quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Imagem e Mensagem : A Religião dos Homens e a Religião de Deus – Cairbar Schutel

A mensagem desse vídeo produzido pela Rádio Síntese Web está no livro “Parábolas e Ensinos de Jesus” de autoria do Bandeirante do Espiritismo, Cairbar Schutel e encerra o mês dedicado ao grandioso missionário espírita.

Agradecemos aos que nos acompanharam e participaram de forma direta e indireta em nossas homenagens e aos que nos visitam desejando a todos, muita Paz e felicidades.


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Mediunidade de Cura de Cairbar


Cairbar Schutel não fornecia apenas os remédios à cura das pessoas, mas ele mesmo, um predestinado nas questões do Espírito, oferecia através de sua mediunidade o tratamento providencial para os males físicos.

José da Cunha foi um dos beneficiados com a mediunidade de cura de Cairbar:
"Não só presenciei, como também fui curado de uma pneumonia dupla por "seo" Schutel, depois de estar desenganado pelos médicos. A doença aconteceu quando eu tinha 8 anos, e depois de 7 ou 8 dias, o médico disse à minha mãe que Eu não passava daquela noite e que ela já podia ir providenciando meu enterro. Depois que ele saiu, "seo" Schutel chegou em casa e minha mãe contou o que o médico havia previsto. Então ele disse: "Já que a ciência materialista se tornou impotente, vamos tentar a espiritual".

Eu sentei sem camisa numa cadeira e ele começou a orar e me abanar de cima em baixo dando-me um "passe". Resultado: depois de uns quarenta minutos, a minha febre tinha desaparecido e o perigo de morte também. No dia seguinte, o médico, Dr. Agripino Dantas Martins, surpreendeu-se com minha recuperação e disse: "Tenho a certeza que o Schutel passou por aqui!"

A mãe do Cunha também pode ser citada como exemplo:
"Também houve o caso de minha mãe, que teve uma infecção muito forte e esse mesmo médico uma hora disse: "A ciência chegou ao seu limite". Corremos a chamar o "seo" Schutel, que encontrou-nos todos chorando. Relatamos o que o médico havia dito e contamos que minha mãe pedia insistentemente uma soda limonada bem gelada. Ele falou: "Já que a ciência deu sua última palavra, vamos fazer o tratamento espiritual e depois ela deve comer e beber o que lhe der vontade". Ele fez o "passe" nela e nós providenciamos o refrigerante conforme sua vontade, que ela sorveu com satisfação e adormeceu. Para nossa alegria e surpresa, no dia seguinte ela já estava de pé trabalhando".

Esses casos levaram os Cunha a aproximarem-se cada vez mais de Schutel. A mais relutante foi a avó do Cunha, que converteu-se depois de uma insólita ocorrência mediúnica conforme José da Cunha rememora:

"Minha avó, que era portuguesa, tinha três irmãos e um sobrinho padres, o que nos leva à dedução, portanto de como era difícil para ela compreender nossa ligação com o Espiritismo. Mas como ela tinha dois filhos que trabalhavam com Schutel, um no "Clarim" e outro na farmácia, um dia ela foi assistir a uma sessão espírita. Muito desconfiada, sentou-se sozinha no fundo do salão, imaginando o engodo que seria aquilo. Num dado momento, inclusive para espanto de todos, ela recebeu um inesperado e forte tapa no rosto que ficou-lhe até a marca. Daí em diante ela tornou-se espírita e dizia:

"Só assim mesmo eu podia ter uma prova para me converter ao Espiritismo!" Posteriormente, ela tornou-se uma grande colaboradora do "Clarim".


Extraído do livro Cairbar Schutel, O Bandeirante do Espiritismo, de Eduardo Carvalho Monteiro.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Higiene do Coração


“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.”
(Mateus, V, 8.)



Há corações limpos e há corações sujos. Para aqueles reservou o Senhor a visão de Deus.

E assim como há necessidade da higiene do corpo, para que o corpo funcione regularmente, com mais forte razão faz-se preciso higiene do coração, para que o Espírito ande bem.

É preciso limpar o coração para se ver a Deus. Ninguém há de coração sujo que tenha olhos abertos para o Supremo Artífice de Todas as Coisas.

“A boca fala do que o coração está cheio; do interior procedem as más ações, os maus pensamentos.”

Coração sujo, homem sujo; coração limpo, alma límpida, apta para ver Deus.

Faz-se mister limpar o coração. Mas, de que forma começar esse asseio?

É preciso que nos conheçamos primeiramente; é preciso conhecermos o coração.

“Nosce te ipsum”, conhece-te a ti mesmo!

Saber quem somos e os deveres que nos cumpre desempenhar; interrogar cotidianamente a nossa consciência; exercitar um culto estritamente interno, tal é o início dessa tarefa grandiosa para a qual fomos chamados à Terra.

A limpeza de coração substitui o culto externo pelo interno. As genuflexões, as adorações pagãs, as preces, cantadas e mastigadas, nenhum efeito têm diante de Deus.

O que o Senhor quer é a limpeza, a higiene do coração.

Fazer culto exterior sem o interior é o mesmo que caiar sepulcros que guardam podridões!

Limpar o coração é renunciar ao orgulho e egoísmo com toda a sua prole malfazeja! É pensar, estudar, compreender; é crer no Amado Filho de Deus pelos seus ditames redentores!

É ser bom, indulgente, caridoso, humilde, paciente, progressista; é, finalmente, renunciar ao mal para abraçar o bem; deixar a aparência pela realidade; preferir o Reino dos Céus ao Reino do Mundo, pois só dentro do Supremo Reinado poderemos ver Deus!


Cairbar Schutel


Do livro Parábolas e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Música Espírita : Eu Preciso de Você – Plínio Oliveira

Uma impecável interpretação do cantor e compositor Plínio Oliveira acompanhado da Orquestra Filarmônica de Curitiba para a canção,“Eu Preciso de Você”, de sua própria autoria.

A letra da canção fala da força do amor e do valor da amizade e faz parte do DVD "Plínio Oliveira e Orquestra Filarmônica de Curitiba - Pequenas Histórias de Amor Verdadeiro".


domingo, 26 de setembro de 2010

Mensagem da Semana


Ouvir a Mensagem


A Beleza da Amizade


A amizade é um presente sem preço que não pode ser comprado ou vendido, mas o seu valor é muito maior do que uma montanha feita de ouro, porque o ouro é frio e sem vida, não pode ver nem ouvir e em nossas fases difíceis nada podemos compartilhar com ele.

Ele não tem ouvidos para nos escutar, coração para nos entender, nem pode nos dar consolação ou estender-nos a mão para nos auxiliar. Assim, quando pedirmos um presente a Deus, sejamos gratos se ele nos mandar não diamantes, pérolas ou grandes riquezas, mas sim, se mandar o amor de verdadeiros amigos.


Autor desconhecido

sábado, 25 de setembro de 2010

Boas Notícias

Uma seleção de notícias positivas no mês de setembro, colhidas em alguns sites:


Paz


Seminário vai debater Cultura de Paz, Educação e Espiritualidade











As inscrições gratuitas para o I Seminário Cultura de Paz, Educação e Espiritualidade estão abertas, até 15 de outubro, no site www.ufcculturadepaz.blogspot.com. O encontro vai acontecer de 3 a 5 de novembro na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará. A Agência da Boa Notícia é uma das entidades convidadas a participar do encontro. O presidente da ABN, jornalista e professor Francisco Souto Paulino, fará parte da mesa sobre "Mídia, Educação, Contribuições para uma Cultura de Paz”, com a jornalista Marta Aurélia, da Rádio Universitária FM.

O Seminário é uma promoção do Grupo de Pesquisa Juventudes, Paz e Espiritualidade, coordenado pela Profª. Kelma Mattos do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da Faculdade de Educação da UFC (Faced). O local do encontro é o Auditório Valnir Chagas da Faced (Rua Waldery Uchoa, nº 1, com entrada também pela Rua Marechal Deodoro).

