoas das comunidades a aprenderem algum ofício para um resultado prático e empreendedor.

Em Sobral, as atividades começam a partir das 8 horas, com visita a um orfanato da cidade, distribuição de brinquedos, apresentação de teatro de bonecos, além de apresentações artísticas. Em homenagem ao Dia da Água, alguns núcleos do Estado darão enfoque ao tema. Questões relacionadas à preservação do meio ambiente, como a prevenção de queimadas serão tratadas por técnicos do Ibama em Sobral. No Município, também serão realizadas rodas de conversas com assistente social do Instituto Nacional de Previdência Social (INSS).

Leia mais clicando aqui.

Fonte: Diário do Nordeste
25/03/2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Reencarnação e Genética



Por Fernando A. Moreira


Como o acaso não existe, no vocabulário espírita, tudo na reencarnação, acontece sob a égide de Deus (fig.1-gráfico anexo), o Senhor da Vida. Sendo esta programada, os Espíritos Superiores atuariam como construtores ou geneticistas, no fluxo da vida (Fig.1, em azul), selecionando o óvulo e o espermatozóide, na formação do ovo, que em última análise, originará aproximadamente os 70 trilhões de células do corpo físico; sempre que possível, o Espírito reencarnante colabora em ação conjunta nessa iniciativa. "Se temos um piloto de fórmula 1, é preciso um carro de fórmula 1"; se a determinação era para pianista ou cirurgião, o corpo físico não deverá apresentar defeito genético nas mãos, por exemplo, e que poderia acontecer se a fecundação fosse aleatória.

De "Missionários da Luz" (1), extraímos:

"(...) passou a examinar os mapas cromossômicos, com a assistência dos construtores presentes. (...) examinando a geografia dos genes nas estruturas cromossômicas a fim de certificar-me até que ponto poderemos colaborar (...), com recursos magnéticos para organização das propriedades hereditárias.(...)" Prossegue o orientador: " - Mentalize os primórdios da condição fetal, formando em sua mente o modelo adequado."
Solicitada a natureza das provas pelo reencarnante, ou estabelecidas as expiações, os Espíritos Superiores a tudo estão atentos, na execução do projeto de recorporificação. Até mesmo nas reencarnações compulsórias, o Espírito reencarnante, mesmo não colaborando no processo, tem conhecimento do programa estabelecido, por mais relutante que esteja, porque "ninguém penetra num educandário, para estágio mais ou menos longo, sem finalidade específica e sem conhecimento dos estatutos a que deve obedecer." , ainda em "Missionários da Luz" (1). "O grau de comando dos Espíritos Superiores, neste processo reencarnatório, é inversamente proporcional ao estágio evolutivo do Espírito."(1)

Ficará este conhecimento, como outros, de posse do Espírito e arquivado no seu perispírito por ocasião da reencarnação, a ser utilizado como intuição.

Estabelecem-se fortíssimos compromissos, talvez os maiores que possam assumir os Espíritos, entre os pais e o Espírito reencarnante e vice-versa, cujo cumprimento é fundamental para que se concretize a reencarnação, revigorando-se assim laços preexistentes, estabelecendo-se novos ou reparando-se outros. A quebra deste protocolo, terá repercussões importantíssimas sobre os compromissados Espíritos envolvidos no processo. Colaboram ainda, os Espíritos simpáticos e às vezes procuram interferir negativamente os Espíritos inferiores, de acordo com a possibilidade das sintonias, na reencarnação que se apresenta redentora para o seu desafeto.

Na realidade nós somos o que fomos, encontrando-se gravados no nosso perispírito, todas as vivências e experiências pregressas, a se transmitir através do modelo organizador biológico, ao novo corpo físico, não como uma fatalidade, mas como um ponto de partida, podendo ser modificada, na decorrência do que realizarmos de positivo ou negativo, na edificação da nossa proposta reencarnatória.

"(...) Essa Energética Espiritual, resultado de vivências e experiências incontáveis, com suas emissões vibratórias, apresentam zonas intermediárias (perispirituais) até desembocarem nos genes...por onde as sugestões, informações, diretrizes, enfim todo o quadro de nossa herança espiritual tivesse possibilidade de expressões nas regiões cromossômicas da herança física." (2)

Nos genes, estão as moléculas de DNA, situando-se particularmente no núcleo das células(99,5%) e no citoplasma (DNA mitocondrial-0,5 %), que comandam a síntese das proteínas e a atividade celular, sem as quais não haveria vida, e que são mais importantes componentes plásticos do que energéticos, do corpo físico.

