No Outro Mundo, como neste, existem planos de existência, mundos superpostos, uns acima dos outros, constituindo uma espécie de escada de perfeição.
Na Terra, é, também, assim: existe o lugar para o camponês iletrado e para o homem de Ciência. Os índios e selvícolas não poderiam viver em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Tudo no Outro Mundo obedece a uma ordem espiritual bem determinada, sem privilégios, nem exclusões.
Desde o primeiro passo, logo a começar da superfície da Terra, até o último, conta-se grande variedade de planos de Vida, ou sejam, Mundos Espirituais, para usar de uma linguagem mais aproximada à compreensão, porque não existe expressão nos vocabulários comuns para caracterizar a natureza desses mundos, que chamaremos semi-materiais ou fluídicos. Provavelmente, esses planos é que foram simbolizados, na visão de Jacó, por uma escada com inumeráveis degraus que, apoiados na Terra, chegavam ao Céu.
Não pode ser de outro modo. A lei do progresso rege de modo perfeito a evolução anímica.
Os Espíritos, revestidos de seu corpo perispiritual, não podem viver num meio que não esteja de acordo com sua vestimenta espiritual, e esta vibra sempre ao ritmo da elevação de cada um, em sabedoria e moralidade.
Uma região isenta, por exemplo, de oxigênio, seria hostil a Espíritos que ainda precisam de oxigênio para viver. Uma região em que não predomina o carbono não poderia ser habitada por Espíritos que necessitam, pela sua condição ainda de inferioridade, de carbono para a manutenção do seu corpo perispiritual.
O indivíduo sentir-se-ia desequilibrado, e a sua condição média tornar-se-ia infeliz, sofredora, insuportável se assim não fosse. Tudo obedece a uma ordem e harmonia admiráveis na criação. Daí a necessidade desses diversos planos, como garantia de vida aos que fazem a sua evolução para um estado melhor.
Os antigos tinham noções destes princípios e acreditavam na existência de muitos céus superpostos, que se compunham de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro.
Esta teogonia fez, dessa escala de céus diversos graus de bem-aventurança: o último deles era o abrigo da suprema felicidade.
A opinião comum era a de que havia sete céus; em cada um deles, em sentido ascendente; aumentava a felicidade dos crentes. Os muçulmanos admitem nove céus. O astrônomo Ptolomeu contava onze, e denominava o último Empíreo, por causa da luz brilhante que ali reinava. A teologia católica admite três céus: o primeiro da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros; e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habitação dos que O contemplam face a face. É conforme esta crença que o Apóstolo Paulo diz que foi arrebatado até o "terceiro céu".
Enfim, é crença unânime que, sob uma ou outra denominação, essas esferas superpostas constituem a habitação das almas, o Mundo Espiritual.
Na verdade, seria ilógico e verdadeiro contra-senso julgarmos um vácuo a atmosfera que nos rodeia, o nada dos ignorantes de então. A constituição física e química da atmosfera era ignorada dos povos passados. Ainda na Idade Média não se tinha do estado gasoso da matéria senão noções rudimentares. Sobre a vida, mesmo, só se sabia que ela se extinguia por falta de ar; mas não se conhecia o mecanismo da combustão e da respiração.
Foi o gênio ilustre de Lavoisier que deu os primeiros passos para a descoberta dos elementos contidos no ar que respiramos. Foi tão grande a descoberta desse insigne francês, e tão iluminado era o famoso químico, que, em 8 de março de 1794, quando sua cabeça rolou sobre o patíbulo, o ilustre matemático Lagrange, disse: "Cem anos não serão bastantes para produzir outra cabeça semelhante".
Hoje podemos afirmar muito mais que Lavoisier; sabemos que tudo o que existe no nosso corpo, existe na atmosfera, no ar que respiramos: azoto, oxigênio, hidrogênio, carbono, cujas combinações formam a cal, a soda, o fósforo, os ácidos, o enxofre, o flúor, o silício, o magnésio, o lítio, o ferro, o manganês, o cobre, o chumbo, etc.
Sabemos mais que em nossa atmosfera vivem inúmeros micróbios, flutuam ovos de infusórios, partículas de algodão, de farinha, de penas, matérias que se evolam das fábricas, que saem da combustão, do enxofre e outros sais, etc. Só nas costa da Bretanha e da Normandia calcula-se que um hectare de terreno não recebe menos, anualmente, de 147 quilogramas de matérias sólidas; das quais 37 quilogramas são de sal marinho.
Não é preciso estendermo-nos em considerações para provar que o ar é alguma coisa, contém muita coisa; não é o vazio que se apresenta aos nossos olhares acanhados.
O Espiritismo, penetrando fundamente na Ciência, abre brechas ao pensamento, e dá, ao mesmo tempo, razão à crença cega dos povos antigos, que, em sua concepção infantil, proclamavam os céus sobrepostos, cada qual mais adiantado, crença essa que se confirma agora com dados científicos e as revelações de caráter coletivo que estão sendo feitos e verificados em todos os pontos do globo.
Não há dúvida; existem planos de existência, de vida em mundos superpostos, uns acima doutros, constituindo, no seu conjunto, uma espécie de escada de perfeição.