Na apresentação, os organizadores informaram que o evento foi planejado com o objetivo de “socializar saberes e experiências relacionados à questão da paz e da espiritualidade, propondo através de mesas, debates e oficinas como espaços de formação e reflexão em prol de semearmos uma cultura de paz”.

Nos dois dias do encontro, professores, médicos, jornalistas, sociólogos e estudantes vão apresentar e debater com o público temas como “Cultura de Paz, Saúde e Qualidade de Vida”, “Educação em Valores Humanos”, “Cultura de Paz na Escola” e “Mediação de conflitos na escola” e “Mídia, Educação, Contribuições para uma Cultura de Paz”. Haverá também socialização de experiências de cultura de paz nas escolas, além da realização de oficinas enfocando valores humanos, prevenção de bullying, jogos teatrais, arte e espiritualidade, dentre outras.

Doação

De acordo com os organizadores, a participação no evento é grátis, mas é solicitada de cada pessoa a doação, no primeiro dia do evento, junto ao credenciamento, um pacote de leite em pó, a ser entregue para a Casa Jeremias, localizada na Rua Bento de Albuquerque, 535. no bairro do Cocó, em Fortaleza. A Casa é um abrigo que acolhe crianças de forma temporária ou definitiva que se encontram em complicações quanto à guarda paterna.

O Seminário conta com o apoio das livrarias Paulus, Paulinas e Livro Técnico, Portal Órion, Secretaria Estadual de Educação e site Guia da Busca. A programação completa está no www.ufcculturadepaz.blogspot.com.

Contato: Profª. Kelma Mattos, Coordenadora do o I Seminário Cultura de Paz, Educação e Espiritualidade e do Grupo de Pesquisa Juventudes, Paz e Espiritualidade – E-mail: culturadepazufc@yahoo.com.br

Fonte: Agência da Boa Notícia, 23/09/2010


Meio-ambiente

ONU: buraco na camada de ozônio se fechará até 2060


A camada de ozônio, que protege a Terra dos raios ultravioleta, parou de se deteriorar e deverá estar amplamente restaurada em meados do século, graças a um veto em vigor há mais de 20 anos ao uso de perigosos produtos químicos, afirmaram cientistas das Nações Unidas esta quinta-feira.

Segundo o relatório "Avaliação Científica da Degradação da Camada de Ozônio 2010", o Protocolo de Montreal, tratado internacional firmado em 1987, que baniu o uso de clorofluorcabonos (CFC) - substâncias utilizadas em refrigeradores, sprays de aerossol e algumas espumas isolantes - foi bem sucedido.

Situada na estratosfera, a camada de ozônio é um filtro natural para os espectros perigosos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, e que podem causar queimaduras, câncer de pele e danos à vegetação.

As primeiras constatações da existência de um buraco sazonal na camada de ozônio sobre a Antártida ocorreram nos anos 1970, e um alerta foi emitido nos anos 1980, com a descoberta de que o dano estaria piorando devido ao efeito dos CFCs, o que levou 196 países a firmarem o Protocolo de Montreal.

"O Protocolo de Montreal, assinado em 1987 para controlar substâncias nocivas à camada de ozônio está funcionando, nos protegendo de danos maiores nas últimas décadas", comemorou Len Barrie, chefe de pesquisas da Organização Meteorológica Mundial (OMM). "Em todo o mundo, a camada de ozônio, inclusive aquela na região polar, não está mais se degradando, mas ainda não está aumentando", disse Barrie a jornalistas.

Os 300 cientistas que compilaram o quarto relatório sobre a degradação da camada de ozônio, publicado anualmente, agora esperam que ela esteja recuperada aos níveis de 1980 entre 2045 e 2060, segundo o documento, "sutilmente mais cedo" do que eles esperavam.

Embora os CFCs tenham deixado de ser usados, eles se acumulam e persistem na atmosfera. Por este motivo, os efeitos da restrição a seu uso leva anos para serem sentidos.

Assim, o estudo alertou que o buraco na camada de ozônio no Pólo Sul, que varia de tamanho e é monitorado de perto quando aparece todo ano, na primavera, ainda deve persistir por um tempo e pode ser agravado pelo aquecimento global.

Os cientistas ainda estão estudando os vínculos entre a degradação da camada de ozônio e o aquecimento global, explicou Barrie.

"Na Antártida, o impacto do buraco na camada de ozônio no clima superficial está se tornando evidente", afirmou.

"Isto gera importantes mudanças na temperatura da superfície e nos padrões de vento, entre outras mudanças ambientais", acrescentou. Os CFCs estão na lista de gases de efeito-estufa que causam o aquecimento global, assim seu banimento "trouxe benefícios indiretos substanciais no combate às mudanças climáticas", destacou o relatório.

Barrie estimou que as emissões evitadas destes gases tenham chegado a 10 gigatoneladas por ano.

No entanto, substâncias não nocivas à camada de ozônio, que foram adotadas em substituição aos CFCs em plásticos e refrigerantes - como os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e os hidrofluorcarbonos (HFCs) - também são poderosos gases causadores de efeito estufa.

Os HFCs sozinhos são considerados 14 mil vezes mais perigosos que o dióxido de carbono (CO2), foco dos combates internacionais para controlar as mudanças climáticas, e as emissões destes gases crescem à taxa de 8% ao ano, segundo agências da ONU. "Isto representa um futuro campo potencial de ação no âmbito do desafio das mudanças climáticas globais", ressaltou, em um comunicado, o diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner.


Fonte: Terra Notícias, 16/09/2010


Fontes de financiamento ambiental crescem no Brasil

Seguindo uma tendência mundial, bancos e instituições financeiras no Brasil estão abrindo linhas de crédito para projetos sustentáveis. A consciência dos impactos socioambientais que cada empreendimento gera na região na qual está inserido e o vislumbre de bons negócios tem feito com que banqueiros e empresários se unam em prol do desenvolvimento sustentável.

Esses investimentos oferecem vantagens financeiras que incluem taxas mais baixas e prazos maiores. Assim, quem planeja abrir ou ampliar a área de atuação com ênfase na proteção ambiental e desenvolvimento social já pode contar com planos especiais oferecido por bancos como o BNDES, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e SUDENE.

Seja em forma de apoio não-reembolsável, como o Fundo Amazônia, a Iniciativa BNDES Mata Atlântica ou o Fundo de Desenvolvimento Tecnológico (FUNTEC), ou de apoio reembolsável, com a Linha de Apoio a Investimentos em Meio Ambiente, o Apoio a projetos de eficiência energética (PROESCO) e FNE Verde, são muitas as opções para o futuro empresário.

Os empreendimentos podem seguir diversos ramos, como agropecuária orgânica, incluindo a conversão dos sistemas tradicionais para orgânicos, geração de energia alternativa, manejo florestal, tecnologias limpas, estudos ambientais, reflorestamento, agrossilvicultura e sistemas agroflorestais, coleta e reciclagem de resíduos sólidos, implantação de sistemas de gestão ambiental e certificação, recuperação de áreas degradadas, entre outras.

Protocolo Verde

Essa nova proposta de investimentos ganhou reforço em 2009, quando os bancos brasileiros assinaram o Protocolo Verde. O documento prevê a concessão de financiamento apenas a setores comprometidos com a sustentabilidade ambiental, e os bancos assumem o compromisso de oferecer linhas de financiamento e programas que fomentem a qualidade de vida da população e o uso sustentável do meio ambiente.

Além disso, eles devem considerar os impactos e custos socioambientais na gestão de seus ativos e na análise de risco de cada projeto, bem como adotar medidas de consumo sustentável em suas atividades rotineiras, como gasto de papel, energia e insumos.

"Poderíamos financiar qualquer coisa que gere emprego e renda, mas queremos financiar emprego e renda boa", afirmou o superintendente da SUDENE, Paulo Sérgio de Noronha Fontana. Para ele, o futuro será de projetos cada dia mais limpos.

