sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O Caminho Infinito - Texto


NOSSA VERDADEIRA EXISTÊNCIA


Nossa verdadeira existência é como o espírito, e só abandonamos o falso sentido de vida material na medida em que percebemos isto. Vemos então que a vida física, do homem, do animal e da planta não passa de um sentido enganoso da existência; aquilo que geralmente nos preocupa com as chamadas necessidades da vida material é, de fato, desnecessário; que embora todas as belezas que contemplamos apontem para uma criação de Deus, elas não são a criação espiritual e perfeita de Deus; que as aparências de doença, de envelhecimento e morte não fazem absolutamente parte da vida real. Quando atingimos este estado de consciência, começamos a ter vislumbres da eterna existência espiritual, intocada pelas condições materiais ou pensamentos mortais. Quando damos as costas para o mundo sensorial, que podemos ver, ouvir, cheirar, saborear e apalpar, temos visões inspiradas que nos mostram a terra como criação de Deus.

No trabalho de cura, temos de dar as costas para o mundo físico, assim como o vemos. Temos de lembrar que não fomos chamados para curá-lo, para mudá-lo, para corrigi-lo ou salvá-lo; temos de perceber, antes de mais nada, que ele existe só como uma ilusão, como um sentido da vida totalmente falso. E deste ponto elevado de consciência, nós olhamos, através do sentido espiritual, para a "casa que não foi construída com as mãos, eterna no céu".

Temos o hábito de considerar certas pessoas como bons provedores, bons merecedores, bons vendedores ou curadores. Entendamos isso corretamente. Nunca é uma pessoa, e sim um estado de consciência, que cura, que regenera, que pinta, escreve ou compõe. O estado de consciência se manifesta a nós como pessoa por causa do conceito finito que temos de Deus e do homem. Ficamos com frequência desapontados quando alguém não corresponde ao quadro que formamos dele. E isto porque lhe atribuímos as boas qualidades de consciência; e quando a pessoa não preenche tais qualidades, que nós acreditamos erroneamente serem sua personalidade, sofremos.

Na Bíblia, nos deparamos com as figuras de Moisés, de Isaías, de Jesus e de Paulo. Percebemos que Moisés representa o estado de consciência chefe, ou liderança; Isaías nos apresenta a profecia; Jesus mostra a consciência messiânica, ou a Graça da salvação e da cura; e Paulo traz a consciência do mensageiro, do pregador ou mestre. Contudo, sempre se trata de um estado de consciência específica que se manifesta a nós como homem.

George Washington representa certamente a consciência da integridade nacional; Abraham Lincoln, a consciência da integridade e da igualdade individuais.

Pensando em nós mesmos, esqueçamos nossa natureza humana com suas qualidades humanas e tentemos compreender o que nós representamos como consciência, para então perceber que esta consciência que se expressa como nós é também o que nos mantém e faz prosperar nosso empenho.

O fracasso ocorre frequentemente por causa da descrença de que nós somos a expressão de Deus, ou da Vida, ou da Inteligência ou das qualidades divinas. Isso nunca é verdade. Deus, ou a Consciência, expressa eternamente a Si mesmo e Suas qualidades. A consciência, a vida, o Espírito, nunca pode falhar. Nossa tarefa é aprender a relaxar e deixar que nossa Alma se manifeste. O egoísmo é a tentativa de ser ou de fazer algo pelo esforço pessoal físico ou mental. O não nos preocupar é nos privar do pensamento consciente e deixar que as ideias divinas preencham nossa consciência. Uma vez que somos Consciência espiritual individual, podemos sempre confiar que a Consciência realize a Si mesma e à Sua missão. Somos expectadores e testemunhas desta divina atividade da Vida que realiza e manifesta a Si mesma.


Joel S. Goldsmith

Do livro “O Caminho Infinito, Buscando a Iluminação Espiritual”, trecho do capítulo IV.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O Caminho Infinito



Sobre o livro

O livro propõe a busca da conscientização da presença infinita de Deus dentro de cada um de nós. O Caminho Infinito se compõe de três pontos básicos: a natureza de Deus, a natureza do ser individual e a natureza da ilusão. Uma leitura indispensável para a alma.



