Uma sinopse capítulo a capítulo da obra “Nosso Lar”, ditada pelo Espírito André Luiz ao médium Chico Xavier, que serve tanto como um guia para a leitura, quanto de base para estudo da mesma.
O livro completo possui 50 capítulos e nessa primeira parte, mostraremos as sinopses da introdução ao capítulo 26, tendo como fonte a apostila do Curso Sistematizado de Espiritismo, série André Luiz, da Sociedade Espírita Allan Kardec.
Conteúdo doutrinário
a. O Autor narra sua experiência após a desencarnação, descrevendo minuciosamente o sofrido estágio no Umbral, detalhando-o também;
b. A seguir, conta a emoção de ter sido socorrido e ser levado para uma cidade espiritual denominada "NOSSO LAR"...
c. A partir daí, o livro abre um leque de informações absolutamente inéditas sobre o Plano Espiritual.
Estrutura da Cidade Espiritual "NOSSO LAR"
Fundação: No século XVI, por portugueses distintos, desencarnados no Brasil.
Localização: Sobre a cidade do Rio de Janeiro.
Governador: a Governadoria está num edifício, "de torres soberanas que se perdem no céu".
Ministérios: 6 (seis), a saber: Ministério da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina.
Ministros: cada Ministério é administrado por 12 (doze) Ministros.
População: homens e mulheres, jovens e adultos (desencarnados), em número de um milhão, segundo dados fornecidos pelo Autor, em 1943.
Construções, dependências e lugares especiais: Grande muralha protetora da cidade, com baterias de proteção magnética, conjuntos habitacionais, praça central (que acomoda até um milhão de pessoas), fontes luminosas, jardins, parques arborizados, o Bosque das Águas, o Rio Azul, o Campo da Música, a Câmara de Retificação (para enfermos), etc.
(Umbral = região com várias escalas morais, sendo a mais infeliz denominada de "Trevas").
Citações Especiais:
"AÉROBUS": veículo de transporte, de grande comprimento, deslocamento veloz e aéreo.
CORAL: 2.000 vozes (Hinos: "Sempre Contigo, Senhor Jesus", "A Ti, Senhor, Nossas Vidas").
GLOBO DE CRISTAL: de 2m de altura (utilizado em reuniões mediúnicas com encarnados)
“BÔNUS-HORA”: forma de pagamento por serviços beneméritos prestados — cada hora de trabalho corresponde a um bônus-hora.
Sinopse - Capítulo a capítulo
Cap. 1 – Nas Zonas Inferiores – Descrição fantástica do local onde o Autor Espiritual se encontrou após a desencarnação. Sentia-se permanentemente em viagem... Pouca claridade. Pavor por chacotas vindas de desconhecidos. Dificuldade para obter a bênção do sono.
Lágrimas permanentes. Esteve próximo à loucura, prestes a perder a razão. Via seres monstruosos, irônicos, perturbadores... Recordações da existência terrena, quando gozava de prosperidade material e pais “extremamente generosos”.
Cap. 2 – Clarêncio – Seres maldosos e sarcásticos gritavam a A.Luiz: “suicida, criminoso, infame”. Em vão tentou revidar. Com a barba hirsuta e roupa rompendo-se sofria mais pelo abandono que o envolvera. Não se conformava em ser acusado de suicida, pois sabia que não o fora, lembrando-se de haver morrido no hospital, após cirurgia intestinal. Sentia fome. Saciava-se com lama... Amiúde via manada de seres animalescos. Médico, sempre detestara as religiões, mas agora experimentava necessidade de socorrer-se de alguma delas. Estando já no limite das forças, orou (!). Em resposta, das neblinas surgiu o benfeitor Clarêncio, acompanhado de dois auxiliares. Foi conduzido para o “Nosso Lar”.
Cap. 3 - A oração coletiva - Descrição de “Nosso Lar” e do ambiente de oração coletiva. Ao crepúsculo, um Espírito coroado de luz (o Governador Espiritual), seguido de 72 outros Espíritos (seus Ministros), entoam harmonioso hino. A.Luiz reconfortou-se.
Cap. 4 – O médico espiritual – Hospitalizado, A.Luiz é atendido por um médico espiritual que comprova o “suicídio inconsciente” que praticou. É lição-alerta imperdível e inédita quanto a essa característica do comportamento da maioria dos encarnados.
Cap. 5 – Recebendo assistência – Há pungente informação de Espíritos internados no “Nosso Lar” e que têm órbitas vazias (olhos gastos no mal...); outros são paralíticos ou não têm as pernas (locomoção fácil em atos criminosos...); outros em extrema loucura (por aberrações sexuais...). São citados os “germes de perversão da saúde divina”, agregados ao perispírito (!).
Cap. 6 – Precioso aviso – A.Luiz “desabafa” com Clarêncio, que o ouve pacientemente. Recorda da esposa e dos filhos: onde e como estarão? Após ouvi-lo, Clarêncio sugere-lhe a auto-reforma de pensamentos e o silêncio das lamentações próprias. Diz-lhe: “No “Nosso Lar” dor significa possibilidade de enriquecer a alma”...