Quem concorda com o pensamento de Fontana é o gerente de suporte de negócios do BNB, Marcelo Ferreira. Ao apresentar as propostas do banco para projetos sustentáveis durante o Simpósio Internacional de Sustentabilidade, realizado em Salvador entre os dias 13 e 15 de setembro, ele ressaltou a importância do investimento em projetos com cunho socioambiental e defendeu o uso do crédito como um instrumento mitigador das diferenças sociais.

Esses financiamentos tem se mostrado vantajosos também no quesito econômico. "Segundo o Índice de Sustentabilidade da Dow Jones, investir em projetos com práticas socioambientais te dá um retorno 30% superior que o índice normal", informou o chefe de Deptº de Estudos Políticos de Meio Ambiente do BNDES, Márcio Macedo da Costa.

Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), essas aplicações são contabilizadas pelo Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) - uma carteira de ações que busca ser um referencial para os investimentos socialmente responsáveis.

O ISE tem por objetivo refletir o retorno das ações de empresas que investem na responsabilidade socioempresarial, e também atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro. Até o dia 15 de setembro deste ano, o índice registrou valorização de 1,93%. No ano passado, o indicador finalizou com elevação de 66,4%.

Tendência mundial

O pacto segue à tendência internacional de créditos verdes, já que desde os Princípios do Equador, criados pelo Banco Mundial em 2003, diversos bancos internacionais passaram a exigir, como condição para empréstimos, que seus clientes inserissem a variável ambiental em seus projetos de financiamento.

Grandes instituições financeiras mundiais, como ABN Amro, Bank of America, Barclays, BBVA, CIBC, Citigroup, HSBC, Mizuho Corporate Bank, Royal Bank of Canadá e Royal Bank of Scotland, já aderiram aos princípios.


Fonte: Terra Notícias, 21/09/2010.


Ciência


Pâncreas artificial pode revolucionar tratamento de diabetes


Uma cientista britânica desenvolveu um pâncreas artificial que pode revolucionar o tratamento do diabetes, já que permitiria acabar com as injeções diárias que os diabéticos precisam para controlar os níveis de glicose. O pâncreas artificial, que ainda está sendo submetido a exames pré-clínicos, foi criado pela professora Joan Taylor, da Universidade de Montfort, em Leicester (Inglaterra).

A insulina produzida por pessoas com diabetes não consegue regular os níveis de açúcar, o que provoca sérias complicações para o organismo. Algumas pessoas que têm a doença sequer produzem o hormônio.

O órgão artificial, segundo informação do jornal britânico The Times, tem uma carcaça de metal que é mantida em seu lugar por uma barreira de gel, e responde aos níveis de açúcar no sangue, já que gera insulina quando é necessário.

O órgão poderia ser implantado entre a última costela e o quadril e recheado de insulina a cada poucas semanas. "Acredito que podia utilizar certa proteína (que não especifica) para criar um gel que pudesse reagir à glicose. Quando é exposto aos fluidos do corpo ao redor dos órgãos internos, o gel reage de acordo com a quantidade de glicose presente", explicou a cientista. "Os altos níveis fazem com que o gel se abrande e libere insulina na corrente sangüínea", acrescentou.

Segundo o The Times, se os testes forem bem-sucedidos, o pâncreas artificial seria uma solução simples e barata para os diabéticos. A cientista disse que o órgão não tem pilhas e não seria visível na superfície da pele.

Taylor e sua equipe de colaboradores acreditam que vão passar com sucesso pelos testes clínicos nos próximos anos e, caso tenha bons resultados, o órgão artificial estaria disponível dentro de entre cinco e dez anos.


Fonte: Terra Notícias, 17/09/2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Livros de Cairbar Schutel para Download

Essas são algumas das obras de Cairbar Schutel, disponíveis para download:


Parábolas e Ensinos de Jesus


















"De fato, não é possível separar a Religião desses outros fatores da elevação humana: Moral, Filosofia, Ciência, assim como não podemos compreendê-la sem os fundamentos sólidos, objetivos e subjetivos da imortalidade". Cairbar Schutel (Janeiro de 1928). Escrito de maneira clara e objetiva, este livro continua despertando enorme interesse entre milhares de leitores.Um verdadeiro clássico de Cairbar Schutel.

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Vida e Atos dos Apóstolos




















Trata-se de uma compilação de "Atos dos Apóstolos", comentada e ampliada pelo autor com dados históricos obtidos sobre a vida dos Apóstolos e sua ação.

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Espiritismo e Materialismo

Este pequeno opúsculo vem nos falar aos nossos corações que a imortalidade, a reencarnação e o além túmulo não são meras miragens como tentam demonstram os sistemas de idéias materialistas mais sim são verdades eternas para os nossos espíritos eternos.

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Médiuns e Mediunidade


















Trata-se de um resumo de "O Livro dos Médiuns". O autor enfatiza a necessidade de estudarmos os fenômenos mediúnicos, aonde enumera os diversos tipos de mediunidades, instrumentos indispensáveis ao processo de desenvolvimento do médium. Identificá-lo e saber utilizá-lo são as propostas apresentadas nessa obra.

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Preces Espíritas


















Na prece “cada palavra deve ter o seu alcance, revelar uma idéia, fazer vibrar uma fibra da alma. Numa palavra, ela deve levar à reflexão. Só assim condicionada, a prece pode atingir seu objetivo”.

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A Vida no outro Mundo



















Com clareza e objetividade, o autor desvenda as nuanças que caracterizam a vida no Plano Espiritual, evidenciando que a individualidade do espírito subsiste após o desenlace do corpo físico.

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Fonte das obras: Autores Espíritas Clássicos
Fonte das sinopses : O Clarim e sinopses originais dos livros.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Os Planos do Mundo Espiritual


No Outro Mundo, como neste, existem planos de existência, mundos superpostos, uns acima dos outros, constituindo uma espécie de escada de perfeição.

Na Terra, é, também, assim: existe o lugar para o camponês iletrado e para o homem de Ciência. Os índios e selvícolas não poderiam viver em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Tudo no Outro Mundo obedece a uma ordem espiritual bem determinada, sem privilégios, nem exclusões.

Desde o primeiro passo, logo a começar da superfície da Terra, até o último, conta-se grande variedade de planos de Vida, ou sejam, Mundos Espirituais, para usar de uma linguagem mais aproximada à compreensão, porque não existe expressão nos vocabulários comuns para caracterizar a natureza desses mundos, que chamaremos semi-materiais ou fluídicos. Provavelmente, esses planos é que foram simbolizados, na visão de Jacó, por uma escada com inumeráveis degraus que, apoiados na Terra, chegavam ao Céu.

Não pode ser de outro modo. A lei do progresso rege de modo perfeito a evolução anímica.

Os Espíritos, revestidos de seu corpo perispiritual, não podem viver num meio que não esteja de acordo com sua vestimenta espiritual, e esta vibra sempre ao ritmo da elevação de cada um, em sabedoria e moralidade.

Uma região isenta, por exemplo, de oxigênio, seria hostil a Espíritos que ainda precisam de oxigênio para viver. Uma região em que não predomina o carbono não poderia ser habitada por Espíritos que necessitam, pela sua condição ainda de inferioridade, de carbono para a manutenção do seu corpo perispiritual.

O indivíduo sentir-se-ia desequilibrado, e a sua condição média tornar-se-ia infeliz, sofredora, insuportável se assim não fosse. Tudo obedece a uma ordem e harmonia admiráveis na criação. Daí a necessidade desses diversos planos, como garantia de vida aos que fazem a sua evolução para um estado melhor.

Os antigos tinham noções destes princípios e acreditavam na existência de muitos céus superpostos, que se compunham de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro.

Esta teogonia fez, dessa escala de céus diversos graus de bem-aventurança: o último deles era o abrigo da suprema felicidade.

