Senhor, Pai de todas as coisas, também sou criação do vosso amor e existo como ser pensante que sente e tem vontade, desejando ao próximo àquilo que busco para o meu próprio conforto. Quando fui chamada para os trabalhos que devo desempenhar no mundo das formas – o que vou fazer tomada de alegria – não sintonizei com o estado de sofrimento por que passa a humanidade, como nesta região em que ora estamos.
Sabemos Senhor, que a vossa paciência e o vosso amor são, verdadeiramente, sem limites; e aprendemos, por processos que por vezes escapam ao nosso entendimento, que a vossa justiça é soberanamente grandiosa. As vossas leis ainda vibram em pleno segredo; no entanto, temos a certeza de que são justas. Isso nos alegra e nos conforta nos dá o interesse de trabalhar para um mundo melhor, de reunir todos os companheiros, ajustando os nossos sentimentos e afinando as nossas faculdades, para que o ambiente da Terra seja propício à fecundação das sementes do bem, porque elas duram eternamente, na eternidade da vida conosco!
A ignorância não deixa que os homens percebam a verdade e a empana na visão dos Espíritos Inferiores, que desconhece o quanto se trabalha em favor dos que sofrem e clamam por justiça, o quanto se trabalha por aqueles que fazem os outros sofrerem, servindo de instrumento do orgulho, da vaidade, da prepotência e do egoísmo.
De que vale, meu Senhor, ter assento no trono da Babilônia, ser um imperador de Roma ou um grande rabino em Jerusalém, por instantes, diante da eternidade, se usamos mal as nossas faculdades de pensar e agir? Não podemos fugir da nossa consciência, tribunal implacável dentro de nós, que nos cobra tudo que fizermos de mal ao nosso próximo. Entretanto, graças a vós, Senhor, ela nos dá conforto e paz quando respeitamos as leis que nos regem a todos, quando respeitamos os direitos dos outros.
Aqui estamos meu Deus, único e poderoso Deus de todos os mundos, pedindo-vos que nos ajudeis nos momentos difíceis e necessários para a vinda daquele que é o caminho e a própria vida. Vamos descer para as zonas inferiores, onde os nossos irmãos laboram contra eles mesmos, criando problemas para os seus próprios caminhos e fazendo padecer muitas almas que desconhecem os seus verdadeiros estados espirituais.
Pedimos aos céus que nos ouçam nesse nosso empenho de sermos úteis, mesmo entre os que não desejam ser ajudados. Estamos objetivando um trabalho amplo, para preparar as veredas para o vosso filho maior, o nosso Pastor, que não se confunde entre todas as criaturas do vosso amor.
Maria de Nazaré
Do livro: Maria de Nazaré, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez.
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