Fachada do casarão no Jardim Anália Franco, em São Paulo (SP), que foi sede da Associação Feminina Beneficente e Instrutiva, a principal instituição fundada por Anália Franco. Hoje, reformado, o local abriga um dos campus da Universidade Cruzeiro do Sul.
Espalhando Educação
“NOSSO FIM É PROCURAR DIMINUIR CADA VEZ MAIS EM NOSSO MEIO A NECESSIDADE DE ESMOLA, PELO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO E DO TRABALHO. EDUQUEMOS E AMPAREMOS AS POBRES CRIANÇAS QUE NECESSITAM DE NOSSO AUXÍLIO, ARRANCANDO-AS DAS TRILHAS DOS VÍCIOS, TORNANDO-AS CIDADÃS ÚTEIS E DIGNAS PARA O ENGRANDECIMENTO DE NOSSA PÁTRIA.” (ANÁLIA FRANCO)
O prestigio de Anália Franco no seio do professorado já era grande quando surgiram a abolição da escravatura e a proclamação da República. O advento dessa nova era encontrou a educadora com dois grandes colégios gratuitos para meninas e meninos.
Logo que as leis permitiram e secundada por vinte senhoras amigas, Anália fundou, em 17 de novembro de 1901, a Associação Feminina Beneficente e Instrutiva, instituto educacional com sede no Largo do Arouche, região central de São Paulo (SP), e que se mudou posteriormente para um casarão no Jardim Anália Franco, do qual saiu há pouco tempo, rumo à cidade de Itapetininga (SP). Em seguida, criou várias escolas maternais e elementares, inaugurando solenemente o Liceu Feminino em 25 de janeiro de 1902, cuja finalidade era instruir e preparar professoras para dirigirem estas escolas. Eram dois anos de estudos para as professoras das escolas maternais e três anos para aquelas das escolas elementares.
A Associação Feminina Beneficente e Instrutiva possuía dois bazares, nos quais eram vendidos os artefatos produzidos por suas oficinas. Anália Franco mantinha escolas reunidas em São Paulo e escolas isoladas no interior, escolas maternais, creches, bibliotecas, escolas profissionais de arte tipográfica, escrituração mercantil, prática de enfermagem e arte dentária, além de cursos de línguas (francês, italiano, inglês e alemão), música, desenho, pintura, pedagogia, costura, bordado, flores artificiais e chapéus, totalizando 37 instituições sob sua direção.
Anália Franco publicou numerosos folhetos e opúsculos referentes aos cursos ministrados em suas escolas, além de tratados especiais sobre a infância, nos quais as professoras encontravam meios de desenvolver faculdades afetivas e morais nas crianças ao mesmo tempo em que as instruíam. O Novo Manual Educativo, obra de sua autoria, era dividido em três partes: infância, adolescência e juventude. Em 01 de dezembro de 1903, Anália passou a publicar A Voz Maternal, revista mensal com tiragem de 6 mil exemplares impressos em oficinas próprias.
Romancista, escritora, teatróloga e poetisa, Anália Franco escreveu uma infinidade de livretos para a educação das crianças, trabalhos dignos de serem adotados nas escolas públicas. Além disso, era espírita fervorosa, sempre revelando um inusitado interesse pelas coisas pertinentes à doutrina. Sua vasta cultura produziu os romances A Égide Materna, A Filha do Artista e A Filha Adotiva, além de numerosas peças teatrais, diálogos e estrofes, destacando-se Hino a Deus, Hino à Ana Nery, Minha Terra e Hino a Jesus, entre outros.
Em 1911, sem possuir qualquer recurso financeiro, Anália Franco conseguiu viabilizar a aquisição da Chácara Paraíso, formada por 75 alqueires de terra, boa parte de matas e capoeiras, mas com benfeitorias diversas, como o velho solar ocupado por longos anos por Diogo Antônio Feijó, uma das mais notáveis figuras da história do Brasil. No local, ela fundou a Colônia Regeneradora D. Romualdo, aproveitando o casarão, a estrebaria e a antiga senzala para internar, sob direção feminina, os garotos com grande capacidade para a lavoura, a horticultura e outras atividades agrárias, bem como recolher moças “desviadas”, regenerando centenas delas.
Em 20 de janeiro de 1919, Anália Franco regressou ao plano espiritual. Seu desencarne ocorreu justamente quando havia deliberado ir ao Rio de Janeiro para fundar mais uma instituição, o que acabou se concretizando posteriormente por meio de seu marido, que inaugurou o Asilo Anália Franco.
