quarta-feira, 25 de julho de 2012

Gotas de Luz



Magnetismo – Parte II

Os magnetizadores clássicos eram pessoas moralmente equilibradas?

Sim, abstração feita às exceções de toda regra. A despeito de muito se acusar Mesmer de exibicionismo e comportamentos exóticos, os que com ele conviveram sempre ressaltaram seu espírito de “homem caridoso e bom”.

Deluze, considerando como o ressurgidor do magnetismo com sua obra História Crítica do Magnetismo, de 1813, assim enunciava como indispensáveis algumas das condições morais do magnetizador: “Vontade ativa pelo bem; crença firme em seu poder; e confiança inteira em seu emprego”.

Os magnetizadores precisam contar com os Espíritos?

Vou buscar Allan Kardec (Revista Espírita, jan-1864) mais uma vez, em uma interessante reflexão que responde à questão:

“... Para curar pela ação fluídica, os fluídos mais depurados são os mais saudáveis; desde que esses fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o concurso deles que é preciso obter. Por isto, a prece e a invocação são necessárias. Mas, para orar e, sobretudo, orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja escutada, é preciso que seja feita com humildade e dilatada por um real sentimento de benevolência e de caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento sem desinteresse. Sem estas condições o magnetizador, privado da assistência dos bons Espíritos, fica reduzido às suas próprias forças, por vezes insuficientes, ao passo que com o concurso deles, elas podem ser centuplicadas em poder e em eficácia.” (grifos originais).


Trecho do cap. 2 do livro “Cure-se e Cure pelos Passes”, de Jacob Melo.

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