A opinião comum era a de que havia sete céus; em cada um deles, em sentido ascendente; aumentava a felicidade dos crentes. Os muçulmanos admitem nove céus. O astrônomo Ptolomeu contava onze, e denominava o último Empíreo, por causa da luz brilhante que ali reinava. A teologia católica admite três céus: o primeiro da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros; e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habitação dos que O contemplam face a face. É conforme esta crença que o Apóstolo Paulo diz que foi arrebatado até o "terceiro céu".

Enfim, é crença unânime que, sob uma ou outra denominação, essas esferas superpostas constituem a habitação das almas, o Mundo Espiritual.

Na verdade, seria ilógico e verdadeiro contra-senso julgarmos um vácuo a atmosfera que nos rodeia, o nada dos ignorantes de então. A constituição física e química da atmosfera era ignorada dos povos passados. Ainda na Idade Média não se tinha do estado gasoso da matéria senão noções rudimentares. Sobre a vida, mesmo, só se sabia que ela se extinguia por falta de ar; mas não se conhecia o mecanismo da combustão e da respiração.

Foi o gênio ilustre de Lavoisier que deu os primeiros passos para a descoberta dos elementos contidos no ar que respiramos. Foi tão grande a descoberta desse insigne francês, e tão iluminado era o famoso químico, que, em 8 de março de 1794, quando sua cabeça rolou sobre o patíbulo, o ilustre matemático Lagrange, disse: "Cem anos não serão bastantes para produzir outra cabeça semelhante".

Hoje podemos afirmar muito mais que Lavoisier; sabemos que tudo o que existe no nosso corpo, existe na atmosfera, no ar que respiramos: azoto, oxigênio, hidrogênio, carbono, cujas combinações formam a cal, a soda, o fósforo, os ácidos, o enxofre, o flúor, o silício, o magnésio, o lítio, o ferro, o manganês, o cobre, o chumbo, etc.

Sabemos mais que em nossa atmosfera vivem inúmeros micróbios, flutuam ovos de infusórios, partículas de algodão, de farinha, de penas, matérias que se evolam das fábricas, que saem da combustão, do enxofre e outros sais, etc. Só nas costa da Bretanha e da Normandia calcula-se que um hectare de terreno não recebe menos, anualmente, de 147 quilogramas de matérias sólidas; das quais 37 quilogramas são de sal marinho.

Não é preciso estendermo-nos em considerações para provar que o ar é alguma coisa, contém muita coisa; não é o vazio que se apresenta aos nossos olhares acanhados.

O Espiritismo, penetrando fundamente na Ciência, abre brechas ao pensamento, e dá, ao mesmo tempo, razão à crença cega dos povos antigos, que, em sua concepção infantil, proclamavam os céus sobrepostos, cada qual mais adiantado, crença essa que se confirma agora com dados científicos e as revelações de caráter coletivo que estão sendo feitos e verificados em todos os pontos do globo.

Não há dúvida; existem planos de existência, de vida em mundos superpostos, uns acima doutros, constituindo, no seu conjunto, uma espécie de escada de perfeição.


Cairbar Schutel

Do livro “A Vida no outro Mundo”, de Cairbar Schutel
Imagem: Nosso Lar, o Filme

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Documentário Cairbar Schutel – O Bandeirante do Espiritismo

Na data de comemoração pelo nascimento do Bandeirante do Espiritismo, um registro com fatos históricos de sua vida dedicada aos pobres e a fé espírita pelo programa Câmera 9.


Parte 1



Parte 2


Parte 3



Parte 4



Parte 5

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Música e o Espírito (Especial) : Saudação a Primavera

Garden of Treasures – Mike Rowland


Um vídeo especial para saudar a chegada da nova estação com a sua explosão de cores e a melodia encantadora do inglês Mike Rowland, "Garden of Treasures".


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Pão da Terra e o Pão do Céu


“No dia seguinte a multidão, que ficara do outro lado do mar, notou que não havia ali senão uma barca e que Jesus não tinha entrado nela com seus discípulos, mas que estes tinham partido sós; chegaram, porém, outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde comeram pão, depois de o Senhor ter dado graças.

Quando, pois, a multidão viu que Jesus não estava ali, nem seus discípulos, entraram nas barcas e foram a Cafarnaum em procura de Jesus. Depois de o terem achado no outro lado do mar, perguntaram-lhe: Mestre, quando chegaste aqui? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Vós me procurais, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a Vida Eterna, a qual o Filho do Homem vos dará, porque sobre ele imprimiu o seu selo o Pai, que é Deus.” (João, VI, 22-27.)


Há pão do Céu, assim como há pão da Terra; há alimento para a alma, assim como o há para o corpo; o alimento do corpo acaba, entretanto, como o corpo; o da alma permanece para a Vida Eterna.

Quem somente trabalha pelos manjares da Terra, não tem a comida do Céu; quem trabalha pela comida do Céu tem o pão da Terra e o pão que permanece para a Vida Eterna.

Há muitas espécies de trabalho da mesma forma que há diversas qualidades de trabalhadores; trabalhos da Terra, trabalhos do Céu na terra.

Aqueles jazem como túmulos bem ornados nas necrópoles, que desabam ao rugir das tempestades; os do Céu aparecem nas alturas, iluminados pelo fulgir dos astros e brilho das estrelas.

O que é da Terra, na Terra permanece; o que é do Céu, persiste na Vida Eterna.

No trabalho exclusivamente terreno, os membros cansam, o suor goteja, o cérebro se aniquila, a vida se extingue.

No trabalho do Céu, a fronte se eleva, a alma se engrandece, o corpo se fortalece, a mente se aclara, e a vida se eterniza.

Quem só trabalha para o que é da Terra, trabalha para o que perece. Quem trabalha para o que é do Céu, trabalha para o engrandecimento moral e espiritual de si próprio e de seus semelhantes, trabalha pela comida que permanece para a Vida Eterna.

Há Trabalho e trabalho; assim como há Pão e pão; assim como há tesouros na Terra e Tesouros no Céu.

Quem vive do Espírito busca as coisas do Céu; quem vive da carne busca as coisas da Terra; a carne para nada serve, o Espírito é que continua a viver.

“Trabalhai, não pela comida que perece, mas sim pela comida que permanece para a Vida Eterna."


Cairbar Schutel

Do livro Parábolas e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel

domingo, 19 de setembro de 2010

Mensagem da Semana



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Escada de Luz


Pessoas amadas resolveram descansar sem necessidade nas margens da senda impondo-te o desapontamento da separação temporária, não te incomodes, todas elas serão compelidas pelas circunstancias a retomarem o caminho.

A morte, em vários casos, te haverá furtado a presença alentadora de alguém cujo carinho te escorava à sensibilidade no dia a dia. Não te interrompas porém, essa criatura se adiantou na estrada, de modo a aguardar-te com mais riqueza de amor no mais além.

Indispensável amparar-nos, escorar-nos e entender-nos.

Se já experimentas a segurança psicológica, suscetível de suportar os lances difíceis da caminhada humana não te esqueças de que os outros, notadamente aqueles que te cercam, nem sempre já conseguiram a resistência espiritual que te caracteriza.

Emmanuel



“Palavras ao vento leva. O verbo seria nada, cinza dispersa na estrada, se fosse o que o povo diz, mas, a verdade é que às vezes uma frase quase a toa pode fazer a pessoa tão feliz quanto infeliz.”

Maria Dolores


“Esquece os que se acomodaram com atitudes irrefletidas e pensas nas dedicações sinceras que te felicitam as horas.”

Meimei


Do livro Escada de Luz, de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos.

sábado, 18 de setembro de 2010

Extra (Paz): Bullying – Um comovente relato.

O Assunto abordado nesse vídeo mostra uma triste realidade que acontece em nossos dias: o “bullying”. Essa palavra de origem inglesa serve para dar nome a uma forma de violência física ou psicológica que vem se propagando na sociedade e de um modo mais específico entre crianças, jovens e adolescentes nas escolas e faculdades do mundo.

