Por: André Andrade Pereira
Veriam espíritos, manifestações mediúnicas, sentiriam o impacto da carta vinda do além, assistiriam em retrospectiva o preconceito e a perseguição contra aquele homem bom, cujo pecado era não ter sido curado pelo padre e passar a crer de um jeito não oficial...
Ali, na saída do cinema, vendo aquela multidão, as perguntas nos surgiram imediatamente: qual será o impacto desse filme para a cultura do nosso país? Que mudança nas crenças vai gerar? Como as pessoas verão a questão da morte? E, acima de tudo, o que vai acontecer no interior das religiões?
Nossa intenção nesse breve artigo é fazer algumas reflexões sobre os possíveis impactos dessa ampla divulgação espírita sobre a cultura e o campo religioso no Brasil. Mais do que um artigo de cunho jornalístico, queremos fazer uma reflexão a partir da Ciência da Religião.
A divulgação do Espiritismo através da mídia, especialmente filmes e novelas, não é um fato recente. No entanto, há que se fazer uma distinção entre a divulgação tradicional das religiões e essa que vemos através de filmes e novelas. Na divulgação tradicional fala-se sobre as doutrinas, realizam-se cultos, pregações.... É o uso da mídia como extensão do local de culto. É uma divulgação oficial. Por exemplo, os espíritas tem um programa na televisão que vai ao ar pela CNT aos domingos, às 15hs, além de uma série de programas nas rádios dos diversos estados do país. É uma divulgação para iniciados ou para predispostos a se iniciar. Já no que diz respeito a filmes e novelas, ainda que tenham alguns personagens espíritas (o que nem sempre é o caso), trata-se da divulgação de fenômenos espirituais. O público é geral, mas o foco não é a doutrina, mas a própria vida. Ali os fenômenos espirituais são parte da vida. O que isso quer dizer? Se de um lado o poder de penetração é maior, embalado num diapasão universal (a emoção e os fatos da vida), por outro perde em profundidade e contexto: dificilmente alguém se dará conta, por exemplo, que o Espiritismo tem uma visão de transformação social crítica ao Capitalismo e que busca uma organização social próxima ao Socialismo, proclamando verdades duras para um país desigual como o nosso: "Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome.” (Livro dos Espíritos, questão 930).
Os amigos dos folclores partem de uma assertiva muito interessante: “tem nome, existe!” Clarisse Lispector em “A hora da Estrela” diz: “Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.” E, como cientistas da religião, temos que partir das crenças dos crentes. Não nos cabe decretar veracidade ou falsidade das crenças. Portanto, para nós esses filmes e novelas tratam da vida. Da vida como ela é, incluindo fatos que ao longo dos milênios esteve na imaginação das gentes. Essa divulgação é anterior ao espiritismo, basta ver o livro “A Divina Comédia” de Dante, para acompanhar a descrição de uma viagem pelo mundo invisível. Com o advento do Espiritismo, no entanto, o campo semântico ganha um novo locus central e toda a manifestação de poderes espirituais, visões, incorporações, que estão nos relatos de santos de diferentes tradições espirituais, passam a se referir ao Espiritismo. Mas antes não era assim. Os fenômenos espirituais não são exclusividade dos espíritas. Porém, Allan Kardec, o professor e cientista francês, se destacou por levar a sério as pesquisas sobre os fenômenos, enfrentar sérias perseguições nas academias, e fundar um campo semântico novo e dar o pontapé inicial da divulgação de uma nova ciência, a qual chamou Espiritismo. Mas o que hoje chamamos mediunidade, os fenômenos que hoje são chamados fenômenos espíritas, estão em toda parte e em todos os tempos. Uma boa coletânea disso é o livro de Clóvis Tavares, “Mediunidade dos Santos”, para os santos ligados ao Cristianismo; e o livro de Yogananda “Autobiografia de um Iogue”, com relatos de santos que conheceu na Índia, além dos seus casos pessoais.
Então, comecemos com essa distinção. Porque o efeito que as novelas e filmes com fenômenos espirituais causarão nas pessoas não há de ser novidade. Eles estão aí. E alguns o tomam como fatos e outros como obra de ficção e frutos da imaginação de pessoas crédulas.
