quarta-feira, 25 de julho de 2018

Transição Planetária e Decadência



Por Morel Felipe Wilkon

Muito se fala e se questiona sobre a Transição Planetária e o período de decadência que estamos vivendo. A Terra vai deixar de ser um planeta de provas e expiações para ser um planeta de regeneração. Quando? Agora, já. Já começou. É transição, não revolução. É um período de rápida mudança nos costumes, nos conceitos, no modo de pensar.

O que vai mudar? O planeta? Acho que não. Nunca acreditei em grandes mudanças climáticas provocadas pelo homem. O planeta sempre sofreu alterações, de tempos em tempos. A transição não se refere ao planeta, mas aos habitantes do planeta. Nós. Nós é que estamos nos transformando. Nós é que vivemos esse período de transição.

Somos seres individuais. Formamos uma coletividade, somos bilhões de espíritos na Terra, encarnados e desencarnados. Mas somos individuais, cada um de nós é um universo. A transição se dá em cada um. A transição não atinge a todos ao mesmo tempo. Isso seria uma revolução. Dormiríamos em provas e expiações e acordaríamos em regeneração.

Muitos de nós estamos em plena regeneração. A Terra não deixará de ser um planeta propício para provas. Continuaremos sendo submetidos a provas. Mas para quem está se regenerando não faz mais sentido pensar que está expiando alguma falta. Estamos nos formando novamente, nos gerando novamente, nascendo de novo. As faltas cometidas no passado são nosso material de trabalho, construiremos nova vida sobre elas.

Eu me considero em regeneração. Acho que você também pode se considerar. Todos que estabeleceram para si o firme propósito de reformar-se, de melhorar internamente, estão em pleno processo de regeneração. Se você esperava por algo diferente disso, conforme-se. Abra os olhos. Veja o mundo à sua volta. Perceba o que está ocorrendo. O mundo se transforma.

De um lado, há cada vez mais pessoas dispostas a ajudar o próximo, comprometidas com a sua reforma íntima, desenvolvendo atitudes éticas e exemplificando com o amor.

De outro lado, a quebra de paradigmas, o fim dos papéis delimitados na família, a crise na sociedade, o desrespeito nas escolas, na televisão, nos lares. Violência, falta de cultura, ausência de valores, sexo precoce, decadência.

Esse é o mundo em que vivemos, neste início de milênio. As condições do planeta e as pessoas que dividem o planeta conosco são exatamente o que precisamos para aprender, são as condições ideais, em nosso estágio evolutivo, para a construção do nosso progresso.

Para muitos o quadro que se apresenta é assustador. Os valores tradicionais são cada vez mais questionados. Há uma franca decadência nos costumes. Não há mais limites a serem transpostos. Tudo pode, tudo é experimentado. Vejo adolescentes enfastiados, com olhar cansado, entediados da vida. Já experimentaram mais do que seus avós durante toda a sua vida.

Acredito que esse cansaço precoce, esse desgosto pela vida, é mais um sintoma da transição. Vive-se hoje, em alguns anos, experiências que se levava muitas reencarnações para se experimentar. Sendo assim, dá tempo para o desgosto, o tédio, a depressão, a busca pela cura, a regeneração e a grande correção de rumo, tudo numa só reencarnação.

Nenhum comentário:

^