Por Orson Peter Carrara
"A existência da mediunidade tem nobre finalidade; eis por que nos compete o dever de educá-la e direcioná-la para o bem."
Vivemos o expressivo ano dos 150 anos de O Livro dos Médiuns, a incomparável obra que é considerada o maior tratado sobre a mediunidade já publicado no planeta. A mediunidade, como se sabe, é faculdade humana. Não é invenção do Espiritismo, nem tampouco de seu uso exclusivo, como igualmente não é privilégio de ninguém, de qualquer grupo, religião, raça, sexo ou condição social, uma vez que, sendo de origem orgânica, apresenta-se em todas as classes sociais, independente da cultura, crença, nacionalidade e mesmo em diferentes idades e, claro, em variados estágios de percepção.
Essa variação nos estágios de percepção e atuação dos médiuns é característica própria na citada faculdade, propiciando resultados diferentes em razão das bagagens, experiências vivenciadas, moralidade, ambiente onde atuam e, claro, conhecimento sobre o assunto. Referido conhecimento convida à disciplina, ao uso adequado e responsável para que ela cumpra sua função de ponte entre o mundo dos encarnados e o plano da pátria verdadeira, o mundo dos Espíritos.
É aí que surge, pois, O Livro dos Médiuns, obra magistral de Allan Kardec, cujo texto integral e conteúdo dos capítulos norteiam no sentido do bom uso da faculdade para atender à sua finalidade.
É natural, portanto, o júbilo nesses 150 anos da obra e a importância do estímulo para seu estudo e divulgação. Os capítulos, questões, temas, reflexões e a orientação clara oferecida pela obra não podem ser desconsiderados diante do estudo que o tema requer, por si só inesgotável.
Seria o caso de perguntar: o que pensamos sobre médiuns? Encaramos seus portadores como adivinhos, reveladores, pessoas a quem podemos recorrer a qualquer hora para fazer perguntas, resolver problemas do cotidiano? Seriam eles aqueles que detêm respostas? Seriam, ainda melhor, os solucionadores de nossas angústias?
Não, nada disso!
A faculdade mediúnica é variável e depende naturalmente do estágio em que se situa o médium
Os médiuns são homens e mulheres comuns que, devido a uma faculdade orgânica e mental, são instrumentos de comunicação com o Mundo Espiritual, morada dos seres extracorpóreos ou Mundo dos Espíritos. Essa faculdade é conhecida pelo nome de mediunidade. Ela só existe quando há a permuta de experiências ou uso do intercâmbio entre os Espíritos e os chamados médiuns. Pode ser acionada pelos Espíritos ou por iniciativa dos médiuns que os buscam.
Como já se sabe, Espíritos são igualmente homens e mulheres habitantes da Pátria Espiritual, mundo normal primitivo (no sentido de origem) de onde viemos e para onde voltaremos num processo contínuo de aperfeiçoamento intelecto-moral, através das existências sucessivas, até atingirmos um estágio que nos dispensará a necessidade da encarnação em corpos físicos.
Essa faculdade, no entanto, é tão imensamente variável – a depender naturalmente do estágio intelecto-moral em que se situa o médium – que inevitavelmente produzirá uma imensa variedade de fenômenos que conhecemos com o nome de fenômenos mediúnicos.
Alguns a trazem espontânea – podendo manifestar-se desde a infância ou mais adiante –, outros a educam devidamente na madureza e muitos a detêm de maneira intuitiva, consciente ou inconscientemente.
Recomenda-se, para conhecimento dessa variedade com que se apresenta, o estudo dos capítulos XIV, XV e XVI de O Livro dos Médiuns, em sua segunda parte, em que o Codificador Allan Kardec aborda a questão dos médiuns mecânicos, semimecânicos, intuitivos, inspirados ou involuntários, além de um Quadro sinótico das diferentes variedades de médiuns, trazendo ainda abordagens sobre médiuns audientes, videntes, entre outros.
O que se encontra, todavia, no estudo dos fundamentos do Espiritismo é que não há nada de extraordinário ou misterioso na faculdade mediúnica. Ela é inerente ao ser humano, pois que também somos Espíritos (com a diferença de estarmos encarnados). Estamos muito ligados uns aos outros e o que varia é apenas o grau de intensidade da citada faculdade humana.