Sobre o autor

Joel S. Goldsmith foi considerado o mais respeitado místico ocidental do século XX. Fundou nos Estados Unidos, um movimento espiritual denominado “O Caminho Infinito”. A maioria das suas obras foram tiradas de suas palestras, conferencias e cartas mensais. Como curador espiritual percorreu, a pedido de seus pacientes, o mundo inteiro nunca aceitando pagamento pelas curas que realizava.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ensinamentos sobre o Amor - Texto


AMOR (MAITRI)


O primeiro aspecto do amor verdadeiro é maitri, a intenção e a capacidade de proporcionar alegria e felicidade. Para desenvolvê-lo, temos que adotar a prática de olhar e ouvir do fundo do coração para sabermos o que fazer e o que não fazer para que os outros sejam felizes. Se oferecemos a uma pessoa que amamos algo de que ela não precisa, isso não é maitri. Precisamos conhecer a sua real situação, senão nossa oferta poderá deixá-la infeliz.

No sudeste da Ásia, as pessoas de um modo geral gostam muito de uma fruta grande, cheia de espinhos, chamada durião.Posso até dizer que são viciadas nela. O cheiro é extremamente forte. Quando acabam de comê-la, algumas pessoas chegam a colocar a casca debaixo da cama para continuar sentindo o aroma. Para mim, o cheiro do durião é horrível. Um dia, quando praticava cantando no meu templo no Vietnã, havia no altar um durião que tinha sido oferecido ao Buda. Eu estava tentando recitar o Sutra do Lótus, usando um tambor de madeira e um grande sino em forma de tigela para fazer o acompanhamento, mas não conseguia me concentrar. Finalmente levei o sino até o altar e o virei de cabeça para baixo, cobrindo o durião para poder cantar o sutra, Quando terminei, fiz uma reverência ao Buda e liberei o durião. Caso você me dissesse “Thây, eu gosto tanto de você que apreciaria se comesse um pouco desse durião”, isso seria um sofrimento para mim. Você me ama e quer me ver feliz, mas me obriga a comer durião. Esse é um exemplo de amor sem compreensão. Sua intenção é boa, mas falta o entendimento certo.

Sem compreensão nosso amor não é verdadeiro. Temos que olhar profundamente para ver e compreender as necessidades, as aspirações e o sofrimento de quem amamos. Todos nós precisamos de amor. Esse sentimento nos proporciona alegria e bem estar. É tão natural quanto o ar. Somos amados pelo ar. Nós temos necessidade de ar fresco para nos sentirmos bem e felizes. Somos também amados pelas árvores. Precisamos delas para sermos saudáveis. Para sermos amados, devemos amar, o que significa compreender. Para nosso amor permanecer, temos que adotar a maneira apropriada de agir ou não agir para proteger o ar, as árvores e as pessoas que amamos.

Maitri pode ser traduzido como “amor”, ou “bondade amorosa”. Alguns mestres budistas preferem “bondade amorosa” por considerarem a palavra “amor” muito perigosa. Mas eu prefiro o termo “amor”. Às vezes as palavras adoecem, e nós temos que curá-las. A palavra “amor” tem sido usada como um termo correspondente a apetite, ou desejo, como “eu amo hambúrgueres”. É necessário empregar o idioma com mais cuidado. “Amor” é uma palavra bonita, devemos recuperar seu significado. O termo maitri tem raízes na palavra mitra, que quer dizer amigo. No budismo, o principal significado de amor é amizade.

Todos nós possuímos a semente do amor. Podemos desenvolver essa maravilhosa fonte de energia nutrindo o amor incondicional que nada espera de volta. Quando compreendemos uma pessoa no fundo do coração, inclusive alguém que nos feriu, não conseguimos deixar de amá-la. O Buda Shakyamuni mencionou que o Buda do próximo éon se chamará “Maitreya, o Buda do Amor”.


Thich Nhat Hanh

Do livro “Ensinamentos sobre o Amor”, de Thich Nhat Hanh.

sábado, 23 de novembro de 2013

Ensinamentos sobre o Amor



Sobre o livro

Ensinamentos sobre o Amor é uma fonte de orientação espiritual profunda, mas ao mesmo tempo permeada por uma linguagem simples e suave, baseada na sabedoria milenar oriental budista, que nos conduz através de lições e práticas a entender e alcançar o amor verdadeiro, capaz de tornar a felicidade possível para nós e para os outros. O livro nos mostra também como lidar com os nossos sentimentos negativos, como a raiva, a desatenção e o ciúme. “Analisamos profundamente a natureza dos nossos sentimentos para descobrir suas raízes e identificar os que precisam ser transformados e nutrir os que proporcionam paz, alegria e bem-estar”, diz o autor.



