domingo, 1 de fevereiro de 2009

Sempre Lembrados: "Camille Flammarion"



Nicolas Camille Flammarion nasceu na cidade de Montigny-le-Roi, França aos 26 de fevereiro de 1842 e desencarnou em Juvissy, França aos 4 de junho de 1925.

Camille Flammarion, como era conhecido, foi um astrônomo do século XIX e suas obras, que foram escritas a partir 1862 quando então trabalhava no observatório de Paris sob orientação de Leverrier tiveram grande contribuição para a ciência e a doutrina espírita. Demonstrou desde muito cedo sinais de prodígio, fato muito comum aos espíritos missionários: aos quatro anos de idade ele já sabia ler e escrever, aos cinco já dominava os princípios de gramática e aritmética e tornou-se o primeiro aluno da escola em que estudava.

Com o intuito de seguir carreira religiosa puseram-no a aprender latim com um vigário, onde ele conheceu a oratória e o Novo Testamento e nesse ambiente também aprendeu com o padre Mirbel a beleza da ciência e Astronomia. Em suas aulas de religião aprendeu sobre a importância da “salvação da alma” e seus mestres ensinavam que de nada valia se conquistar o universo perdendo-se a alma.

Teve junto a sua família uma vida muito dura, seu pai entregou todos os seus bens aos credores passando a viver com poucos recursos. Trabalhou como aprendiz de gravador e com todas as dificuldades dedicou-se com afinco aos seus estudos, principalmente a matemática, a língua inglesa e ao latim, pois queria obter o bacharelado. Aos 16 anos tornou-se presidente da Academia e nessa época escreveu a obra “Cosmogonia Universal”.

Seus livros eram publicados com a ajuda de seu irmão, grande amigo que se tornou o seu livreiro. Numa missa dominical, teve um súbito e providencial mal-estar e foi visitado pelo doutor Edouvard Fornié, que encontrou na cabeceira de seu leito um manuscrito do livro “Cosmologia Universal” e após ver a obra impressionou-se o colocando como aluno no Observatório de Paris, do qual era diretor Leverrier. Lá sofreu muito com as impertinências e perseguições desse diretor que não admitia um jovem acompanhá-lo com tanta sapiência aos estudos de ordem transcendental.

Deixou o Observatório no ano de 1862, nesse mesmo ano publicou a obra “Pluralidade dos Mundos Habitados”, atraindo a atenção do mundo científico. Publicou no ano de 1870 um tratado sobre a rotação dos corpos celestes, onde defendeu que o movimento dos planetas era uma aplicação da gravidade às suas densidades respectivas. Recebeu da Academia Francesa, em 1880, pela obra “Astronomia Popular” o prêmio Montyon.

Tornou-se espírita e grande amigo de Allan Kardec, foi o orador que proferiu as últimas palavras à beira do túmulo do codificador do Espiritismo, denominando-o em seu discurso como “o bom senso encarnado”.

Suas obras giram em torno do postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados e são elas: "Os Mundos Imaginários e os Mundos Reais", "As Maravilhas Celestes", "Deus na Natureza", "Contemplações Científicas", "Estudos e Leitura sobre Astronomia", "Atmosfera", "Astronomia Popular", "Descrição Geral do Céu", "O Mundo antes da Criação do Homem", "Os Cometas", "As Casas Mal- Assombradas", "Narrações do Infinito", "Sonhos Estelares", "Urânia", "Estela", "O Desconhecido", "A Morte e seus Mistérios", "Problemas Psíquicos", "O Fim do Mundo" e outras.

Camille foi um dos baluartes da doutrina espírita, tendo sido constatado em uma certa ocasião, através do médium Chico Xavier, que o mesmo fora reencarnação do astrônomo Galileu Galilei.


Carlos Pereira

Fontes Pesquisa: www.espiritismogi.com.br e Wikipédia

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