Por Fernando Rosemberg Patrocinio
Tais
instruções a seguir, de um Espírito Superior, e extraídas da última obra
codificada por Allan Kardec, com todas as letras, previam a época vigente
dominada por uma ideia global: a do coronavírus, ou Covid-19, que mudará, ou
está mudando, a face social, política, filosófica e científica do Mundo terreno
para sempre, por tratar-se de uma revolução para melhor; revolução que, de um
Mundo de Expiações e de Provas, fará com que evolua para uma faceta superior,
de um Mundo renovado e muito melhor: o Mundo Regenerador.
Vamos, pois,
às instruções superiores da obra organizada, no Século 19, por Allan Kardec
(1804-1869), de título: “A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o
Espiritismo” (1868).
No livro
citado lemos:
“Cada corpo
celeste, além das leis simples que presidem à divisão dos dias e das noites,
das estações etc., experimenta revoluções que demandam milhares de séculos para
sua realização completa, porém que, como as revoluções mais breves passam por
todos os períodos, desde o de nascimento até o de um máximo de efeito, após o
qual há decrescimento, até o limite extremo, para recomeçar em seguida o
percurso das mesmas fases”.
(Comentário
do articulista: De fato, parece haver um decrescimento, um andar para trás,
pois as bolsas se estremecem, as economias dos países se desfazem para socorro
humanitário, as pessoas não mais podem se cumprimentar, se abraçar, etc. etc.)
“O homem
apenas apreende as fases de duração relativamente curta e cuja periodicidade
ele pode comprovar. Algumas, no entanto, há que abrangem longas gerações de
seres e, até, sucessões de raças, revoluções essas cujos efeitos,
conseguintemente, se lhe apresentam com caráter de novidade e de
espontaneidade, ao passo que, se seu olhar pudesse projetar-se para trás alguns
milhares de séculos, veria, entre aqueles mesmos efeitos e suas causas, uma
correlação de que nem suspeita. Esses períodos que, pela sua extensão relativa,
confundem a imaginação dos humanos, não são, contudo, mais do que instantes na
duração eterna.
“Num mesmo
sistema planetário, todos os corpos que o constituem reagem uns sobre os
outros; todas as influências físicas são nele solidárias e nem um só há, dos
efeitos que designais pelo nome de grandes perturbações, que não seja consequência
da componente das influências de todo o sistema.
“Vou mais
longe: digo que os sistemas planetários reagem uns sobre os outros, na razão da
proximidade ou do afastamento resultantes do movimento de translação deles,
através das miríades de sistemas que compõem a nossa nebulosa. Ainda vou mais
longe: digo que a nossa nebulosa, que é um como arquipélago na imensidade,
tendo também seu movimento de translação através das miríades de nebulosas,
sofre a influência das de que ela se aproxima.
“De sorte que
as nebulosas reagem sobre as nebulosas, os sistemas reagem sobre os sistemas,
como os planetas reagem sobre os planetas, como os elementos de cada planeta
reagem uns sobre os outros e assim sucessivamente até o átomo. Daí, em cada
mundo, revoluções locais ou gerais, que só não parecem perturbações porque a
brevidade da vida não permite se lhes percebam mais do que os efeitos parciais.
“A matéria
orgânica não poderia escapar a essas influências; as perturbações que ela sofre
podem, pois, alterar o estado físico dos seres vivos e determinar algumas
dessas enfermidades que atacam de modo geral: as plantas, os animais e os
homens, enfermidades que, como todos os flagelos, são, para a inteligência
humana, um estimulante que a impele, por força da necessidade, a procurar meios
de os combater e a descobrir leis da natureza.
“Mas a
matéria orgânica, a seu turno, reage sobre o Espírito. Este, pelo seu contato e
sua ligação íntima com os elementos materiais, também sofre influências que lhe
modificam as disposições, sem, no entanto, privá-lo do livre-arbítrio, que lhe
sobre-excitam ou atenuam a atividade e que, pois, contribuem para o seu
desenvolvimento.
“A
efervescência que por vezes se manifesta em toda uma população, entre os homens
de uma mesma raça (somos todos de uma mesma raça: a humana), não é coisa
fortuita, nem resultado de um capricho; tem sua causa nas Leis da Natureza.
“Essa
efervescência, inconsciente a princípio, não passando de vago desejo, de
aspiração indefinida por alguma coisa melhor, de certa necessidade de mudança,
traduz-se por uma surda agitação, depois por atos que levam às revoluções
sociais, que, acreditai-o, também têm sua periodicidade, como as revoluções
físicas, pois que tudo se encadeia. Se não tivésseis a visão espiritual
limitada pelo véu da matéria, veríeis as correntes fluídicas que, como milhares
de fios condutores, ligam as coisas do Mundo Espiritual às do Mundo Material.
“Quando se
vos diz que a humanidade chegou a um período de transformação e que a Terra tem
que se elevar na Hierarquia dos Mundos, nada de místico vejais nessas palavras;
vede, ao contrário, a execução da uma das grandes Leis Fatais do Universo,
contra as quais se quebra toda a má vontade humana.”
Assinado: Arago (Espírito).
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