Na Terra, é, também, assim: existe o lugar para o camponês iletrado e para o homem de Ciência. Os índios e selvícolas não poderiam viver em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Tudo no Outro Mundo obedece a uma ordem espiritual bem determinada, sem privilégios, nem exclusões.
Desde o primeiro passo, logo a começar da superfície da Terra, até o último, conta-se grande variedade de planos de Vida, ou sejam, Mundos Espirituais, para usar de uma linguagem mais aproximada à compreensão, porque não existe expressão nos vocabulários comuns para caracterizar a natureza desses mundos, que chamaremos semi-materiais ou fluídicos. Provavelmente, esses planos é que foram simbolizados, na visão de Jacó, por uma escada com inumeráveis degraus que, apoiados na Terra, chegavam ao Céu.
Não pode ser de outro modo. A lei do progresso rege de modo perfeito a evolução anímica.
Os Espíritos, revestidos de seu corpo perispiritual, não podem viver num meio que não esteja de acordo com sua vestimenta espiritual, e esta vibra sempre ao ritmo da elevação de cada um, em sabedoria e moralidade.
Uma região isenta, por exemplo, de oxigênio, seria hostil a Espíritos que ainda precisam de oxigênio para viver. Uma região em que não predomina o carbono não poderia ser habitada por Espíritos que necessitam, pela sua condição ainda de inferioridade, de carbono para a manutenção do seu corpo perispiritual.
O indivíduo sentir-se-ia desequilibrado, e a sua condição média tornar-se-ia infeliz, sofredora, insuportável se assim não fosse. Tudo obedece a uma ordem e harmonia admiráveis na criação. Daí a necessidade desses diversos planos, como garantia de vida aos que fazem a sua evolução para um estado melhor.
Os antigos tinham noções destes princípios e acreditavam na existência de muitos céus superpostos, que se compunham de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro.
Esta teogonia fez, dessa escala de céus diversos graus de bem-aventurança: o último deles era o abrigo da suprema felicidade.
A opinião comum era a de que havia sete céus; em cada um deles, em sentido ascendente; aumentava a felicidade dos crentes. Os muçulmanos admitem nove céus. O astrônomo Ptolomeu contava onze, e denominava o último Empíreo, por causa da luz brilhante que ali reinava. A teologia católica admite três céus: o primeiro da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros; e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habitação dos que O contemplam face a face. É conforme esta crença que o Apóstolo Paulo diz que foi arrebatado até o "terceiro céu".
Enfim, é crença unânime que, sob uma ou outra denominação, essas esferas superpostas constituem a habitação das almas, o Mundo Espiritual.
Na verdade, seria ilógico e verdadeiro contra-senso julgarmos um vácuo a atmosfera que nos rodeia, o nada dos ignorantes de então. A constituição física e química da atmosfera era ignorada dos povos passados. Ainda na Idade Média não se tinha do estado gasoso da matéria senão noções rudimentares. Sobre a vida, mesmo, só se sabia que ela se extinguia por falta de ar; mas não se conhecia o mecanismo da combustão e da respiração.
Foi o gênio ilustre de Lavoisier que deu os primeiros passos para a descoberta dos elementos contidos no ar que respiramos. Foi tão grande a descoberta desse insigne francês, e tão iluminado era o famoso químico, que, em 8 de março de 1794, quando sua cabeça rolou sobre o patíbulo, o ilustre matemático Lagrange, disse: "Cem anos não serão bastantes para produzir outra cabeça semelhante".
Hoje podemos afirmar muito mais que Lavoisier; sabemos que tudo o que existe no nosso corpo, existe na atmosfera, no ar que respiramos: azoto, oxigênio, hidrogênio, carbono, cujas combinações formam a cal, a soda, o fósforo, os ácidos, o enxofre, o flúor, o silício, o magnésio, o lítio, o ferro, o manganês, o cobre, o chumbo, etc.
Sabemos mais que em nossa atmosfera vivem inúmeros micróbios, flutuam ovos de infusórios, partículas de algodão, de farinha, de penas, matérias que se evolam das fábricas, que saem da combustão, do enxofre e outros sais, etc. Só nas costa da Bretanha e da Normandia calcula-se que um hectare de terreno não recebe menos, anualmente, de 147 quilogramas de matérias sólidas; das quais 37 quilogramas são de sal marinho.
Não é preciso estendermo-nos em considerações para provar que o ar é alguma coisa, contém muita coisa; não é o vazio que se apresenta aos nossos olhares acanhados.
O Espiritismo, penetrando fundamente na Ciência, abre brechas ao pensamento, e dá, ao mesmo tempo, razão à crença cega dos povos antigos, que, em sua concepção infantil, proclamavam os céus sobrepostos, cada qual mais adiantado, crença essa que se confirma agora com dados científicos e as revelações de caráter coletivo que estão sendo feitos e verificados em todos os pontos do globo.
Não há dúvida; existem planos de existência, de vida em mundos superpostos, uns acima doutros, constituindo, no seu conjunto, uma espécie de escada de perfeição.
Cairbar Schutel
Do livro “A Vida no outro Mundo”, de Cairbar Schutel
Imagem: Nosso Lar, o Filme
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