quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sempre Lembrados: João Nunes Maia


Nasceu em 10 de novembro de 1923, em Glaucilândia, norte de Minas Gerais. Desencarnou em quatro de Setembro de 1991.

A mediunidade veio à tona cedo, trazendo angústias e aflições. O apoio veio da mãe, Dona Maria Nunes, que se apegava às orações. O jovem Nunes muito estudou e lutou, desenvolvendo a psicografia, a psicofonia, a clarividência e o desdobramento.

O pai, Joaquim da Silva Maia e a mãe, Maria Nunes Maia tiveram cinco filhos. Não tinham informações sobre a Doutrina Espírita. O segundo filho do casal, João Nunes Maia, conversava sozinho e era tido como "estranho”. À procura do equilíbrio foi atrás de Dona Lozinha, conhecida benzedeira da região: tinha recurso para mau olhado, anemia, para pragas que atacassem as fazendas.

João Nunes passou a frequentar as reuniões na distante casa de Dona Lozinha, aonde ia a cavalo. Mediunizada, ela o alertava sobre as suas tarefas futuras e sobre a necessidade de conhecer as obras de Allan Kardec. Através do reembolso postal, o médium encomenda à Federação Espírita Brasileira os livros básicos da Doutrina. Nessa época, cria o hábito de conversar com Deus, ao nascer e ao por do sol e, numa manhã, tem a inspiração que nortearia a Sociedade Espírita Maria Nunes: o lema do Pão e do Livro. Incentivado pelo pai, e já órfão de mãe, muda-se para Belo Horizonte em 1950, sendo acolhido pelo amigo Chico Sapateiro que ensina-lhe o ofício. Casou-se com Irene, dessa união nasceram duas filhas: uma delas Alcione; a outra não chegou a nascer.

João Nunes frequenta reuniões espíritas e conhece, em Pedro Leopoldo, o médium Francisco Cândido Xavier, de quem se torna amigo. Numa reunião mediúnica na União Espírita Mineira, identifica-se com o Espírito de Fernando Miramez de Olivídeo, seu guia espiritual e autor de vários livros psicografados por Nunes.

João Nunes muito fez pelo movimento espírita. Incentivou, orientou e, participou da fundação de várias casas espíritas em Belo Horizonte, Minas e em outros estados brasileiros. Em 1973, através do Espírito Mesmer, recebe a fórmula da Pomada Vovô Pedro, que cura males da pele.

Fruto da sua persistência surge em 12 de abril de 1955 a Sociedade Espírita Maria Nunes – SEMAN. Iniciada com estudos evangélico-doutrinários e humilde distribuição de sopa aos carentes, a SEMAN se ramificou em diversas atividades sociais e permitiu, através da Editora Fonte Viva, sua parceira, a edição de 62 livros psicografados.

Os originais psicografados por João Nunes Maia, que eram guardados debaixo da cama, na modesta casa de Santa Tereza, viraram livros. Espalharam-se pelo Brasil, Portugal, Estados Unidos, Espanha, Japão e só Deus sabem por onde mais. Missão cumprida desencarna em quatro de Setembro de 1991 o menino João, de Glaucilândia. Jornada como o caminho que o levava a dona Lozinha.

Trabalho na seara espírita: Orientou pessoalmente centenas de médiuns em desequilíbrio. Psicografou a maior obra espírita que dá suporte ao entendimento às obras básicas. Foi membro da diretoria do Hospital Espírita André Luiz e membro do Conselho da União Espírita Mineira. Foi o primeiro diretor doutrinário do Hospital André Luiz. Inaugurou a livraria da União Espírita Mineira por orientação de Chico Xavier. O João Nunes Maia era uma pessoa muito especial mesmo, tida pelos leigos como paranormal. Possuía vários tipos de mediunidade. A psicofonia através dele era maravilhosa, o seu dom de oratória era extraordinário, mas ele procurou conduzir sua energia para a psicografia. Tinha o livro como um fundamento, objetivo básico da sua reencarnação. A saída do corpo consciente, em viagem astral, para ele era comum. Era médium passista e trabalhava em reuniões de assistência e cura em sua Casa Espírita, com resultados magníficos. No momento em que psicografa obras romanceadas se transportava para os lugares citados. A vida lhe proporcionou uma oportunidade na ocasião do surgimento da pomada. Viajou de S. Paulo à Belo Horizonte João e uma pequena caravana ao Sanatório Santa Isabel, em Betim.

Foi uma noite memorável. Mais de 400 pessoas lotavam o auditório, inclusive parte delas ficou do lado de fora e assistiu o estudo do Evangelho através das janelas. Ao aproximarmos do final da reunião, notou-se que João se mostrava todo embaraçado, precisando de um pedaço de papel e de uma caneta. O dirigente da Casa pesquisou os bolsos de seu paletó encontrando um pequeno lápis. O João pegou esse quase toco de lápis e um pedaço de papel e se pôs a psicografar. Ao terminar, tinha em mãos a fórmula da pomada Vovô Pedro. Tanto, que após anotações ele indagou ao Espírito sua identidade. Ao que o Espírito humildemente respondeu: "Vovô Pedro" e acrescentou: “e atente meu filho, para o preço - “DEUS LHE PAGUE”, esse é um ensinamento que todos, promotores da pomada Vovô Pedro, não devem jamais esquecer”. No momento em que o João Nunes finalizava o livro Francisco de Assis a campainha tocou. Abriu a porta de sua casa e 44 ex-hansenianos entraram. Todos haviam sido curados com o uso da pomada e chegaram quando ele encerrava o citado livro. A fórmula da Pomada Vovô Pedro foi recebida mediunicamente por João Nunes Maia, através do espírito do médico Franz Anton Mesmer, que viveu no século XVIII.

A pomada alivia diversas doenças, principalmente as de pele.

Simples como o nome, baseia-se nas propriedades medicinais de plantas e produtos naturais, como própolis, erva-de-bicho, ipê-roxo e o condurango, não apresentando efeitos colaterais.


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