De um modo geral o bullying se caracteriza por iniciativa de um indivíduo ou um determinado grupo de pessoas (agressores) com o objetivo de humilhar, intimidar e agredir um outro indivíduo ou grupo de indivíduos (vítima(s)) que são perseguidas, passam por constrangimentos em lugares públicos e são alvo de comentários maldosos, boatos, injúrias ou até mesmo agressões físicas.

Algumas vitimas do bullying, emocionalmente abaladas, chegam a perder a sua identidade e são obrigadas a viverem em completo isolamento social.

Acompanhem o relato e apelo comovente de uma jovem que sofreu com esse tipo de violência e entenda um pouco mais do que ela é capaz de fazer na vida de uma pessoa:



Estamos afixando o selinho abaixo, do Programa Anti-Bullying- Educar para a Paz, da professora Cléo Fante em nosso blog, para quem se interessar em conhecer ou participar também dessa valorosa corrente de esclarecimento em favor da não-violência.





Confira também a nossa postagem em "O Manancialzinho" sobre o assunto.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Poder do Pensamento



Necessidade da rígida disciplina dos Hábitos Mentais


Por Jorge Hessen*


A ciência acadêmica, materialista por excelência, estabelece que o pensamento é um fenômeno meramente fisiológico, decorrente da incessante atividade neuronal. A rigor, a matéria mental é criação da energia que se exterioriza do Espírito e se difunde por um fluxo de partículas e ondas, como qualquer outra forma de propagação de energia do Universo. Tanto quanto no campo físico, o pensamento, em graus variados de excitação, gera ondas de comprimento e freqüência correspondentes ao teor do impulso criador da vontade ou do objetivo desejado. Pensar é um processo de projeção de matéria mental. Nesse aspecto, o pensamento deixa de ter uma dimensão intangível para se consubstanciar na condição de matéria em movimento. Expressando qualquer pensamento com muita determinação, estamos induzindo os outros a pensarem como pensamos. A anuência que os outros fazem de nossas ideações passa a ser questão de sintonia. Até porque, nossos pensamentos geram nossas atitudes e nossas atitudes geram pensamentos nos outros. Destarte, nossas idéias e convicções nos ligam, forçosamente, a todas as mentes que pensam como nós e, quanto maior nossa obstinação em sustentar uma idéia ou uma opinião, mais nos fixamos às correntes mentais das pessoas que se sentem quais nos sentimos e que abraçam as mesmas opiniões.

“Nossa mente projeta fora de nós as formas, as figuras e os personagens de todos os nossos desejos, inclusive com todo o conteúdo dinâmico do cenário elaborado. Com essa constelação de adornos mentais, atraímos ou repelimos as mentes que conosco assimilam ou desaprovam nosso modo de pensar,”(1) porque a nossa atividade mental, através do discernimento e do raciocínio, nos dá a prerrogativa de escolhermos nossos próprios objetivos.

Pensar ou conversar, continuadamente, significa projetar nos outros e atrair para si as mesmas imagens que criamos, suportando em nós mesmos a conseqüência decorrente dessa influência recíproca. Na persistência das idéias fixas, em comportamentos obsessivos ou tensões emocionais deliberadamente violentas, nos escravizamos a um ambiente psiquicamente denso, com imagens que nós forjamos e que nos mantêm num circuito de reflexos condicionais viciosos.

Esses reflexos dos sentimentos e pensamentos negativos que alimentamos se voltam sobre nós mesmos, depois de transformados em ondas mentais, tumultuando nossas funções neurológicas, e essas respostas condicionadas inconseqüentes, derramando- se sobre o tecido cerebral, criam alucinações que podem variar do medo manifesto ao estado neurótico, situação em que os desencarnados e encarnados perturbados nos atingem com sugestões destruidoras, diretas ou indiretas, conduzindo- nos a deploráveis fenômenos de descontrole emocional.

O pensamento, como uma modalidade de energia sutil, atuando em uma forma de onda, com velocidade muito superior à da luz, quando de passagem pelos lugares e criaturas, situações e coisas que nos afetam a memória, age e reage sobre si mesmo, em circuito fechado, trazendo-nos, assim, de volta às sensações desagradáveis, contato de qualquer ação desequilibrante. “Isso tudo acontece porque, quando nos rendemos ao desequilíbrio ou estabelecemos perturbações em prejuízo dos outros, plasmamos nos tecidos fisiopsicossomáticos determinados campos de ruptura na harmonia celular, criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade e, conseqüentemente, toda a zona atingida torna-se passível de invasão microbiana.” (2)

Consciência desarmonizada, revestida de remorso, completa de ambições desvairadas ou denegrida de aflições, não pode senão atrair forças semelhantes que a encadeiam a torvelinhos dolorosos. Pelo pensamento de medo, angústia exacerbada, dissabor, escravizamo-nos nos troncos de suplício doloroso, sentenciando-nos, por vezes, a anos e anos de peregrinação nos trilhos da intranqüilidade espiritual. E, para abreviar o tormento que nos flagela de vários modos a consciência, é imprescindível atender à renovação mental, único meio de recuperação da harmonia espiritual.

“Satisfazer-se alguém com o rótulo, em matéria religiosa, sem qualquer esforço de sublimação interior, é tão perigoso para a alma quanto deter uma designação honorífica entre os homens com menosprezo pela responsabilidade que ela impõe. Títulos de fé não constituem meras palavras acobertando-nos deficiências e fraquezas. Expressam deveres de melhoria a que não nos será lícito fugir, sem agravo de obrigações. Em nossos círculos de trabalho, desse modo, não nos bastará o ato de crer e convencer”. (3)

É fato que todos nos encontramos em processo de burilamento moral e espiritual, carregando úlceras ou cicatrizes, daquelas mais recentes ou remotas, que nos dilaceraram a alma. A presença da imperfeição moral, em nós, significa um convite para que percebamos o muito que ainda necessitamos realizar, a fim de nos libertarmos das heranças primárias que insistem em nos atormentar. Até porque, quando nos dispomos a servir em nome do Cristo, igualmente, nos renovamos e alcançamos níveis de consciência mais elevados, desde que apoiados nos bons propósitos, reconhecendo o erro em que estagiamos, mas não lhe dando trégua.

“Nosso remédio é e será sempre Jesus. Ajustemo-nos ao Evangelho Redentor, pois o Cristo é a meta de nossa renovação. Regenerando a nossa existência pelos padrões dEle, reestruturaremos a vida íntima daqueles que nos rodeiam. O Evangelho do Senhor nos esclarece que o pensamento puro e operante é a força que nos arroja das trevas para a luz, do ódio ao amor, da dor à alegria.” (4)

Procuremos adotar rígida disciplina de hábitos mentais e morais, estabelecendo como metas colocar os deveres que nos dizem respeito acima dos prazeres mundanos e mantenhamo-nos serenos com a oportunidade ímpar da atual experiência física, que nos favorece com a informação espírita. Afastemo-nos da irritação contumaz, não cultivando pessimismo, desculpando-nos quando nos equivocamos e procedendo da mesma maneira em relação ao próximo.

Nessa linha de ação, não nos permitamos desgastes psicológicos, quando acusados, nem euforias estonteantes, quando elogiados. Busquemos, acima de tudo, os hábitos salutares da oração, da meditação e do trabalho, procurando enriquecer-nos de esperança e de alegria, para nunca desanimarmos diante dos desafios do cotidiano. “Devemos vigiar e orar para não cairmos nas tentações, uma vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência do que sorrir sob os narcóticos da queda.” (5)

Em resumo, “Procuremos a consciência de Jesus, para que a nossa consciência lhe retrate a perfeição e a beleza!... Saibamos refletir-lhe a glória e o amor, a fim de que a luz celeste se espelhe sobre as almas, como o esplendor solar se estende sobre o mundo.” (6) O Espiritismo derruba os muros invisíveis da ansiedade e da fobia, alargando os horizontes da felicidade, que vão além dos condicionamentos ilusórios das paixões, pois desta forma encontraremos consolação e paz, adquirindo ânimo e entusiasmo para prosseguir. Comecemos nosso esforço de soerguimento espiritual desde hoje e, amanhã, teremos avançado, consideravelmente, no grande caminho à conquista da luz.


