sábado, 30 de novembro de 2019

Amigo

Amigo devotado e mestre silencioso.

Atento dia e noite, auxilia em toda idade.

Nunca faz exigências e esclarece sem paga.

Se esquecido, nem por isso reclama e espera com paciência.

Desdenhado, não despreza, aguardando o dia próprio de fazer-se entendido.

E sempre que tornamos à paz de seu convívio, volve a falar conosco sem qualquer presunção.

Misto de ventura eterna e humildade sublime, conserva inalteráveis o poder da cultura e a força da semente.

Basta intentar-lhe alguém o concurso discreto e desfaz-se em auxílio.

Educa sem vaidade.

Ampara sem orgulho.

Levanta sem alarde.

Socorre sem ofensa.

Corrige-nos sem ralho e ensina sem barulho.

Sendo o cofre das leis, é bússola no lar.

Sendo flama de sol nos templos do saber, é luz na Escola humilde.

Esse amigo ideal, que a luta não corrompe e o tempo não altera, Deus no-lo concedeu sob o nome de LIVRO.

Honremos, desse modo, a Dádiva Divina, colocando o Espiritismo nos caminhos do Livro para que o Livro Espírita enalteça o progresso e santifique o Bem.

Hilário Silva

Psicografado por Chico Xavier

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O Valor da Leitura e do Estudo no Progresso Humano


Os espiritistas não ignoram que é pensamento corrente entre os estudiosos do Espiritismo que o hábito da leitura e o estudo continuado constituem providências importantes na vida de todos nós, sobretudo se tivermos tarefas a cumprir nas diferentes áreas de trabalho que se apresentam ao trabalhador espírita.

Várias são as razões que justificam esse pensamento.

A primeira decorre do fato de que geralmente esquecemos boa parte do que lemos ou estudamos no passado. A persistência nos estudos e a leitura de boas obras neutralizam esse esquecimento e concorrem até mesmo para que tal não se dê.

A segunda razão prende-se à verificação de que toda vez que se lê um livro percebem-se nele nuanças antes ignoradas. Um jovem de 20 anos que leia “O Livro dos Espíritos” não verá nele as implicações e os enfoques que certamente deduzirá quando o reler aos 45 anos de idade. E o mesmo se dará quando voltar a ler a citada obra aos 60 anos.

A terceira razão, por sinal óbvia, diz respeito à circunstância de que sobre os mais diferentes assuntos surgem de tempos em tempos obras novas, dotadas de informações e análises que não encontramos em publicações mais antigas. Exemplo disso são os livros escritos por intermédio do médium Divaldo P. Franco pelo Espírito de Manoel Philomeno de Miranda, os quais enriqueceram de forma notável o que se sabia até então acerca dos temas mediunidade, obsessão e distúrbios psíquicos.

Pesquisa divulgada pela National Endowment for the Arts, uma fundação americana dedicada à promoção da cultura, revela que quem lê regularmente por prazer tem uma vida muito mais ativa e bem-sucedida do que aqueles que preferem passar o tempo vendo televisão ou dedicando-se a atividades que não exigem raciocínio. Para os que cultivam o hábito da leitura – assevera a pesquisa – a vida é uma sucessão de experiências novas e de ampliação de horizontes.

Mark Edmundson, professor da Universidade de Virgínia e autor do livro “Por que Ler”, entende que a leitura é a segunda oportunidade que a vida oferece para o nosso crescimento pessoal. Durante a infância e a adolescência, diz ele, passamos por um processo de socialização e aprendemos como agir de acordo com o senso comum. Depois, é a leitura que nos permite desenvolver ideias próprias, conceitos e valores. Sem ela, afirma Edmundson, o homem continua como um carneiro que apenas segue o rebanho.

Outra pesquisa divulgada há pouco tempo, levada a efeito por uma equipe de psicólogos da Universidade York, no Canadá, trouxe novas evidências à importância da leitura e do estudo para o aperfeiçoamento pessoal. Uma das consequências do hábito de ler e estudar é, de acordo com a conclusão da pesquisa, o retardamento dos efeitos do envelhecimento no cérebro, fato que confirma algo que especialistas da área médica vêm ensinando há algum tempo, ou seja, que exercitar a mente por meio da leitura ajuda a prevenir o mal de Alzheimer, uma doença degenerativa que atinge especialmente os idosos.

No meio espírita é conhecida a lição transmitida por Emmanuel na questão no 204 de sua obra “O Consolador”, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier: “O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita”. E ambas, observa o nobre instrutor, são imprescindíveis ao progresso, o que comprova, de forma inequívoca, a importância do estudo e da leitura no processo de crescimento da criatura humana em busca da perfeição possível.

Portal O Consolador, Editorial Ano 2 - N° 68 - 10 de agosto de 2008

terça-feira, 26 de novembro de 2019

O Primeiro Livro Espírita Brasileiro

O primeiro livro espírita brasileiro foi escrito em 1865 pelo Barão de Santo Ângelo, importante figura da época do império que participou da formação do Brasil do ponto de vista cultural. Tinha uma visão muito próxima as ideias de Kardec e viu no espiritismo uma proposta de autonomia e liberdade, já que ele tinha a visão de uma política liberal e de educação para todos. Saiba mais sobre esse tema tão importante para a doutrina no programa, Revolução Espírita, com a participação do escritor espírita, Paulo Henrique Figueiredo e apresentação de Cristina Sarraf.



domingo, 24 de novembro de 2019

Autores Espíritas da Atualidade


A Doutrina espírita conta atualmente com uma infinidade de autores renomados que através de suas obras, mediúnicas ou não, esclarecem, consolam e auxiliam a milhões de pessoas de variadas crenças e religiões ao redor do mundo. Esses são apenas alguns dos que fazem parte desse valoroso elenco.


Francisco Cândido Xavier - Autor de mais de quinhentos livros psicografados. Chico Xavier começou a receber mensagens em 1927. No ano seguinte descobriu qual seria sua missão. Dona Carmen Perácico (mãe) teve uma visão em janeiro: Uma chuva de livros caia sobre a cabeça do jovem “Eu não tinha qualquer pensamento a respeito do assunto e, não tenho tendo ouvido bem a palavra livros, protestei, alegando que não merecia, de modo algum, que os espíritos protetores me trouxessem lírios', disse Chico a Dona Carmen.

Esclarecido o equívoco, continuou sua tarefa. Em 1931, houve o seu primeiro encontro com o espírito Emmanuel, que já o orientava. Chico rezava às margens de um açude quando viu uma cruz muito bonita e seu protetor. Com o passar dos anos, este espírito estabeleceu uma parceria com Chico.