Fonte: O Consolador, ano 5, nr.224
"A existência da mediunidade tem nobre finalidade; eis por que nos compete o dever de educá-la e direcioná-la para o bem."
Vivemos o expressivo ano dos 150 anos de O Livro dos Médiuns, a incomparável obra que é considerada o maior tratado sobre a mediunidade já publicado no planeta. A mediunidade, como se sabe, é faculdade humana. Não é invenção do Espiritismo, nem tampouco de seu uso exclusivo, como igualmente não é privilégio de ninguém, de qualquer grupo, religião, raça, sexo ou condição social, uma vez que, sendo de origem orgânica, apresenta-se em todas as classes sociais, independente da cultura, crença, nacionalidade e mesmo em diferentes idades e, claro, em variados estágios de percepção.
Essa variação nos estágios de percepção e atuação dos médiuns é característica própria na citada faculdade, propiciando resultados diferentes em razão das bagagens, experiências vivenciadas, moralidade, ambiente onde atuam e, claro, conhecimento sobre o assunto. Referido conhecimento convida à disciplina, ao uso adequado e responsável para que ela cumpra sua função de ponte entre o mundo dos encarnados e o plano da pátria verdadeira, o mundo dos Espíritos.
É aí que surge, pois, O Livro dos Médiuns, obra magistral de Allan Kardec, cujo texto integral e conteúdo dos capítulos norteiam no sentido do bom uso da faculdade para atender à sua finalidade.
É natural, portanto, o júbilo nesses 150 anos da obra e a importância do estímulo para seu estudo e divulgação. Os capítulos, questões, temas, reflexões e a orientação clara oferecida pela obra não podem ser desconsiderados diante do estudo que o tema requer, por si só inesgotável.
Seria o caso de perguntar: o que pensamos sobre médiuns? Encaramos seus portadores como adivinhos, reveladores, pessoas a quem podemos recorrer a qualquer hora para fazer perguntas, resolver problemas do cotidiano? Seriam eles aqueles que detêm respostas? Seriam, ainda melhor, os solucionadores de nossas angústias?
Não, nada disso!
A faculdade mediúnica é variável e depende naturalmente do estágio em que se situa o médium
Os médiuns são homens e mulheres comuns que, devido a uma faculdade orgânica e mental, são instrumentos de comunicação com o Mundo Espiritual, morada dos seres extracorpóreos ou Mundo dos Espíritos. Essa faculdade é conhecida pelo nome de mediunidade. Ela só existe quando há a permuta de experiências ou uso do intercâmbio entre os Espíritos e os chamados médiuns. Pode ser acionada pelos Espíritos ou por iniciativa dos médiuns que os buscam.
Como já se sabe, Espíritos são igualmente homens e mulheres habitantes da Pátria Espiritual, mundo normal primitivo (no sentido de origem) de onde viemos e para onde voltaremos num processo contínuo de aperfeiçoamento intelecto-moral, através das existências sucessivas, até atingirmos um estágio que nos dispensará a necessidade da encarnação em corpos físicos.
Essa faculdade, no entanto, é tão imensamente variável – a depender naturalmente do estágio intelecto-moral em que se situa o médium – que inevitavelmente produzirá uma imensa variedade de fenômenos que conhecemos com o nome de fenômenos mediúnicos.
Alguns a trazem espontânea – podendo manifestar-se desde a infância ou mais adiante –, outros a educam devidamente na madureza e muitos a detêm de maneira intuitiva, consciente ou inconscientemente.
Recomenda-se, para conhecimento dessa variedade com que se apresenta, o estudo dos capítulos XIV, XV e XVI de O Livro dos Médiuns, em sua segunda parte, em que o Codificador Allan Kardec aborda a questão dos médiuns mecânicos, semimecânicos, intuitivos, inspirados ou involuntários, além de um Quadro sinótico das diferentes variedades de médiuns, trazendo ainda abordagens sobre médiuns audientes, videntes, entre outros.
O que se encontra, todavia, no estudo dos fundamentos do Espiritismo é que não há nada de extraordinário ou misterioso na faculdade mediúnica. Ela é inerente ao ser humano, pois que também somos Espíritos (com a diferença de estarmos encarnados). Estamos muito ligados uns aos outros e o que varia é apenas o grau de intensidade da citada faculdade humana.
Fonte: O Consolador, ano 5, nr.224
Nenhum comentário:
Postar um comentário