Quando o espinho buscar-te o coração
E puderes dizer — bendito sejas!
Quando a pedrada visitar-te o peito
E exclamares — bendita sejas tu!
Quando a prova amargosa e redentora
Requisitar-te a casa ao pranto escuro
E lembrares que há sombras
Mais terríveis que a tua em muita gente;
Quando inclinares teus ouvidos calmos
À irritação e à cólera dos outros,
Perdoando as ofensas e esquecendo-as;
Quando a dor inspirar-te
O canto excelso e doce da esperança;
Então tua alma içada à Luz Celeste,
Sob a glória da vida superior,
Viverá luminosa e preparada
Para o Reino do Amor...
Rodrigues de Abreu
XAVIER, Francisco Cândido. Do livro Correio Fraterno, por Espíritos Diversos.
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