No DNA está implantado o nosso "relógio biológico"(8), gatilho de todas as doenças genéticas (natureza, tempo de surgimento, duração, gravidade, periodicidade), além dos caracteres e deficiências físicas.

Acrescenta Hermínio Miranda, (3):

"O Dr. Jorge Andréa chega a admitir que o espírito possa estar presente e influir na seleção do espermatozóide que vai disparar o mecanismo de fecundação e conseqüente gestação. Naturalmente que para isso é necessário que o espírito tenha condições evolutivas e de conhecimentos bastante satisfatórias, pois há renascimentos regidos por leis emergenciais, em cujo processo pouco participa conscientemente o reencarnante. É certo, porém que a presença do espírito ou, pelo menos, sua imantação ao feto é vital ao desenrolar o processo, dado que é seu perispírito que traz as matrizes cármicas que entram como componente decisivo na formação do corpo físico, interagindo com mecanismos puramente genéticos."

Não seríamos coerentes, se admitíssemos que só as células sexuais masculinas fossem selecionáveis, entre os 200 000 000 à 500 000 000 de espermatozóides (por ejaculação), que se propõem a fecundar o óvulo. Entrementes, ao completarem a sua formação os ovários contém de 300 000 à 400 000 folículos, cada um deles contendo um ovócito primário, e durante a vida da mulher, apenas cerca de 300 deles consegue atingir a maturação(4), sendo que os outros vão sofrer involução e regredir, sem progredir para óvulo. Portanto aqueles ovócitos são selecionáveis, no processo de maturação para a ovulação. Aceita a proposição de que os espermatozóides são escolhidos, não há porque negar que os óvulos também o são. Existiria pois um óvulo selecionado que chega, para um espermatozóide também pinçado pela espiritualidade, que irá alcança-lo. Não fora assim e haveria uma seleção para o espermatozóide e um acaso, para o óvulo. Desta maneira se dá a fecundação, formando-se o ovo ou zigoto, e o início da vida física e da ligação espiritual, quando existe um Espírito designado, e já pois fixado por seu cordão fluídico, caminhando o ovo e, o Espírito com seu sonho reencarnatório "dolorosamente conquistado e insistentemente solicitado" (5), em busca da nidificação no útero materno, preparado "carinhosamente" para recebe-lo na sua majestade, intensificando-se os laços perispiríticos com o corpo físico, (6) quase completamente ao nascimento e finalizando-se até aos sete anos de idade, aproximadamente. "A união começa na concepção, mas só se completa por ocasião do nascimento."(7). "A diferença é sutil, mas interessante de considerar: ele não está encarnado, mas ligado, da concepção ao nascimento." ( 8)

Concomitantemente, os movimentos vibratórios do perispírito vão diminuindo e restringindo ocasionando a obnubilação da memória e "um véu cada vez mais espesso envolve a alma e apaga-lhe as radiações interiores." (6).

Esta maravilhosa construção encarnatória, realizada pelos Espíritos Superiores, é uma concessão da bondade, da misericórdia e da justiça divina, "demonstrando que a vida é uma realidade, antes da nossa organização biológica." (9)

Albert Einstein, ao analisar que a fecundação e o desenvolvimento do ovo, violavam todas as regras da Termodinâmica, assim se pronunciou: "Posso afirmar que o Universo não explica o Universo e a matéria não se explica a si mesma. Fora do Universo e independente dele, existe um poder pensante e atuante, que é responsável pela aglutinação das moléculas, no campo da energia material." , e conclui:

"A ciência sem religião é capenga e a religião sem ciência é cega." (9)

O Espiritismo nos mostra a grandeza desse elo entre a genética e a reencarnação, entre a Ciência e a Religião.

