Por Cristina Nunes
Desde o seu nascimento o Espiritismo se via destinado a florescer como o lótus. O marco monumental da obra de Allan Kardec, representado pelo precioso legado dos cinco livros basilares da Codificação, nos quais a Espiritualidade no transmite os seus informes sobre a continuidade inexorável da vida, prossegue, incólume, norteando todo o movimento espírita brasileiro.
Assim sendo, era previsível o desdobramento do trabalho conjunto de magníficas implicações entre as dimensões invisíveis e materiais terrenas, de vez que a essência da mensagem espírita é atual a qualquer tempo e inerente ao encadeamento das vidas sucessivas a que todos estamos sujeitos, nos jungindo às Leis evolutivas de Causa e Efeito e de aprimoramento rumo às estâncias da vida mais depuradas do Universo. Isto é ponto comum a toda a humanidade imersa em jornadas milenares na materialidade com a finalidade de aprender, não importando aí crenças ou descrenças individuais.
Nesta conjuntura, indispensável que as revelações solidárias da Espiritualidade acerca dos detalhes desta realidade maior prosseguissem, dando continuidade ao seu maravilhoso curso informativo e esclarecedor, com a contribuição progressiva de novos trabalhadores na seara da literatura espírita. Com efeito, vivemos tempos memoráveis nos quais, em vários idiomas, contamos com vasta contribuição de inumeráveis autores tanto de obras de cunho doutrinário quanto de romances mediúnicos ou fictícios, cujo conteúdo lídimo nos remete a novos cenários e a informes mais esmiuçados do que constituí o prosseguimento da vida nas paragens para além dos cenários materiais.
Na área dos romances, tivemos como exemplo notório os livros do Conde de Rochester transmitidos à médium russa Wera Krijanowskaia trezentos anos após a morte dele em 1680, relatando, em cenários autênticos e ricos em detalhes dos séculos passados, peripécias várias das reencarnações de um mesmo grupo de espíritos no rumo gradativo do seu aprendizado espiritual. Mais tarde, Chico Xavier, o maior médium brasileiro, deu continuidade a esta linha literária nos presenteando com as obras de Emmanuel, seu mentor desencarnado que também nos ofereceu notícias da evolução de alguns espíritos durante as suas reencarnações nos palcos da antiguidade romana. De modo que, junto com os trabalhos de teor doutrinário imprescindíveis ao entendimento devido dos aspectos morais e científicos da evolução espiritual humana, os romances comparecem como estilo de literatura indispensável aos perfis que melhor assimilam estas grandes verdades por intermédio daquela técnica outrora muito empregada por Jesus, na célebre utilização das parábolas ricas de significação destiladas às almas nos relatos de histórias e de dramas do cotidiano, cujos personagens bem podemos ser todos nós.
Junto às novas vertentes descobridoras de terrenos ainda pouco explorados, quais as pertencentes à área da ufologia sob a ótica espírita, esta vasta e fecunda atividade é o campo de semeadura promissora e eficiente, que conta sempre com novos e antigos amigos, colaboradores e simpatizantes. É a nossa proposta de contribuição para a real efetivação de um mundo melhor, onde indivíduos conscientes de sua grande responsabilidade perante a eternidade da vida, e consequentemente mais felizes e espiritualmente fortalecidos, compartilharão em plenitude a autêntica fraternidade, bem como uma visão mais sábia e mais harmônica da vida.
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