Por Raul Franzolin Neto
No ano passado, especificamente, no dia 2 de maio de 2019, comemoraram-se os 500 anos da morte de um dos maiores gênios da humanidade. Leonardo nasceu em Vinci, na província de Florença, Itália. Com apenas 68 anos de vida na Terra, foi inventor, pintor, cientista, engenheiro, escultor, arquiteto, botânico, músico, poeta, estilista, anatomista, matemático e, sobretudo, gênio.
Monalisa, sua mais famosa pintura, é a maior estrela do museu de Louvre em Paris, visitada por milhares de pessoas do mundo todo, todos os anos. O legado de da Vinci é realmente impressionante. Muitas obras originais nem podem ser exibidas ao público por serem muito valiosas, devendo ser preservadas, o máximo possível. Os manuscritos com desenhos sobre anatomia foram a base da medicina tradicional e beneficiaram toda a humanidade.
Além da Monalisa, outras obras como A Batalha da Anghiari, Homem Vitruviano, a escultura de cavalo de Sforza, o quadro da Santa Ceia, La Vergine dele Rocce, La Madonna Benois, La Bella Principessa e tantas outras imortalizaram o Mestre. Até hoje, biógrafos de Leonardo da Vinci tentam desvendar o incrível homem por trás de tantos trabalhos admiráveis e traços emocionantes. O que há por trás do olhar da Monalisa? E dos lábios? E as formas calculistas do Homem Vitruviano? O olhar e o dedo apontado para cima em San Giovanni Batista?
Diante do avançar da humanidade, vemos alguns gênios que se sobressaem ao extremo. Outros em maior número pulsam com exemplos admiráveis em países e regiões do mundo. Mas por que essa grande diferença de atividades marcantes entre os seres humanos? Como surgem esses gênios de tempos em tempos e locais? Será que é ao acaso?
Há uma convergência de pensamentos daqueles que acreditam na criação Divina em que tudo é obra de Deus. Mas por que Deus todo-poderoso, soberanamente justo e bom, criaria apenas um gênio em relação a milhões e milhões de homens que mantêm uma vida simples e comum na humanidade? Muitos se perguntam por que ele foi assim e eu não consigo fazer quase nada na vida? Houve uma espécie de sorteio divino?
Não, Deus não cria gênios. Ele cria todos os seres humanos iguais, mas cada um percorre o caminho que lhe convém de acordo com a sua vontade, o seu livre-arbítrio. Isso significa que quanto mais o Espírito evolui em seu trabalho para o bem comum, mais ele avança na liberdade de pensamento e em tarefas cada vez mais prodigiosas e humanitárias. Outro que segue o caminho da maleficência, estaciona na evolução e perde infinitas oportunidades de crescimento pessoal. Outro mesmo que não tenha maldade, mas não contribui para o bem, também pouco evolui. Isso faz com que ocorram as distâncias enormes entre os seres humanos diante da infinita escada evolutiva espiritual.
O gênio tem toda a sua bagagem elevada por sua própria conquista. Entretanto, sabemos que a evolução espiritual passa pelo crescimento moral e intelectual. Os dois nem sempre caminham juntos. Pode-se avançar muito o intelectual junto com a ambição, egoísmo, orgulho, passando-se por cima de quem quer que seja, sem se importar com nada. Nesse caso, estão os gênios com grande poder de persuasão sobre as massas, produzindo desajustes com sérias consequências na humanidade. Isso implicará em reencarnações adequadas para estacionar a evolução intelectual e avançar a moral, com desafios imensos a superar.
Assim, a humanidade precisa, de tempos em tempos, de verdadeiros gênios, evoluídos tanto intelectual quanto moralmente para estimular os avanços científicos mais rápidos em várias áreas e, ao mesmo tempo, dando seu exemplo de vida, principalmente quanto à humildade.
Leonardo da Vinci foi um exemplo de vida em todos os aspectos. Com tão pouco tempo na Terra, num ambiente extremamente carente de desenvolvimento tecnológico do final do Século XV e início do XVI, da Vinci deixou um sinal de como cada um pode evoluir. Como seria imaginar um Espírito desse nível, nos dias de hoje, com o avanço tecnológico gerado pela informática? Por outro lado, podemos sentir a sua grandeza moral, expressa em suas frases, tais como: “A pintura é poesia muda. A poesia é pintura muda. Ambas imitam a natureza com o melhor de sua potência, e ambas podem revelar princípios morais”; “Você nunca terá um domínio maior ou menor do que sobre si mesmo...”.
A ciência pode vasculhar o cérebro dos gênios em busca da resposta para tão grande efeito. Embora o Espírito necessite da matéria para sua vida na Terra, é no Espírito que a resposta para a Justiça Divina se encontra.
Há um dia
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