*Nirvana, Nirvana! Que vem a ser, pois, o Nirvana? O aniquilamento do ódio, o aniquilamento do desvario –eis o que é o Nirvana.
Há qualquer coisa que não é nascida, que não é produzida por uma causa, que não é criada, que não é formada; senão não poderia haver razão para o que é nascido, produzido, criado, formado.
E como pode o Nirvana vir a ser conhecido? É pela libertação da miséria, pela paz, pela calma, pela felicidade, pela pureza que o Nirvana pode vir a ser conhecido.
Quando o espírito percebe a impermanência de todas as formações, o sofrimento e a ilusão da personalidade, então ele se une ao elemento imortal do Nirvana absoluto.
O discípulo que renunciou ao prazer e ao desejo, e que é rico de sabedoria, esse alcança, neste mundo mesmo, a libertação da morte, o Nirvana, a morada eterna.
Assim como o homem que tem olhos pode, não importa onde esteja, contemplar a amplidão dos céus, assim também aquele que viver na retidão, onde quer que esteja, pode chegar a realização do Nirvana.
Esses, cuja meditação penetrou completamente as diferentes partes da Ciência Perfeita; esses, neste mundo mesmo, conseguem libertar-se totalmente.
Discípulo, esvazia o teu barco! Vazio, ele vogará levemente. quando despojares teu espírito de paixão e ódio, chegarás ao porto: o Nirvana.
Bem poucos, dentre os homens, chegam à outra margem. O comum dos mortais nada mais faz do que correr, daqui, dali, pela margem de cá.
Resiste com energia à torrente, o discípulo; quando souberes como se dissolvem todas as formações, conhecerás Aquilo que não é criado.
Aquele que sabe que seu corpo é semelhante à espuma ligeira e não tem maior consistência que um raio de luz, chegará a não mais avistar o reino da Morte.
Quando se erguem as ondas, as temíveis ondas da borasca, onde encontrarão uma ilha os que se vêem envolvidos pelas águas, oprimidos pela velhice e pela morte? Eis o que ensino.
Lá, onde nada mais há, nem um apego sequer, lá é que está a ilha única: aquela que se chama Nirvana. É a libertação da velhice e da morte.
O asceta, que vive no ermo, com o pensamento em paz, experimenta uma sobre-humana alegria ao fixar os olhos na Verdade. Ao considerar a origem e o fim de todas as coisas, experimenta a profunda alegria dos que conhecem o Nirvana.
Cheios de encantos são os bosques. Onde o vulgo não se compraz é que se comprazem os que são isentos de paixão.
É no auge da alegria, a alma boiando na felicidade, que o sábio chegará à morada do repouso e da ventura, onde cessam todos os renascimentos.
Não é no desejo dos gozos celestiais, mas no aniquilamento de todo desejo que coloca sua felicidade o discípulo que chegou ao Conhecimento.
In: As Palavras de Buda, Ediouro, Rio de janeiro
Livro: Buda Vida e Pensamentos, Martin Claret
Há qualquer coisa que não é nascida, que não é produzida por uma causa, que não é criada, que não é formada; senão não poderia haver razão para o que é nascido, produzido, criado, formado.
E como pode o Nirvana vir a ser conhecido? É pela libertação da miséria, pela paz, pela calma, pela felicidade, pela pureza que o Nirvana pode vir a ser conhecido.
Quando o espírito percebe a impermanência de todas as formações, o sofrimento e a ilusão da personalidade, então ele se une ao elemento imortal do Nirvana absoluto.
O discípulo que renunciou ao prazer e ao desejo, e que é rico de sabedoria, esse alcança, neste mundo mesmo, a libertação da morte, o Nirvana, a morada eterna.
Assim como o homem que tem olhos pode, não importa onde esteja, contemplar a amplidão dos céus, assim também aquele que viver na retidão, onde quer que esteja, pode chegar a realização do Nirvana.
Esses, cuja meditação penetrou completamente as diferentes partes da Ciência Perfeita; esses, neste mundo mesmo, conseguem libertar-se totalmente.
Discípulo, esvazia o teu barco! Vazio, ele vogará levemente. quando despojares teu espírito de paixão e ódio, chegarás ao porto: o Nirvana.
Bem poucos, dentre os homens, chegam à outra margem. O comum dos mortais nada mais faz do que correr, daqui, dali, pela margem de cá.
Resiste com energia à torrente, o discípulo; quando souberes como se dissolvem todas as formações, conhecerás Aquilo que não é criado.
Aquele que sabe que seu corpo é semelhante à espuma ligeira e não tem maior consistência que um raio de luz, chegará a não mais avistar o reino da Morte.
Quando se erguem as ondas, as temíveis ondas da borasca, onde encontrarão uma ilha os que se vêem envolvidos pelas águas, oprimidos pela velhice e pela morte? Eis o que ensino.
Lá, onde nada mais há, nem um apego sequer, lá é que está a ilha única: aquela que se chama Nirvana. É a libertação da velhice e da morte.
O asceta, que vive no ermo, com o pensamento em paz, experimenta uma sobre-humana alegria ao fixar os olhos na Verdade. Ao considerar a origem e o fim de todas as coisas, experimenta a profunda alegria dos que conhecem o Nirvana.
Cheios de encantos são os bosques. Onde o vulgo não se compraz é que se comprazem os que são isentos de paixão.
É no auge da alegria, a alma boiando na felicidade, que o sábio chegará à morada do repouso e da ventura, onde cessam todos os renascimentos.
Não é no desejo dos gozos celestiais, mas no aniquilamento de todo desejo que coloca sua felicidade o discípulo que chegou ao Conhecimento.
In: As Palavras de Buda, Ediouro, Rio de janeiro
Livro: Buda Vida e Pensamentos, Martin Claret
*De acordo com a concepção budista, o Nirvana seria uma superação do apego aos sentidos e da ignorância e a superação da existência, que é pura ilusão. (Wikipédia)
Um comentário:
Muito bom o post e o blog!Adorei
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