Fontes:

(1) Cf. Nubor Orlando Facure, artigo publicado no Jornal Mundo Espírita em Abril/1998
(2) Artigo "Uma Visão Integral do Homem", Grupo Espírita Socorrista Eurípides Barsanulfo disponível no site http://www.geocities.com/Athens/9319/chacras.htm, acessado em 25/04/2006
(3) Xavier, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade, ditada pelo Espírito André Luiz, 14ª edição, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, páginas: 118 a 125"
(4) Idem
(5) Xavier, Francisco Cândido. Fonte Viva, Ditada pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2002, cap 110
(6) Idem



*Jorge Hessen: Jorge Hessen, nascido no Rio de Janeiro a 18/08/1951, Servidor Publico Federal, residente em Brasília desde 1972. Formado em Estudos Sociais com ênfase em Geografia e Bacharel e Licenciado em História pela UnB. Escritor: livros publicados: Luz na Mente publicada pela Edicel, Praeiro, um Peregrino nas Terras do Pantanal publicado pela Ed do Jornal Diário de Cuiabá/MT, Anuário Histórico Espírita 2002, uma coletânea de diversos autores e trabalhos históricos de todo o Brasil, coordenado pelo Centro de Documentação Histórica da União das Sociedades Espíritas de São Paulo - USE. Articulista com textos publicados na Revista Reformador da FEB, O Espírita de Brasília, O Médium de Juiz de Fora, Brasília Espírita, Mato Grosso Espírita, Jornal União da Federação Espírita do DF. Artigos publicados na WEB da Federação Espírita Espanhola, Web da Irc Espiritismo.org e muitas outras web’Samara.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vida Eterna e Perfeição


Nós somos como quem sobe uma serra íngreme, pedregosa, juncada de abrolhos, mas que nas alturas, nos cimos em vasta planície a vida é suave, o ar é puro e infindos horizontes deleitam o observador munido de instrumentos que desvendam campinas em flores, metrópoles artísticas e populosas; de uma banda matas frondosas; outro lado, mares azulinos e esverdeados em que se destacam cidades flutuantes e cortados de embarcações que cruzam-se e recruzam-se num comércio febricitante e progressivo.

Nós somos como o astrônomo, ao iniciar os seus estudos, que trabalha para adquirir um certo grau de perfeição, constrói com dificuldade o seu observatório dotando-o dos instrumentos precisos para medir e pesar os astros, avaliar as distâncias e pesquisar no oceano etéreo os sóis, os planetas, os cometas, e depois da obra feita se extasia antes os esplendores celestes.

Nós somos um mundo que surgidos do caos, mas em movimento contínuo, aquecidos pelo Sol, banhados pelas chuvas, exalando o bafo cálido que nos vem das entranhas, ora recolhendo-nos ao frio tiritante que nos oprime, vamos nos consolidando através de sucessivos tremores, formando à custa de contínuas evoluções e nos apresentamos todos os dias em modelações mais perfeitas e de valor positivo para os meios em que nos achamos.

Somos como a semente de mostarda que, lançada em terra num dolente anseio, morre e desabrocha com verde haste trêmula aos primeiros lampejos da luz, mas afirma-se e cresce dia e noite tornando-se a maior das hortaliças que chega a abrigar em seus braços cobertos de folhas os pássaros do céu.

Fomos o mínimo, mas seremos o maximum; fomos pequenos, mas seremos grandes; saímos da Terra, mas seremos dos céus.

No fragor das lutas, nos embates consecutivos das vidas, no alvoroço contínuo dos choques, na sucessividade das quedas e levantes, das fadigas e fortalecimentos, das enfermidades e saúdes, das tristezas e alegrias, das mortes e ressurreições, o Espírito nasce, cresce e desenvolve-se; como a árvore enraíza e estende seus ramos em frutos, ele se afirma e salienta-se na Estrada da Vida pela luz do seu Saber, pelos afetos do seu Amor, para nunca mais extinguir-se e sempre viver congregando em torno de si uma família, uma sociedade, um mundo de almas que, como imensa colméia, trabalha pelo desenvolvimento e bem estar da coletividade na obra imensa do Universo Infinito.

Tal é a Vida, tal é o Espírito, tais são os providenciais desígnios que o Supremo Senhor decretou ao criar a Vida e as Almas, entregando-lhes este campo de ação, onde se desenvolvem para os altos cometimentos, a fim de servirem de executores de suas leis, mensageiros dedicados de seus beneplácitos, de sua clemência, de sua inexprimível Caridade.

Vida, Progresso e Amor, eis os brasões do Universo, cujas irradiações se estendem a todas as criaturas, fazendo-as nascer, crescer e crescer sempre para não mais se extinguirem.

Tal é a Lei: Vida Eterna e Perfeição.


Cairbar Schutel

Artigo publicado no jornal O Clarim em 17 de setembro de 1927.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pensamentos Nobres

Frases de Cairbar Schutel, extraídas de suas obras ou de mensagens psicografadas por médiuns:


“O homem é dotado de liberdade, e é pelo bom uso que ele fizer dessa liberdade que lhe vem o mérito de suas ações.”


“A FÉ tem sua base na inteligência daquilo que se deve crer; por isso é que se diz: para crer não basta "ver" é preciso compreender.”


“A Caridade quando praticada, material, moral e espiritualmente falando é a Religião Pura que nos conduz a Deus. Foi para demonstrar esta verdade que Jesus baixou a este mundo, pois toda a sua vida, desde o seu nascimento até a sua morte, foi a expressão mais significativa da Caridade em toda a sua plenitude.”


“Desistamos de reivindicações, privilégios, prêmios ou honrarias de superfície, porquanto urge aspirarmos à medalha invisível do dever retamente cumprido que nos brilhe na consciência e a carta-branca do livre arbítrio que nos amplie o campo de ação no bem puro.”
Caírbar Schutel, Psicografia de Chico Xavier. Do livro Ideal Espírita


“O Espiritismo é a doutrina do Espírito que deve ser usada em verdade, na realidade e não na aparência. As práticas cultuais e ritualísticas são próprias das doutrinas humanas porque o seu caráter é puramente sectário.”


“A FÉ tem sua base na inteligência daquilo que se deve crer; por isso é que se diz: para crer não basta "ver" é preciso compreender.”


“O Espiritismo, exposto aos leitores em síntese, tal como o fazemos, proporciona duas vantagens bem nítidas: primeira, a de dar àqueles que nos lêem a expressão nítida, clara, racional da sua doutrina, que abrange as esferas religiosa, filosófica e científica; segunda, a de guiá-los a mais altos empreendimentos, infundindo-lhes nas almas o desejo de aprofundar a Revelação Nova, que veio iniciar uma nova era no progresso dos povos.”


“Da mesma forma que a Física, a Química, a Botânica, a Astronomia têm os seus aparelhos apropriados, segundo a necessidade dos seus estudos, o Espiritismo tem um aparelho, um instrumento, o médium, com o qual estuda a alma e suas manifestações. É com este auxiliar indispensável que penetra no labirinto da Psicologia e da Parapsicologia para a descoberta do Novo Mundo, e o estreitamento de relações com os seus habitantes.”


“Tudo o que existe no Universo é natural; as leis de Deus são eternas e irrevogáveis, mas o homem só começa a compreendê-las quando para elas volta suas vistas: quando examina, quando estuda quando trabalha.”


