Por Waldenir A. Cuin
“Vives sitiado pela dor, pela aflição, pela sombra ou pela enfermidade? Renova o teu modo de sentir, pelos padrões do Evangelho, e enxergarás o Propósito Divino da Vida, atuando em todos os lugares, com justiça e misericórdia, sabedoria e entendimento.” (Emmanuel, no livro Fonte Viva, item 67, psicografia de Francisco Cândido Xavier.)
Na condição de criaturas humanas, sendo racionais, pensamos, agimos, reagimos e temos sentimentos que geram emoções, e estas refletem diretamente em nosso corpo físico.
Emoções saudáveis decorrentes da alegria, otimismo, resignação e compreensão das reais finalidades da vida nos promovem bem-estar, já aquelas que nascem da tristeza, pessimismo, lamentação e inconformismo têm o potencial de nos causar danos e desequilíbrios, gerando desconforto e sofrimento.
Muitas doenças que assolam a nossa constituição orgânica têm como base forte os desajustes emocionais que cultivamos ao longo do tempo. E tais patologias nem sempre conseguem ser contornadas somente com o uso de medicação, embora os fármacos possam contribuir sobremaneira para o alívio desses padecimentos.
A maneira de encarar os desafios da vida precisa ser meticulosamente analisada, buscando a compreensão e o entendimento dos reais objetivos da nossa existência aqui na Terra, partindo do entendimento claro de que possuímos duas naturezas: a física e a espiritual.
Em realidade somos Espíritos criados por Deus para viver eternamente, em sucessivos processos reencarnatórios, buscando a perfeição que nos proporcionará a paz e a felicidade, que tanto ansiamos e que ainda não logramos encontrar. Possuímos, no momento, um corpo físico, mas existíamos antes dele e seguiremos vivendo após o seu término, portanto, não podemos pautar nossas ações, atitudes e comportamentos como se a nossa vida apenas cumprisse um pequeno roteiro do berço ao túmulo.
Indispensável, portanto, se torna a valorização dos nossos sentimentos e emoções, se realmente desejamos usufruir o conforto de dias mais serenos e tranquilos. Erradicar, definitivamente, o orgulho e o egoísmo que residem em nosso coração é tarefa inadiável e urgente, pois que essas terríveis chagas ostentam o nascedouro de tantas outras mazelas.
Ódio, mágoa, ressentimento, melindre, ciúme, avareza e tantos outros defeitos que ainda alimentamos com os nossos desequilíbrios emocionais carregam, de forma invisível, um enorme potencial destruidor com a capacidade extraordinária de arruinar a nossa saúde, nos conduzindo a experimentar o fel do sofrimento.
No entanto, o remédio para esses incômodos que tanto nos atormentam está facilmente ao alcance das nossas mãos, disponível a qualquer criatura há mais de dois mil anos: as sábias e imorredouras lições de Jesus Cristo, contidas em seu Evangelho, tão populares, mas pouco entendidas e praticadas.
Em momento algum podemos descartar o valor da medicina que veio em nosso auxílio, mas ignorar os ensinamentos do Cristo, diante da clareza e atualidade que carregam, será, sem dúvida, menosprezar, descuidadamente, um manancial infinito de bênçãos que está à disposição de quem dele quiser fazer uso.
A diminuta compreensão e o desuso das advertências cristãs permitiram a construção, atualmente, de uma sociedade angustiada, deprimida, pessimista e detentora de poucas esperanças e perspectivas de melhoria. No entanto, se nos aprofundarmos no exercício prático do roteiro cristão, em breve transformaremos o mundo que nos acolhe.
O remédio pode curar uma doença já instalada, mas a vivência evangélica será capaz de prevenir uma patologia ao ensinar, de forma coerente e equilibrada, como uma criatura deverá administrar as suas emoções.
A humanidade já perdeu tempo demais, sofreu muito, vem andando na contramão da lógica. Até quando... será que ainda não teremos “olhos de ver e ouvidos de ouvir”?
Reflitamos...
Há um dia
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