Revista Internacional de Espiritismo - março de 2000

Bibliografia:

(1) XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito André Luiz. Missionários da Luz .FEB 28ª edição; pg 187 `a 189 e 208.
(2) KÜHL, Eurípides. Genética e Espiritismo, FEB 1 ª edição, 1996; pg 40.
(3) MIRANDA, Hermínio P. Nossos filhos são Espíritos, Publ. Lachâtre, 1995. pg. 47.
(4) SOARES, José Luis. Biologia. Ed. Scipione, 1997. Pg 195.
(5) GANDRES, Doris Madeira. Tesouro maior, Revista Internacional do Espiritismo, Jan. 1999, pg 219.
(6) DÊNIS, Leon, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Ed. FEB, 1936, 4ª ed., pg 193.
(7) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, Ed. FEB, 1987: perg.199, 344 358 e 359.
(8) ROCHA, Alberto de Souza. Além da matéria densa. Ed. Correio Fraterno, 1997, pg. 153. Reencarnação em foco. Casa Ed. "O Clarim", 1991, pg.104.
(9) FRANCO, Divaldo Ferreira. Encontro com médicos. S. José do Rio Preto, S.Paulo. 1992. Studio Alvorada.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Os Superiores e os Inferiores



Por Walkiria Lúcia de Araújo Cavalcante

“Porquanto todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se abaixa será elevado.” (S. Lucas, cap. XIV, v. 11)

Autoridade, segundo Michaelis eletrônico, vem do latim auctoritate, tendo como uma de suas definições “direito ou poder de mandar”. Todos nós possuímos autoridade, seja no lar, no trabalho ou num grupo ao qual pertençamos. Pode ser que esta autoridade não perdure em todos os momentos de nossas vidas, mas em algum, já a possuímos.

Como o próprio “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – ESE, comenta em seu capítulo XVII, item 9, a autoridade não nos foi dada para mandarmos ou tratarmos o nosso próximo como propriedade. Podemos pensar neste momento que não existe mais escravidão e com isso não há o que se falar em propriedade. Consultando a questão 829 de “O Livro dos Espíritos” nos deparamos com o seguinte questionamento: “Haverá homens que estejam, por natureza, destinados a ser propriedade de outros homens? ‘É contrária à lei de Deus toda sujeição absoluta de um homem a outro homem. A escravidão é um abuso da força. Desaparece com o progresso, como gradativamente desaparecerão todos os abusos”. Gostaríamos de destacar “toda sujeição absoluta de um homem a outro homem”; como sabemos há pais tiranos, filhos rebeldes, chefes déspotas e cônjuges que não dignificam o lar que construíram. Então, se pararmos para pensar, veremos que esta visão de que o outro é nossa propriedade não está perdida no tempo nem foi abolida pela a Lei Áurea.

O poder anda de mãos dadas com a fortuna, mas nem um nem outro é instrumento de “perdição” ou de subjugação do próximo; antes, é um veículo libertador de vidas, de sofrimentos. Já aprendemos em “O Livro dos Espíritos”, questão 811, que não existiu e nem será possível a igualdade absoluta das riquezas na condição evolutiva do nosso planeta atualmente. Pois “a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres”. A nossa sociedade, da forma como está, e mais ainda, com os Espíritos com os quais estamos vinculados à Terra, não pode experimentar uma forma de comando diferente da que existe. É o freio e a espora que necessitamos para aprender de forma mais intensiva. Dia chegará que não haverá mais necessidade disso; os superiores e os inferiores continuarão existindo, mas será a superioridade moral que nos distinguirá.

“Quem quer que seja depositário de autoridade, seja qual for a sua extensão, desde a do senhor sobre o seu servo, até a do soberano sobre o seu povo, não deve olvidar que tem almas a seu cargo” (ESE, cap. XVII, item 9). Nós somos responsáveis uns pelos outros e isto fica mais claro quando falamos sobre a autoridade. Somos responsáveis não só pelo mau uso que fizermos da autoridade que possuímos, como também, pelo alcance na vida dos outros. Cabe aos fortes ajudarem aos mais fracos, os que estão à frente ajudar aqueles que estão caminhando mais atrás, da mesma forma que somos ajudados. Ora estamos na condição daquele que recebe, ora estamos na condição daquele que ajuda constantemente em vários momentos de nossas vidas.

