sábado, 28 de julho de 2012

Boas Notícias



Destaque para notícias positivas divulgadas em sites específicos durante esse mês.


Esporte

Jogos Olímpicos: renovação do sonho por uma cultura de paz

A abertura de uma nova Olimpíada é sempre saudada com entusiasmo pelos povos

Hoje serão abertos oficialmente, em Londres, Inglaterra os jogos das XXX Olimpíadas Mundiais, que prosseguirão até o dia 9 de agosto. Como anfitrião das Olimpíadas de 2016, o Brasil estará representado na cerimônia pela presidente da República, Dilma Rousseff.

O evento tem-se constituído em uma trégua a que a comunidade mundial se dá, afastando-se da azáfama diária, para realizar uma espécie de emulação fraterna de natureza desportiva. Isso é muito bem simbolizado na própria bandeira olímpica, que traz estampados cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A ideia é ressaltar o espírito olímpico, incentivando a paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos. Sua origem, como se sabe, está na Grécia Antiga (cerca de 2.500 a.C.). Mas, a iniciativa ficou abandonada durante 1.800 anos, só retomada em 1896, em Atenas, graças à insistência do francês Pierre de Fredy, o barão de Coubertin.

A oportunidade de ser escolhido para a sede das Olimpíadas dá ao país anfitrião visibilidade e prestígio. O que pode ser traduzido não só na esfera política, mas, sobretudo, na econômica, dando ensejo a projetos lucrativos, que podem ter dividendos na área social (para o bem ou para o mal), a depender dos compromissos fundamentais das forças que estejam no poder, naquele momento.

Infelizmente, as Olimpíadas têm sido, também, cenário de ações políticas reprováveis. Basta lembrar a recusa de Adolfo Hitler em entregar medalhas a um atleta americano negro nas Olimpíadas de Berlim (1936). Ou, outro episódio igualmente chocante, na mesma Alemanha, em Munique, durante as Olimpíadas de 1972, quando a organização palestina Setembro Negro matou 11 atletas da delegação de Israel. Sem falar nos boicotes de delegações por motivos políticos, durante a Guerra Fria: o dos EUA aos Jogos Olímpicos de Moscou (1980) em protesto contra a invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas; ou o da URSS, em 1984 às Olimpíadas de Los Angeles, sob a alegação de falta de segurança para a delegação de atletas soviéticos.

Seja como for, a abertura de uma nova Olimpíada é sempre saudada com entusiasmo pelos povos que, independentemente das razões de Estado, continuam apostando na paz.

Fonte: Jornal de Hoje, 27/07/2012


Ciência

Em conferência, cientistas falam em fim da epidemia de Aids

A 19ª Conferência Internacional sobre a Aids terminou nesta sexta-feira em Washington com a mensagem que o fim da epidemia é possível com compromisso político, financeiro e científico, além de com um renovado otimismo sobre o desenvolvimento de uma cura para a doença.

O médico ugandense Elly Katabira, presidente da conferência e da Sociedade Internacional da Aids (IAS, na sigla em inglês), pediu para se manter o "esforço" na luta contra a doença, para a qual ainda não há uma vacina ou uma cura, mas sim ferramentas e recursos "com o potencial de salvar milhões de vidas".

A conferência reuniu durante seis dias na capital americana, que tem uma taxa de infectados com o HIV superior à de países africanos como Gana e Libéria, cerca de 24 mil pessoas de 183 nações.< No ato de encerramento, o ex-presidente americano Bill Clinton disse que é possível, embora não seja fácil, conseguir o acesso universal ao tratamento contra o HIV e eliminar a transmissão do vírus de mãe para filho até 2015.

Clinton destacou que atualmente se beneficiam do tratamento contra o HIV cerca de 8 milhões de pessoas no mundo todo e que na África, onde esteve recentemente, viu "um progresso incrível" e sobretudo "vontade" para eliminar a transmissão do vírus de mãe para filho.

Além disso, o ex-presidente (1993-2001) elogiou o fato de que agora os países mais afetados pela aids forneçam mais da metade do financiamento para lutar contra a doença e enfatizou que, inclusive nestes "tempos difíceis", é fundamental que tanto os governos como os doadores particulares continuam investindo.

Em 2011 havia 34,2 milhões de pessoas que viviam com o HIV no mundo, o número mais alto registrado até o momento devido ao prolongamento da média de vida conseguida graças aos tratamentos antirretrovirais, segundo a agência das Nações Unidas contra a Aids (Unaids).

Para os especialistas que participaram da conferência a descoberta de uma cura para a aids é um desafio possível, mas ainda distante, após anos de grandes lucros. A pesquisa enfrenta agora dois grandes desafios: a vacina preventiva e novas estratégias para curar a infecção para que os tratamentos com antirretrovirais sejam limitados e possam ser retirados sem que o vírus volte a se manifestar.

Segundo explicou á Efe o médico e professor da Universidade da Califórnia em San Francisco Steven Deeks, o problema é que o vírus está escondido nas células infectadas e os remédios atuais não podem atacá-lo, portanto é preciso "identificar fármacos que obriguem o vírus a sair de sua letargia para poder aniquilá-lo".

Quanto à esperada vacina, após 20 anos de tentativas fracassadas, foram feitos "avanços reais" nos últimos dois anos e "não há dúvida que estamos nos aproximando, embora não tenho certeza do quão longe estamos de consegui-la", assegurou Deeks.

Por enquanto há um único caso no mundo de cura, o do americano Timothy Ray Brown, que se submeteu a um complicado tratamento que incluiu um transplante de medula para tratar uma leucemia mieloide aguda que sofria com células selecionadas.

Entre os grupos mais atingidos pela doença estão os hispânicos nos EUA, com altas taxas de infecção e vítimas do estigma social que lhes impede de buscar cuidado médico e participar de estudos clínicos. Esse mesmo estigma persegue as mulheres portadoras do HIV, o que diminui suas possibilidades de trabalho, estudo e tratamentos, segundo afirmaram várias especialistas na conferência.

Em geral as mulheres, e em particular as de minorias nos EUA e as que vivem em países de baixa renda e poucos meios, registraram altas taxas de infecção com o HIV em anos recentes, contagiadas por casais que abusam delas, usam drogas ou mantêm relações homossexuais.

Em 2011, os jovens de entre 15 e 24 anos representavam 40% das novas infecções pelo HIV em adultos e os casos em mulheres dessa idade são o dobro dos registrados entre os homens, de acordo com a agência das Nações Unidas contra a Aids (Unaids).

Pela conferência passaram estrelas como o cantor e compositor britânico Elton John, que em um discurso muito aplaudido pediu para substituir o "estigma" e a "vergonha" pela "compaixão" no combate à doença.

Fonte: Terra Notícias, 27/07/2012

Nenhum comentário:

^