sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Literatura Espírita Infantil



Por *Wellington Balbo


É gigantesco o compromisso que o Espiritismo tem com a sociedade e sua reforma moral. Em um mundo que atingiu patamares de evolução tecnológica extraordinários, urge fazer com que a conduta moral do ser humano se equipare aos níveis de evolução tecnológica descortinados pela ciência.

Kardec na Revista Espírita de 1860 (p.320) afirma que um dia o Espiritismo exercerá grande influência sobre a estrutura social, porém, assevera o Codificador que este dia está distante, porquanto há a velha disposição humana à acomodação, deixando reinar em si o homem velho, o que impede de florescer o homem novo. Talvez ainda demore algumas décadas, ou mesmo séculos, para que a humanidade venha assimilar plenamente lições que falam do amor ao próximo e do significado de combater as imperfeições para que se conquiste a paz interior.

Diante da afirmação de Kardec cresce a responsabilidade do espírita, porquanto seu compromisso não se limita tão somente ao centro espírita, mas sim, a toda sociedade. Daí a necessidade do estudo constante das obras da codificação para que a transmissão das ideias espíritas sejam claras e objetivas, e possam assim encontrar eco na sociedade. Dentro deste contexto de transmissão das ideias espíritas importante observar a questão da qualidade em transmiti-las. Ora, qualidade equivale à competência, forçoso, então, admitir que o ideal do Espiritismo deve ser transmitido por alguém que tenha competência para tal tarefa. E a competência para realização desta tarefa que agregará valores à sociedade só se faz com estudo e pesquisa avalizados pelo esforço em conhecer e praticar Kardec. E para conhecer Kardec não é necessário qualquer diploma ou rótulo, mas sim o estudo sistematizado de sua obra.

Todavia, há atalhos que podem fazer chegar mais rápido o Espiritismo à sociedade. O caminho, sem dúvida, está no plantio do ideal espírita nos pequenos corações infantis. Imperioso, portanto, que o dirigente espírita faça uma reflexão e veja se a instituição sob sua coordenação privilegia o ensino espírita às crianças. Importante que o dirigente espírita observe se as crianças e jovens frequentadores da casa espírita sob sua responsabilidade estão interessados na literatura espírita infantil. A questão é de definir objetivos para a divulgação espírita às crianças e jovens. A pergunta é:

Quem fará o futuro da sociedade?

A resposta é simples: as crianças. Logo, imprescindível presenteá-las com livros espíritas infantis de boa qualidade.

O escritor espírita Adeilson Salles concedeu entrevista ao site O Consolador – www.oconsolador.com e discorreu sobre a importância da divulgação espírita às crianças e jovens. O autor possui diversos livros espíritas para o público infantil e deixou interessante mensagem, que transcrevemos parcialmente: “Não haverá regeneração sem educação. Pais e educadores espíritas, criem salas de leitura em suas instituições, abram espaço para a literatura infantil em suas Casas Espíritas. Mais do que isso, que se montem bibliotecas infantis”.

Cabe a nós, espíritas, pais, educadores, tomarmos ciência de que a humanidade necessita mais do que nunca do esclarecimento proporcionado pela mensagem espírita para que o mundo melhore, seja mais justo e fraterno. As crianças são terrenos férteis para a germinação do ideal espírita. O caminho é trabalhar nos pequenos corações para que pereça o homem velho, simbolizado pelo egoísmo e floresça o homem novo, simbolizado pelo amor ao próximo.









(*)Wellington Balbo é de Bauru-SP, realiza trabalho na área de literatura espírita publicando artigos e textos em diversos sites e blogs da doutrina.

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