quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Magnetismo Pessoal



Por Mónica Barili


Jesus Cristo, em sua passagem pela Terra, foi a demonstração viva do magnetismo pessoal em sua expressão divina. A razão primária de seu magnetismo fundamentava-se no amor que dedicava aos seus semelhantes e, também, nos ensinamentos profundos que ministrava, através da sua vivência, de conselhos salutares e recomendações valiosas, com vistas a impulsionar a criatura para Deus.

Outro personagem que absorveu o grande magnetismo emanado do Cristo foi Paulo de Tarso. Sua presença e a autoridade de suas palavras fizeram com que ele se destacasse aos olhos de todos, como um gigante no processo de divulgação do Cristianismo nascente.

Em Allan Kardec, encontramos outro exemplo do missionário portador de grande magnetismo pessoal. Codificou uma doutrina nova e tornou-se o seu maior divulgador, atraindo a atenção de elevados contingentes de pessoas das mais variadas camadas sociais.

E nós? Entramos no terceiro milênio dominando muitos recursos tecnológicos, não conseguindo, entretanto, responder integralmente às questões voltadas aos aspectos morais e espirituais de nossas vidas. Verdades existem milenarmente profetizadas e o homem não tem assimilado as lições que induzem ao amor, e que constituem a lei para a felicidade.

Kardec lembra que o cristão é reconhecido pelas suas obras, assim como o fruto denuncia a natureza da árvore que o produz. A Doutrina Espírita, através das instruções dos Espíritos Superiores, conclama-nos à reforma íntima, buscando neste desiderato a conquista da paz no contínuo exercício do bem, na reformulação de nossos atos e consequente resgate das dívidas pretéritas.

Temos o dever de unir, reunir, somar sempre para que estejamos fortes e integrados na seara de Jesus. Devemos orar e vigiar sempre, porque estamos cercados de vícios morais nos quais a arrogância e a pretensa superioridade tentam dividir e anular os esforços daqueles que procuram a fraternidade como fórmula de ação, pela qual buscam atingir as realizações em favor do próximo e de si mesmos.

Daí a importância de atitudes como caridade e tolerância para com todos os que nos desfrutam a companhia no caminho da evolução espiritual, amando e perdoando, compreendendo e servindo. Estaremos, assim, construindo nossa própria felicidade!

Quanto mais desenvolvida a noção de responsabilidade, mais facilidade teremos no cumprimento do dever, pois a obrigação é o que a sociedade espera de nós, e o dever é o que a nossa consciência cobra de nós. Alguns já conseguem a renúncia e a abnegação, estágio este acima do dever, característica dos Espíritos superiores.

Léon Denis diz que não basta crer e saber. É necessário viver nossa crença, isto é, fazer penetrar, na prática diária da vida, os princípios superiores que adotamos. Assim, se quisermos atrair os nossos semelhantes, devemos, sobretudo, saber amar.

Bibliografia:
Revista Internacional de Espiritismo, artigo Responsabilidade e Espiritismo, de Edgard Abreu, Casa Editora O clarim - outubro de 2008, pág. 485.
Id, artigo Caridade e Tolerância, de Lucy Dias Ramos, Casa Editora O Clarim - outubro de 2008, pág. 465.

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