Em 1932, era lançado o primeiro livro recebido por Chico: Parnaso de além-túmulo', com poemas de 18 poetas mortos, em 400 páginas em estilo muito parecido com os dois grandes poetas como Olavo Bilac e Castro Alves.

Outro espírito, André Luiz, que havia sido um médico brasileiro, transmitiu a Chico uma série de obras. Num dos livros, descreve Nosso Lar, uma cidade do mundo dos espíritos.

A partir daí foram dezenas de outros escritos: mensagens, romances, releituras dos Evangelhos e estudos filosóficos e científicos que lhe seriam ditados por diversos espíritos-escritores.

Chico Xavier mudou-se para Uberaba em 1959, quando a fama de líder espiritual já se espalhava pelo País e exterior.

Chico Xavier faleceu aos 92 anos em Uberaba, Minas Gerais dia 30 de junho de 2002. Matéria extraída do jornal o Estado de São Paulo, em ocasião do falecimento do médium.

Divaldo Pereira Franco - Mais conhecido como Divaldo Franco ou simplesmente Divaldo (Feira de Santana, 5 de maio de 1927) é um professor, médium, filantropo e orador espírita brasileiro.

É tido como o maior divulgador da Doutrina Espírita na atualidade, com mais de cinquenta anos devotados à mediunidade e a caridade e mais de sessenta como um importante orador espírita. Dos seus noventa anos, setenta foram devotados à causa espírita e às crianças das periferias de Salvador, na Bahia. Para este último fim fundou, em 15 de agosto de 1952, junto a Nilson de Souza Pereira, a instituição de caridade Mansão do Caminho, que ajuda diariamente cerca de seis mil pessoas e abriga mais de três mil, centenas delas registradas como filhos do médium. Os direitos autorais de seus mais de 250 livros psicografados, que já venderam mais de oito milhões de exemplares, foram doados em cartório para esta e outras instituições filantrópicas.

Ainda que tenha uma alta produção e vendagem de livros psicografados, e realize um grande trabalho filantrópico, é como conferencista e missionário do Espiritismo no Brasil e no exterior que ele é mais conhecido. Representado como peregrino ou o "Paulo de Tarso do Espiritismo", Divaldo já percorreu mais de 50 países divulgando a doutrina em palestras de ampla publicidade.

Robson Pinheiro - Cresceu na região do vale do Rio Doce onde teve as suas primeiras experiências mediúnicas ainda na adolescência.

De formação protestante, veio a conhecer a Doutrina Espírita por orientação de companheiros espirituais, tendo ingressado no movimento espírita em 1978, no Grupo Espírita da Caridade, em Ipatinga.

Transferiu-se mais tarde para Belo Horizonte, em cuja região metropolitana teve oportunidade de contribuir para a constituição de diversas casas espíritas.

Fundou ainda a editora "Casa dos Espíritos", órgão independente da divulgação doutrinária e o "Núcleo de Expansão da Consciência", responsável pela divulgação da doutrina através de cursos, seminários, vídeos, jornais, livros, revistas e pela promoção de peças teatrais espíritas.

Atualmente atua na Sociedade Espírita Everilda Batista, que ajudou a fundar, e onde desenvolve atividades mediúnicas e sociais. É também idealizador, fundador e coordenador do Instituto Robson Pinheiro, da Unispiritus, da Clínica Holística Joseph Gleber e do Colegiado Guardiões da Humanidade.

José Carlos Leal - José Carlos Leal nasceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de fevereiro de 1940. Graduou-se pela Universidade Gama Filho e pós graduou-se, em nível de Mestrado, pela UFRJ. É livre docente em Teoria da Literatura pela Universidade Gama Filho. É autor de cerca de trinta livros, espíritas e não-espíritas. Suas últimas publicações são: Histórias das Ideias e dos Fenômenos Espíritas, Yung na Fronteira do Espírito e Qualidade de Vida e Espiritismo.

José Carlos De Lucca - É Juiz de Direito em São Paulo, desde o ano de 1989. Ainda pequeno sentiu profundo impulso para o estudo de temas ligados à espiritualidade, desenvolvendo seus potenciais no campo da mediunidade de consolo e esclarecimento.

Já realizou graciosamente mais de 3 Mil palestras focadas em motivação e desenvolvimento do potencial espiritual do ser humano, falando a um público estimado em 1 milhão de pessoas.

Seus livros já venderam mais de 1 milhão de exemplares.

Todos os direitos autorais de seus 21 livros publicados até o momento foram cedidos a entidades filantrópicas, cuja renda ajuda a manter mais de 100 mil pessoas necessitadas.

Fundou, juntamente com outros amigos, o Grupo Espírita Esperança (www.grupoesperanca.com.br), e juntos trabalham na divulgação e prática do Espiritismo, promovendo o potencial de luz de cada um de nós como a mais excelente terapia para os sofrimentos humanos.

Francisco do Espirito Santo Neto - Francisco do Espírito Santo Neto (Catanduva) é um médium espírita brasileiro. O seu "instrutor espiritual" é referido como Hammed.

É formado em Administração de Empresas, com formação completa em Programação Neurolingüística.

Há mais de 25 anos fundou a Sociedade Espírita Boa Nova. Ainda hoje, dirige todas as atividades que a integram como a Creche Boa Nova, que abriga 135 crianças, o Lar Esperança, que atende 12 senhoras carentes em regime de internato, o posto médico-odontológico, além de ações voltadas para o atendimento sociocultural e para grupo de mães e gestantes, bem como a Boa Nova - editora e distribuidora de livros espíritas.

Trabalha ativamente na divulgação do Espiritismo, não apenas através da escrita como também com a realização de palestras em todo o Brasil e também no exterior.

Os seus livros atingiram a margem de aproximadamente um milhão de exemplares vendidos - desde seu primeiro lançamento editorial, o livro Renovando Atitudes, publicado em 1997.

Djalma Motta Argollo - Nasceu na cidade do Salvador, Estado da Bahia. É Bacharel em Ciências Estatísticas. Tem curso de Analista em Processamento de Dados e Terapia Junguiana.
Atualmente, aposentado como Analista de Processamento de Dados pela PRODEB – Cia de Processamento de Dados do Estado da Bahia. Pós-graduando em Análise Junguiana.

