Pensamentos extraídos das obras do médium, escritor e filósofo italiano, Pietro Ubaldi:
"A Bíblia é o mais vasto documento de recepção noúrica mundial, atingindo as mais elevadas fontes. O povo hebreu nos dá o exemplo de um fenômeno inspirativo gigantesco, prolongando-se por séculos e séculos, funcionando como preparação do evento que daria origem à civilização destinada a governar o mundo. Não é possível a dúvida nem a negação em face de fatos históricos de tal importância. E o Cristianismo foi esperado e preparado por essa elevadíssima mediunidade inspirativa, que agora estudamos, e desses contatos superiores continuamente se tem alimentado e fortalecido no seu exaustivo caminhar." (Pietro Ubaldi – do livro "As Noúres")
"Ninguém se encontra, sempre, neste mundo, no posto exato de maior rendimento em relação as suas qualidades. A maior parte das energias se desperdiça nos atritos da luta, razão pela qual o que interessa não é a utilização imediata da capacidade adquirida, mas a criação e a aquisição de novas qualidades, através de novas experiências. Se olharmos mais profundamente, encontrar-nos-emos no melhor posto, no de melhor rendimento diante do futuro. A verdadeira construção não está mais no efêmero triunfo dos resultados exteriores, senão em nossa alma, como qualidade adquirida e como produto eterno." (Pietro Ubaldi - do livro "Fragmentos de Pensamento e de Paixão")
" Ora, a função de adaptar as altas coisas do espírito, rebaixando-as ao nível do involuído, vem sendo realizada pelas religiões. Este é o trabalho dos ministros de Deus, o qual é realizado aceitando uma interpretação materialista do que é espiritual, encenando espetáculos com as representações do rito, adaptando-se às massas onde estas não cedem. Poder-se-ia observar em que medida Cristo transformou o mundo, ou até que ponto o mundo transformou Cristo. É preciso, no entanto, reconhecer que não havia outro meio para chegar a essa simbiose, necessária para os fins da evolução. Reduzido a essas condições, o produto espiritual é aceito no plano humano, evolutivamente degradado, mas utilizável para os fins da vida. (....) Trata-se de uma mercadoria-esperança, baseada na fé, de modo que os descrentes a deixam sobre a mesa. Mas, para quem nela crê e, portanto, a deseja, nasce a luta entre a procura e a oferta, como sucede com qualquer troca. Diz o fiel ao ministro: "eu te presto obediência, se tu me deres o paraíso". Diz o ministro ao fiel: "se tu não me prestares obediência, eu te mandarei para o inferno". Deve-se pagar com a obediência o paraíso que se adquire, mas aqui há qualquer coisa mais. Nas outras trocas o adquirente não é castigado, se não as efetua. Neste caso, se ele não as realiza, é sujeito a uma pena, de maneira que não está livre para recusar. Temos, assim, um mercado forçado em economia de monopólio. A realidade é que o ministro quer a obediência a qualquer custo e, por isso, utiliza os meios de que dispõe. No entanto, o jogo é totalmente psicológico e é descoberto, na falta de crentes ou ausência de fé. Tudo isso é inevitável num mundo em que a troca não é um balanço de justiça, mas é dirigida por uma forma mental egoísta, pela qual cada um luta para extrair do próximo a maior vantagem possível. " (Pietro Ubaldi, do livro "Um Destino Seguindo Cristo" – Cap. 4)
"Cada um julga com os elementos que possui. Quanto mais somos ignorantes, menos elementos possuímos, e quanto menos elementos possuímos, mais rápidas e absolutas são nossas conclusões. Ao contrário, quem possui mais conhecimento e, com isso, mais elementos para julgar, não chega a conclusões simplistas, rápidas e absolutas. Logo, quem mais se aproxima da verdade é quem julga lentamente, sem absolutismo, mas com profundidade. Então, quem julga, lançando seu julgamento sobre os outros, em última análise julga a si mesmo, e com seu julgamento, se revela. Pelo fato: de ele não poder julgar senão conforme seu tipo de pensamento e natureza, com o seu julgamento são descobertos seu pensamento e sua natureza. A melhor maneira de se chegar a conhecer uma pessoa é a de observar os seus julgamentos a respeito dos outros. Quando alguém cai na ilusão de supor que, julgando os outros, está assim pondo-os a descoberto e colocando-se acima deles, na realidade, apenas se está submetendo a julgamento, descobrindo-se e mostrando a todos seus próprios defeitos." (Pietro Ubaldi – do livro "A Lei de Deus")