A justiça da reencarnação é um dos mais belos lauréis que possuímos. Ela nos ensina que aquele que foi rico hoje, poderá reencarnar numa condição pobre; e vice-versa. Não que seja uma regra obrigatória o reencarnar numa rica e na seguinte pobre. Não é assim. Reencarnamos na condição que melhor vai servir de aprendizado e de reajuste. Na questão 814 de “O Livro dos Espíritos” vemos isto claramente: “Por que Deus a uns concedeu as riquezas e o poder, e a outros, a miséria? ‘Para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com frequência”. E “O Livro dos Espíritos” vai mais além, nos informando que a riqueza nos torna freqüentemente egoístas, orgulhosos e insaciáveis e a miséria faz brotar em nós as queixas contra a Providência.

Mas da mesma forma que aquele que comanda tem suas obrigações e responderá pelo mau comando que exerça, também o comandado responderá pelas faltas que cometer. E aqueles de nós que possuímos a luz da Doutrina Espírita para nos nortear, somos mais culpados ainda. Não podemos nos eximir de nossas responsabilidades porque os outros não o fazem. O primeiro juiz que possuímos é a nossa consciência. Não nos esqueçamos dela em todos os momentos de nossas vidas. Ela é a voz silenciosa que nos fala no íntimo, mostrando o caminho a seguir. Façamos a nossa parte para que diante do todo sejamos aquela gotinha de diferença, segundo falava Madre Tereza de Calcutá: “Posso ser uma gota no oceano, mas sem essa gota o oceano ficaria menor.”

Fonte: Jornal O Clarim, abril de 2010

quarta-feira, 23 de março de 2011

Gotas de Luz



Lei de Liberdade

Livre-arbítrio e Determinismo

Determinismo ou Fatalismo é uma doutrina segundo a qual todos os fatos são considerados como conseqüências necessárias de condições antecedentes. De acordo com essa maneira de pensar todos os acontecimentos foram irrevogavelmente fixados de antemão, sendo o homem mero joguete nas mãos do destino.

O livre-arbítrio, por sua vez, é a concepção doutrinária que afirma que o homem dispõe sempre da liberdade de escolha, podendo gerenciar as suas decisões e a sua vida.

Posição espírita:

O Espiritismo nos ensina que não há um fatalismo absoluto, um determinismo que norteará a vida do homem.

O livre-arbítrio foi talvez a grande conquista do princípio inteligente em sua jornada evolutiva, pois, através dele, tornou-se o Espírito responsável pelos seus atos.

Embora o homem esteja subordinado ao seu livre-arbítrio, sua existência está também submetida a determinada característica de acordo com o mapa de seus serviços e provações na Terra e, delineado pela individualidade em harmonia com as opiniões de seus guias espirituais antes da reencarnação.

As condições sociais, as moléstias, os ambientes viciosos, o cerco das tentações,os dissabores, são circunstâncias da existência do homem. Entre elas, porém, está a sua vontade soberana.

O homem é, pois, livre para agir, para escolher o tipo de vida que procura levar. As dores, as dificuldades existentes na sua vida são provas e expiações que vem muitas vezes como conseqüência do uso incorreto do livre-arbítrio em existência anteriores.

“Se o homem tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.” [LE-qst 843]

Allan Kardec didaticamente separa o livre-arbítrio em:

a) No estado de Espírito: consiste na escolha da existência e das provas.
b) No estado corpóreo: consiste na faculdade de ceder ou resistir aos arrastamentos a que estamos submetidos.

Lembra, no entanto, Kardec, que excetuando-se as Almas Puras, que já atingiram a Perfeição que lhes é possível, em todos os outros o Livre-arbítrio é uma faculdade sempre limitada.

Na medida em que a nossa liberdade termina onde se inicia a liberdade do outro, certos atos, contrários à ordem geral que regem a evolução das criaturas, são vedados.

Assim sendo, o livre-arbítrio será diretamente proporcional a evolução intelecto moral da criatura. Os Espíritos mais evoluídos o possuem em grau maior; as almas mais inferiorizadas terão uma faixa de escolha mais limitada.

Livre-arbítrio e Evolução

Em outras condições, como no período da infância e na loucura, o livre-arbítrio pode momentaneamente ser retirado do homem.