“Médiuns sensitivos: são as pessoas suscetíveis de pressentirem a presença de Espíritos por uma impressão geral ou local, às vezes muito vaga, indefinível, outras vezes francamente material. A maior parte distingue os Espíritos bons ou maus pela natureza da impressão.”


“Jesus manda reconhecer a árvore pelo fruto, acrescentando que os frutos maus não podem provir de árvore boa e vice-versa.”


“A Verdade sempre aparece. Por mais que queiram empaná-la, subjugá-la, ela brilha, aparece, e quando a julgam morta, ela se apresenta rediviva, ressuscitada como Jesus na Judéia depois da Crucificação.”


“Os nossos semelhantes pensam, sentem, sonham e viverão perenemente conosco, onde estivermos, merecendo, portanto, a aplicação constante de nossas atenções e energias.” - (Do livro Seareiros de Volta, de Waldo Vieira e César Gonçalves, por Espíritos Diversos)


“Mede-se a evolução da alma pelo número de almas que ela influencia beneficamente.” - (Do livro Seareiros de Volta, de Waldo Vieira e César Gonçalves, por Espíritos Diversos)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Carlos Vital Orson e o legado do Bandeirante do Espiritismo


O Sr. Carlos Vital Olson é o atual presidente do Centro Espírita “Amantes da Pobreza”, fundado por Cairbar Schutel em 15 de julho de 1905. Ele é, também, diretor-presidente da Casa Editora “O Clarim” que, além de editar o jornal “O Clarim”, e a Revista Internacional do Espiritismo, têm publicados cento e dezenove livros de diversos autores. Responsável pelo legado de Cairbar Schutel, o Sr. Carlos nos mostrou os avanços alcançados pelo parque gráfico, que, iniciado por uma máquina impressora acionada por mãos e pés, hoje conta com equipamentos de última geração, possibilitando uma apresentação visual compatível com os grandes jornais e revistas do país. Atencioso, respondeu-nos algumas perguntas acerca de sua vida e daquela grande obra.















Equipamentos usados nas edições na época da fundação.


P: - Como o Sr. se iniciou no Espiritismo?

R: - Desde a infância, tive oportunidade de assistir a sessões práticas de Espiritismo em minha própria casa. Mas, a iniciação propriamente dita, quando comecei a assumir responsabilidades no Movimento Espírita, se deu com a mudança de Pirassununga para Matão, em 1936, quando comecei a freqüentar sessões teóricas no Centro Espírita “Amantes da Pobreza.

P: - Qual foi a sua convivência com Cairbar Schutel e as lembranças que guarda do “Bandeirante do Espiritismo”?

R: - Conheci Cairbar de Souza Schutel de 1936 até 30 de janeiro de 1938, quando ele desencarnou. Registro aqui o funeral mais concorrido da cidade até aquela data, quando visitantes de inúmeras cidades do Brasil chegaram a Matão para prestar suas homenagens ao grande divulgador do Espiritismo.

P: - Poderia nos fazer uma retrospectiva do labor doutrinário do Centro Espírita “Amantes da Pobreza” desde aqueles tempos?

R: - As atividades doutrinárias do Centro Espírita “Amantes da Pobreza”, desde quando foi fundado por Cairbar Schutel em 15 de julho de 1905, consistem em sessões práticas, reuniões de estudos doutrinários e evangelização infantil.














P: - Como está a Editora presentemente?

R: - O parque industrial da editora está bem equipado com computadores para a composição e Impressoras Heidelberg de folha inteira, frente e verso, para livros, e a quatro cores para o Jornal, Revista Internacional de Espiritismo e capas dos livros de nossa Edição. Além disso, conta com outros equipamentos modernos para acabar, dobrar, alcear, grampear, costurar, colar, refilar, possibilitando-nos, caso seja necessário, até dobrar a produção”.

P: - Fale-nos do surgimento de “O Clarim” e da “RIE” e em que países estão circulando.

R: - O jornal “O Clarim” foi fundado em 15 de agosto de 1905 e a sua tiragem atual é de 3.800 exemplares. A Revista Internacional do Espiritismo foi iniciada em 15 de fevereiro de 1925. O primeiro número, que circulou naquele mês, era relativo a janeiro. As duas primeiras revistas foram impressas em São Carlos e, a partir do terceiro número, confeccionadas na Casa Editora. Atualmente, a tiragem é de 9.500 exemplares. Ambos têm assinantes espalhados por todo o Brasil, Portugal, França, Guatemala, Espanha, Venezuela, Japão, Argentina, Estados Unidos, Holanda, Suécia e Suíça.

P: - “O Clarim” e a “RIE” são comercializados em bancas?

R: - Tanto o jornal como a revista são vendidos em quarenta Bancas e Distribuidoras Espíritas. Não temos tido como distribuí-los em outros estabelecimentos devido à nossa modesta tiragem mensal.

P: - Resuma, estatisticamente, os livros publicados pela Casa Editora e suas tiragens.

R: - Os títulos publicados somam 119, com tiragem variável de dois a dez mil livros por impressão, conforme a necessidade de reposição do estoque.

P: - Pela ordem, poderia nos mencionar os títulos de maior tiragem?

R: - Aves sem Ninho; Depressão, Causas e Conseqüências; Em busca da Ilusão; Mansão dos Lilases; Não Pise na Bola; Parábolas; Perdoa; Preces Espíritas.

P: - O Sr. acredita que a editoração de livros eletrônicos influenciará na produção dos livros tradicionais em papel?

R: - Creio que os livros eletrônicos não influenciarão na produção dos livros tradicionais de papel, pois estes ainda deverão ter a preferência da maioria dos leitores, por muitos anos. A própria comodidade de o leitor ter o livro às mãos, no momento que queira, sem necessidade de ter um computador para acessá-lo, já é um indicativo de que o livro tradicional não irá perder o seu espaço.

P: - A Casa Editora “O Clarim” já trabalha com a hipótese de editar seus livros, também eletronicamente?

R: - Como nossa editora nunca deixou de buscar evolução em seu campo de trabalho, sem dúvida alguma ficará em observação ao resultado crescente dos livros eletrônicos, atualmente em número expressivo em vários ramos do conhecimento, para, no momento oportuno, tomar uma decisão a esse respeito. Não somos e não devemos ser fechados ao progresso que se opera em todos os setores de nossas vidas.

P: - Deixamos a palavra ao Sr. para algo mais que queira acrescentar.

R: - A Casa Editora “O Clarim” já passou por várias reformas ao longo de sua história, desde tipos para linotipos, em setembro de 1973; depois de gravações de chapas, para Offset, a partir de fevereiro de 1979, até o estágio atual, bem mais modernizado, com os recursos da informática e das máquinas a que já nos referimos. Tudo isso tem exigido dispêndio de recursos expressivos, a ponto de hoje contarmos com equipamentos cujo montante ultrapassa um milhão de reais. Por isso, esperamos continuar merecendo o prestígio dos caros leitores, adquirindo os livros editados pela nossa Casa, para que ela possa continuar desempenhando da melhor forma possível o trabalho a que se propôs desde o início: divulgar a Doutrina Espírita com responsabilidade e a qualidade que ela merece.

Casa Editora O Clarim
Rua Rui Barbosa, 1070. Caixa Postal 09- Matão-SP- CEP 15990-000


Homepage: http://www.oclarim.com.br
e-mail: oclarim@oclarim.com.br

BREVE BIOGRAFIA:

Carlos Vital Olson nasceu em Pirassununga-SP, em 28 de abril de 1916. Neto dos suecos Karl Olsson e Martha Cristina Svanberg, teve por pais Carlos Alberto Olsoon e Rosa Cicala Olsson. Casou-se com a Srª Letícia Morcieli Olson em 27/06/1935, sendo pais de Elza, Carlos e Gilda. Têm oito netos e dois bisnetos.

Conheceu Cairbar Schutel em 1936,quando se mudou para Matão-SP, e começou a freqüentar o Centro Espírita “Amantes da Pobreza” ao lado do “Bandeirante do Espiritismo".