"Quanta diferença há entre a beleza escultural do corpo de um atleta, de face obtusa e frente achatada, e o corpo frágil e esbelto de um sensitivo de olhar profundo e frente espaçosa! Eis a transformação que chega a mostrar-se até no plano físico! Este é, precisamente, o trabalho da evolução: transformar a força em inteligência. É dessa forma que nós explicamos o inverter-se da posição entre o involuído e o evolvido, isto é como no primeiro prevalece a força e escasseia a inteligência, e como no segundo domina a inteligência e é diminuta a força física. Assistimos, sem dúvida, a um processo de espiritualização, cujo verdadeiro sentido é este, amplíssimo, de desenvolvimento evolutivo." (Pietro Ubaldi - do livro" A Grande Batalha")
"Assim caminha a evolução como um rio, que é livre, e entretanto tem de chegar necessariamente ao mar. Em ambos os casos, a coação não é exterior, mas devida ao poder dos impulsos interiores, como a gravitação, que é física, para a terra, no caso do rio, e espiritual, para Deus, no caso da evolução. Em ambos os casos a corrente é livre, e no entanto deve obedecer a esse princípio de atração que a leva, num caso, a descer materialmente para baixo, no outro a subir espiritualmente para o Alto. Tudo resulta livremente constrangido por esse íntimo chamamento irresistível. O rio, como a evolução, não sabe o que encontrará em seu caminho. Ele deve cavar seu próprio leito, adaptar-se ao terreno, superar as dificuldades, ora correndo rapidamente, ora precipitando-se em cascatas, ora repousando em lagos ou pauis. Mas o ponto de chegada está fixado: o mar. A corrente do rio não pode escapar ao impulso que lhe imprime aquela atração. Também a evolução sente o chamamento poderoso que a movimenta e não pode deixar de responder-lhe obedecendo. Ora, como é certo que, cedo ou tarde, o rio terá de chegar ao mar, então é certo que, cedo ou tarde, de um modo ou de outro, a evolução deverá levar o universo ao estado perfeito do sistema. Como no rio, cada gota d'água chegará ao grande pai de todas as águas: o mar; igualmente com a evolução cada ser chegará ao grande pai de tudo o que existe: Deus. Como o rio, a evolução é livre de escolher o caminho que quiser, mas está fechada nos limites de sua lei, que a constrange a caminhar, sempre para o seu ponto final. O caminho do rio não está traçado e as águas devem procurá-lo, mas sempre seguindo o telefinalismo preestabelecido, dessa forma acontece com a evolução." (Pietro Ubaldi - do livro "Evolução e Evangelho").
"Os vários graus de conhecimento que a evolução nos oferece alcançam-se com tipos variados de inteligência, proporcionados ao nível biológico conquistado pelo indivíduo. Para as formas superiores de conhecimento os primitivos estão completamente imaturos. Podem recebê-lo, aprendê-lo, repeti-lo, possuí-lo em aparência, mas uma coisa é a erudição e outra é saber pensar." (Pietro Ubaldi - do livro "A Descida dos Ideais")
"Um livro diz tudo sem o querer, especialmente o que não se quer dizer, pela preocupação de o calar. A miragem que vibra nos olhos do escritor transfere-se para as suas páginas. Quem sonhou glórias, escreverá glórias; quem egoísmo, egoísmo; quem avidez, avidez; quem sensualidade, sensualidade. Mas também aquele que tudo lutou e sofreu pela elevação do espírito — diga o que disser, só falará sobre elevação do espírito. É como uma música de fundo, uma cor predominante, uma psicologia dominante que não se quer, não se improvisa, não se inventa." (Pietro Ubaldi - do livro "Ascese Mística")
"A idéia abstrata do bem pode tornar-se música, poesia ou pintura, renúncia martírio ou ação heróica, conforme o ambiente humano em que se materializa. Cada realização concreta é um processo involutivo em que a unidade se ramifica no particular. Por isso, cores e sons e as várias sensações humanas se equivalem num plano mais alto então passam de diferentes vestiduras do mesmo conceito. Esse conceito foi percebido por Franz Liszt quando, de Roma, escreve ao seu amigo Berlioz dizendo-lhe como sentia um secreto parentesco entre Rafael e Mozart, entre Miguel Ângelo e Beethoven, entre Ticiano e Rossini. Poder-se-ia afirmar que na profundeza da consciência se tocam os planos superiores, onde a idéia, antes de descer e diferenciar-se na forma concreta, é abstrata e existe em tipos simples e únicos para muitos grupos de manifestações diversas; e que, quanto mais subimos para o centro, tanto mais a idéia originária se faz abstrata e única, até identificar-se naquele monismo absoluto, que é Deus. Assim, a arte e a fé; a ciência e a ação, não passam de diferenciações produzidas pela descida daquele e único princípio." (Pietro Ubaldi - do livro "As Noúres")
Foto de Pietro Ubaldi em seu escritório, fonte: monismo.com.br.