Livre-arbítrio muito limitado
1. Seres inferiores:(animais, homem primitivo)
2. Período de infância
3. Estado de loucura

André Luiz [Ação e Reação] assim se manifesta:

“Nas esferas primárias da evolução, o determinismo pode ser considerado irresistível. É o mineral obedecendo às leis invariáveis de coesão e o vegetal respondendo, fiel, aos princípios organogênicos, na consciência humana a razão e a vontade, o conhecimento e o discernimento entram em junção nas forças do destino, conferindo ao Espírito as responsabilidades naturais que deve possuir sobre si mesmo. Por isso, embora nos reconheçamos subordinados aos efeitos de nossas próprias ações, não podemos ignorar que o comportamento de cada um de nós, dentro desse determinismo relativo, decorrente de nossa própria conduta, pode significar liberação abreviada ou cativeiro maior, agravo ou melhoria em nossa condição de almas endividadas perante a Lei.”

Conclusões:

1. Pelo uso do livre-arbítrio, construímos o nosso destino, que pode ser de dores ou de alegrias.

2. Livre-Arbítrio, na fase evolutiva em que nos encontramos, é sempre relativo.

3. O determinismo, também relativo, pode ser traduzido como a conseqüência inaceitável de nossa conduta prévia.

Bibliografia
a) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
b) Ação e Reação - André Luiz/Chico Xavier
c) A Constituição Divina - Richard Simonetti
d) Leis Morais da Vida - Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
e) Leis Morais - Rodolfo Calligaris


Fonte: CVDEE
"Leis Divinas e Naturais" continua no próximo Gotas de Luz.

terça-feira, 22 de março de 2011

Da Guerra à Paz


Por Christiano Torchi

Muitas teses sociológicas e antropológicas já foram elaboradas para detectar as causas da violência. Uns atribuem a violência à miséria ou à pobreza; outros, à falta de instrução, à mídia, às drogas, ao fanatismo, à superlotação dos presídios etc. Mas onde estaria, realmente, a causa deste mal que ultimamente apresenta sintomas de pandemia?

Detectadas as origens do problema, existiria solução para ele? A instituição de medidas radicais, para conter a violência, ou o endurecimento das leis, seria o bastante, como defendem alguns especialistas?

Dentre todas, uma das facetas mais cruéis da violência é a guerra. Etimologicamente, a palavra “guerra” sempre esteve ligada a discórdia, a luta. Derivada do latim bellum, deu origem ao adjetivo “belicoso” ou “beligerante”, isto é, o estado de ânimo daquele que habitualmente é hostil para com o semelhante.

No sentido trivial, a guerra geralmente é definida como “qualquer combate, com ou sem armas”, ou ainda a “luta armada entre nações, ou entre partidos de uma mesma nacionalidade ou de etnias diferentes”.

E o que desejam os que fazem a guerra? O objetivo da guerra é a imposição da vontade de um dos adversários, por meio da força. Ou, ainda, é “impor supremacia ou salvaguardar interesses materiais ou ideológicos”.

Os Espíritos superiores, ao tratarem da lei moral de destruição, projetaram luz sobre esta tormentosa questão: a guerra é o resultado das paixões exacerbadas do homem, em virtude da predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual.

A História relata que, nos primórdios, a guerra era um estado normal para o homem bárbaro, que procurava impor-se ao seu semelhante por intermédio da força bruta. Ante a ausência de normas para regular as relações sociais, prevalecia a vontade do mais forte. Apesar do admirável progresso humano em todos os setores, inclusive com o advento do estado de direito, das legislações democráticas, ainda persistem as guerras, a violência, embora apresentando características diferenciadas.

Há aqueles que defendem a existência das guerras como elemento indispensável ao progresso humano. Só a esse custo poderemos nos libertar do atraso intelecto-moral?

Não há dúvida de que as guerras interferem na História e produzem repercussões importantes sobre a organização política, econômica e social dos povos e das nações. Talvez por isso os mentores da Codificação tenham alertado que o objetivo da Providência ao permitir a guerra é a conquista da liberdade e do progresso. Ocorre que muitas vezes o vencedor submete o vencido. Nesse caso, os mentores esclarecem que tal submissão é momentânea, pois induz os povos a progredir mais depressa.

É quando nos deparamos com a lei de causa e efeito, que traduz a infalível Justiça Divina.

Enquanto o homem persistir nos seus vícios, continuará pagando pesado tributo moral, que lhe granjeará o aprendizado mediante a dor e o sofrimento. Por isso, não estão isentos de culpa aqueles que lançam a Humanidade em combates sangrentos, por ambição. Os flagelos destruidores provocados pelo ser humano representam grave infração às leis morais. Neste caso, muitas existências lhe serão necessárias para expiar todos os crimes de que haja dado causa.

