Meu filhinho:
O santuário de minh’alma acendeu todas as lâmpadas de que dispunha e adornou-se com todas as flores do jardim de minhas longas esperanças para receber-te.
Cada frase tua possui uma vibração diferente e sublime para o meu organismo espiritual e, por isto, utilizo-me hoje da vida, adaptando-me ao teu país interior, guardando a alegria e a obediência da Terra, que se move ao redor do Sol para melhor reter-lhe os divinos raios.
Antes que pousasses em meu colo, os dias eram para mim a expectativa torturante e secular em sombria furna; entretanto, quando me beijaste pela primeira vez, tudo o que era obscuro e monstruoso banhou-se de inesperada luz.
Fontes ocultas se desataram contando, e calhaus que feriam mostraram gemas celestiais.
O pesado orvalho das lágrimas converteu-se em chuva de bênçãos, precipitando-se na terra sequiosa e fecundando divinas sementes de amor e eternidade...
Prelibei, desde então, a glória da vida, nos deliciosos segredos que a envolvem.
Celebrei-te a vinda como acontecimento máximo de minha passagem no mundo.
Renovaste-me o calendário íntimo e consolidaste novas forças no governo do meu destino, ensinando-me a louvar o Poder Celeste portador do teu coração de luz às minhas células mais recônditas que, à maneira de um grande povo, reverenciam em ti o enviado de redenção e paz, concórdia e alegria.
Rei de minh’alma vieste dos meus braços com a destinação de uma estrela para o meu caminho e orgulho-me de sentir-te os raios renovadores.
Minha serenidade vem da tua harmonia.
Só aspiro a uma glória: a de permanecer contigo no reino da perfeita compreensão.
Só desejo uma felicidade: a de contemplar a alegria calma e bela em teus olhos misteriosos.
Teu coração é o tenro arbusto que se converterá em tronco abençoado com a ajuda de minh’alma, que, manancial de carinho, te afagará as raízes...
Em breve, serás a árvore robusta e magnânima, enquanto continuarei sendo a fonte inalterável aos teus pés, rejubilando-me com a graça de ver-te espalhando flores e frutos, perfume e reconforto aos viajantes da estrada...
Filho de minha ternura, de onde vens? De onde viemos?
Cale-se o cérebro que, muitas vezes, não passa dum filósofo negativo, e fale entre nós o coração, que é sempre o divino profeta da imortalidade.
Vens para mim da Coroa Resplandecente da Vida e venho, por minha vez, ao teu encontro, emergindo do Amor que nunca morre...
Abro-te as portas do mundo e elevas-me ao santuário da fraternidade, porque, ao influxo de tua claridade indefinível em meu ser, a minha existência se dilata, cresce e se renova, fazendo meus os filhos alheios e desfazendo-se em amor e renúncia no Templo da Humanidade inteira.
Anália Franco
Do livro “Mãe”, Poema de Mãe – Antologia Mediúnica – psicografia de Francisco Cândido Xavier
O santuário de minh’alma acendeu todas as lâmpadas de que dispunha e adornou-se com todas as flores do jardim de minhas longas esperanças para receber-te.
Cada frase tua possui uma vibração diferente e sublime para o meu organismo espiritual e, por isto, utilizo-me hoje da vida, adaptando-me ao teu país interior, guardando a alegria e a obediência da Terra, que se move ao redor do Sol para melhor reter-lhe os divinos raios.
Antes que pousasses em meu colo, os dias eram para mim a expectativa torturante e secular em sombria furna; entretanto, quando me beijaste pela primeira vez, tudo o que era obscuro e monstruoso banhou-se de inesperada luz.
Fontes ocultas se desataram contando, e calhaus que feriam mostraram gemas celestiais.
O pesado orvalho das lágrimas converteu-se em chuva de bênçãos, precipitando-se na terra sequiosa e fecundando divinas sementes de amor e eternidade...
Prelibei, desde então, a glória da vida, nos deliciosos segredos que a envolvem.
Celebrei-te a vinda como acontecimento máximo de minha passagem no mundo.
Renovaste-me o calendário íntimo e consolidaste novas forças no governo do meu destino, ensinando-me a louvar o Poder Celeste portador do teu coração de luz às minhas células mais recônditas que, à maneira de um grande povo, reverenciam em ti o enviado de redenção e paz, concórdia e alegria.
Rei de minh’alma vieste dos meus braços com a destinação de uma estrela para o meu caminho e orgulho-me de sentir-te os raios renovadores.
Minha serenidade vem da tua harmonia.
Só aspiro a uma glória: a de permanecer contigo no reino da perfeita compreensão.
Só desejo uma felicidade: a de contemplar a alegria calma e bela em teus olhos misteriosos.
Teu coração é o tenro arbusto que se converterá em tronco abençoado com a ajuda de minh’alma, que, manancial de carinho, te afagará as raízes...
Em breve, serás a árvore robusta e magnânima, enquanto continuarei sendo a fonte inalterável aos teus pés, rejubilando-me com a graça de ver-te espalhando flores e frutos, perfume e reconforto aos viajantes da estrada...
Filho de minha ternura, de onde vens? De onde viemos?
Cale-se o cérebro que, muitas vezes, não passa dum filósofo negativo, e fale entre nós o coração, que é sempre o divino profeta da imortalidade.
Vens para mim da Coroa Resplandecente da Vida e venho, por minha vez, ao teu encontro, emergindo do Amor que nunca morre...
Abro-te as portas do mundo e elevas-me ao santuário da fraternidade, porque, ao influxo de tua claridade indefinível em meu ser, a minha existência se dilata, cresce e se renova, fazendo meus os filhos alheios e desfazendo-se em amor e renúncia no Templo da Humanidade inteira.
Anália Franco
Do livro “Mãe”, Poema de Mãe – Antologia Mediúnica – psicografia de Francisco Cândido Xavier
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