É terapeuta Junguiano, exercendo esta atividade na Clínica Psiquê, em Salvador, BA. É espírita desde março de 1958, quando começou a frequentar a Juventude Espírita Manoel Miranda, da União Espírita da Bahia. Desde 1959 exerce atividades mediúnicas de psicofonia, vidência e inspiração.

Faz palestras, conferências e workshops pelo Brasil e agora também no exterior. Como espírita exerceu cargos de diretoria e presidiu: Juventude Manoel Miranda; SOCEBA – Sociedade de Estudos Espíritas; Grupo de Fraternidade Leopoldo Machado, Núcleo Espírita Sintonia, em Ilhéus - BA; co-fundador, com Bernardo Loureiro, do Centro Espírita Etiene Ferreira Rocha.

Como escritor, Djalma tem dezessete livros publicados – alguns com várias edições, inclusive duas traduções do grego, comentadas à luz da Doutrina Espírita: O Sermão do Monte e O Evangelho conforme Mateus. Esses livros, atualmente, estão doados ad perpetuum a instituições espíritas.

Seu mais recente livro, "Desenvolvimento Pessoal - Uma Proposta de Individuação"(Portuguese only) encontra-se à venda na Livraria GTB.
Todos os direitos autorais desse livro foram cedidos à AMAR.

Suely Caldas Schubert - Segundo testemunhos de Chico Xavier, Suely Caldas Schubert nascida no ano de 1939, Suely Caldas Schubert é natural de Carango La e residente em Juiz de Fora, Minas Gerais. É autora, médium e consagrada oradora. Dedica-se desde a sua juventude às atividades espíritas, especialmente no âmbito da mediunidade e na divulgação do espiritismo. Como escritora, teve seus livros lançados pela FEB:

“Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espírita” 1981, “Testemunhos de Chico Xavier”, 1986, “Entrevistando Allan Kardec”, 2004 e Dimensões Espirituais do Centro Espírita, 2006. Uma das fundadoras da Sociedade Espírita Joana de Angelis. Desde 1971, atua na Alian Autor de mais de 130 livros espíritas, Baccelli conviveu por anos com Chico Xavier e trabalhou ao seu lado na Comunhão Espírita Cristã, tendo ali iniciado seu trabalho de mediunidade de psicografia.

Herminio C Miranda - nasceu em 5 de janeiro de 1920, onde hoje é a cidade de Volta Redonda, RJ.

Em 1937, concluiu o curso ginasial em Barra Mansa, RJ. Em 1939, para cursar o colegial, ingressou no Colégio Franciscano Santo Inácio, em Baependi, MG, município vizinho a Caxambu. Começava ali seu carinho pela estância mineira.

Em 1947 formou-se em ciências contábeis pela Escola Técnica de Volta Redonda, onde passou a lecionar contabilidade bancária e comercial. Ingressou na Companhia Siderúrgica Nacional, CSN, em 1942, onde se aposentou no primeiro escalão em 1980, tendo servido no escritório de Nova Iorque, EUA, de 1950 a 1954.

Sua vasta produção literária inclui ainda obras que tratam do tempo, de regressão de memória, de autismo, de múltiplas personalidades, dos primórdios do cristianismo, todos assuntos que atiçaram sua inesgotável curiosidade.

Durante muitos anos colaborou com a revista Reformador, da FEB – Federação Espírita Brasileira, escrevendo a seção “Lendo e Comentando” e com artigos avulsos.


Adeilson Salles - É natural do Guarujá, litoral de São Paulo. É escritor, palestrante e poeta premiado pela Prefeitura Municipal do Guarujá.

Até o momento, tem 77 livros publicados para crianças, jovens e adultos. Desse número, a grande maioria é dedicada à literatura infantojuvenil. Alguns de seus títulos são paradidáticos e foram adotados em escolas públicas e particulares.

Sua obra, de cunho infantojuvenil, também foi adaptada para o teatro e traduzida para a língua inglesa. O êxito de seu trabalho se reflete na participação constante nas maiores bienais e feiras do livro do Brasil.

Atua como palestrante e contador de histórias em centros espíritas, escolas públicas e particulares, universidades e empresas.

André Trigueiro - André Trigueiro é jornalista com Pós-graduação em Gestão Ambiental pela COPPE/UFRJ onde leciona a disciplina “Geopolítica Ambiental”, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-Rio, autor dos livros “Cidades e Soluções – Como construir uma sociedade sustentável” (Ed. Leya, 2017); “Mundo Sustentável 2 – Novos Rumos para um Planeta em Crise” (Ed.Globo, 2012); “Mundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em transformação” (Ed.Globo, 2005), Coordenador editorial e um dos autores do livro “Meio Ambiente no século XXI” (Ed.Sextante, 2003), “Espiritismo e Ecologia” (Ed.FEB, 2009) e “Viver é a Melhor Opção – A prevenção do suicídio no Brasil e no Mundo” (Ed. Correio Fraterno, 2015), Conferencista espírita, realiza também palestras sobre sustentabilidade e outros temas.

De 1996 a 2012 atuou como repórter e apresentador do Jornal das Dez” da Globo News, canal de TV por assinatura onde também produziu, roteirizou e apresentou programas especiais ligados à temática socioambiental.

Martins Peralva - Como escritor e jornalista de rara competência, pertenceu à Associação Sergipana de Imprensa e integra o corpo associativo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e da Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas. Sempre colaborou em jornais e periódicos espíritas, escrevendo durante muitos anos artigos sobre Doutrina Espírita no principal jornal dos mineiros – o matutino O Estado de Minas. Atualmente, por efeito de pertinaz enfermidade, vive em sua residência sob cuidados médicos e o carinho dos familiares, afastado das lides doutrinárias em que despontou como lídimo expoente do Espiritismo, com seu exemplo de autêntico servidor de Jesus, em lições vivas de devotamento à causa Espírita.

Richard Simonetti - Richard Simonetti (Bauru, 10 de outubro de 1935 - Bauru, 3 de outubro de 2018) foi um escritor espírita brasileiro.

Simonetti foi bancário entre 1956 até 1986, quando se aposentou. Conciliou a profissão com as atividades no meio espírita, durante 36 anos. Foi presidente do Centro Espírita Amor e Caridade, de Bauru, entidade que realiza amplo trabalho de divulgação da Doutrina Espírita e exercício da filantropia, com cerca de 800 voluntários e atendimento anual de aproximadamente 25.000 pessoas carentes.