Sobre o autor

Thich Nhat Hanh é ativista da paz e monge budista desde os 16 anos. Nasceu no Vietnã, tendo sobrevivido a guerras, conflitos e mais de trinta anos de exílio. Dedicou-se à fundação de universidades e organizações de serviço social. Líder da delegação budista vietnamita nas Conferências de Paz em Paris, foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz pelo reverendo Martin Luther King Jr. É autor de mais de cem livros de poesia, ficção e filosofia, entre os quais Aprendendo a lidar com a raiva, Momento Presente, Momento Maravilhoso e Sinta-se livre onde você estiver, da Editora Sextante. Mora na França e em Vermont, nos Estados Unidos.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Um Novo Mundo - O Despertar de uma Nova Consciência - Texto



RECONHECENDO O ESPAÇO INTERIOR

É provável que o espaço entre os pensamentos já esteja surgindo de vez em quando na nossa vida e talvez nem estejamos cientes disso. Uma consciência que é fortemente atraída pelas experiências e condicionada a se identificar apenas com a forma, isto é, a consciência dos objetos, considera, a princípio, quase impossível perceber o espaço. Em última análise, isso quer dizer que não conseguimos nos tornar conscientes de nós mesmos porque estamos sempre conscientes de outra coisa qualquer. Permanecemos distraídos pela forma de modo permanente. Até mesmo quando parecemos estar conscientes de nós mesmos, acabamos nos transformando num objeto, numa forma de pensamento. Assim, aquilo de que temos consciência não corresponde a nós, é apenas um pensamento.

Quando ouvimos falar de espaço interior, pode ser que comecemos a buscá-lo. No entanto, se fizermos isso como se estivéssemos procurando um objeto ou uma experiência, não teremos sucesso. Esse é o dilema de todos aqueles que estão tentando alcançar a compreensão espiritual, ou iluminação.

Por isso, Jesus disse: "O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo. Nem se dirá: Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está dentro de vós." Se não gastamos todo o nosso tempo com descontentamento, preocupação, ansiedade, depressão, desespero nem nos deixamos consumir por outros estados negativos; se temos a capacidade de desfrutar as coisas simples, como ouvir o som da chuva ou do vento; se conseguimos ver a beleza das nuvens passando pelo céu; se temos condições de ficar sozinhos de tempos em tempos sem nos sentir solitários nem carentes do estímulo mental de um entretenimento; se somos capazes de nos ver tratando um estranho com uma bondade sincera sem esperar nada em troca, isso significa que se abriu um espaço - não importa que seja curto - no fluxo incessante de pensamentos que é a mente humana. Quando isso acontece, experimentamos uma sensação de bem-estar, de paz viva, ainda que sutil. A intensidade pode variar de um sentimento quase imperceptível de contentamento em segundo plano ao que os antigos sábios da Índia chamavam de ananda - a alegria do Ser. Como fomos condicionados a prestar atenção apenas na forma, provavelmente não temos consciência dela, a não ser de modo indireto. Por exemplo, existe um elemento comum na capacidade de vermos a beleza, de valorizarmos as coisas simples, de gostarmos de ficar sozinhos e de nos relacionarmos com as pessoas com benevolência. Esse elemento comum é um sentimento de contentamento, de paz e de vivacidade que é o pano de fundo invisível sem o qual essas experiências não seriam possíveis.

Sempre que você detectar a beleza, a amabilidade, o reconhecimento do que existe de bom nas coisas simples da sua vida, procure pelo pano de fundo de tudo isso dentro de si mesmo. Mas não busque esse segundo plano como se estivesse tentando encontrar alguma coisa. Você não conseguirá identificá-lo com precisão e dizer: "Agora eu o tenho." Também não poderá prendê-lo com a mente e defini-lo de algum jeito. Ele é como o céu sem nuvens. Não tem forma. É espaço - é silêncio, a doçura do Ser e infinitamente mais do que estas palavras, que podem apenas sugerir o que ele é. Quando você for capaz de senti-lo diretamente em seu interior, ele se aprofundará. Então, toda vez que você valorizar algo simples - um som, uma imagem, um toque - nos momentos em que vir a beleza e sempre que tiver um sentimento de benevolência em relação ao outro, sentirá a amplitude interior que é a fonte e o pano de fundo dessas vivências.

