domingo, 19 de agosto de 2012

Carta Fraternal













- Na leitura da parábola dos cegos –
Meu amigo, o Espiritismo
É campo de vida e luz;
Não conserves sem trabalho
A ideia que te conduz.

Nessa lavoura bendita
De paz, harmonia e amor,
Cada qual tem a tarefa
Que lhe reserva o Senhor.

És médium? Sê diligente
No amoroso apostolado.
Mediunidade é serviço
Em nome do Mestre Amado.

Investigas a verdade?
Procura ver que ninguém
Deve andar observando
Sem propósitos no bem.

És curioso somente?
Não olvides, meu irmão,
Que a boa curiosidade
É nota de elevação.

És companheiro de luta?
Guarda a prece e a vigilância,
Quem é irmão de verdade
Nunca foge à tolerância.

És simples necessitado
Na sombra e no sofrimento?
Pondera a lei generosa
De esforço e merecimento.

És pregador? Meu amigo,
Foge à ilusão, foge à treva,
Que as palavras sem os atos
São folhas que o vento leva...

Doutrinas desencarnados?
Procura reconhecer
Que se vives ensinando
É necessário aprender.

Vens pedir alguma coisa?
Recorda, na dor terrestre,
Que o tesouro mais sublime
É a paz do Divino Mestre.

Nas alegrias, nas dores,
No mais simples dos misteres,
Poderás fazer o bem
No lugar onde estiveres.

Quem busque, de fato, a luz
Da existência verdadeira.
Não se apega à fantasia,
Trabalha contra a cegueira.

Não foste chamado à fé
Para sonho ou distração,
Mas à justa atividade
De nossa renovação.

O aprendiz do Espiritismo
Não vive sem rumo, a esmo...
Tem Jesus por Mestre Amado
E a escola dentro em si mesmo.


Casemiro Cunha

Do livro “Coletâneas do Além”, de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos diversos.

Nenhum comentário:

^