terça-feira, 28 de setembro de 2010

Higiene do Coração


“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.”
(Mateus, V, 8.)



Há corações limpos e há corações sujos. Para aqueles reservou o Senhor a visão de Deus.

E assim como há necessidade da higiene do corpo, para que o corpo funcione regularmente, com mais forte razão faz-se preciso higiene do coração, para que o Espírito ande bem.

É preciso limpar o coração para se ver a Deus. Ninguém há de coração sujo que tenha olhos abertos para o Supremo Artífice de Todas as Coisas.

“A boca fala do que o coração está cheio; do interior procedem as más ações, os maus pensamentos.”

Coração sujo, homem sujo; coração limpo, alma límpida, apta para ver Deus.

Faz-se mister limpar o coração. Mas, de que forma começar esse asseio?

É preciso que nos conheçamos primeiramente; é preciso conhecermos o coração.

“Nosce te ipsum”, conhece-te a ti mesmo!

Saber quem somos e os deveres que nos cumpre desempenhar; interrogar cotidianamente a nossa consciência; exercitar um culto estritamente interno, tal é o início dessa tarefa grandiosa para a qual fomos chamados à Terra.

A limpeza de coração substitui o culto externo pelo interno. As genuflexões, as adorações pagãs, as preces, cantadas e mastigadas, nenhum efeito têm diante de Deus.

O que o Senhor quer é a limpeza, a higiene do coração.

Fazer culto exterior sem o interior é o mesmo que caiar sepulcros que guardam podridões!

Limpar o coração é renunciar ao orgulho e egoísmo com toda a sua prole malfazeja! É pensar, estudar, compreender; é crer no Amado Filho de Deus pelos seus ditames redentores!

É ser bom, indulgente, caridoso, humilde, paciente, progressista; é, finalmente, renunciar ao mal para abraçar o bem; deixar a aparência pela realidade; preferir o Reino dos Céus ao Reino do Mundo, pois só dentro do Supremo Reinado poderemos ver Deus!


Cairbar Schutel


Do livro Parábolas e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel

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