sábado, 17 de junho de 2017

O Dilúvio Bíblico segundo o Espiritismo



O dilúvio bíblico, também conhecido como "dilúvio asiático", cuja realidade não se pode contestar, deve ter sido ocasionado pelo levantamento de uma parte das montanhas daquela região. É o que sugere a existência de um mar interior, comprovada pelas observações geológicas, que ia do mar Negro ao oceano Boreal e de outros, cujas águas são salgadas e que não têm nenhuma comunicação com outro mar, como o mar Cáspio. Os inúmeros lagos espalhados pelas imensas planícies da Tartália e as estepes da Rússia parecem ser restos daquele antigo mar.

Por ocasião do levantamento das montanhas do Cáucaso, posterior ao dilúvio universal, parte daquelas águas foi movida para o norte, na direção do oceano Boreal; outra parte, para o sul, em direção ao oceano Índico, inundando e devastando precisamente a Mesopotâmia e toda a região em que habitaram os antepassados do povo hebreu.

Embora se tenha estendido por uma grande superfície, é atualmente comprovado que esse dilúvio foi apenas local e que não pode ter sido causado pela chuva. Por mais torrencial que esta fosse e ainda que se prolongasse por quarenta dias, como consta na Gênese mosaica, estudos comprovam que a quantidade de água caída das nuvens não bastaria para cobrir toda a Terra, até acima das mais altas montanhas.

Para os homens de então, que não conheciam mais do que uma extensão muito limitada da superfície do globo e que nenhuma ideia tinham da sua configuração, desde que a inundação invadiu os lugares conhecidos, invadida fora, para eles, toda a Terra. Além disso, há que se considerar a forma imaginosa e figurativa da descrição, peculiar ao estilo oriental, já não surpreenderá o exagero da narração bíblica.

O dilúvio asiático foi, evidentemente, posterior ao aparecimento do homem na Terra, visto que a lembrança dele se conservou pela tradição em todos os povos daquela parte do mundo, os quais o consagraram em suas teogonias.

Conclusão
O dilúvio bíblico, conforme narrado no Antigo Testamento, retrata o grau de evolução intelectual da humanidade àquela época. Os conhecimentos científicos eram ainda muito precários. Pensavam os homens que a Terra era uma área plana e que sua extensão era restrita aos locais até onde lhes era permitido o acesso. Como o dilúvio inundou toda a área em que vivia os ascendentes do povo hebreu, para o povo de então toda a Terra fora inundada, ideia que passou de geração a geração, até chegar ao tempo de Moisés. Atualmente, é ponto pacífico para a ciência que, embora o dilúvio tenha se estendido por uma grande superfície, foi apenas local, naquela região onde viviam os ascendentes do povo hebreu.

Fonte: Estudo do CVDEE- www.cvdee.org.br

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