Entre 1964 e 1994 participou da União das Sociedades Espíritas de Bauru, articulando o movimento inicial de instalação dos Clubes do Livro Espírita, que prestam relevantes serviços de divulgação em dezenas de cidades. Foi colaborador assíduo de jornais e revistas espíritas, notadamente O Reformador, O Clarim e Folha Espírita. Percorreu todos os estados brasileiros e alguns países em palestras de divulgação da Doutrina Espírita. Escreveu 65 livros, e foi integrante da Academia Bauruense de Letras.

José Raul Teixeira - Nasceu em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. É Licenciado em Física pela Universidade Federal Fluminense, mestre em Educação pela mesma Universidade e Doutor em Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Exerce o cargo de professor na Universidade Federal Fluminense. Em sua terra natal, Niterói (RJ), junto de alguns companheiros, fundou, em 04 de setembro de 1980, a Sociedade Espírita Fraternidade (SEF), da qual é Diretor. Através do seu departamento social, Remanso Fraterno, a SEF desenvolve um trabalho de assistência a crianças socialmente carentes e a seus familiares, apoiando-as material e moralmente. Com seu verbo útil e lúcido, Raul Teixeira é um dos oradores mais requisitados no Brasil e no Exterior, já tendo visitado todos os estados do Brasil e 40 países levando a mensagem espírita. Psicografou diversas obras, ditadas por vários Espíritos, num total de 28 livros publicados até o momento. Desses livros, alguns já estão traduzidos para o espanhol, o inglês e o italiano, sendo todos os direitos autorais pertencentes ao Remanso Fraterno, para atendimento de seus serviços.

Referências:

Regina Braga – Era de Aquário
Wikypédia
Candeia Livraria e Dist. De Livros
http://jcdelucca.com.br/
KSSF
espiritismo.tv
Pozati.com
Correio Fraterno
Intelitera

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Autores Clássicos e Contemporâneos da Literatura Espírita

A palestrante Wilma Badan em uma conferência no Instituto Espírita de Educação apresenta os autores espíritas clássicos e algumas de suas obras, desde Kardec aos dias atuais.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Deolindo Amorim e a Literatura Espírita


A figura reconhecida de *Deolindo Amorim (1906 -1984) comparece nesta edição. Muito mais importante do que falar de Deolindo ou dos seus pontos de vista, é apresentar seus argumentos; vamos, pois, a eles.

Existe realmente uma literatura espírita?

A resposta não é tão simples como parece. Literatura, por extensão, é a produção intelectual de um povo. É, indiscriminadamente, tudo quanto se publica. Por isso mesmo, diz-se literatura médica, literatura científica, religiosa, folclórica etc. Literatura, na linguagem corrente, é um conceito global, envolve todas as manifestações da vida intelectual.

Mas no sentido específico, exige certos padrões, tem suas normas classificatórias. Segundo este critério, um tratado de Física, por exemplo, é uma produção intelectual de alto valor, mas não é uma obra literária. Pode acontecer, no entanto, que o cientista, com inclinação ou vocação para as letras, dê uma forma literária a seus trabalhos. Há poesia também na prosa. Poeta não é somente quem faz versos. Temos o caso de Léon Denis: sua obra tem muita poesia em prosa, mas não é fantasia. E Flammarion? Tratou de ciência, mas o fez de tal forma, que o chamam de "poeta dos astros". Especificamente, literatura pressupõe o romance, a poesia, o conto etc. Obra literária, portanto, é a que preenche uns tantos requisitos que possam caracterizá-la com tal.

Se assim é, podemos falar em literatura espírita...

Acho que sim. Digo acho, porque não me julgo credenciado para firmar opinião. A verdade é que temos romances, poemas, sonetos e muitas páginas verdadeiramente antológicas. E não é literatura? Temos também trabalhos críticos, embora poucos, relativamente. Aliás, há uma lacuna em nosso meio, em relação ao exercício da crítica. Se quisermos aplicar o critério da generalidade, tomando a palavra literatura na acepção indeterminada, ainda assim, é válida a assertiva de que existe realmente uma literatura espírita, pois a nossa bibliografia, nacional e estrangeira, é imensa. Temos obras de caráter científico, histórico, filosófico, literário. Tudo isto, em conjunto, é o que chamamos literatura espírita.

Mas não será necessário especificar, apesar disto?

De acordo. Deixando então de lado as obras que enveredam pelo campo científico, poderíamos indicar tranquilamente muitas outras obras espíritas com evidente teor literário. Através do romance, da poesia, da boa prosa, enfim, identificamos uma literatura espírita com características próprias.

E quanto às obras mediúnicas?

Seria objeto de um capítulo especial. A despeito da negação sistemática de alguns adversários do espiritismo, não se pode ignorar um fato notório: já nos veio do mundo espiritual, pela via mediúnica, um acervo apreciável de obras. Os poetas e romancistas do além estão aí, nas estantes espíritas. Já não é possível negar a existência de uma literatura espírita, pois as obras de conteúdo literário estão à vista de todos, embora os objetivos precípuos nem sempre possam coincidir com os objetivos da literatura comum.

E a respeito da crítica no meio espírita?

O assunto é muito sensível, tem sutilezas, mas não se pode tratar de literatura sem pensar na necessidade da crítica. É muito inconveniente, senão prejudicial à própria divulgação da doutrina. Aceita-se tudo, sem literatura meditada e sem crítica, apenas porque veio do Alto... O meio espírita precisa intensificar mais o hábito da leitura em profundidade. Quem não está bem informado ou quem está desatualizado culturalmente não tem condições de fazer crítica. Estou falando em crítica honesta e bem-intencionada, a crítica que não destrói, mas ajuda. Para isso, porém, é necessário melhorar a bagagem de cultura.

Há uma preferência muito acentuada pelas obras mediúnicas.

Não se pode censurar ninguém por causa disto. E quem é que não aprecia um livro suave, que conforta e reanima com ensinos claros, como tantos e tantos livros de nossa literatura mediúnica? Leio muitas obras de caráter mediúnico, faço as minhas anotações e tiro grande proveito espiritual. Há, entretanto, muito exagero a este respeito. Dá-se muito mais importância às obras ditadas do Alto do que ao trabalho daqueles que estudam, pesquisam e escrevem por amor à causa espírita. Há pessoas que 'devoram' logo, com toda a sofreguidão, qualquer mensagem que apareça, desde que venha do plano espiritual, mas nem sequer tomam conhecimento dos livros ou dos artigos que são lançados constantemente. É uma direção muito unilateral e, por isso mesmo, deforma a visão da literatura espírita, que não é apenas mediúnica, mas também humana.

