quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Leon Denis e o Mentor Espiritual Jerônimo de Praga


Em 2 de novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância produziu-se em sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele espírito que, durante meio século, havia de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu pai espiritual. Era o espírito Jerónimo de Praga, que lhe disse: "Vai meu filho, pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te sustentar".

E como Léon Denis indagasse se o seu estado de saúde o permitiria estar à altura da tarefa, recebeu esta outra afirmativa: "Coragem, a recompensa será mais bela".

A partir de 1884, achou conveniente fazer palestras visando à maior difusão das idéias espíritas. Escreveu, em 1885, o trabalho O Porquê da Vida, no qual explica, com nitidez e simplicidade, o que é o Espiritismo.

Em 1892, recebeu um convite da duquesa de Pomar para falar de Espiritismo na sua residência, numa dessas manhãs célebres em que se reunia quase toda Paris. Ele ficou indeciso e temeroso. Depois de muito meditar as responsabilidades, aceitou o convite. Le Journal, de Paris, publicou, acerca da reunião na casa da duquesa, a seguinte notícia: "A reunião de ontem, para ouvir a conferência de Léon Denis sobre a doutrina espírita, foi uma das mais elegantes. De uma eloqüência muito literária, o orador soube encantar o numeroso auditório, falando-lhe do destino da alma, que pode, diz ele, reencarnar até à sua perfeita depuração. Ele possui a alma de um Bossuet e soube criar um entusiasmo espiritualista". Jacques-Benigne Bossuet foi um célebre bispo francês, da Companhia de Jesus – jesuíta, portanto – grande orador nos púlpitos, de fervorosa e impecável eloqüência católica, nascido em 27 de setembro de 1627. Ardoroso estudante também, realmente a comparação é, sobretudo, um elogio respeitável.


*JERÔNIMO DE PRAGA (1379-1416) foi um Tcheco, sacerdote católico apostólico romano e protestante que ilustrava Martinho Lutero contra as heresias de Roma. Foi perseguido, preso e também queimado vivo numa fogueira armada na praça central de Praga (Tchecoslováquia), pelo papa Gregório XII.

Fonte: Revista Cristã de Espiritismo.

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