A humanidade continua debatendo-se em meio ao nevoeiro denso do sofrimento, mesmo após a vinda do Cristo ainda não compreendemos o caminho que leva à Justiça do PAI, a qual estamos todos inseridos.
Dezenove séculos se passaram e DEUS em sua infinita bondade permitiu que o véu fosse rasgado em prol da humanidade perdida e assim iniciou-se uma nova investida da LUZ, para que os cegos enxergassem, para que os surdos escutassem.
Assim vimos o conhecimento da Justiça Divina atravessar os céus e por intermédio de homens de boa vontade as vozes dos espíritos espalharam-se pelos quatro cantos da abóboda azul para que o homem pudesse enxergar e compreender de forma mais perfeita.
O Espiritismo é de ordem Divina, abrandou todos os corações de boa vontade que por esforço próprio conseguiram entrever a verdade.
Desde o momento em que o Codificador Francês transcreveu a última linha da obra “O céu e o inferno” foi dado ao homem compreender com clareza os mecanismos da Justiça Divina cujo único objetivo é a glorificação do Espírito.
35 e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova:
36 Mestre, qual é o maior mandamento da lei?
37 Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5).
38 Este é o maior e o primeiro mandamento.
39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo.
(Mateus: 22, 35-39)
Antes destes dois princípios, somente a dúvida acompanhava aqueles que desejavam de alguma forma compreender como se processa a Justiça Divina, necessário se faz que o homem eleve-se acima desta vida, é preciso olhar para o passado, para as existências anteriores onde encontram-se as causas dos sofrimentos e das alegrias de hoje.
Sem o conhecimento da reencarnação jamais conseguiremos conceber um Deus soberanamente bom e justo, pois de alguma forma Ele se tornaria parcial, uma vez que alguns nascem em berço de ouro, enquanto outros em condições paupérrimas, como explicar aquele que brota saúde em frente ao que desde tenra idade demonstra fragilidade orgânica, inúmeras doenças, problemas psíquicos, famílias onde seus integrantes odeiam-se entre si, enquanto que em outras a paz reina soberana, como entender os laços que nos ligam sem levar em consideração as vidas anteriores da criatura?
Velhas concepções, já desgastadas pelo tempo, que já não atendem mais as necessidades da razão, nem o avanço da ciência, acabaram por criar uma lacuna entre o conhecimento atual e as noções do Céu, do Inferno, do sofrimento, das angustias e das alegrias. Era necessário que algo novo viesse para que pudéssemos vislumbrar com maior nitidez o Pai Amado, ao qual devemos tudo o que somos.
Causas dos Sofrimentos
Não é possível que o PAI tenha sido injusto com aquele que sofre desde tenra idade, mesmo não sabendo por que sofreu, aquele que sofre deve ter a consciência que os tormentos porque passa é efeito, não causa.
Como pode ser assim se nenhum mal fez nesta vida? Bem, pode não ter feito nada nesta vida, mas é imprescindível considerar as vidas anteriores, deve ser considerada a individualidade, que tem na existência atual nada mais que o resultado dos desajustes cometidos em existências anteriores e que não foram reparadas. Aqui um ponto muito importante, o Divino MESTRE jamais enunciou o sofrimento como algo indispensável para que o ser humano cresça, mas a rebeldia que faz do sofrimento o último recurso para que o homem acorde do seu egoísmo e passe a modificar seu mundo mental. Segundo Emmanuel o sofrimento consegue penetrar nos escaninhos da consciência de uma forma que não podemos ainda compreender, no entanto é sempre um benefício para o renitente que não quer ver nada além de si mesmo. Com certeza a receita para o nosso crescimento não é a dor, mas sim o AMOR, algo que está no âmago de todos nós, pois somos centelhas Divinas, a nossa origem, o pano de fundo da nossa consciência é DEUS e ESTE não quer que sua criatura sofra, mas que se eduque e viva em fraternidade.
Há que se reparar também na proporcionalidade entre a falta e a pena, não podemos conceber que uma falta temporária, resultado da imperfeição do homem possa ter uma conseqüência eterna e irrevogável, se assim fosse, não haveria justiça. Se Deus é perfeito, a condenação eterna não é possível.
Todos sofrem na medida que fizeram os outros sofrerem até que se arrependam e sintam a necessidade de reparação onde então poderão enxergar um fim para situação penosa.
Há que considerar também as dificuldades que tem origem nos atos cometidos no presente, segundo André Luiz 80% dos nossos problemas atuais não tem origem no passado, mas na desordem mental a que nos entregamos. A imprevidência, o orgulho e a vaidade são algumas das causas presentes da falência dos homens na vida presente. Tendo consciência disto é muito importante nos questionarmos todos os dias a respeito do que fazemos ou deixamos de fazer e quais as causas que nos fazem tomar nossas decisões, uma análise diária de nossos atos auxilia na reconstrução dos nossos destinos.
Para que o sofrimento seja proveitoso é necessário aplicar algo que Divaldo Pereira Franco cita em uma de suas entrevistas sobre a Justiça Divina.
“Resignação dinâmica”, ou seja, aceitar o destino como processo natural para o nosso adiantamento, sem deixar por isso, de buscar a melhoria da nossa condição. Ou seja, é não revoltar-se contra DEUS pelas vicissitudes do presente e fazer o máximo possível para melhorar cada vez mais".
“Aflição de hoje, dívida de ontem”
“Merecimento de agora, crédito de amanhã”
“Cada problema que te procura é semelhante ao trabalho de análise dirigida, como a radiografar-te certas zonas do ser, de modo a verificar-lhe o equilíbrio.”
“Nossas dores respondem, assim, pelas falhas que demonstremos ou pelas culpas que contraímos”
“A Lei estabelece, porém, que as provas e as penas se reduzam, ou se extingam, sempre que o aprendiz do progresso ou o devedor da justiça se consagre às tarefas do bem, aceitando, espontaneamente, o favor de servir e o privilégio de trabalhar” (Emmanuel)
Fonte: mundoespirita.net
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