(*)Deolindo Amorim foi um jornalista, sociólogo, publicitário, escritor e conferencista espírita brasileiro. Colaborou no Jornal do Comercio e em praticamente toda a imprensa espírita do país.

Entrevista sintetizada, publicada no Suplemento Literário do Correio Fraterno, edição n. 111, de março de 1980. Editor: Wilson Garcia.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A Grandeza da Literatura Espírita

A riqueza cultural e do acervo literário espírita é comentada pelo escritor, palestrante e articulista Orson Peter Carrara, no quadro Prossiga, da TV Mundo Maior.

sábado, 16 de novembro de 2019

Literatura Mediúnica e Literatura Espírita


Vamos considerar literatura mediúnica o conjunto de textos atribuído a espíritos desencarnados que se comunicaram através de um médium psicógrafo consciente ou inconsciente. A literatura que chamamos espírita é aquela, mediúnica ou não, que possui um compromisso claro com a divulgação dos fenômenos espíritas ou da Doutrina Codificada por Allan Kardec em seu tríplice aspecto: filosófico, científico e religioso.

Há uma vasta produção literária obtida através da escrita automática. Este material pode ser dividido em duas partes: os textos de autores espirituais anônimos e os que foram assinados por um escritor conhecido, mas desencarnado.

No primeiro caso, o escritor-médium escreve em estado de transe todo um romance e, ao final não reconhece o texto como seu. Este foi o caso da escritora americana Harriet Beecher Stowe ( 1811- 1896) que sustentava não se reconhecer como autora do belo romance A Cabana do Pai Tomás que teria sido escrito por um espírito que se serviu dela, mas não lhe revelou o nome, preferindo manter-se incógnito. Seria interessante lembrar aqui a importância deste romance para por fim à escravidão negra nos Estados Unidos.

Um segundo caso não menos interessante é o do escritor escocês Sir Walter Scott (1771-1832 ) que escreveu o seu belo romance Ivanhoé em estado de semiconsciência. Também ele não estava certo de ter sido o verdadeiro autor deste livro pois, depois de tê-lo escrito completamente, não se lembrava da maioria das passagens do romance que lhe pareceram estranhas.

Ivanhoé é um belo romance sobre a Idade Média que se tornou filme em 1952, tendo por atores principais Robert Taylor, Elizabeth Taylor e Joan Fontaine. A direção foi de Richard Thorpe.

O terceiro caso é o do poeta inglês William Blake ( 1757-1827) que ao prefaciar o seu poema épico intitulado Jerusalém escreveu revelando grande honestidade intelectual: “ Não posso me envaidecer de ser o autor desta obra na qual fui apenas secretário, os seus autores verdadeiros estão na Eternidade” e ajuntou: “Escrevi este poema sob pressão. Às vezes, escrevia vinte ou trinta versos sem premeditação e contra a minha vontade.”

É na expressão contra a minha vontade que está a informação de que se tratava de fato de uma obra mediúnica, uma vez que havia uma outra vontade que era superior à de quem escrevia.

Um outro livro que possui o status de obra mediúnica, ditada ou inspirada é As Dores de Werther, escrito pelo poeta alemão Johann Wolfgang Goethe ( 1749- 1832). Este livro teria sido criado em estado de transe ligeiro. Goethe teria confessado que havia escrito este livro quase que de modo inconsciente, como se estivesse em estado de sonambulismo e de ter se maravilhado com a sua leitura depois da obra pronta. Era como se estivesse lendo o livro pela primeira vez.

David Herbert Laurence ( 1885-1930), prolífico escritor inglês, nos conta que escreveu toda a sua obra em estado de inconsciência e o escritor John Gals Worrthy (1867-1906) em uma de suas conferências, revelou como escrevia seus livros: ” de repente, a minha pena se movia, por um impulso e, em outro segundo acontece um impulso maior; e, depois disto, a escrita fica fluente e eu escrevo por uma hora ou duas.”

Robert Louis Stevenson ( 1850-1894) autor do famoso romance o Médico e o Monstro sonhava regularmente no intervalo de suas escritas com a matéria que deveria escrever.

Houve também casos de obras literárias, filosóficas, cientificas e históricas, conseguidas mediunicamente por autores muito modestos intelectualmente. Algumas dessas obras não possuem grande valor e outras notáveis pelo estilo e pelo conteúdo. A mais antiga delas, senão a primeira intitula-se A Vida Terrestre de Nosso Senhor Jesus Cristo e de sua Bendita Mãe, escrita pela freira alemã Anna Catherine Emmerich, publicada em 1883.

Nos Estados Unidos, em 1852, surgiu uma obra chamada Peregrinação, escrita por Thomas Payne. Em 1854, veio à luz um outro livro que se intitulava Arcanos da Natureza, obra cientifica escrita por um simples agricultor com 17 anos chamado Hudson Tuttle. Este trabalho foi apreciado e valorizado por homens de ciência como Darwin e Büchner.

O interessante e inexplicável é o fato de que nos Arcanos, existem citações de obras cientificas estrangeiras, muitas delas raras que o autor não poderia conhecer em virtude de sua escassa bagagem cultural. Semelhante a esta obra é o livro de Andrews Jackson Davis, Princípio da Natureza, cujo médium era um jovem, à época, tão ignorante quanto Hudson Tuttle.

Mais tarde, Davis que possuía faculdade mediúnica de cura, formou-se em medicina para poder exercer a sua faculdade dentro da lei. Nos anos do século XX, a Senhora John H. Curran escreveu, sob o domínio de uma personalidade desencarnada que se identificou como Patient Worth, poemas, em inglês medieval de grande pureza, entre os quais se destaca o poema Telka.

Na França, por volta de 1850, uma adolescente de 14 anos por nome Hermance Dufeaux, escreveu dois livros chamados respectivamente: Joana D’Arc e As Confissões de Luiz XI, ditadas pelos próprios protagonistas. É interessante ressaltar que as particularidades históricas como datas e fatos principais estão exatas. Ainda em França, entre 1928 e 1931, foi publicada uma outra obra mediúnica intitulada As Cartas de Pedro com um profundo conteúdo moral.

Na Inglaterra, entre 1870 e 1880, o Reverendo William Stainton Moses publicou uma série de cartas mediúnicas que suscitaram grande interesse.

Em 1876, um homem inculto por nome David Duguid escreveu um romance que se chamou Hafed, O Príncipe Persa que foi recebido mediunicamente. Dois anos mais tarde, este mesmo médium lançou um outro livro cujo título era Hermes, O Discípulo de Jesus que estava recheado de informações históricas que, por certo, Duguid não conhecia.

Entre 1893 e 1897, o jornalista William T Stead, leva ao público em sua revista chamada Bordland, uma obra por nome As Cartas de Júlia, que teria sido ditada por sua colega Julia Ames que há pouco havia desencarnado. Estas cartas foram publicadas em um volume com o título de After Death ou Depois da Morte.

Entre 1918 e 1927, com grande ressonância, o arqueólogo Frederich Blegh Bond, publicou Contos de Glastonbury, que conta a história dessa famosa Abadia que serve de matéria para os contos a Lenda do Rei Arthur e a Demanda do Santo Graal. O livro teria sido ditado por monges do século XI e XIV entre os quais se encontra o monge Johannes Briyant que viveu em Glastonbury entre 1497 a 1534.

Em 1830, surgiram três livros de origem mediúnica escritas pelo médium Geraldine Cummings que possuíam os seguintes títulos: Os Escritos de Cleofas, Paulo de Atenas e os Grandes Dias de Éfeso. Estes livros teriam por finalidade contar a vida das primeiras comunidades cristãs.

Entre os livros escritos e assinados por autores desencarnados encontra-se o romance The Romance of Edwin Drood, publicado em 1874. O autor seria o célebre romancista inglês Charles Dickens e o médium um mecânico americano chamado R. P. James.

O texto foi examinado por diversos críticos literários que o consideram autêntico em razão de sua semelhança com o estilo de Dickens. Neste caso, aconteceu um fato digno de nota: um estudioso da obra de Dickens descobriu, entre as cartas do romancista, um capítulo inteiro destinado a ser incluído no romance mediúnico ao qual a narrativa de James não fazia a menor referência. Achou-se, então, estranho que o autor espiritual houvesse se esquecido deste capitulo, ao escrever a sua novela. De nosso ponto de vista, este fato não inviabiliza a origem mediúnica desta novela, ao contrário, a confirma.

José Carlos Leal

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Literatura Espírita e Saúde Mental

A influência da literatura espírita na saúde mental é o tema dessa palestra da Rede Amigo Espírita, transmitida ao vivo pela Web no Solar Eunice Weaver, na cidade de Birigui/SP. No evento, a conferencista Anete Guimarães fala sobre os benefícios da leitura espírita para a saúde mental, além de revelar técnicas que ajudam na prevenção e combate a patologias mentais mais comuns e incidentes nos dias atuais.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

A Importância do Livro Espírita


No dia 18 de abril de 1857, data histórica em que O livro dos espíritos foi colocado à venda em Paris, o Espiritismo foi inaugurado em grande estilo sob os auspícios da Literatura Espírita – criação luminescente do pensamento vivo dos Espíritos Superiores –, verdadeira revivescência do Evangelho de Jesus traduzida em sangue novo para o organismo mental do mundo.

A recém-nascida Literatura Espiritista do século 19, que foi complementada ao longo de onze décadas, não ficou à margem das dificuldades vividas por Allan Kardec na preparação e no lançamento das cinco obras fundamentais da Filosofia Espírita: O livro dos espíritos; O livro dos médiuns; O evangelho segundo o espiritismo; O céu e o inferno; e A Gênese.

É notável observarmos o cuidado dos Espíritos em orientar o Mestre quanto às limitações a que estava submetido. Literalmente, Kardec encontrou-se na dependência de editores e livreiros (católicos) estranhos às minúcias doutrinárias, já que aquela época não era o momento para que a Doutrina dos Espíritos dispusesse de editora e gráfica próprias, que fossem independentes de quaisquer interesses alheios ao ideal espiritista.

Para o Mestre, nenhum ensinamento espírita podia ser distorcido por caprichos, seja por um deslize de revisão literária ou mesmo um descuido de impressão. Tudo precisou ser visto e revisto, já que os muitos detratores do Espiritismo estavam de olho em cada detalhe.

Leitura crítica, discernimento e coerência literária nunca faltaram ao Mestre – o “bom senso encarnado” –, como dirá Camille Flammarion. Tudo que se lê de Kardec está expressamente fundamentado pela lógica e razão nos ensinamentos dos Espíritos. E essas qualidades literárias deverão resplandecer como um carimbo de luz em nossos Livros Espíritas!

A divulgação espírita é tarefa nossa!


Amélie-Gabrielle Boudet, a esposa de Allan Kardec, fez tudo que esteve ao seu alcance, principalmente após o desencarne do marido, para que as obras kardecistas que ela herdou não ficassem distantes da realidade econômica de sua época. Assim, a empreendedora Amélie fundou, entre 1869 e 1873, duas Anônimas Sociedades para a continuação das obras espíritas de Allan Kardec, com o objetivo de assegurar a justa comercialização e distribuição das obras espiritistas em todo o mundo.

Madame Kardec lutou para que a produção editorial espírita estivesse sempre atualizada e norteada por valores coerentes, onde pessoas de qualquer classe social pudessem adquirir os livros kardecistas a preços módicos, porém, longe de barganhas, apelações comerciais ou mesmo publicidades abusivas.

Naquela época, os Espíritos já advertiam o casal Kardec que a Literatura Espírita que se tornaria autossustentável naturalmente, sem que ninguém precisasse “vendar a alma” para o competitivo mercado editorial capitalista. Embora hoje ainda estejamos longe desse ideal, já compreendemos há tempos que uma boa leitura espírita é capaz de iluminar as nossas almas, ao mesmo tempo em que um bom livro espírita é capaz de nos afastar dos erros. Como diz Emmanuel, no livro Doutrina e Vida, psicografia de Chico Xavier: “O livro nobre livra da ignorância, mas o livro espírita livra da ignorância e livra do mal.”

O Livro Espírita de qualidade


Passados mais de 145 anos do lançamento de O livro dos espíritos, os nossos Livros Espíritas contemporâneos transitam pelos incríveis avanços tecnológicos das plataformas multimídias que viabilizaram os suportes virtuais, como é o caso do autêntico livro eletrônico que, indiscutivelmente, veio para ficar.

É fato também que o Livro Espírita da atualidade, seja ele impresso ou na versão digital, se dissemina muito mais rápido que o da época de Kardec. Todavia, segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vivemos “tempos líquidos”, onde “nada é para durar”, sendo que a rapidez desse “leva e traz” nos facilita o acesso à literatura banal – a do fast-food. Então, todo cuidado é pouco..

