segunda-feira, 29 de junho de 2020

Mensagem em Tempos do Coronavírus

Encerrando o nosso mês com o especial “Espiritismo e Pandemia”, assista a essa belíssima mensagem de conforto, fé e esperança do médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco sobre os tempos difíceis que toda humanidade enfrenta atualmente com a pandemia do coronavírus.



sábado, 27 de junho de 2020

O Espiritismo previa a Crise atual


Por Fernando Rosemberg Patrocinio

Tais instruções a seguir, de um Espírito Superior, e extraídas da última obra codificada por Allan Kardec, com todas as letras, previam a época vigente dominada por uma ideia global: a do coronavírus, ou Covid-19, que mudará, ou está mudando, a face social, política, filosófica e científica do Mundo terreno para sempre, por tratar-se de uma revolução para melhor; revolução que, de um Mundo de Expiações e de Provas, fará com que evolua para uma faceta superior, de um Mundo renovado e muito melhor: o Mundo Regenerador.

Vamos, pois, às instruções superiores da obra organizada, no Século 19, por Allan Kardec (1804-1869), de título: “A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo” (1868).

No livro citado lemos:

“Cada corpo celeste, além das leis simples que presidem à divisão dos dias e das noites, das estações etc., experimenta revoluções que demandam milhares de séculos para sua realização completa, porém que, como as revoluções mais breves passam por todos os períodos, desde o de nascimento até o de um máximo de efeito, após o qual há decrescimento, até o limite extremo, para recomeçar em seguida o percurso das mesmas fases”.

(Comentário do articulista: De fato, parece haver um decrescimento, um andar para trás, pois as bolsas se estremecem, as economias dos países se desfazem para socorro humanitário, as pessoas não mais podem se cumprimentar, se abraçar, etc. etc.)

“O homem apenas apreende as fases de duração relativamente curta e cuja periodicidade ele pode comprovar. Algumas, no entanto, há que abrangem longas gerações de seres e, até, sucessões de raças, revoluções essas cujos efeitos, conseguintemente, se lhe apresentam com caráter de novidade e de espontaneidade, ao passo que, se seu olhar pudesse projetar-se para trás alguns milhares de séculos, veria, entre aqueles mesmos efeitos e suas causas, uma correlação de que nem suspeita. Esses períodos que, pela sua extensão relativa, confundem a imaginação dos humanos, não são, contudo, mais do que instantes na duração eterna.

“Num mesmo sistema planetário, todos os corpos que o constituem reagem uns sobre os outros; todas as influências físicas são nele solidárias e nem um só há, dos efeitos que designais pelo nome de grandes perturbações, que não seja consequência da componente das influências de todo o sistema.

“Vou mais longe: digo que os sistemas planetários reagem uns sobre os outros, na razão da proximidade ou do afastamento resultantes do movimento de translação deles, através das miríades de sistemas que compõem a nossa nebulosa. Ainda vou mais longe: digo que a nossa nebulosa, que é um como arquipélago na imensidade, tendo também seu movimento de translação através das miríades de nebulosas, sofre a influência das de que ela se aproxima.

“De sorte que as nebulosas reagem sobre as nebulosas, os sistemas reagem sobre os sistemas, como os planetas reagem sobre os planetas, como os elementos de cada planeta reagem uns sobre os outros e assim sucessivamente até o átomo. Daí, em cada mundo, revoluções locais ou gerais, que só não parecem perturbações porque a brevidade da vida não permite se lhes percebam mais do que os efeitos parciais.

“A matéria orgânica não poderia escapar a essas influências; as perturbações que ela sofre podem, pois, alterar o estado físico dos seres vivos e determinar algumas dessas enfermidades que atacam de modo geral: as plantas, os animais e os homens, enfermidades que, como todos os flagelos, são, para a inteligência humana, um estimulante que a impele, por força da necessidade, a procurar meios de os combater e a descobrir leis da natureza.

“Mas a matéria orgânica, a seu turno, reage sobre o Espírito. Este, pelo seu contato e sua ligação íntima com os elementos materiais, também sofre influências que lhe modificam as disposições, sem, no entanto, privá-lo do livre-arbítrio, que lhe sobre-excitam ou atenuam a atividade e que, pois, contribuem para o seu desenvolvimento.