Se, por um lado, a guerra traz seus benefícios, os efeitos colaterais dela, sobretudo aqueles de longo prazo, são tantos e tão rigorosos que não se pode dizer que haja vencidos ou vencedores. Muitos dos responsáveis pelas guerras e os que delas abusam vinculam-se a laços cármicos até que se quitem perante as leis eternas, por meio dos sábios mecanismos instituídos pelo Criador, entre eles o da reencarnação, que reúne os adversários de ontem nos sagrados laços das pátrias e das famílias de hoje.

Agora que Jesus nos enviou o Consolador, que é o Espiritismo redivivo, para restabelecer todas as coisas, prescindimos da divisão e da espada, como exarado na parábola da estranha moral: “À guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo, a luz da fé esclarecida”. Por isso, os Espíritos superiores esclarecem que a guerra desaparecerá da face da Terra, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem as leis de Deus. Ora, se ainda há tanta violência na Terra, exacerbada nestes tempos de transição, é porque ainda não estamos vivenciando o suficiente esses princípios.

Pondere-se, de outro lado, que o indivíduo não é culpado pelos assassínios que comete durante a guerra, quando constrangido a lutar, a conservar a própria vida, mas é culpado pelas crueldades e pelos abusos em que incidir. Em compensação, é-lhe contado a favor o sentimento humanitário com que age em tais circunstâncias.

Espíritos de ordem inferior recebem a oportunidade de encarnar e reencarnar entre homens adiantados, para que também progridam, o que explica a existência, no seio da civilização mais evoluída, de criaturas selvagens e de criminosos endurecidos, fatores que igualmente induzem ao aperfeiçoamento das instituições humanas.

Convém ressalvar, contudo, que a guerra, por extensão de sentido, não é apenas aquela em que as nações disputam os chamados interesses da soberania, mas são também os conflitos particulares entre os indivíduos na convivência em sociedade:

[...] os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades.

No início da década de 90, em visita ao campo de concentração e trabalhos forçados em Mauthausen, na Áustria, onde foram ceifadas quase 130 mil vidas, dentre os milhões de pessoas que padeceram durante a Segunda Guerra Mundial (1938-1945), o médium Divaldo Pereira Franco sentiu a psicosfera ambiente depressiva e umbralina, como se a dor, o lamento e o desespero se perpetuassem ali, no plano invisível, assinalado por sombras indizíveis. Foi nesse momento que ecoou na consciência do médium a seguinte pergunta, que é a mesma de todos nós: “Por que será que o homem é tão impiedoso, e explodem essas guerras?”. E a resposta veio sem demora:

Porque ainda não tivemos a coragem de lutar contra as nossas paixões; porque ainda cultivamos as pequenas guerras; porque ainda mantemos as nossas pequenas violências, não nos dulcificamos interiormente, não deixamos que o amor nos tranquilize.

[...] De alguma forma, a guerra que acabou lá fora necessita de acabar dentro de nós, pois que só há uma guerra exterior, porque vivemos em conflito íntimo constante, e esses crimes somente são cometidos quando há uma adesão enorme de criminosos.

Um Ayatolá Komeini, um Hitler, um Stalin e outros somente lograram seus tentames porque havia mínis Komeinis, Hítleres, Stalins que, ao grito para o crime, aderiram em massa e cometeram atrocidades, esperando apenas a voz de comando.

Para que esses crimes saiam da Terra é necessário que comecemos em nós o trabalho de instalação do reino de Deus, da piedade fraternal, da tolerância, da benignidade e do amor, para que crueldades como essas que aí estão na TV, em todo o instante, nunca mais aconteçam.

Conclui-se, portanto, que o estado íntimo das pessoas, as guerras individuais, consistentes em duelos de pensamentos, de palavras e de ações, por mais insignificantes pareçam, contribuem para o agravamento da violência, que é retroalimentada pela ação obsessiva recíproca de Espíritos, encarnados e desencarnados, em permanente conúbio, que se encontram na mesma sintonia. A tecnologia, as medidas legislativas, administrativas e sociais, isoladamente, não solucionarão, por si, esses graves problemas que afligem a civilização, enquanto o ser humano não secar a fonte da violência e da ignorância que reside em si próprio. Por isso, nunca foi tão urgente a revisão da nossa conduta ética, em todos os sentidos:

Quando a caridade regular a conduta dos homens, eles conformarão seus atos e palavras a esta máxima: “Não façais aos outros o que não gostaríeis que vos fizessem”. Então, desaparecerão todas as causas de dissensões e, com elas, as dos duelos e das guerras, que são os duelos de povo a povo.