"A Bíblia é o mais vasto documento de recepção noúrica mundial, atingindo as mais elevadas fontes. O povo hebreu nos dá o exemplo de um fenômeno inspirativo gigantesco, prolongando-se por séculos e séculos, funcionando como preparação do evento que daria origem à civilização destinada a governar o mundo. Não é possível a dúvida nem a negação em face de fatos históricos de tal importância. E o Cristianismo foi esperado e preparado por essa elevadíssima mediunidade inspirativa, que agora estudamos, e desses contatos superiores continuamente se tem alimentado e fortalecido no seu exaustivo caminhar." (Pietro Ubaldi – do livro "As Noúres")
"Ninguém se encontra, sempre, neste mundo, no posto exato de maior rendimento em relação as suas qualidades. A maior parte das energias se desperdiça nos atritos da luta, razão pela qual o que interessa não é a utilização imediata da capacidade adquirida, mas a criação e a aquisição de novas qualidades, através de novas experiências. Se olharmos mais profundamente, encontrar-nos-emos no melhor posto, no de melhor rendimento diante do futuro. A verdadeira construção não está mais no efêmero triunfo dos resultados exteriores, senão em nossa alma, como qualidade adquirida e como produto eterno." (Pietro Ubaldi - do livro "Fragmentos de Pensamento e de Paixão")
" Ora, a função de adaptar as altas coisas do espírito, rebaixando-as ao nível do involuído, vem sendo realizada pelas religiões. Este é o trabalho dos ministros de Deus, o qual é realizado aceitando uma interpretação materialista do que é espiritual, encenando espetáculos com as representações do rito, adaptando-se às massas onde estas não cedem. Poder-se-ia observar em que medida Cristo transformou o mundo, ou até que ponto o mundo transformou Cristo. É preciso, no entanto, reconhecer que não havia outro meio para chegar a essa simbiose, necessária para os fins da evolução. Reduzido a essas condições, o produto espiritual é aceito no plano humano, evolutivamente degradado, mas utilizável para os fins da vida. (....) Trata-se de uma mercadoria-esperança, baseada na fé, de modo que os descrentes a deixam sobre a mesa. Mas, para quem nela crê e, portanto, a deseja, nasce a luta entre a procura e a oferta, como sucede com qualquer troca. Diz o fiel ao ministro: "eu te presto obediência, se tu me deres o paraíso". Diz o ministro ao fiel: "se tu não me prestares obediência, eu te mandarei para o inferno". Deve-se pagar com a obediência o paraíso que se adquire, mas aqui há qualquer coisa mais. Nas outras trocas o adquirente não é castigado, se não as efetua. Neste caso, se ele não as realiza, é sujeito a uma pena, de maneira que não está livre para recusar. Temos, assim, um mercado forçado em economia de monopólio. A realidade é que o ministro quer a obediência a qualquer custo e, por isso, utiliza os meios de que dispõe. No entanto, o jogo é totalmente psicológico e é descoberto, na falta de crentes ou ausência de fé. Tudo isso é inevitável num mundo em que a troca não é um balanço de justiça, mas é dirigida por uma forma mental egoísta, pela qual cada um luta para extrair do próximo a maior vantagem possível. " (Pietro Ubaldi, do livro "Um Destino Seguindo Cristo" – Cap. 4)
"Cada um julga com os elementos que possui. Quanto mais somos ignorantes, menos elementos possuímos, e quanto menos elementos possuímos, mais rápidas e absolutas são nossas conclusões. Ao contrário, quem possui mais conhecimento e, com isso, mais elementos para julgar, não chega a conclusões simplistas, rápidas e absolutas. Logo, quem mais se aproxima da verdade é quem julga lentamente, sem absolutismo, mas com profundidade. Então, quem julga, lançando seu julgamento sobre os outros, em última análise julga a si mesmo, e com seu julgamento, se revela. Pelo fato: de ele não poder julgar senão conforme seu tipo de pensamento e natureza, com o seu julgamento são descobertos seu pensamento e sua natureza. A melhor maneira de se chegar a conhecer uma pessoa é a de observar os seus julgamentos a respeito dos outros. Quando alguém cai na ilusão de supor que, julgando os outros, está assim pondo-os a descoberto e colocando-se acima deles, na realidade, apenas se está submetendo a julgamento, descobrindo-se e mostrando a todos seus próprios defeitos." (Pietro Ubaldi – do livro "A Lei de Deus")