“A efervescência que por vezes se manifesta em toda uma população, entre os homens de uma mesma raça (somos todos de uma mesma raça: a humana), não é coisa fortuita, nem resultado de um capricho; tem sua causa nas Leis da Natureza.

“Essa efervescência, inconsciente a princípio, não passando de vago desejo, de aspiração indefinida por alguma coisa melhor, de certa necessidade de mudança, traduz-se por uma surda agitação, depois por atos que levam às revoluções sociais, que, acreditai-o, também têm sua periodicidade, como as revoluções físicas, pois que tudo se encadeia. Se não tivésseis a visão espiritual limitada pelo véu da matéria, veríeis as correntes fluídicas que, como milhares de fios condutores, ligam as coisas do Mundo Espiritual às do Mundo Material.

“Quando se vos diz que a humanidade chegou a um período de transformação e que a Terra tem que se elevar na Hierarquia dos Mundos, nada de místico vejais nessas palavras; vede, ao contrário, a execução da uma das grandes Leis Fatais do Universo, contra as quais se quebra toda a má vontade humana.”

Assinado: Arago (Espírito).

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Quando a dor é mundial...


O que fazemos quando vemos serem atingidos os membros da família humana?

Sofrem as nações, os governos. Sofremos todos nós porque estamos no mesmo lar Terra, separados apenas por linhas demarcatórias de fronteiras.

Quando a pandemia ultrapassou fronteiras, todos nos demos conta disso. Somos uma única e enorme família.

E o que é bom para uns é para todos. O que atinge a uns, alcança a todos.

Assim, nos vimos envolvidos nas dores de ver enfermar e morrer muitos dos nossos irmãos.

Em meio ao caos, percebemos como somos, verdadeiramente, a imagem e semelhança do nosso Criador.

Deus acende luzes brilhantes na lava destruidora. Deus renova os ares após a tormenta devastadora.

Deus borda a campina de flores e renova as paisagens depois dos furacões avassaladores.

Seus filhos, nós, conseguimos acender lamparinas nas trevas. Esperanças em meio à tragédia. Cantamos enquanto as lágrimas abundam em nossos corações.

Erguemos nossas preces, em todas as línguas e em todos os credos.

Utilizamos a tecnologia para nos unirmos. Apresentamos shows virtuais, encontramos os amigos, organizamos salas de reencontros, de estudos, de compartilhamento de orações.

Amenizamos a saudade. Aprendemos a nos abraçar virtualmente, renovando o desejo de tornar a nos encontrarmos, quiçá, em breve tempo.

Na Itália, um dos países mais atingidos pelo coronavírus, que se espalhou, de forma rápida, ceifando vidas, o coro Internazionale lirico sinfonico deu uma lição de altruísmo e gratidão.

Num ensaio virtual, reuniu os componentes do coro e executou Vá, pensiero, da Ópera Nabucco, de Giuseppe Verdi.

Para os italianos o coro dos escravos hebreus, terceiro ato da Ópera, se tornou símbolo de patriotismo. Isso porque ela foi composta por Verdi, durante a ocupação austríaca, no norte do país, em 1842.

Em momentos graves, o coro é lembrado. Possivelmente, quase todos os italianos o tragam na memória e no coração.

É um lamento, uma prece que chora a pátria sofrida e perdida. Um clamor aos céus. Nada mais apropriado para os dias atuais.

O que emociona, ademais, não é somente o recado de esperança de dias que serão superados, vencidos.

É a homenagem e o preito de gratidão que é feito a todos os servidores da saúde.

Cremos que jamais eles foram tão homenageados e recordados, como nestes dias.

Esses servidores que estão sempre a postos nas tragédias, tanto quanto no cotidiano sofrido dos hospitais, das clínicas, dos lares. Eles formam o pelotão que se encontra no front da batalha.

Um front em que utilizam as armas da ciência médica, da sua coragem para diagnosticar, tratar.

Eles também têm família e saúde para preservar. Mas estão ali, a postos, lutando cada dia, todos os dias, pelas vidas alheias.

Nada mais justo do que recordá-los, envolvê-los em nossas preces.

Oxalá esses dias sirvam para todos nós meditarmos na fragilidade da existência e do quanto devemos aproveitar cada minuto que nos é dado sobre a Terra.

Que aprendamos que o melhor é ser bom, prestativo, fraterno, útil.

Afinal, precisamos e dependemos imensamente uns dos outros, membros da mesma grande família.

Redação do Momento Espírita.


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