sábado, 6 de setembro de 2008



Em seu Caminhar


Como a vida segue, sigas tal qual o rio lapidando os seixos que cortam as suas águas até derramar-se em imenso mar, não sejas portanto o que te lança os detritos,
carregue-os na difícil tarefa de transforma-los no adubo que sustenta as plantas e dar vigor e beleza as flores.

Assemelhe-se ao minúsculo grão de areia, que levado a força da brisa compõem as alvas paisagens das dunas e sob o sol escaldante cintila qual diamante luzindo ao solo como estrelas no negror das noites celestes,
não sejas porém o que te rouba a beleza e a oportunidade do brilho.

Sejam as tuas mãos ferramentas que semeiam o trigo, que produz o pão e sacia a fome dos pobres pequeninos,
mas não faças delas armas cruéis que apagam sorrisos e leva angústia e o medo ao seio dos lares.

Seja a tua boca a verdade que liberta, jamais conduzindo-te ao fel da calúnia que amarga a vida dos inocentes, levando muitos a descerem aos frios porões da insanidade.

Sejam as tuas pernas instrumentos de força na árdua caminhada que elegestes a trilhar em sua jornada terrestre, mas não vaciles jamais os seus passos em rumos incertos, desviando-se da sua abençoada rota que aguarda findar-se nos reinos luminosos da paz.


Carlos Pereira
*Por Glauco

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