Fonte texto: O Mensageiro


Imagens de Equipamentos e do logotipo do site Casa Editora O Clarim

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Espiritismo



Dentre todas as doutrinas que pleiteiam a simpatia das almas, salienta-se o Espiritismo, que no curto espaço de setenta e poucos anos, pode-se dizer, difundiu-se no mundo todo como a claridade de um sol sem manchas.

Sem majestades, sem fortuna, sem influxo da nobreza, dos cultos que fascinam, dos governos que oprimem, sem o auxílio dos grandes e dos poderosos, firmou-se a excelente e incomparável religião, semelhante ao edifício da Parábola que desafia todos os vendavais e resiste a todas as correntezas.

E por que assim acontece?

É porque o Espiritismo é a única doutrina que se assenta em fatos positivos que se submetem ao mais minucioso exame, ao mais exigente controle.

É porque o Espiritismo é a única ciência demonstrativa da imortalidade, cujos fenômenos examinados pelos maiores sábios da Terra não deixaram de ser por estes constatados e proclamados como fatos positivos, concretos, persistentes e irrefutáveis.

É que a sua filosofia, cheia de verdade e de consolação, ergue os ânimos abatidos, desperta as consciências adormecidas, ilumina o passado, dá conta do presente, permite a visão do futuro, não limita a sua ação à Terra, mas desdobra aos olhos de todos as maravilhas da Eternidade, os enigmas do Universo, onde os poderes do Espírito se manifestam com suprema inteligência, incomparável sabedoria e grandiloqüente amor.

É que a sua Moral, fac-símile da moral do Cristo, só sabe proclamar o perdão, a benevolência, a paciência, a indulgência, a caridade, enfim, virtudes que manda seus adeptos exercerem até para os ínfimos seres, os animais inferiores – espíritos frágeis e atrasados que percorrem ainda as baixas esferas da criação.

Abrangendo todos os conhecimentos humanos do alfa ao ômega que o sábio e santo pode assimilar, o Espiritismo não cessa aí a sua luz, não limita nestes âmbitos estreitos a sua claridade; sua sabedoria é de progresso verdadeiro, crescente, infinito, ilimitado; seus conhecimentos não terminam no túmulo para daí se evolarem em espirais de conjecturas, como acontece às doutrinas sectárias, mas rompe as barreiras da morte e distende do outro lado o panorama de uma Vida mais real, mais impulsiva para a Luz, mais produtiva em felicidades que a vida exterior, terrena, de aparências enganadoras.

Sem destruir a Lei e os Profetas, mas antes esforçando-se para o seu cumprimento; sem condenar, mas absolvendo, ensinando e auxiliando; sem limitar doutrina, nem impondo dogmas, mas exaltando o raciocínio, esclarecendo a inteligência e incitando o sentimento, o Espiritismo é o grande e luminosos farol que conduz os pobres náufragos da vida à salvação e daí à felicidade imortal.

Examinai sem espírito preconcebido todas as doutrinas que pleiteiam a simpatia dos homens e dizei qual delas reúne, num corpo maravilhoso, tanta harmonia, tanta verdade, tantas consolações, tantas luzes, tantos sons, tanta benevolência para oferecer às almas boas e más, ignorantes e letradas, em atraso e progresso!

Examinai as doutrinas da Terra, as ciências e filosofias, as religiões que se arrogam de posse da verdade e dizei qual delas vos proporciona, como o faz o Espiritismo, a prova ao lado do ensino, a prática ao lado da teoria, o fenômeno ao lado “nomeno”*?

O Espiritismo é, como disse o sábio, a ciência que nos ensina a nossa natureza espiritual e demonstra a nossa sobrevivência, abrindo a todas as inteligências mais largos e extensos horizontes onde a Verdade impera, a Ciência enaltece e o Amor glorifica.

Espiritismo é Espiritismo, não existe palavra que melhor pudessem nomeá-lo, não existe expressão que melhor preenchesse e resumisse, em linguagem humana, a gloriosa e indispensável doutrina que é o poderoso motor da nossa ascensão para a Perfeição, para a Eternidade, para Deus.


Cairbar Schutel

Fonte: Jornal o Clarim, texto originalmente publicado em 20 de março de 1926.



* Númeno, no kantismo, é a realidade tal como existe em si mesma, de forma independente da perspectiva necessariamente parcial em que se dá todo o conhecimento humano; coisa em si, nômeno, noúmeno (embora possa ser meramente pensado, por definição é um objeto incognoscível). Etimologia: advém do alemão Noumenon, palavra criada pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), a partir do grego nooúmena usada por Platão ao falar da idéia, propriamente ‘aquilo que é pensado, pensamento’.

domingo, 12 de setembro de 2010

Mensagem da Semana


Ouvir a Mensagem



A Serenidade


Você já parou para observar, algum dia, como as pessoas andam pelas ruas apreensivas?

O semblante sempre carregado e o cenho franzido traduzem a angústia íntima. A problemática em que se encontram mergulhados.

Em alguns momentos, a impressão que se tem é que a maioria das gentes anda em batalha interior constante.

E nos perguntamos: Onde a serenidade? Em especial daqueles de nós que ostentamos o adjetivo de cristãos.

Acaso teremos esquecido a exortação de Jesus: A cada dia basta o seu cuidado? E aqueloutra:

Se, pois Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé!

É por essa razão que, com regularidade, a Providência Divina permite que Seus missionários visitem a Terra, travestidos em corpos humanos e nas mais variadas frentes de trabalho.

Recordamos que em 1958, o Mundo assistiu à posse de mais um Papa. Os cardeais, em Roma, encontraram um sucessor para Pio XII, que morrera após dirigir os destinos da Igreja Católica por 19 anos.

Aos 77 anos, Ângelo Giuseppe Roncalli assumiu o papado com o nome de João XXIII. Ângelo Roncalli era um homem que causava um impacto sempre favorável nas pessoas.

Reconhecia claramente suas limitações e era dotado de um vivo senso de humor.

Surpreendeu pela coragem de inaugurar debates sobre temas intocáveis até então.

Em um documento asseverou que todos os homens têm direito de escolher a sua religião.

Em 1960, num dos seus escritos, ele registrou uma página com notável sentimento de religiosidade universal.

Chama-se O Decálogo da Serenidade e contém dez sugestões de conduta para o homem que deseja a paz:

1ª - Procurarei viver pensando apenas no dia de hoje, exclusivamente neste dia, sem querer resolver todos os problemas da minha vida de uma só vez.

2ª - Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cuidado na minha convivência; cortês nas minhas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir à força ninguém, senão a mim mesmo.

3ª - Hoje, apenas hoje, serei feliz, na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro Mundo, mas também já neste.

4ª - Hoje, apenas hoje, adaptar­-me-ei às circunstâncias, sem pretender que sejam todas as circunstâncias a se adaptarem aos meus desejos.

5ª - Hoje, apenas hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, recordando que, assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim a boa leitura é necessária para a vida da alma.

6ª - Hoje, apenas hoje, farei uma boa ação e não direi a ninguém.

7ª - Hoje, apenas hoje, farei ao menos uma coisa que me custe fazer, e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

8ª - Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado. Talvez não o cumpra perfeitamente, mas ao menos escrevê-lo-ei. E fugirei de dois males: a pressa e a indecisão.

9ª - Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente, embora as circunstâncias mostrem o contrário, que a Providência de Deus se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no Mundo.

10ª - Hoje, apenas hoje, não terei nenhum temor. De modo especial não terei medo de gozar o que é belo e de crer na bondade.

Pense nisso:


O homem do futuro, que define as conquistas das virtudes nos esforços do presente, descobre o imenso prazer de ser bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.


Pense nisso! Mas, pense agora.


Redação do Momento Espírita, com base no texto O decálogo da serenidade, da Revista Reformador de agosto de 1996, ed. FEB. Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. FEP. Em 28.01.2008.
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