Mas afinal, em que creem os espíritas? De uma forma resumida podemos dizer que os espíritas creem na existência de Deus, na imortalidade da alma, na pluralidade das existências, ou seja, na reencarnação, na possibilidade de se comunicar com os que morreram através da mediunidade e na evolução de todos os seres através do progressivo desenvolvimento da capacidade de amar. Sabendo isso, não são poucos os filmes que abordam as crenças espíritas e que retratam fenômenos que os Espíritas afirmam ser verdadeiros. Uma pequena lista poderia incluir, além do atual filme sobre a vida do Chico, o famoso “Ghost – do outro lado da vida”, o surpreendente “Os outros”, “O Sexto sentido”, “Minha vida na outra vida”, o brilhante e inteligente filme com Depardieu e Polanski, “Uma mera formalidade”. No Brasil, um filme recente é “Herbert de Perto”, que conta a história do vocalista dos Paralamas do Sucesso e conta com os depoimentos do próprio Herbert que descrevem, com naturalidade, o seu contato mediúnico com a esposa. Outros dois filmes brasileiros são “Cafundó”, que narra a história do ex-escravo João de Camargo, que recebe um chamado a fundar uma igreja e realizar curas; e “Besouro”, sobre o capoeirista que virou lenda. Outro é “Joelma, 23º Andar”, de Clay Cunha, baseado numa história de psicografia de Chico.
A atual novela da Globo, “Escrito nas estrelas”, tem como protagonista um jovem que após a morte acompanha como Espírito seus amigos e familiares e vai influenciando a trama. Assim como a novela “A viagem”, esta tem a direção e os atores estudando as obras espíritas, em especial os romances de Chico Xavier, em busca de inspiração.
Um dos pioneiros no Brasil da temática espírita em novelas foi Benedito Ruy Barbosa. Em 1966 a novela “Somos todos irmãos” foi ao ar pela TV Tupi e foi inspirada no livro psicografado por Chico Xavier, “A vingança do Judeu”. Em entrevista ao programa Roda Viva, o autor diz:
“Eu acho que é reconfortante você acreditar em uma outra vida. Eu acho terrível, de repente, você ser puramente pó, matéria e acabou, acabou! Porque eu acho que o centro da cabeça do homem, a inteligência mesmo, eu acho que ela não cabe na matéria em si. Eu acho que ela vai além disso. Então, por ser uma crença pessoal... E eu estou tão cansado de ver pais, amigos meus que perdem um ente querido, que nunca acreditou e, de repente, ele busca um conforto exatamente nisso. Apaga tudo o que ele não acreditava e busca uma forma de se encontrar novamente com um ente querido, ou receber alguma mensagem. Eu conheço muito o Chico Xavier já conversei muito com ele. Já fiz novelas espíritas. A primeira novela que eu fiz foi na TV Tupi e chamava-se Somos todos irmãos. Um título ecumênico. Mas a novela foi inspirada num livro, chamado A vingança do Judeu, livro psicografado pelo Xavier e escrito em 1817, 1870 e pouco, pelo Conde de Rochester [John Wilmot (1647-1680), poeta britânico]. Foi um sucesso nacional. E lidava com esse tema, numa época que isso aí era execrado. Os padres falavam no púlpito isso, não é? Eram contra, absolutamente contra. E nós encontramos uma maneira de colocar isso no ar.”
Esse é o primeiro fruto desses filmes e novelas: dar conforto espiritual, trabalhar com a ideia de que nossos entes queridos podem estar vivos e podemos ter contato com eles. Isso reduz em muito a dor da perda. É a função maior da mediunidade de Chico: consolo. O que temos visto historicamente é que muitas pessoas não necessariamente deixam suas religiões, não se tornam espíritas, mas adquirem uma convicção acerca da imortalidade e da comunicabilidade em sua forma de ver a vida. Para os espíritas isso independe de religião, e tão logo a ciência se aposse destas descobertas, as religiões se adaptarão a elas. Aliás, isso não é novidade para a nossa religiosidade popular, esse contato com os santos, com os mortos que viram intercessores do lado de lá. Nesse sentido o mapa das religiões pode permanecer o mesmo. O que muda um pouco é a forma como as pessoas encaram a vida. Pesquisas mostram que um em cada dois católicos acreditam na reencarnação, por exemplo. Quando conversamos com pessoas, de todas as religiões, sobre suas experiências com Espíritos, o resultado é surpreendente: o que nunca contaram para ninguém com medo de serem chamados de loucos está lá, já viram, sentiram, sonharam, ou ouviram histórias de pessoas próximas que viveram alguma situação assim. Mas isso não significa que se tornaram espíritas. Pode ser que católicos, evangélicos, muçulmanos, budistas, falem com Espíritos e continuem sendo católicos, evangélicos, muçulmanos, budistas. Um avanço a mais na era da comunicação: já que falamos com o mundo todo pela internet, falta-nos falar com o outro mundo. Isso seria viável. Os espíritas afirmam que no futuro falaremos com os mortos como quem fala ao telefone. O absurdo de ontem, é o trivial de hoje.
Aliás, essa era a proposta do codificador do Espiritismo. Allan Kardec não pensava o Espiritismo como uma religião a rivalizar com as demais e travar uma batalha pelos fiéis. Herdeiro do Iluminismo, discípulo de Pestalozzi, de Rousseau e de Comenius, Kardec tinha uma visão pluralista das religiões e acreditava que, com a descoberta da vida após a morte, sua missão seria ajudar as religiões a provarem seus pontos de vista diante dos excessos materialistas da Ciência do seu tempo.
O objetivo de Kardec era afirmar a realidade das religiões e, ao mesmo tempo, corrigi-las das deturpações humanas que justificavam a dominação eclesiástica. Para ele, o espiritismo traria elementos de racionalidade às religiões, fortalecendo-as no diálogo com as ciências e as tornariam mais abertas ao diálogo com as outras tradições espirituais.
O espiritismo é inter-religioso por definição. Em sua ênfase na reforma social da humanidade, através da prática da caridade e da educação dos homens, pressupõe uma abertura a todas as formas de espiritualidade do planeta. Contavam-se nas reuniões espíritas do tempo de Kardec, judeus, muçulmanos, católicos, e em seus escritos, o codificador da Doutrina Espírita, enfatizava a necessidade de união entre os religiosos.
O Espiritismo é um verdadeiro campo aberto ao diálogo inter-religioso. De um lado pela ênfase na ética, o que independe de formalismos e doutrinas, por outro por abrir-se a formas tão variadas de religiosidade quanto são os que buscam a Deus. Para o espírita, toda manifestação sincera de fé é legítima.
O clima filosófico em meados do século XIX era herdeiro do otimismo Iluminista que afirmava a modernidade, as conquistas da civilização, o evolucionismo, o progresso do espírito humano. Foi também o século das contradições, tendo em vista a pauperização das grandes cidades, os problemas sociais, os conflitos trabalhistas, as lutas pela redução da jornada de trabalho, as primeiras organizações sindicais.
Um mundo cultural em fissura: de um lado a heresia científica, de outro a heresia religiosa. Kardec se insere nesse contexto buscando mostrar o equívoco das partes. Nem os materialistas estavam corretos em negar Deus, junto com a crítica ao abuso do clero, nem a religião poderia ser levada a sério em sua clausura às ideias modernas, especialmente ao livre pensar.
O Espiritismo emerge no ambiente religioso e intelectual empreendendo uma dupla crítica: à ciência materialista que trata o homem como corpo e descuida do seu destino como alma, e às religiões que se recusam a atualizar suas perspectivas, não incorporando a contribuição dos pesquisadores e os avanços da filosofia, não sendo atraentes ao homem moderno. Na mente de Allan Kardec tratava-se de cumprir uma missão de espiritualizar a ciência e modernizar a religião, promovendo o progresso de um homem que conhece seu destino e tem as ferramentas para progredir intelectual e moralmente. Um campo de diálogo aberto entre a ciência e a religião. Seu pano de fundo é a convicção da possibilidade de se encontrar a ciência total que desvende, a um só tempo, os mistérios da natureza, os segredos do homem e a face de Deus.
O que Kardec acreditava estar fazendo com a elaboração da Doutrina Espírita não era fundar uma religião à parte, mas oferecer um substrato sólido que servisse de apoio a todas as religiões. Inclusive, nos primeiros anos de atividade como codificador, Kardec insistia que o espiritismo seria uma ciência com consequências morais. E negava que fosse uma religião.
"Nascido sob a religião católica, mas educado num país protestante, os atos de intolerância que por isso teve de suportar, no tocante a essa circunstância, cedo o levaram a conceber a ideia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou em silêncio durante longos anos com o intuito de alcançar a unificação das crenças" (KARDEC, Obras Póstumas, p.13).
Um exemplo do espírito de tolerância de Kardec pode ser encontrado em sua avaliação da vida e obra de Maomé, publicado em dois artigos na Revista Espírita. Encontramos nessa pesquisa de Kardec sobre os anos iniciais do islamismo um verdadeiro roteiro para destacarmos uma metodologia de pesquisa espírita sobre as religiões, que pode ser sintetizada nas seguintes considerações:
1- Normalmente as religiões possuem uma origem espiritual autêntica, tem por base a existência de algo mais que o fenômeno material, ou seja, a religião não é inteiramente fruto da imaginação;2- toda religião, assim como toda revelação, depende de um contexto histórico específico, e cada povo tem a sua revelação de acordo com seu caráter próprio naquele determinado momento de seu desenvolvimento.3- Os fundadores das religiões são Espíritos missionários, enviados por Deus para fazer progredirem os diferentes povos.4- É tarefa do pesquisador das religiões, manter o espírito crítico para separar o que é divino e o que é humano no conteúdo das revelações, percebendo que parte da tarefa do missionário é adequar a verdade à capacidade de compreensão do seu povo. Portanto, essas adequações são verdades históricas, circunstanciais; mas por trás delas há uma verdade eterna, capaz de resistir ao tempo e ao crivo da razão.5- É imprescindível diferenciar o “espírito da revelação” das diferentes interpretações que se fazem à “letra dos textos”, bem como a intenção dos fundadores, da prática contraditória dos seus seguidores ao longo da história.Esse espírito pluralista foi muito bem captado pelo filme, porque constitui o fundamento da vida de Chico Xavier. Acusado por alguns espíritas de catolicizar o Espiritismo, Chico amava a Igreja Católica. E, certamente, na sua simplicidade e inocência, por não ter recebido acolhida nela enquanto médium, amargou uma imensa dor.