Ao longo dos séculos, muitos poetas e sábios observaram que a verdadeira felicidade - eu a chamo de alegria do Ser - é encontrada nas coisas simples, aparentemente comuns. A maioria das pessoas, na sua busca incansável por algo importante que possa acontecer na sua vida, costuma não prestar atenção no que é insignificante, que pode não ser insignificante de maneira nenhuma. O filósofo Nietzsche, num raro momento de silêncio profundo, escreveu: Como é preciso pouco para a felicidade! (...) a menor coisa, precisamente a mais suave, a mais leve, o farfalhar de um lagarto, um sopro, um psiu, um olhar de relance - é o pouco que faz a melhor felicidade.

Silêncio!"

Por que "a menor coisa" faz a "melhor felicidade"? Porque a verdadeira felicidade não é causada nem pela coisa nem pelo acontecimento, embora seja assim que pareça a princípio. Ambos são tão sutis, tão pouco perceptíveis, que ocupam apenas uma pequena parte da nossa consciência - o resto é espaço interior, a consciência propriamente dita não obstruída pela forma. A consciência do espaço interior e quem nós somos em nossa essência são a mesma e uma só coisa. Em outras palavras, a forma das pequenas coisas deixa lugar para o espaço interior. E dele, que é a própria consciência não condicionada, emana a verdadeira felicidade, a alegria do Ser. Para estarmos conscientes daquilo que é pequeno e suave, precisamos, porém, permanecer silenciosos em nosso interior. Isso requer um alto grau de atenção. Aquiete-se.
Olhe. Ouça. Esteja presente.

Esta é outra maneira de encontrar o espaço interior: torne-se consciente de estar consciente. Diga ou pense "Eu Sou" e não acrescente mais nada. Tome consciência do silêncio que acompanha o Eu Sou. Sinta sua presença, que é o puro estado de ser despojado de qualquer coisa, despido, revelado.

Não há nada que a afete - nem a juventude nem a velhice, nem a riqueza nem a pobreza, nem a bondade nem a maldade, nem quaisquer outros atributos.

Ela é o amplo útero de toda criação, de todas as formas.

EcKhart Tolle


Do livro “Um Novo Mundo, o despertar de uma Nova Consciência, de Eckhart Tolle.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Um Novo Mundo - O Despertar de uma Nova Consciência



Sobre o livro

O autor através das páginas dessa obra transmite uma mensagem profunda de que em nossos dias um número cada vez maior de pessoas está abandonando padrões mentais destrutivos baseados no ego para vivenciar o despertar de uma nova consciência. “Precisamos nos livrar do controle do ego, pois essa é a fonte de todo sofrimento humano. Sob o seu domínio, somos incapazes de ver a dor que infligimos a nós mesmos e aos outros.” A partir dessas afirmativas, ele nos conduz a uma viagem interior nos levando a descobrir que somos capazes de criarmos um novo mundo, mais evoluído espiritualmente, mais pleno de amor e sanidade.



Sobre o autor

Eckhart Tolle nasceu na Alemanha, onde viveu até os 13 anos. Formado pela Universidade de Londres, tornou-se pesquisador e supervisor de pesquisas da Universidade de Cambridge. Aos 29 anos, passou por uma experiência espiritual que transformou a sua vida. Mestre espiritual de renome internacional, realiza palestras sobre seus ensinamentos em todo o mundo. Entre suas obras estão “O Poder do Agora”, “O Poder do Silencio” e “Praticando o Poder do Agora”.

sábado, 16 de novembro de 2013

Florações Evangélicas - Texto


GRATULAÇÃO


No torvelinho das aflições, fácil é para o homem esquecer-se das doações superiores com que o Senhor da Vida o aquinhoou.

Por qualquer insignificante problema, a contrariedade lhe tisna a lucidez, fazendo que blasfeme ou se desgaste em injustificável rebelião.

Diz-se comumente que a vida não merece ser vivida, pois que somente decepções e lutas se amontoam por todo lado, em torva conspiração contra a paz.

E há tanta beleza e harmonia na Terra!

No entanto, acostumado às bênçãos, não as aquilata devidamente, reportando-se ao seu valor somente quando as circunstâncias o privam de qualquer uma dessas concessões.

