quinta-feira, 13 de abril de 2017

Peralva e o Movimento Espírita Mineiro


Entrevista de Geraldo Lemos Neto, editor do livro póstumo de José Martins Peralva “Evangelho Puro, Puro Evangelho”, concedida ao blog “O Espiritismo Comentado” que relata um pouco da trajetória do escritor e eminente trabalhador espírita junto ao movimento espírita mineiro.

EC: Qual foi a trajetória de Peralva no movimento espírita mineiro?

GLN : Peralva transferiu residência de Aracajú a Belo Horizonte em 1949 sendo recebido de braços abertos por Virgílio Pedro de Almeida e Chico Xavier em Pedro Leopoldo. Inicialmente se juntou a Chico Xavier, Neném Aluotto, Arnaldo Rocha e Zeca Machado num grupo de estudos e reuniões mediúnicas chamado Nina Arueira. No mesmo período passou a participar de reuniões de estudo do Evangelho e da Mediunidade no Centro Espírita Célia Xavier. Quanto podia visitava o médium Chico Xavier em suas reuniões costumeiras no Centro Espírita Luiz Gonzaga de Pedro Leopoldo, de quem se tornou profundo admirador e amigo pessoal. Foi a partir daí que passou a visitar a Colônia Santa Isabel, de irmãos hansenianos, onde levava calor humano, assistência espiritual e material. Fundou à essa mesma época a Cantina Espírita Francisco de Assis que distribuía semanalmente mantimentos para famílias carentes previamente cadastradas. Esta atividade cresceu até ser construído um galpão na Vila dos Marmiteiros, onde passou a oferecer suculenta sopa aos mais necessitados. Desapropriados pela prefeitura de Belo Horizonte a atividade foi então transferida à União Espírita Mineira, com a instalação da tarefa assistencial às mães desvalidas aos sábados pela manhã. A Cantina Francisco de Assis era também a responsável pela distribuição natalina de cerca de 1.000 cestas básicas para as famílias carentes. Durante este período escreveu o hino do Colégio O Precursor educandário da UEM.

EC: Qual foi a participação de Peralva na União Espírita Mineira e no movimento em geral?

GLN: Foi membro do Conselho Geral e secretário do Abrigo Jesus, sócio efetivo do Hospital André Luiz e segundo secretário do Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, aproveitando ainda as horas vagas para abastecer a imprensa espírita e a leiga com seus artigos evangélico-doutrinários. Participou por 15 anos ininterruptos das atividades do Centro Espírita Célia Xavier para então fixar-se, em 1964, na União Espírita Mineira, onde permaneceu ao longo do tempo exercendo diversos encargos como Primeiro Secretário, Diretor do Departamento de Doutrina e Divulgação, Vice-Presidente e Presidente interino. Lá dirigia as atividades de estudos realizadas aos sábados, e também responsabilizou-se como jornalista e editor chefe do periódico da casa O Espírita Mineiro. Foi também mentor das atividades da Mocidade Espírita O Precursor por largos anos. Aproveitando as suas qualidades de oratória, sempre colaborou com alegria na difusão dos ensinos espíritas pelo interior de Minas Gerais, levando a sua palavra inspirada também a outros estados. Foi o secretário executivo do Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais - COFEMG - e representante da União Espírita Mineira junto ao Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira. Escreveu artigos espíritas para a Revista O Reformador da FEB, bem manteve uma coluna quinzenal no jornal O Estado de Minas. Pela FEB lançou os livros Estudando o Evangelho; Estudando a Mediunidade; Mediunidade e Evolução; e O Pensamento de Emmanuel. Pela União Espírita Mineira lançou o livro Mensageiros do Bem, que estuda o livro de André Luiz/ Chico Xavier Os Mensageiros; e agora postumamente está lançando pelo Vinha de Luz o livro Evangelho Puro, Puro Evangelho.

Nenhum comentário:

^