O filme confere um status novo ao espiritismo diante de quem o rejeitava por preconceito. E o preconceito é sempre filho da ignorância. Ao se perceber que o espiritismo pode dar bons frutos, as pessoas de outras religiões passarão a ampliar o leque do ecumenismo, conferindo maior respeito aos praticantes do espiritismo. No livro “Teologia cristã e pluralismo religioso: o arco-íris das religiões” o teólogo John Hick alerta para o fato de que as religiões não podem ser comparadas como mais ou menos verdadeiras em suas doutrinas. Mas podem ser comparadas com base em seus frutos. O objetivo de toda religião é tornar melhores as pessoas. E olhando para os frutos das religiões podemos ver que todas elas são capazes de dar bons frutos. Ao conhecer a bondade, o espírito de serviço, o bom humor, a humildade de Chico Xavier, o bem que ele conseguiu espalhar com a mediunidade, os não espíritas são capazes de perceber os bons frutos que o espiritismo é capaz de dar. Isso dá uma respeitabilidade aos espíritas, que até então não tinham.
Aliás, Chico que amava a Igreja Católica, precisava de uma outra orientação, em outro local. Não é que a Igreja seja pior que o Centro Espírita, mas assim como cada doença tem um remédio, para o Chico dar vazão a seus potenciais e tornar-se um melhor servidor de Deus era preciso que conhecesse o Espiritismo. Em outro lugar ele não seria um servidor tão bom. Essa sensibilidade é a sensibilidade do diálogo inter-religioso. Sempre que conhecemos um santo numa religião diferente da nossa entendemos como Deus se revela em toda parte através de diferentes linguagens. E isso é bom.
Um outro conjunto de consequências desses filmes e novelas se darão dentro do próprio movimento espírita. Os espíritas se sentem representados e orgulhosos com essas obras. O espiritismo ganha cidadania no campo religioso brasileiro. Isso tem dois efeitos: em primeiro lugar, uma maior autoestima, o que elevará a identidade espírita. Hoje o Censo capta um número de espíritas, certamente, muito inferior ao número daqueles que praticam o espiritismo de alguma forma. Além disso, com a nova projeção cidadã que os filmes e as novelas lhes dão, muitos que não sentiam interiormente a convicção de ser espírita, passarão a se afirmar como tal.
Em segundo lugar, essa aquisição de cidadania irá romper com um histórico sentimento de perseguição que tem levado a um contra-ataque. Desde a sua chegada ao Brasil os espíritas foram herdando histórias de preconceitos e perseguições, o que os levou a uma triste, e incoerente, atitude de autoafirmação com base na crítica ao outro (em especial ao Catolicismo). Não são poucos os centros que em suas palestras divulgam uma visão de superioridade do Espiritismo, esquecendo do caráter ecumênico do seu próprio lema: “Fora da caridade não há salvação”. Então, essa nova cidadania evita os ataques e contra-ataques, estimulando o espírito ecumênico.
Caminhamos para um mundo pacífico e com maior respeito às diferenças. Caminhamos para uma situação de maior reverência pelo outro: esse é o destino amoroso da humanidade. Quem ama dialoga e só quem dialoga é capaz de amar. Essas novelas e esses filmes, sendo espíritas ou não, falam da vida e da morte, tocam na sensibilidade do ser humano e nos faz perguntar pelo sentido da vida. Nós que amamos o Brasil e convivemos diariamente com o ultraje à dignidade humana, na esquina das grandes cidades e nas periferias esquecidas, não podemos entender de outra forma essa temática como a contribuição para o fim da ilusão: a ilusão do poder, da riqueza, da fama, do saber. Aqui, tudo é transitório. Mas há um lugar, ou um tempo, onde as máscaras caem e pode-se usufruir da paz que foi plantada. Vivemos um tempo de testemunhos. E as mensagens de todos os profetas e poetas, de todas as religiões, foi um revelar dessa verdade escondida aos sábios e doutos: o amor vale a pena; apesar de todos os pesares, a experiência do amor é a mais revolucionária das revoluções. Crendo na vida após a morte ou não, é bom ver que as pessoas voltam a crer no amor. E que a nossa comunhão se dá mesmo é no plano do coração, não nas argutas teologias, mas na simplicidade de aceitar o outro como ele é.
Muita Paz!
André Andrade Pereira - Cientista da Religião, professor da Universidade Federal Fluminense –UFF (RJ)
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