sábado, 9 de janeiro de 2010


Mestre e Aprendiz


... E respondendo ao discípulo que lhe pedira ensinasse a orar. Disse o Mestre generoso:

Quando rogares amor, não abandones o próximo ao frio da indiferença.

Quando suplicares o dom da fé viva, não relegues teu irmão à descrença ou à tortura mental.

Quando pedires luz, não condenes teu companheiro à perturbação nas trevas.

Quando solicitares a bênção da esperança, não espalhes o fel da desilusão.

Quando implorares socorro, não olvides a assistência que deves aos mais necessitados.

Quando rogares consolação, não veicules o desespero à margem do caminho.

Quando pedires perdão, desculpa os que te ofendem.

Quando suplicares justiça, em favor da própria segurança, não te descuides da harmonia de todos que precisas assegurar ao preço de tua renunciação e de tua humildade, a beneficio dos que te cercam.

Se reclamas pela claridade da paz, não estendas a sombra da discórdia; se pedes compreensão, não critiques; se aguardas concurso do Céu, não menosprezes a colaboração que o mundo te pede à boa vontade.

Assim como fizeres aos outros, assim será feito a ti mesmo.

Segundo plantares, colherás.

Não olvides, assim, que a Vontade do Senhor é também a Lei Eterna e que tudo te responderá na vida, conforme os teus próprios apelos.

Vai, pois, e, orando, perdoa e ajuda sempre!...

Foi então que o aprendiz, reconhecendo que não basta simplesmente pedir para receber a felicidade, passou a construí-la através do serviço à felicidade dos outros, compreendendo, por fim, que somente pelo trabalho incessante no bem, poderia orar em perfeita comunhão com a Bondade de Deus.


Emmanuel

Do livro Antologia Mediúnica do Natal, Francisco Cândido Xavier.

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