Por Cláudio Bueno da Silva
“Amar o próximo como a si mesmo” é, talvez, o mais completo dos ensinos de Jesus. Até porque esse pensamento é a síntese do dever moral do homem aplicado à Vida, e traduz amor e obediência a Deus, antes de tudo.
Diz-se que ninguém ama o outro se não amar a si próprio. Mas já aprendemos a amar a nós mesmos? Que amor é esse se agredimos e desgastamos o corpo com vícios e excessos? Se não nos reconhecemos como Espíritos imortais, e por isso somos indiferentes a valores importantes? Se elegemos a matéria como guia do nosso destino, ignorando a nossa essência?
Amar a si mesmo será egoísmo? Não, se esse autoamor revelar a gratidão a Deus por ter-nos dado a Vida; não, se esse amor fizer compreender, com inteligência, o valor da saúde física e da saúde moral; não, se esse amor representar o investimento de cada dia da nossa existência no progresso espiritual.
Atendidos esses requisitos, nosso coração terá amor para partilhar. E colocar-se no lugar do outro será um exercício espontâneo que nos fará desenvolver o amor ao próximo, ou seja, vê-lo do mesmo lado nosso: o humano. E apesar de tudo o que nos possa distinguir como pessoas, sabê-lo e aceitá-lo como um irmão querido.
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