São válidos os movimentos sociais, por meio dos quais rogamos providências às autoridades em favor da paz. Entretanto, eles sozinhos são insuficientes. A construção da paz começa em nossos lares, no trabalho preventivo de educação de nossos filhos e da nossa própria, que tem no ensino religioso um grande aliado.


Fonte (texto e imagem): Reformador, março 2011.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Os Viajores do tempo e os impulsos da Lei do Progresso



Por Altamirando Carneiro

No prefácio do livro Afinal, quem somos?, de Pedro Granja (Editora Brasiliense Ltda. (SP) – 5ª. Edição, 1951), Monteiro Lobato observa:

“... AFINAL, QUEM SOMOS? É o título da obra, e já aí eu sofro o primeiro esbarro. Eu poria, AFINAL, QUE SOMOS? O ‘quem’ da primeira pergunta indica que somos gente – mas seremos gente, Pedro Granja? Os horrores de Dachau e Buchenwald me deixam incerto. Talvez sejamos apenas coisas vivas. E nesse caso a pergunta seria: ‘Que coisa, na ordem universal, é esse bichinho que ora se revela como S. Francisco de Assis, a pregar amor aos peixes ao invés de pescá-los, ora como aquela Irmã Griese que num campo de concentração nazista amarrava as pernas das prisioneiras grávidas, para que morressem nas dores de um parto impossível? Que coisa é esse estranho bichinho que aprimora a inteligência até ao ponto de desintegrar o invisível átomo, e depois vai com a bomba atômica destruir cidades habitadas por dezenas de milhares de irmãos inocentes de qualquer crime?’”

Mais adiante, Lobato observa que “o transformismo define esse vertebrado como um pouco de protoplasma que foi evoluindo em certo sentido, está hoje no estágio do Homo sapiens e continuará evoluindo enquanto houver no planeta condições para a vida orgânica”. O escritor cita ainda a afirmação da bailarina indiana Sundartará: “Deves ver-te como de fato és: um Espírito em roupagem terrena. A verdadeira pessoa, o ‘eu’ que és, não é esse teu corpo, como eu não sou este meu corpo – coisas frágeis e sofredoras. SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS E DIVINOS. Fortes e inalteráveis. Sempre tendentes a melhorar, a aperfeiçoar, a apurar as nossas qualidades. Estamos neste momento em missão aqui na Terra, que não sabemos qual seja, mas que fatalmente será para o nosso bem”.

Nas primeiras encarnações, o homem usa a inteligência para procurar o alimento; para buscar os meios de se preservar dos efeitos do mau tempo; para se defender dos inimigos. Praticamente, é o domínio do instinto.

Mais avançado, o homem tem instinto e sensações. Mais avançado ainda, tem instinto, sensações e sentimentos, cujo ponto delicado é o amor. Mais que o animal, Deus lhe deu o desejo incessante do melhor, que o impulsiona à procura dos meios para melhorar-se; e dos meios que o levam às descobertas, às invenções e ao aperfeiçoamento da Ciência. As necessidades do Espírito, que se sucedem às necessidades do corpo e à procura do alimento espiritual, fazem com que o homem passe da selvageria à civilização.

Como o progresso humano é lento e cada um progride de acordo com o seu desenvolvimento espiritual e moral, muitos ficam no meio do caminho. Eis por que em um planeta de provas e expiações encontramos as discrepâncias apontadas por Monteiro Lobato. E porque, no nosso século, ainda encontram-se encarnados, na Terra, Espíritos espiritualmente e moralmente atrasados.

Deus estabeleceu leis que são inteiramente justas e boas. O homem seria perfeitamente feliz se as observasse escrupulosamente, mas a menor infração a essas leis causa uma perturbação cujo contragolpe experimenta. Daí, todas as suas vicissitudes. É, pois, ele próprio a causa do mal por sua desobediência às leis de Deus. Deus criou o homem livre para escolher o seu caminho. O que tomou o mau caminho o fez por sua vontade e não pode acusar senão a si próprio pelas conseqüências para si decorrentes.

