domingo, 18 de setembro de 2011

Mensagem da Semana


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Jesus e Estudo - Estudo como Dever


Realmente Jesus começou o Apostolado Divino, junto à festa de Canaã, exaltando os júbilos da família; contudo, é importante verificar que o seu primeiro contato com a vida pública se realizou quando ainda era criança, com os sábios do Templo em Jerusalém.

Registrando o acontecimento, diz Lucas que o menino foi encontrado “entre os doutores, ouvindo-os e interrogando-os”.

Decerto, mostrava o Senhor, desde cedo, acendrado amor pelas criaturas.

Na intimidade do lar, em Nazaré, muita vez teria conduzido ao carinho maternal esse ou aquele faminto da estrada, ou um ou outro animal doente...

Fixava o céu noturno, convidando José da Galiléia à oração ante o altar das estrelas e nesse ou naquele passeio, através das montanhas convidava os pequeninos companheiros, à contemplação das flores, em êxtase infantil.

Entretanto, por força dos Desígnios Superiores que lhe orientavam a Divina Missão no mundo, o Evangelho lhe destaca, da meninice, apenas o encontro cm os professores do santuário, como a endereçar ao porvir a sua preocupação de aperfeiçoamento.

É que o Mestre Divino não veio à Terra apenas religar ossos quebrados ou reavivar corpo doentes, mas acima de tudo, descerrar horizontes libertadores à sublime visão da alma, banindo o cativeiro da superstição e do fanatismo.

Em meio ao coro de hosanas que fazia levantar da turba de enfermos e paralíticos, efetuava pregação do Reino de Deus que, no fundo, era sempre aula de profunda sabedoria, despertando a mente popular para a imortalidade e para a justiça.

Fosse no topo do monte, ao pé da multidão desorientada ou no recinto das sinagogas onde lia os Escritos Sagrados para ouvintes atentos, fosse na casa de Pedro, alinhando anotações da Boa Nova, ou na barca dos pescadores que convertia em cátedra luminosa na universidade da Natureza, foi sempre o Mestre, leal ao ministério do ensino, erguendo consciências e levantando corações, não somente no socorro às necessidades de superfície, mas na solução integral dos problemas da Vida Eterna.

Estudo como Dever

Compreendamos, assim, nas instituições do Espiritismo, que restauram o Evangelho para a atualidade, o culto do estudo edificante como simples dever.

Todos detemos conosco graves lições.

O estilete da angústia na própria alma...

A expiação em família...

A moléstia humilhante...

A inibição aflitiva...

A inadaptação social...

A trama da obsessão...

A esperança frustrada...

Buscar sistematicamente o alívio de uma hora, sem penetrar a essência da dor, é o mesmo que adquirir panacéias de ilusão e adotar a irresponsabilidade como norma de vida.

Por isso mesmo, é indispensável sacudir o marasmo do conformismo nos recessos do próprio ser, focando a observação em linhas renovadoras da emotividade e do pensamento para que se elevem nossas percepções e concepções, no rumo do progresso.

Para isso, é imprescindível que o estudo nos favoreça, porquanto a existência é passo da evolução em que o conhecimento é pão do Espírito, quanto o pão material é sustento do corpo.

Estudo sem ostentação de saber.

Estudo sem paranóia intelectual.

Estudo para trabalho incessante.

Estudo como hábito nobre nos domínios da cooperação e do entendimento.


Emmanuel

Do livro Doutrina-Escola, de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos.

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