Necessário é, portanto, sair um pouco do castelo do eu para examinar com lucidez a Casa do Pai Criador e valorizar os tesouros de que pode dispor, exaltando a glória do viver.

* * *

Se possuís visão, recorda os que a perderam. Se dispões da audição, pensa nos que não conseguem ouvir.

Se podes movimentar-te, evoca os limitados na paralisia.

Se desfrutas saúde, considera os padecentes das múltiplas enfermidades.

Se és aquinhoado com um lar, examina a situação dos desabrigados.

Se te fizeste pai ou mãe, tem em mente os que não lograram fruir tal aspiração.

Se reténs os valores transitórios, medita a respeito dos que nada possuem.

Mas se te escasseia esta ou aquela dádiva, tem paciência e espera.

Ninguém na Terra se encontra afortunadamente completo, como ninguém há que esteja em abandono total.

Aqueles que te parecem felizes, apenas parecem. E os que se te afiguram desgraçados, estão temporariamente resgatando dívidas, dirigidos por sábios desígnios.

Gratidão é rara moeda entre os homens. Habituados à ambição desenfreada, da vida somente desejam gozar, sem outra aspiração, aquela que conduz à plenitude permanente, a dos valores imperecíveis.

Os problemas são frutos da inércia do próprio homem que, negligente, acumula dificuldades, por egoísmo, desaire ou precipitação.

A vida é um desafio que merece carinhoso esforço de coragem e significativa contribuição de trabalho.

Ser grato pela oportunidade de crescer, significa o mínimo que se pode responder a esse empreendimento que é a reencarnação.

Todos rogam atingir novas metas, sem embargo não se fazem reconhecidos do Senhor pelos alvos lobrigados.

Gratidão, por isso, nas horas da agonia, como do testemunho, mediante a humildade ante as provações redentoras, necessárias.

Em qualquer situação em que te encontres, agradece a Deus, abençoando por meio da confiança no futuro as horas difíceis do presente.

Convidado diretamente ao desespero, não olvides as alegrias fruídas, e, conduzido à rebeldia, recua na direção da paz já desfrutada.

Reconhecido ao Pai Amantíssimo, Jesus, mesmo perseguido, incompreendido, atormentado, permaneceu tranquilo e fiel em confiança absoluta, como a expressar Sua sublime gratidão.


Joanna de Ângelis,

Do livro Florações Evangélicas, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Florações Evangélicas



Sobre o livro

Livro psicografado pelo médium Divaldo Franco de autora espiritual de Joanna de Ângelis que reverencia e atualiza os ensinamentos cristãos do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, trazendo a lume, entre as suas lições, a renovação espiritual planetária decorrente da transição da Terra para mundo de regeneração.



Sobre o autor

Divaldo Pereira Franco é médium e orador espírita baiano, nascido na cidade de Feira de Santana, sendo um dos fundadores do Centro Espírita Caminho da Redenção e da Mansão do Caminho, no bairro de Pau da Lima atendendo a comunidades carentes e beneficiando milhares de doentes e necessitados da cidade de Salvador.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Jesus, o maior Psicólogo que já existiu - Texto


HUMILDADE NÃO É PASSIVIDADE


"Se alguém te ferir na face direita, oferece também a outra".
Mateus 5:39

Frequentemente dizemos que as pessoas passivas são humildes. É uma maneira de encontrar algo amável para se referir a pessoas que consideramos bastante incapazes. Raramente admiramos a humildade, porque a consideramos como o oposto da agressividade, que associamos ao sucesso.

Jesus, no entanto, tinha uma visão diferente da humildade. Ele disse: "Agora que eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros" (João 13:14). Jesus não se fez humilde na presença de outros porque possuía uma baixa autoestima. Ele escolheu servir seus apóstolos porque tinha consciência de quem era; Jesus era suficientemente confiante para assumir o papel de servidor. Ele sabia que o status e o poder não tornam uma pessoa importante. O que faz uma pessoa ser importante é sua capacidade de servir os outros.

A verdadeira humildade exige confiança em si mesmo. Para ser humilde você precisa saber quem é e escolher servir os outros. Não se trata da modéstia causada pela insegurança. Dar importância à outra pessoa sem nos considerarmos diminuídos é a verdadeira humildade.

Uma das minhas alegrias quando criança era jogar dominó com o meu avô. Ele levava o jogo muito a sério. Fora criado em uma pequena cidade do Arkansas onde a habilidade de um homem no dominó garantia sua reputação num raio de vários quilômetros.