Inegavelmente nos encontramos incorporados nos aparelhos eletrônicos, como os iPhones, os tablets, os notebooks, e muitos espiritistas estão trocando o livro impresso pelo digital à leitura direta na tela de cristal líquido. Comportamento passageiro? Modismo? Realidade?

Independente do suporte ou do hábito adotado hoje ou no futuro, o importante é o foco na leitura espírita de qualidade. Acreditamos que o leitor simpatizante do gênero literário espiritista deve sempre manter aquele mesmo bom senso de Allan Kardec com suas pesquisas: atenção redobrada e seleção criteriosa ao que se lê.

Literatura Espírita, genuinamente Espírita!


Francisco Cândido Xavier já havia dito que “o livro espírita é sempre um amigo disponível para dialogar conosco, ensinando-nos o melhor caminho para a aquisição da paz e da felicidade que aspiramos a encontrar”. Assim, que a nossa Literatura Espírita (centenária) continue sendo a “amiga disponível para dialogar conosco”; que nos mostre sempre o caminho de sua leitura na Arte, que deve ser o do “belo criando o bom”, já que “o trabalho artístico que trai a natureza nega a si próprio” (André Luiz), longe das enganações editoriais da “literatagem” dos “literateiros” – esses que, infelizmente, se passam por “autores espíritas” na atualidade.

É fato: o futuro da Literatura Espiritista está nas mãos do leitor! Nós, os leitores espíritas! Dessa forma, primemos pela qualidade desse bem cultural divino. E quando refletirmos sobre o valor do LIVRO nos líquidos dias atuais, especialmente como veículo de luz à divulgação dos ensinamentos do Cristo, lembremo-nos do que disse o célebre Espírito Irmão X, pela psicografia de Chico Xavier:

— Os elevados colaboradores do Embaixador Sublime examinaram o assunto, por muitos e muitos anos e, depois de longas marchas e contramarchas, assentaram entre si que o monumento capaz de conservar as lições do Divino Mestre, ao dispor de todas as criaturas e ao alcance de todas as inteligências, era precisamente o LIVRO, o único instrumento apto a preservar os tesouros do espírito, acima dos séculos, na moradia dos homens!..

E é por isso que fundamentalmente ao livro, essa bênção, é que devemos na Terra, até hoje a presença imarcescível do Cristo, orientando o caminho das nações, em perenidade de amor e luz.

Fonte: Viva Luz Editora

domingo, 10 de novembro de 2019

A Literatura Espírita no Programa Visão Espírita

A literatura espírita comentada e explicada no programa “Visão Espírita”, com a participação da professora e escritora Leda Marques Bighetti e José Antônio Luiz Balieiro, presidente da USE/RP, União das Sociedades Espíritas de Ribeirão Preto.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Autores Espíritas Clássicos

Alguns dos grandes autores da literatura espírita clássica:

Allan Kardec ( O Codificador) -Nascido em Lião, a 3 de outubro de 1804, Hippolyte Léon Denizard Rivail, ou simplesmente Allan Kardec, foi o codificador da Doutrina Espírita. Poucas pessoas conhecem a proposta filosófica do Espiritismo, permanecendo a maioria na superficialidade, não usufruindo da sabedoria que os espíritos superiores passaram a Allan Kardec. A verdadeira fonte das verdades espíritas está na Codificação de Allan Kardec. As cinco obras fundamentais que versam sobre o Espiritismo, sob o pseudônimo Allan Kardec são: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese.


Léon Denis- nasceu em Foug, a 1 de janeiro de 1846 e desencarnou em Tours, em 12 de Março de 1927. Foi um filósofo espírita e um dos principais continuadores do espiritismo após a morte de Allan Kardec, ao lado de Gabriel Delanne e Camille Flammarion. Dentre suas obras, destacam-se: Cristianismo e Espiritismo, Depois da Morte, Espíritos e Médiuns, Joana D'Arc, Médium, No Invisível, O Além e a Sobrevivência do Ser, O Espiritismo e o Clero Católico, O Espiritismo na Arte, O Gênio Céltico e o Mundo Invisível, O Grande Enigma, O Mundo Invisível e a Guerra, O Porquê da Vida, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, O Progresso, Provas Experimentais da Sobrevivência, Socialismo e Espiritismo.


Gabriel Delanne (Paris, França, 23 de Março de 1857 - 15 de Fevereiro de 1926), foi um espírita francês e importante defensor da cientificidade do Espiritismo durante a transição do século XIX para o século XX, particularmente após o falecimento de Allan Kardec. O seu pai era espírita e amigo íntimo de Allan Kardec, e a sua mãe, médium, colaborou na Codificação. Graduou-se em Engenharia. Fundou a União Espírita Francesa, em 1882, e o jornal Le Spiritisme no mesmo ano. Ao lado do filósofo Léon Denis, foi um importante divulgador das ideias espíritas nessa época. Fez conferência por toda a Europa, incluindo a abertura do "I Congresso Espírita e Espiritualista" que ocorreu em 1890. Compreendendo que o perispírito estava no centro dos fenômenos espíritas, procurou distinguir mediunismo de animismo. Auxiliou Charles Robert Richet, criador da metapsíquica, em suas pesquisas com a médium Marthe Béraud. Já em 1896 fundou a Revista Científica e Moral do Espiritismo, que por muitos anos levou a público artigos científicos e filosóficos sobre a temática espírita. são suas obras: Le Spiritisme devant la Science (O Espiritismo perante a Ciência) 1885, Le Phénomène Spirite (O Fenômeno Espírita) 1893, L’Évolution Animique (A Evolução Anímica) 1895; L’Âme est Immortelle (A Alma é Imortal) 1897; Recherches sur la Médiumnité 1898; Comptu Rendu du Congrès Spirite et Spiritualiste Internacional 1900; Societé Française d'Étude des Phénomènes Psychiques- 1902; Les Apparitions Matérialisés des Vivants et des Mort, tome I, 1909; Les Apparitions Matérialisés des Vivants et des Mort, tome II, 1911; Documents pour servir à l´étude de la Réincarnation (A Reencarnação), 1927.