"Quanta diferença há entre a beleza escultural do corpo de um atleta, de face obtusa e frente achatada, e o corpo frágil e esbelto de um sensitivo de olhar profundo e frente espaçosa! Eis a transformação que chega a mostrar-se até no plano físico! Este é, precisamente, o trabalho da evolução: transformar a força em inteligência. É dessa forma que nós explicamos o inverter-se da posição entre o involuído e o evolvido, isto é como no primeiro prevalece a força e escasseia a inteligência, e como no segundo domina a inteligência e é diminuta a força física. Assistimos, sem dúvida, a um processo de espiritualização, cujo verdadeiro sentido é este, amplíssimo, de desenvolvimento evolutivo." (Pietro Ubaldi - do livro" A Grande Batalha")
"Assim caminha a evolução como um rio, que é livre, e entretanto tem de chegar necessariamente ao mar. Em ambos os casos, a coação não é exterior, mas devida ao poder dos impulsos interiores, como a gravitação, que é física, para a terra, no caso do rio, e espiritual, para Deus, no caso da evolução. Em ambos os casos a corrente é livre, e no entanto deve obedecer a esse princípio de atração que a leva, num caso, a descer materialmente para baixo, no outro a subir espiritualmente para o Alto. Tudo resulta livremente constrangido por esse íntimo chamamento irresistível. O rio, como a evolução, não sabe o que encontrará em seu caminho. Ele deve cavar seu próprio leito, adaptar-se ao terreno, superar as dificuldades, ora correndo rapidamente, ora precipitando-se em cascatas, ora repousando em lagos ou pauis. Mas o ponto de chegada está fixado: o mar. A corrente do rio não pode escapar ao impulso que lhe imprime aquela atração. Também a evolução sente o chamamento poderoso que a movimenta e não pode deixar de responder-lhe obedecendo. Ora, como é certo que, cedo ou tarde, o rio terá de chegar ao mar, então é certo que, cedo ou tarde, de um modo ou de outro, a evolução deverá levar o universo ao estado perfeito do sistema. Como no rio, cada gota d'água chegará ao grande pai de todas as águas: o mar; igualmente com a evolução cada ser chegará ao grande pai de tudo o que existe: Deus. Como o rio, a evolução é livre de escolher o caminho que quiser, mas está fechada nos limites de sua lei, que a constrange a caminhar, sempre para o seu ponto final. O caminho do rio não está traçado e as águas devem procurá-lo, mas sempre seguindo o telefinalismo preestabelecido, dessa forma acontece com a evolução." (Pietro Ubaldi - do livro "Evolução e Evangelho").
"Os vários graus de conhecimento que a evolução nos oferece alcançam-se com tipos variados de inteligência, proporcionados ao nível biológico conquistado pelo indivíduo. Para as formas superiores de conhecimento os primitivos estão completamente imaturos. Podem recebê-lo, aprendê-lo, repeti-lo, possuí-lo em aparência, mas uma coisa é a erudição e outra é saber pensar." (Pietro Ubaldi - do livro "A Descida dos Ideais")
"Um livro diz tudo sem o querer, especialmente o que não se quer dizer, pela preocupação de o calar. A miragem que vibra nos olhos do escritor transfere-se para as suas páginas. Quem sonhou glórias, escreverá glórias; quem egoísmo, egoísmo; quem avidez, avidez; quem sensualidade, sensualidade. Mas também aquele que tudo lutou e sofreu pela elevação do espírito — diga o que disser, só falará sobre elevação do espírito. É como uma música de fundo, uma cor predominante, uma psicologia dominante que não se quer, não se improvisa, não se inventa." (Pietro Ubaldi - do livro "Ascese Mística")
"A idéia abstrata do bem pode tornar-se música, poesia ou pintura, renúncia martírio ou ação heróica, conforme o ambiente humano em que se materializa. Cada realização concreta é um processo involutivo em que a unidade se ramifica no particular. Por isso, cores e sons e as várias sensações humanas se equivalem num plano mais alto então passam de diferentes vestiduras do mesmo conceito. Esse conceito foi percebido por Franz Liszt quando, de Roma, escreve ao seu amigo Berlioz dizendo-lhe como sentia um secreto parentesco entre Rafael e Mozart, entre Miguel Ângelo e Beethoven, entre Ticiano e Rossini. Poder-se-ia afirmar que na profundeza da consciência se tocam os planos superiores, onde a idéia, antes de descer e diferenciar-se na forma concreta, é abstrata e existe em tipos simples e únicos para muitos grupos de manifestações diversas; e que, quanto mais subimos para o centro, tanto mais a idéia originária se faz abstrata e única, até identificar-se naquele monismo absoluto, que é Deus. Assim, a arte e a fé; a ciência e a ação, não passam de diferenciações produzidas pela descida daquele e único princípio." (Pietro Ubaldi - do livro "As Noúres")
Foto de Pietro Ubaldi em seu escritório, fonte: monismo.com.br.
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