sábado, 28 de novembro de 2009

Terapia Desobsessiva


De acordo com o quadro da alienação, variam os recursos terapêuticos. Em primeiro lugar, é preciso compreender que o agente (o obsessor) é um ser que pensa e age movido por uma razão que lhe parece justa. O principal mister deve ser, pois, concentrar no desencarnado as atenções, tratando-o com bondade e respeito. Conquistar para a íntima renovação o agente infeliz, eis o primeiro definitivo passo. Devemos evitar a discussão inoperante, mostrando, ao contrário, nosso interesse amoroso pelo bem-estar do outro, que terminará por envolver-se em ondas de confiança e harmonia, de que se beneficiará, mudando de atitude em relação aos propósitos mantidos até então.

Simultaneamente, educar à luz do Evangelho o paciente, insistindo junto a ele, com afabilidade, pela transformação moral, com o que se criarão condições psíquicas harmônicas com que se refará emocionalmente. E' importante atraí-lo também a ações dignificantes e de beneficência, com que granjeará simpatias e vibrações positivas, que o fortalecerão, mudando o seu campo psíquico. Outra providência é estimular-lhe o hábito da oração e da leitura edificante, trabalhando-lhe, ao mesmo tempo, o caráter, que se deve tornar maleável ao bem e refratário ao vício.

Ao lado dessa psicoterapia, é necessária a aplicação dos recursos fluídicos, seja através do passe ou da água magnetizada, e da oração intercessória, com que se vitalizam os núcleos geradores de forças, com o poder de desconectar os "plugs" das respectivas matrizes, de modo a que o endividado se reabilite perante a Consciência Cósmica pela aplicação dos valores e serviços dignificadores.

Não ocorrem milagres em misteres como esse. O acontecimento tido por miraculoso, quando parece suceder, é o resultado de uma ação muito bem programada, cujas causas não são necessariamente conhecidas. Toda pessoa que deseje contribuir na esfera do socorro desobsessivo, não deve descurar-se da conduta íntima, nem das suas ligações com o Plano Espiritual Superior, donde fluem os recursos lenificadores, salutares, para os cometimentos do amor. Recordando Jesus, diante dos obsidiados e dos obsessores, busquemos a sua ajuda e inspiração na condição elevada que Ele ocupa como "Senhor dos Espíritos".


Centro Espírita Nosso Lar, estudo do livro Nas Fronteiras da Loucura(Análise das Obsessões, pp. 17 e 18), Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda.

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