Incontestavelmente, a obra de Anália foi uma das mais destacadas e meritórias da história do Espiritismo. Sua vasta sementeira consistiu em 71 escolas, dois albergues, uma colônia regeneradora para mulheres, 23 asilos para crianças órfãs, uma banda musical feminina, uma orquestra e um grupo dramático, além de oficinas para manufatura de chapéus, flores artificiais e outros artigos na capital e em 24 cidades do interior de São Paulo.
Magaly Sonia Gonsales, Núcleo Fraterno Samaritanos.
O prestigio de Anália Franco no seio do professorado já era grande quando surgiram a abolição da escravatura e a proclamação da República. O advento dessa nova era encontrou a educadora com dois grandes colégios gratuitos para meninas e meninos.
Logo que as leis permitiram e secundada por vinte senhoras amigas, Anália fundou, em 17 de novembro de 1901, a Associação Feminina Beneficente e Instrutiva, instituto educacional com sede no Largo do Arouche, região central de São Paulo (SP), e que se mudou posteriormente para um casarão no Jardim Anália Franco, do qual saiu há pouco tempo, rumo à cidade de Itapetininga (SP). Em seguida, criou várias escolas maternais e elementares, inaugurando solenemente o Liceu Feminino em 25 de janeiro de 1902, cuja finalidade era instruir e preparar professoras para dirigirem estas escolas. Eram dois anos de estudos para as professoras das escolas maternais e três anos para aquelas das escolas elementares.
A Associação Feminina Beneficente e Instrutiva possuía dois bazares, nos quais eram vendidos os artefatos produzidos por suas oficinas. Anália Franco mantinha escolas reunidas em São Paulo e escolas isoladas no interior, escolas maternais, creches, bibliotecas, escolas profissionais de arte tipográfica, escrituração mercantil, prática de enfermagem e arte dentária, além de cursos de línguas (francês, italiano, inglês e alemão), música, desenho, pintura, pedagogia, costura, bordado, flores artificiais e chapéus, totalizando 37 instituições sob sua direção.
Anália Franco publicou numerosos folhetos e opúsculos referentes aos cursos ministrados em suas escolas, além de tratados especiais sobre a infância, nos quais as professoras encontravam meios de desenvolver faculdades afetivas e morais nas crianças ao mesmo tempo em que as instruíam. O Novo Manual Educativo, obra de sua autoria, era dividido em três partes: infância, adolescência e juventude. Em 01 de dezembro de 1903, Anália passou a publicar A Voz Maternal, revista mensal com tiragem de 6 mil exemplares impressos em oficinas próprias.
Romancista, escritora, teatróloga e poetisa, Anália Franco escreveu uma infinidade de livretos para a educação das crianças, trabalhos dignos de serem adotados nas escolas públicas. Além disso, era espírita fervorosa, sempre revelando um inusitado interesse pelas coisas pertinentes à doutrina. Sua vasta cultura produziu os romances A Égide Materna, A Filha do Artista e A Filha Adotiva, além de numerosas peças teatrais, diálogos e estrofes, destacando-se Hino a Deus, Hino à Ana Nery, Minha Terra e Hino a Jesus, entre outros.
Em 1911, sem possuir qualquer recurso financeiro, Anália Franco conseguiu viabilizar a aquisição da Chácara Paraíso, formada por 75 alqueires de terra, boa parte de matas e capoeiras, mas com benfeitorias diversas, como o velho solar ocupado por longos anos por Diogo Antônio Feijó, uma das mais notáveis figuras da história do Brasil. No local, ela fundou a Colônia Regeneradora D. Romualdo, aproveitando o casarão, a estrebaria e a antiga senzala para internar, sob direção feminina, os garotos com grande capacidade para a lavoura, a horticultura e outras atividades agrárias, bem como recolher moças “desviadas”, regenerando centenas delas.
Em 20 de janeiro de 1919, Anália Franco regressou ao plano espiritual. Seu desencarne ocorreu justamente quando havia deliberado ir ao Rio de Janeiro para fundar mais uma instituição, o que acabou se concretizando posteriormente por meio de seu marido, que inaugurou o Asilo Anália Franco.
Incontestavelmente, a obra de Anália foi uma das mais destacadas e meritórias da história do Espiritismo. Sua vasta sementeira consistiu em 71 escolas, dois albergues, uma colônia regeneradora para mulheres, 23 asilos para crianças órfãs, uma banda musical feminina, uma orquestra e um grupo dramático, além de oficinas para manufatura de chapéus, flores artificiais e outros artigos na capital e em 24 cidades do interior de São Paulo.
Magaly Sonia Gonsales, Núcleo Fraterno Samaritanos.
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