Adailton Moura*
Diante do mal do mundo, o Chico diria: “Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente. Recorda que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhe são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas.”
Diante de alguém ainda avesso ao bem O Chico diria:
“Nem Jesus Cristo, quando veio à Terra, se propôs resolver o problema particular de alguém. Ele se limitou a nos ensinar o caminho, que necessitamos palmilhar por nós mesmos.”
Diante da maledicência do homem, o Chico diria:
“Fuja à maledicência. O lodo agitado atinge a quem o revolve.”
Diante do ódio eminente, o Chico diria:
“Precisamos desalojar o ódio, a inveja, o ciúme, a discórdia de nós mesmos, para que possamos chegar a uma solução em matéria de paz, de modo a sentirmos que os tempos são chegados para a felicidade humana.”
Diante da violência que campeia por todos os cantos, o Chico diria:
“Esperemos que o amor se propague no mundo com mais força que a violência e a violência desaparecerá, à maneira da treva quando a luz se lhe sobrepõe. Consideremos, porém, que essa obra, naturalmente, não prescindirá da autoridade humana, mas na essência e na prática exige a cooperação de nós todos.”
Diante da vontade de ser igual a todos, o Chico diria:
“Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.”
Diante do erro que cometemos a séculos e séculos em nossas vidas, o Chico diria:
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”
Diante da possibilidade de ofender a alguém com palavras, atos e pensamentos, o Chico diria:
“Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor.”
Diante da necessidade de julgarmos o comportamento alheio, o Chico diria:
“Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem.”
Diante da nossa dificuldade em amar ao próximo, o Chico diria:
“O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.”
Diante da nossa dificuldade em aprender as lições da vida, o Chico diria:
“Três verbos existem que, bem conjugados, serão lâmpadas luminosas em nosso caminho: aprender, servir e cooperar.”
Diante da suprema necessidade de colocar os nossos interesses acima do dos ouros, o Chico diria:
“Que o Senhor nos ajude, pois, em nossas necessidades, a seguir sempre três abençoadas regras de salvação: corrigir em nós o que nos desagrada em outras pessoas, Amparar-nos mutuamente, amar-nos uns aos outros.”
Tudo isso, o Chico diria. O que passa além disso, são quimeras.
No mais, como o Chico, sigamos o Cristo.
*Palestrante espírita, presidente do CENOL – Centro Espírita Nosso Lar – Gama/DF.
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