Loucos ou covardes?
Como classificar pessoas como os autores dos atos terroristas de Paris?
Crentes ou dementes?
É difícil admitir que algum tipo de fé religiosa possa justificar tanta barbárie.
Como entender a alma e a mente de indivíduos assim?
Quando o fanatismo, seja religioso, ideológico ou político, passa a habitar a alma humana, sua mente se fecha para a razão. Renunciar à razão é negar o divino que está em nós. Nada identifica melhor a presença da divindade no interior da alma humana do que o cultivo da razão. Raciocinar é aprender a ler o grande livro da Natureza. Nenhum livro sagrado é mais rico do que o repertório de leis naturais gravadas na consciência imortal do ser humano.
Homens ou feras?
Foram necessários alguns séculos de civilização para que inteligência e ética se encontrassem, dando lugar ao reconhecimento dos direitos fundamentais do homem. Valores como igualdade e liberdade, frutos da fraternidade, fizeram nascer a dignidade. Respeito à vida, à integridade, às ideias, às crenças e sentimentos do outro é o que define o ser humano, distinguindo-nos da fera que já fomos.
Desencanto ou esperança?
Episódios assim geram mais perguntas do que respostas. Mas o tempo age sempre em favor do homem. Ele transmuda ignorância em aprendizado e ódio em amor.
Milton Rubens Medran Moreira, jornalista, escritor, advogado, é presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (RS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário