Elevação
Espírito, Alma, tu que percorres estas páginas, donde vens e para onde vais? Sobes do fundo do abismo e galgas os degraus inumeráveis da escada da vida. Tu caminhas para as moradas eternas, onde a grande Lei nos chama e para as quais a mão de Deus nos conduz. Vais para a Luz, para a Sabedoria, para a Beleza!
Contempla e medita! Por toda parte, obras belas e potentes solicitam tua atenção. Em seu estudo, haurirás, com coragem e confiança, o justo sentimento do teu valor e do teu futuro. Os homens só se odeiam, só se desprezam, porque ignoram a ordem magnífica pela qual estão todos estreitamente aproximados.
Teu caminho é imenso; mas o fim excede em esplendor tudo quanto podes conceber. Agora pareces bem pequeno no meio do colossal Universo; mas tu és grande pelo pensamento, grande por teus destinos imortais.
Trabalha, ama e ora! Cultiva tua inteligência e teu coração! Desenvolve tua consciência; torna-a mais vasta, mais sensível. Cada vida é um cadinho fecundo, de onde deves sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores. Assim, de esfera em esfera, de círculo em círculo, prosseguirás em tua carreira, adquirindo forças e qualidades novas, unido aos seres que amaste, que vivem e reviverão contigo.
Evolverás em comum, na espiral das existências, no seio de maravilhas insuspeitadas, porque o Universo, e assim tudo, se desenvolve pelo trabalho e expande suas metamorfoses vivas, oferecendo gozos, satisfações sempre crescentes, sempre renovadas, às inspirações, aos puros desejos do Espírito!
Nas horas de hesitação, volta-te para a Natureza: é a grande inspiradora, o templo augusto em que, sob véus misteriosos, o Deus escolhido fala ao coração do prudente, ao Espírito do pensador. Observa o firmamento profundo: os astros que o povoam são os estádios de tua longa peregrinação, as estações da grande via a que teu destino te conduz.
Vem! Elevemos nossas Almas; paira um instante comigo, pelo pensamento, entre os sóis e os mundos! Mais alto, sempre mais alto, no éter insondável! Lá embaixo, a Terra não é mais que um ponto na vasta extensão. Diante de nós e acima de nós, os astros se multiplicam. Por toda parte, esferas de ouro, fogos de esmeraldas, de safira, de ametista e de turquesa descrevem seus movimentos ritmados. Em nossos rumos, voga astro enorme, arrastando uma centena de mundos planetários em sua órbita, centenas de mundos que evolucionam em curvas sábias. Apenas entrevisto, ei-lo que já foge, continuando a carreira com o seu esplêndido cortejo. Depois dele, apresentam-se dez sóis, de cores diferentes, grupados na mesma atmosfera luminosa que os cerca, como que a formar uma faixa de glória.
E sempre os sistemas sucedem aos sistemas, paraísos ou galés flutuantes, mundos magníficos, vestidos de azul, de ouro e de luz. Mais longe, os cometas errantes, as pálidas nebulosas das qual cada átomo é um sol no berço. Todos esses mundos são as moradas de outras sociedades de Almas. Até pelas longínquas estrelas, cujos alvores trêmulos levam centenas de séculos a chegar ao nosso orbe, por toda parte, a família humana estende seu império; por toda parte temos irmãos celestes. Somos destinados a conhecer todas essas moradas e a gozá-las. Reviveremos nessas terras do Espaço, em corpos novos, a fim de aí adquirir forças, conhecimentos, méritos maiores, e nos elevarmos ainda mais alto em nossa perpétua viagem.
Tantos mundos quantas escolas para a Alma, quantos campos de evolução para cultivar o nosso entendimento e, ao mesmo tempo, para construir organismos fluídicos cada vez mais delicados, purificados, brilhantes. Depois das lutas, dos tormentos, dos reveses de mil existências árduas, depois das provações e das dores dos ciclos planetários, virão os séculos de felicidade, nesses astros felizes, cujas claridades projetam sobre nós raios de paz e de alegria. Em seguida, as missões benditas, os novos apostolados, a tarefa invejável de provocar o estímulo, o desabrochar das Almas adormecidas, de auxiliar, por nossa vez, nossos irmãos mais moços em suas peregrinações através das regiões materiais.
Enfim, atingiremos as sublimes profundezas, o céu de êxtase, onde vibra mais poderoso, mais melódico, o pensamento divino, onde o tempo e a distância se anulam, onde a luz e o amor unem as suas irradiações, onde a Causa das causas, em sua fecundidade incessante, concebe para todo o sempre a vida eterna e a eterna beleza!