Nicolas Camille Flammarion- mais conhecido como Camille Flammarion (Montigny-le-Roi, 26 de fevereiro de 1842 — Juvisy-sur-Orge, 3 de junho de 1925), foi um astrônomo francês. Seu irmão Ernest Flammarion foi o fundador das Edições Flammarion. Foi amigo de Allan Kardec, o codificador do Espiritismo. Ao pé do túmulo deste fez um discurso em sua homenagem afirmando que o mesmo era "o bom senso encarnado". A íntegra desse discurso consta do início de Obras Póstumas, em edição da Federação Espírita Brasileira. Suas obras são: La pluralité des mondes habités (A Pluralidade dos Mundos Habitados), 1862; Les Mondes imaginaires et les mondes réels (Os Mundos Imaginários e os Mundos Reais), 1864; Les mondes célestes (Os Mundos Celestes), 1865; Études et lectures sur l'astronomie (Estudos e Palestras sobre a Astronomia), em 9 volumes, 1866-1880; Dieu dans la nature (Deus na Natureza), 1866; Contemplations scientifiques (Contemplações Cientificas), 1870-1887, 2 séries; Voyages aériens (Viagens Aéreas), 1870; L'Atmosphère (A Atmosfera), 1871; Récits de l'infini (Narrações do Infinito), 1872; Histoire du ciel (História do Céu), 1872; Récits de l'infini, Lumen, histoire d'une comète (Narrações do Infinito, Lúmen, História de um Cometa), 1872; Dans l'infini (No Infinito), 1872; Vie de Copernic (Vida de Copérnico), 1873; Les Terres du ciel (As Terras do Céu), 1877; Atlas céleste (Atlas Celeste), 1877; Cartes de la Lune et de la planète Mars (Mapas da Lua e do Planeta Marte), 1878; Catalogue des étoiles doubles en mouvement (Catálogo das Estrelas Duplas em Movimento), 1878; Astronomie sidérale (Astronomia Sideral), 1879; Astronomie populaire (Astronomia Popular), 1880, recebeu por esta obra o prêmio Montyon, da Academia Francesa; Les étoiles et les curiosités du ciel (As Estrelas e as Curiosidades do Céu), 1881; Le Monde avant la création de l'homme. (O Mundo Antes da Criação do Homem), 1886; Dans le ciel et sur la Terre (No Céu e Sobre a Terra), 1886; Les Comètes, les étoiles et les planètes (Os Cometas, as Estrelas e os Planetas), 1886; Uranie (Urânia), 1889; Centralisation et discussion de toutes les observations faites sur Mars (Centralização e Discussão de Todas as Observações Feitas sobre Marte), em 2 volumes, 1892-1902; La fin du monde (O Fim do Mundo), 1894; Les Imperfections du calendrier (As Imperfeições do Calendário), 1901; Les Phénomènes de la foudre (Os Fenômenos do Raio), 1905; L'Atmosphère et les grands phénomènes de la nature (A Atmosfera e os Grandes Fenômenos da Natureza), 1905; Les forces naturelles inconnues, 1907; L'Inconnu et les problèmes psychiques (O Desconhecido e os Fenômenos Psíquicos), 1917; La Mort et son mystère (A Morte e o Seu Mistério ), 1917; Les Maisons Hantées (As Casas Mal Assombradas), 1923.


Ernesto Bozzano- Nasceu em 9/01/1862, em Gênova, Itália e desencarnou em 24/06/1943, na mesma localidade. Professor da Universidade de Turim. Foi um dos mais eruditos sábios dos últimos tempos e dado o seu inusitado interesse pelo estudo do Espiritismo em cujo afã dedicou metade de sua profícua existência de 81 anos e merece o cognome de "O Grande Mestre Ciência da Alma". Este grande Gigante do Espiritismo se aprofundou na Codificação Kardequiana trazendo um grande avanço no conhecimento da vida espiritual. Ernesto Bozzano expôs, em uma centena de monografias, com cada tipo específico de fenômeno mediúnico, defendendo sempre a teoria espírita como a mais simples e natural explicação dos fenômenos. Atualmente as obras deste autor são pouco lidas, como se ele virasse uma coisa do passado é atualmente em nosso época são valorizados obras de autores de pouca expressão e que tem somente por finalidade comercial. São obras suas: Hipótese espírita e teoria científica, 1903; Dos casos de identificação espírita, 1909; Em defesa do Espiritismo, 1927; A Crise da Morte, 1930-52; Investigação sobre as manifestações supranormais, 1931-40; Xenoglossia, 1933; Dos fenômenos de bilocação, 1934; Dos fenômenos de possessão, 1936; Animismo ou espiritismo?, 1938; Povos primitivos e manifestações paranormais, 1941-46; Dos fenômenos de telestesia, 1942; Música transcendental, 1943; De mente a mente, 1946; Os mortos voltam, 1947; Literatura de além-túmulo, 1947; As visões dos moribundos, 1947; Luzes no futuro, 1947; Guerra e profecias, 1948; A psique domina a matéria, 1948; Os animais têm alma?, 1950; Pensamento e vontade, 1967; Os fenômenos de transfiguração, 1967. Dentre suas obras, algumas são póstumas.


José Herculano Pires, nasceu na cidade de Avaré, no Estado de São Paulo a 25/09/1914, e desencarnou nesta capital em 09/03/1979. Autor de 81 livros de Filosofia, Ensaios, Histórias, Psicologia, Pedagogia, Parapsicologia, Romances e Espiritismo, vários em parceria com Chico Xavier, sendo a maioria inteiramente dedicada ao estudo e divulgação da Doutrina Espírita. Destacou-se como um dos mais ativos e consistentes continuadores do Espiritismo no Brasil, traduzindo Os Escritos de Allan Kardec e escrevendo tanto estudos filosóficos quanto obras literárias inspirados na Doutrina Espírita. A maior característica do conjunto de suas obras é a luta por demonstrar a consistência do pensamento Espírita e por defender a valorização dos aspectos crítico e investigativo da proposta sistematizada por Allan Kardec. Em seus ensaios nota-se a preocupação em combater interpretações e traduções deturpadas das obras de Allan Kardec, inclusive aquelas que surgiram no seio do Movimento Espírita Brasileiro ao longo do século XX.


Cairbar de Souza Schutel- foi um dos maiores vultos do Espiritismo brasileiro. Encarnado em 22 de Setembro de 1868 na cidade do Rio de Janeiro, filho do negociante Anthero de Souza Schutel e de D. Rita Tavares Schutel, e desencarnado na cidade de Matão, Estado de São Paulo, no dia 30 de Janeiro de 1938, tornou-se incansável propagador da Doutrina Espírita, conseguindo realizar uma obra das mais admiráveis, revelando uma operosidade sem par e uma fé inquebrantável nos ideais reencarnacionistas.


Fontes: Wikipédia e Autores Espíritas Clássicos.
^