Um dia, na tentativa de ganhar a partida, agi impulsivamente procurando ver as peças de meu avô. A forma que o menino de dez anos que eu era encontrou foi me inclinando para frente e começando a derrubar todas as peças do jogo.

Instintivamente, meu avô se levantou da cadeira horrorizado com o que eu estava fazendo. Quase ofegante e tenso, começou a retirar-se, mas parou no meio do caminho. Com a mesma rapidez com que se erguera, inverteu o movimento e lentamente voltou a se sentar com um sorriso de quem sabe das coisas. Pediu-me para ajudá-lo a recolher as peças a fim de retomarmos o jogo. Na hora achei esse comportamento estranho, e só muito mais tarde vim a entender o que ele significava.

Embora tivesse lutado para chegar onde estava na vida, meu avô sabia que ganhar não era tudo. Para ele, o objetivo de qualquer jogo não era conseguir o maior número de pontos; era jogar de maneira a obter o maior respeito possível do oponente. Lembro-me daquele jogo de dominó com o meu avô porque ele se tornou um símbolo do nosso relacionamento. O importante para ele não era parecer capaz; ao contrário, era fazer com que eu me sentisse capaz.

Ele deixou de brigar comigo quando derrubei as peças do jogo não porque fosse passivo, mas para me ensinar algo a respeito da humildade. Foram necessários muitos eventos desse tipo na minha vida para que eu pudesse entender isso, mas meu avô ensinou-me de uma forma muito poderosa o que é a humildade - ele a praticou concretamente.

Ser uma pessoa passiva é recusar-se a ter uma atitude por causa do medo. Ser humilde é ter uma atitude devido ao amor. Foi isso que Jesus quis dizer quando falou: "Se alguém te ferir na face direita, oferece também a outra." Ele não disse: "Se alguém te ferir na face direita, dá meia volta e afasta-te." Jesus queria que as pessoas tomassem uma posição firme e tivessem uma atitude digna. O que ele estava transmitindo é que o amor é mais forte do que o ódio. Se as pessoas atacarem você por ódio, procure amá-las até a morte. Jesus viveu este preceito literalmente na sua vida.

Ele preferiu uma vida mais curta repleta de humildade e amor do que uma existência mais longa cheia de medo e passividade.


Mark W. Baker

Do livro Jesus o maior Psicólogo que já Existiu, de Mark W. Baker

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Jesus, o maior Psicólogo que já Existiu



Sobre o livro

Um livro cativante onde o autor busca nas passagens do Evangelho a compreensão para as dificuldades emocionais e do cotidiano, promovendo um encontro perfeito entre as lições legadas por Jesus e as descobertas da psicologia. Jesus, o maior psicólogo que já existiu é uma obra literária recomendável, seja qual for a nossa crença religiosa ou filosofia de vida.




Sobre o autor

Dr. Mark W. Baker é o diretor executivo da “La Vie Counseling Centers”, com sedes em Pasadena e Santa Monica, California, EUA. Ph.D em Psicologia Clínica, Mestre em Teologia e certificado em Psicoterapia Psicodinâmica, publicou numerosos artigos em revistas profissionais e participou de programas de rádio e televisão sempre apresentando suas ideias sobre a Psicologia e a Espiritualidade.

sábado, 9 de novembro de 2013

Conviver e Melhorar - Texto


EXTERIORIZANDO A PAZ


A paz se exterioriza nos olhos de quem aprendeu a arte de ser sincero consigo mesmo. A meta mais fácil do mundo para se alcançar é ser como somos. A mais difícil é ser como as outras pessoas gostariam que fôssemos. A serenidade interior é conquista de quem possui autolealdade.

A artemísia é uma planta balsâmica, de gosto amargo e utilizada como remédio. O sândalo é uma árvore de madeira resistente, de qual se extrai um óleo empregado em farmácia e perfumaria. Ambos são aromáticos e originários da Ásia, possuem algo em comum, mas tem utilidades completamente diferentes.

A natureza refuta a igualdade. Jamais foram encontradas duas flores idênticas; as semelhantes se modificam com o passar do tempo. Até as folhas de uma mesma árvore são desiguais, assim como variável é cada amanhecer.

