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Arar Orando
Narra Leão Tolstoi que um sacerdote convidou um lavrador a orar, e este, que se encontrava na gleba laborando, respondeu não poder acompanhá-lo à oração porque arava. Após meditar, obtemperou o ministro da fé religiosa: fazes bem, pois que arar é também orar...
A estória criada pelo eminente filósofo e moralista cristão tem plena aplicação na atualidade.
Ante um mundo aturdido qual o dos nossos dias, a cada instante espíritos desarvorados bradam: mais ação, menos oração. Deixemos a prece, usemos o trabalho. A miséria necessita de pão e socorro, não de palavras e orações...
Hoje, no entanto, como em todos os tempos, o utilitarismo esquece a previdência e o instantâneo é responsável pelas conseqüências funestas e graves, que advirão mediatas.
Sem dúvida, a ação edificante é geratriz da mecânica do progresso e da felicidade dos povos. Todavia, convém não olvidarmos que a oração é o lubrificante da máquina da vida.
Nem oração sem ação, nem atividade sem prece.
A medida ideal, evidentemente, será orar antes de atuar para que a ação imprevidente não conduza o desassisado à oração do desespero.
Fala-se muito em miséria social, em abandono social, em desespero social. Fala-se apenas, e, quando se age, ao invés de operar no sentido da produção do bem e da paz, muitos se precipitam no desequilíbrio, gerando ódio e anarquia. Dos escombros, porém, o soerguimento de qualquer ideal é muito mais difícil senão doloroso e demorado.
Com ponderação afirmamos que nada pior do que o idealismo desenfreado a estrugir nas mentes imaturas de muitos homens.
Nesse sentido, faz-se recomendável a reflexão e em particular a oração que enseja intercâmbio com as fontes luminosas da vida, produzindo equilíbrio e inspiração para o desenvolvimento da ação. Arar, pois, é orar também.
O solo sulcado, a terra preparada, o grão na cova e a vigilância do lavrador, por melhores condições em que se encontrem, dependem dos recursos divinos a se manifestarem no sol, na chuva ou nos granizos e no vento...
Levantemo-nos, quanto possível, através da oração lenificadora e inspirativa, para sairmos a servir e atender, agindo com segurança e acerto.
Em todos os seus passos, Jesus se nos revelou o trabalhador infatigável, por excelência, consubstanciando em atitudes desataviadas e seguras as palavras de que estavam cheios seu ideal e seu coração. Onde se encontrava, era a ação operosa e diligente. Todavia, jamais descurou de elevar-se ao Pai, através da comunhão oracional, e não poucas vezes deixou a multidão, a mesma multidão famélica e atenazada a repontar através dos séculos para refugiar-se na oração. E porque considerasse a prece como medida de segurança, recomendou: Orai para não cairdes em tentação, nas tentações que enlouquecem, fazendo se desatrelem os carros das paixões desta ou daquela natureza, rotuladas também com o nome de ideal.
A estória criada pelo eminente filósofo e moralista cristão tem plena aplicação na atualidade.
Ante um mundo aturdido qual o dos nossos dias, a cada instante espíritos desarvorados bradam: mais ação, menos oração. Deixemos a prece, usemos o trabalho. A miséria necessita de pão e socorro, não de palavras e orações...
Hoje, no entanto, como em todos os tempos, o utilitarismo esquece a previdência e o instantâneo é responsável pelas conseqüências funestas e graves, que advirão mediatas.
Sem dúvida, a ação edificante é geratriz da mecânica do progresso e da felicidade dos povos. Todavia, convém não olvidarmos que a oração é o lubrificante da máquina da vida.
Nem oração sem ação, nem atividade sem prece.
A medida ideal, evidentemente, será orar antes de atuar para que a ação imprevidente não conduza o desassisado à oração do desespero.
Fala-se muito em miséria social, em abandono social, em desespero social. Fala-se apenas, e, quando se age, ao invés de operar no sentido da produção do bem e da paz, muitos se precipitam no desequilíbrio, gerando ódio e anarquia. Dos escombros, porém, o soerguimento de qualquer ideal é muito mais difícil senão doloroso e demorado.
Com ponderação afirmamos que nada pior do que o idealismo desenfreado a estrugir nas mentes imaturas de muitos homens.
Nesse sentido, faz-se recomendável a reflexão e em particular a oração que enseja intercâmbio com as fontes luminosas da vida, produzindo equilíbrio e inspiração para o desenvolvimento da ação. Arar, pois, é orar também.
O solo sulcado, a terra preparada, o grão na cova e a vigilância do lavrador, por melhores condições em que se encontrem, dependem dos recursos divinos a se manifestarem no sol, na chuva ou nos granizos e no vento...
Levantemo-nos, quanto possível, através da oração lenificadora e inspirativa, para sairmos a servir e atender, agindo com segurança e acerto.
Em todos os seus passos, Jesus se nos revelou o trabalhador infatigável, por excelência, consubstanciando em atitudes desataviadas e seguras as palavras de que estavam cheios seu ideal e seu coração. Onde se encontrava, era a ação operosa e diligente. Todavia, jamais descurou de elevar-se ao Pai, através da comunhão oracional, e não poucas vezes deixou a multidão, a mesma multidão famélica e atenazada a repontar através dos séculos para refugiar-se na oração. E porque considerasse a prece como medida de segurança, recomendou: Orai para não cairdes em tentação, nas tentações que enlouquecem, fazendo se desatrelem os carros das paixões desta ou daquela natureza, rotuladas também com o nome de ideal.
Joanna de Angelis
Divaldo Pereira Franco, A Prece Segundo os Espíritos, Vol. I
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