segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

“Espíritos Simpáticos”


Por Claudio Viana Silveira

“Os que encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações.” (ESE, XIV, 8.)

Nosso caminho evolucional é comparado a longo deserto que percorremos da Infância Espiritual à Angelitude.

Nossos companheiros de travessia possivelmente se repetem a cada nova encarnação.

Reunimo-nos por simpatia, ou somos “Espíritos simpáticos”; e o núcleo de reunião mais necessário e justo é a família, quer seja ela corporal, espiritual ou satisfaça ambos os requisitos.

Quando afirmamos que “fulano é extremamente simpático”, é possível que seja ele educado, elegante e gentil: qualidades do corpo e do Espírito aí encarnado…

Mas quando o Codificador nos fala em “Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações”, simpáticos toma a conotação de “atração”.

Dessa forma, “simpático”, longe dos conceitos anteriores, passa a significar uma atração por conveniência: desejamos nos atrair por motivos nobres, ou nem tanto.

Se tivermos atração pelo bem, nos reuniremos com Espíritos afins. Se tivermos atração pelo mal, prazerosamente desejaremos nos reunir a Espíritos de tais tendências.

A atração, por conseguinte, é neutra; neutros não o são o bem ou o mal.

A família tem o poder de reunir pessoas de matizes diferentes: para que os maus sejam reeducados e regenerados pelos bons, e para que estes se consolidem como tal: instrutores e missionários.

Evidências se tornarão patentes: não nos reunimos única vez. Já fomos bons juntos, maus juntos, contraímos dívidas uns com os outros e não as saldamos totalmente…

… E, por isso, estamos juntos novamente, nós, afins ou simpáticos, amparando-nos na travessia do deserto Terreno.

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