Para desfrutarmos a paz verdadeira, precisamos entender que somos um núcleo de vida distinto; vivemos em comunidade, mas sobretudo com nós mesmos. Somente empregando de maneira responsável nossa capacidade de sentir, de raciocinar e de realizar, livre das interferências dos cegos instintos e dos laços de dependência, é que podemos nos apaziguar de modo essencial.

Não nos reportamos a isso para nos envaidecer ou diminuir os outros, e sim para que tenhamos mais consideração pelo nosso universo pessoal.

É preciso que nos perguntemos: quem escolhe o que penso e o que sinto? Quem determina como vou agir? Cabe-nos, portanto, o domínio de nossa vida, pois falsas identidades podem estar controlando-nos a ponto de desperdiçarmos energias imprescindíveis à nossa harmonia e segurança.

Dente-de-leão, no folclore da flora silvestre, significa vontade firme e lealdade aos próprios objetivos, por ser capaz de crescer em abundância em todos os períodos do ano, ou em qualquer campo ou terreno. Seu nome vem do francês, “dent-de-lion”. Essa flor amarelo-ouro apresenta como semente um talo de pelos brancos e sedosos que o vento dissemina com facilidade; por isso se reproduzem rapidamente.

Se você procura serenidade, assimile a linguagem de auto-fidelidade que lhe inspiram os dentes-de-leão e, ao mesmo tempo, liberte-se dessa reação exagerada aos desejos dos outros.

Visualize a tranquilidade dos ambientes campestres. O vislumbre de uma tarde em lindo campo florido fala de paz a seu coração e o alivia prolongadamente.

Sua memória está repleta dessas associações, que seu dia-a-dia inquieto e intranquilo deixa muitas vezes escondido em sua mente.

Paz é, acima de tudo, harmonia consigo mesmo; em seguida, com os outros. É harmonia com Deus e com a natureza. Paradoxo é almejar a paz e viver em discordância íntima.

A Excelsa Criação deu-lhe habilidade de realização através da natureza, assim como outorgou às plantas a capacidade de florescer. Nenhuma árvore de sândalo necessita que um botânico lhe diga como produzir a essência aromatizante. Se você quiser transluzir a paz, seja fiel ao que é, dando ao Planeta os frutos de sua própria natureza.

A verdade é que, por mais que você se esforce para ser justo e consciente, sempre haverá alguém que interpretará mal seus atos e atitudes. Ninguém consegue agradar a todos.

Confie em si mesmo, confie em Deus. Apenas Ele maneja os fios invisíveis e infinitos de toda existência humana.

Você encontrará a paz conscientizando-se de que cada um é uma ferramenta exclusiva e específica da natureza, circunstancialmente trabalhando na Terra sob o Comando Divino.


Lourdes Catherine, do livro Conviver e Melhorar, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelos Espíritos Loudes Catherine e Batuíra.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Conviver e Melhorar



Sobre o livro

O livro dividido em duas partes reúne mensagens dos Espíritos Lourdes Catherine e Batuíra com lições sobre a convivência, ressaltando a importância do autoconhecimento e a aceitação das nossas limitações como base para termos um bom relacionamento com nós mesmos e a partir daí lidarmos melhor com as dificuldades que encontramos na interação com as personalidades difíceis em nossa esfera familiar, nos ambientes profissional e social e, em algumas vezes até mesmo dentro de um grupo de fé religiosa. Uma leitura que nos leva a refletir e conhecer a vida dentro e fora de nós.





Sobre o autor

Francisco do Espírito Santo é médium espírita nascido na cidade de Catanduva, São Paulo, formado em Administração de Empresas e Programação Neurolinguística, e também fundador da Sociedade Espírita Boa Nova. Possuí dezenas de livros psicografados em sua maioria com mensagens do seu instrutor espiritual o Espírito “Hammed”.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Em Busca da Espiritualidade - Texto