A violência se extinguirá, na medida do nosso progresso. Tudo ocorre na Natureza em função da evolução, sendo que a renovação é condição fundamental para o progresso contínuo. Esta é a Lei básica do Universo. Há uma lei geral que rege os seres da criação, animados e inanimados. É a lei do progresso. Os Espíritos são submetidos a ela pela força das coisas, sem o que a exceção teria perturbado a harmonia geral. Mas o mal não existe na ordem das coisas, pois não é devido senão a Espíritos prevaricadores.

Observa Carlos T. Rizzini, no livro Fronteiras do Espiritismo e da Ciência (LAKE, SP): “Tanto a matéria quanto os seres mudaram ao longo do tempo; vegetais e animais surgiram, viveram e se transformaram e se extinguiram, em movimento crescente de complexibilidade e adiantamento. A evolução é um atributo superior do Ser”.

O Espírito precisa progredir sempre. Em 1859, no livro A origem das espécies, Charles Darwin prevê, formalmente, o aperfeiçoamento dos seres vivos, mediante a seleção natural. Em 1968, na obra A Gênese, Allan Kardec fala das primeiras noções da evolução orgânica, referente ao corpo animal e humano e do Espírito humano, explicando que “tem o homem que se resignar a não ver em seu corpo material mais do que o último anel da animalidade na Terra”. Alguns anos depois, Alfred Russel Wallace, co-autor da teoria da evolução, divergindo de Darwin, defendia a existência de forças espirituais regendo a evolução humana.


Fonte: O Consolador - 30 de Agosto de 2009

domingo, 20 de março de 2011

Mensagem da Semana


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Tribulações

“Também nos gloriamos nas tribulações.” - Paulo. (Romanos, 5;3)

Comentando Paulo de Tarso os favores recebidos do Plano Superior, com muita propriedade não se esquecia de acrescentar o seu júbilo nas tribulações.

O Cristianismo está repleto de ensinamentos sublimes para todos os tempos.

Muitos aprendizes não lembram o apóstolo da gentilidade senão em seu encontro divino com o Mestre, às portas de Damasco, fixando-lhe a transformação sob o hálito renovador de Jesus, e muitos companheiros se lhe dirigem ao coração, mentalizando-lhe a coroa de espírito redimido e de trabalhador glorificado na casa do Pai Celestial.

A palavra do grande operário do Cristo, entretanto, não deixa margem a qualquer dúvida, quanto ao preço que lhe custou a redenção.

Muita vez, reporta-se às dilacerações do caminho, salientando as estações educativas e restauradoras, entre o primeiro clarão da fé e o supremo testemunho. Depois da bênção consoladora que lhe reforma a vida, ei-lo entre açoites, desesperanças e pedradas. Entre a graça de Jesus que lhe fora ao encontro e o esforço que lhe competia efetuar, por reencontrá-lo, são indispensáveis anos pesados de serviço áspero e contínua renunciação.

Reparemos em nós mesmos, à frente da luz evangélica.

Nem todos renascem na Terra com tarefas definidas na autoridade, na eminência social ou no governo do mundo, mas podemos asseverar que todos os discípulos, em qualquer situação ou circunstância, podem dispor de força, posição e controle de si próprios.

Recordemos que a tribulação produz fortaleza e paciência e, em verdade, ninguém encontra o tesouro da experiência, no pântano da ociosidade. É necessário acordar com o dia, seguindo-lhe o curso brilhante de serviço, nas oportunidades de trabalho que ele nos descortina.

A existência terrestre é passagem para a luz eterna. E prosseguir com o Cristo é acompanhar-lhe as pegadas, evitando o desvio insidioso.

No exame, pois, das considerações paulinas, não olvidemos que se Jesus veio até nós, cabe-nos marchar desassombradamente ao encontro dEle, compreendendo que, para isso, o grande serviço de preparação há de ser começado na maravilhosa e desconhecida “terra de nós mesmos”.

Emmanuel

Do livro "Vinha de Luz", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel.

sábado, 19 de março de 2011

Imagem e Mensagem: Oração ao Criador - Reflexão e Meditação

Um diálogo belíssimo com o Criador, acompanhado de imagens da natureza e sons de pássaros, são os elementos presentes nessa meditação do vídeo "Imagem e Mensagem" do mês.


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