Contempla e medita! Por toda parte, obras belas e potentes solicitam tua atenção. Em seu estudo, haurirás, com coragem e confiança, o justo sentimento do teu valor e do teu futuro. Os homens só se odeiam, só se desprezam, porque ignoram a ordem magnífica pela qual estão todos estreitamente aproximados.
Teu caminho é imenso; mas o fim excede em esplendor tudo quanto podes conceber. Agora pareces bem pequeno no meio do colossal Universo; mas tu és grande pelo pensamento, grande por teus destinos imortais.
Trabalha, ama e ora! Cultiva tua inteligência e teu coração! Desenvolve tua consciência; torna-a mais vasta, mais sensível. Cada vida é um cadinho fecundo, de onde deves sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores. Assim, de esfera em esfera, de círculo em círculo, prosseguirás em tua carreira, adquirindo forças e qualidades novas, unido aos seres que amaste, que vivem e reviverão contigo.
Evolverás em comum, na espiral das existências, no seio de maravilhas insuspeitadas, porque o Universo, e assim tudo, se desenvolve pelo trabalho e expande suas metamorfoses vivas, oferecendo gozos, satisfações sempre crescentes, sempre renovadas, às inspirações, aos puros desejos do Espírito!
Nas horas de hesitação, volta-te para a Natureza: é a grande inspiradora, o templo augusto em que, sob véus misteriosos, o Deus escolhido fala ao coração do prudente, ao Espírito do pensador. Observa o firmamento profundo: os astros que o povoam são os estádios de tua longa peregrinação, as estações da grande via a que teu destino te conduz.
Vem! Elevemos nossas Almas; paira um instante comigo, pelo pensamento, entre os sóis e os mundos! Mais alto, sempre mais alto, no éter insondável! Lá embaixo, a Terra não é mais que um ponto na vasta extensão. Diante de nós e acima de nós, os astros se multiplicam. Por toda parte, esferas de ouro, fogos de esmeraldas, de safira, de ametista e de turquesa descrevem seus movimentos ritmados. Em nossos rumos, voga astro enorme, arrastando uma centena de mundos planetários em sua órbita, centenas de mundos que evolucionam em curvas sábias. Apenas entrevisto, ei-lo que já foge, continuando a carreira com o seu esplêndido cortejo. Depois dele, apresentam-se dez sóis, de cores diferentes, grupados na mesma atmosfera luminosa que os cerca, como que a formar uma faixa de glória.
E sempre os sistemas sucedem aos sistemas, paraísos ou galés flutuantes, mundos magníficos, vestidos de azul, de ouro e de luz. Mais longe, os cometas errantes, as pálidas nebulosas das qual cada átomo é um sol no berço. Todos esses mundos são as moradas de outras sociedades de Almas. Até pelas longínquas estrelas, cujos alvores trêmulos levam centenas de séculos a chegar ao nosso orbe, por toda parte, a família humana estende seu império; por toda parte temos irmãos celestes. Somos destinados a conhecer todas essas moradas e a gozá-las. Reviveremos nessas terras do Espaço, em corpos novos, a fim de aí adquirir forças, conhecimentos, méritos maiores, e nos elevarmos ainda mais alto em nossa perpétua viagem.
Tantos mundos quantas escolas para a Alma, quantos campos de evolução para cultivar o nosso entendimento e, ao mesmo tempo, para construir organismos fluídicos cada vez mais delicados, purificados, brilhantes. Depois das lutas, dos tormentos, dos reveses de mil existências árduas, depois das provações e das dores dos ciclos planetários, virão os séculos de felicidade, nesses astros felizes, cujas claridades projetam sobre nós raios de paz e de alegria. Em seguida, as missões benditas, os novos apostolados, a tarefa invejável de provocar o estímulo, o desabrochar das Almas adormecidas, de auxiliar, por nossa vez, nossos irmãos mais moços em suas peregrinações através das regiões materiais.
Enfim, atingiremos as sublimes profundezas, o céu de êxtase, onde vibra mais poderoso, mais melódico, o pensamento divino, onde o tempo e a distância se anulam, onde a luz e o amor unem as suas irradiações, onde a Causa das causas, em sua fecundidade incessante, concebe para todo o sempre a vida eterna e a eterna beleza!
Leon Denis
Do cap. XIV do livro O Grande Enigma, Leon Denis
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