O Mundo que Criamos



Uma imagem muito comum do céu é a de um lugar cheio de anjos alados tocando harpa e flutuando nas nuvens. Isto é apenas um mito. O lar de um espírito nos domínios do espírito é um reflexo precioso das suas conquistas na vida e/ou das suas transgressões na Terra. Depois de ter se adaptado a seu novo mundo, é muito comum que uma alma recém-chegada seja recebida por um espírito-mestre e levada, por assim dizer, para fazer uma volta em que possa conhecer os vários níveis e expressões da vida espiritual. Esta excursão demonstra tanto o nível de consciência da alma atingido por um espírito quanto o nível de crescimento espiritual que ele pode alcançar. Há tantos níveis de regiões espirituais quanto de estruturas mentais. Costumo dizer às pessoas em minhas palestras: “Vocês são responsáveis pela criação de seu céu ou de seu inferno, a partir de seus pensamentos, palavras e ações.” O ambiente está dentro de cada um. As pessoas comuns que tentam levar uma vida decente na Tera, respeitando os outros e demonstrando amor sempre que podem, não precisam se preocupar com a existência após a vida. Elas gravitarão em um nível maravilhoso de paz, alegria e amor ilimitados. Com base nas inúmeras sessões que já fiz, vamos dar uma olhada em como deve ser o ambiente de uma pessoa normal de bom coração, quando ela se tornar espírito.

Quando você começa a olhar em volta, a primeira coisa que observa é uma beleza incrível. Você descobre jardins maravilhosos e bem cuidados por todos os lados, com flores explodindo em cores brilhantes. As cores vivas do mundo espiritual estão além do nosso espectro natural e terreno. Tudo neste ambiente é literalmente “luminoso” e claro como água. A luz desses domínios não vem de qualquer sol ou estrela; é conhecida como luz astral. Esta iluminação faz as cores mudarem, de modo a complementar um tipo particular de ambiente. Como todas as coisas são harmoniosamente ligadas, podemos pensar nesta efervescência reluzente como um reflexo da luz que brilha em cada espírito.

A primeira coisa que notamos é o aroma. A atmosfera rarefeita, juntamente com o cheiro doce de cada flor, cria um perfume angelical. Os espíritos muitas vezes contam que tiveram instantaneamente sua sensibilidade aguçada para o aroma deliciosamente doce do ambiente. Não há palavras para descrever o perfume e a beleza insuperáveis deste lugar celestial. É um mundo perfeito, repleto de prados ondulantes de cor verde-esmeralda e florestas magníficas. Essas árvores generosas não precisam de poda ou cuidados; suas folhas não caem. Todas as coisas estão cheias de vida e em perfeita harmonia entre si. Este pedaço de céu é um lugar em que nada está fora de ordem, onde tudo está em harmonia.

Além da beleza, há escolas de conhecimento sediadas em construções extraordinárias, criadas com materiais desconhecidos para nossas mentes terrenas. De fato, as construções parecem ter uma qualidade translúcida, opalina. Talvez venha daí a expressão portões de pérola.

É possível encontrar qualquer tipo de educação e instrução nessas grandes construções - arte, música, línguas, filosofia, ciências ou arte dramática. Cada local de aprendizado tem sua própria atmosfera de pensamento. Este ambiente de pensamento é criado a partir dos sentimentos das pessoas que cultivam seus interesses e do amor do arquiteto que usou seu talento para desenhar a construção. Todos compartilham do significado do local e da visão da pessoa que o criou.



James Van Praagh, do livro Em Busca da Espiritualidade, cap.V.

domingo, 3 de novembro de 2013

Em Busca da Espiritualidade



Sobre o livro


O livro Em Busca da Espiritualidade é um verdadeiro guia para a alma através de inspiradoras e poderosas elucidações sobre a vida no mundo espiritual e o processo pelo qual o espírito atravessa até o seu retorno ao mundo físico. O autor relata histórias tocantes de comunicações mediúnicas nos mostrando como a influência das emoções negativas interfere em nossas energias espirituais ao mesmo tempo em que nos impulsiona a transformação interior necessária para uma existência de força, alegria e amor. Sem dúvida alguma é uma obra espiritualista que vale à pena ser conferida e recomendada.



Sobre o autor


James Van Praagh é um famoso médium norte americano por transmitir mensagens e estabelecer diálogos entre o mundo físico e o espiritual, nascido em Bayside, California, mundialmente conhecido pelo best-seller Conversando com os Espíritos.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Especial do Mês


Nesse mês o especial “Autores e Livros” reúne obras selecionadas de alguns dos escritores renomados da literatura espírita e espiritualista mundial, apresentando sinopses, comentários, biografias e textos que são grandiosos contributos para o aprimoramento intelecto-moral do indivíduo que desperta como ser espiritual integrado ao processo de transformação planetária. Exclusivamente, para o tema desse período as nossas atualizações serão realizadas em dias alternados.
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