Cap. 7 – Explicações de Lísias – A.Luiz descreve sua dificuldade de adaptação à “nova vida”. No “Nosso Lar” a natureza apresentava-lhe aspectos melhorados, em relação à Terra: grandes árvores, pomares fartos, jardins deliciosos, cores mais harmônicas. Todos os edifícios com flores à entrada. Lindas aves cruzavam os ares. Entre árvores frondosas, animais domésticos. Lísias explica que há regiões múltiplas, segundo hierarquia moral. A.Luiz pergunta pelos pais, que o antecederam e até agora não o procuraram... Lísias então lhe informa que sua mãe, habitando esferas mais altas, o tem ajudado noite e dia...
Cap. 8 – Organização de serviços – A.Luiz visita a cidade “Nosso Lar”, indo ao Ministério do Auxílio: largas avenidas, ar puro, muitas pessoas indo e vindo. “Nosso Lar” tem 6 (seis) Ministérios (da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina), cada um orientado por 12 (doze) Ministros. Na História de “Nosso Lar” consta que foi fundado por “portugueses distintos”, desencarnados no Brasil, no século XVI.
Cap. 9 – Problema de alimentação – Preciosas informações quanto ao abastecimento alimentar: em “Nosso Lar”, no passado, houve demandas; após, a alimentação passou a ser por inalação de princípios vitais da atmosfera e água misturada a elementos solares, elétricos e magnéticos. Só entre os mais necessitados é que há alimentos que lembram os da Terra.
Cap. 10 – No Bosque das Águas – A.Luiz vai ao grande reservatório de água (!). Viaja no aeróbus, veículo aéreo semelhante a um grande funicular (veículo terreno cuja tração é proporcionada por cabos acionados por motor estacionário e que é geralmente usado para vencer grandes diferenças de nível). Vê um grande rio: o Rio Azul. É exaltada a importância da água, tão deslembrada dos humanos...
Cap. 11 – Notícias do Plano – Como “Nosso Lar”, existem incontáveis outras colônias espirituais. É citada a de “Alvorada Nova”, vizinha. No “Nosso Lar” preparam-se reencarnações, após proveitosos aprendizados para as futuras tarefas planetárias.
Cap. 12 – O Umbral – É descrito que o Umbral começa na crosta terrestre, como zona obscura para os recém desencarnados. É região em torno do planeta e de profundo interesse para os encarnados. É local de grandes perturbações, pelas “legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes”. Lá existem núcleos de malfeitores, verdugos e vítimas. Acha-se repleto de formas-pensamento de encarnados, sintonizados com os desencarnados que lá estão.
Cap. 13 – No Gabinete do Ministro – A.Luiz apresenta-se a Clarêncio como voluntário ao serviço. Assiste ao diálogo do Ministro com uma voluntária, mãe, desejosa de proteger dois filhos encarnados. Tem notícia do bônus-hora (ponto relativo a cada hora de serviço).
Cap. 14 – Elucidações de Clarêncio – O Ministro, com fraternidade expõe a A.Luiz que pelo seu passado não poderá ser médico em “Nosso Lar” e sim aprendiz. E isso devido a rogativas de sua mãe e graças às seis mil consulta a necessitados nos quinze anos de clínica médica terrena dele... Dos atendidos nessas seis mil consultas, quinze ainda fazem preces a seu favor.
Cap. 15 – A visita materna – A.Luiz recebe visita de sua mãe, espírito excelso, que o consola com extremado amor. Vive em esferas mais elevadas.
Cap. 16 – Confidências – A mãe de A.Luiz informa-lhe que o pai está a doze anos em zona de trevas compactas, consequência de mau procedimento quando encarnado, com ligações clandestinas e promessas não cumpridas a mulheres, do que resultou amealhar obsessoras vingativas. Sua mãe dá-lhe notícias de suas três irmãs (desencarnadas).
Cap. 17 – Em casa de Lísias – A.Luiz é hospedado na casa da mãe de Lísias, onde conhece as duas irmãs dele. Vê livros maravilhosos e então lhe é dito que “os escritores de má-fé, que estimam o veneno psicológico” são conduzidos imediatamente para as zonas obscuras do Umbral, e lá permanecerão, até regenerarem-se...
Cap. 18 – Amor, alimento das almas – Novas lições sobre alimentação no “Nosso Lar”. Na nutrição espiritual o Amor é o maior sustentáculo das criaturas. É citado que o sexo é manifestação sagrada do Amor universal e divino.
Cap. 19 – A jovem desencarnada – A neta de Laura, recém desencarnada, sofre ante a lembrança do noivo que, mesmo antes dela desencarnar, ligara-se a uma amiga sua. Laura emite preciosas lições sobre o Amor e sobre a fidelidade.
Cap. 20 – Noções de Lar – O lar é esquematizado por conceitos matemáticos (!), acoplados a profundos conceitos morais.
Cap. 21 – Continuando a palestra – Explicações sobre o bônus-hora: sua aquisição (com trabalho pelo próximo) e sua aplicação no “Nosso Lar”. É citado que a recordação do passado exige equilíbrio e forçá-la poderá causar desequilíbrio e loucura.
Cap. 22 – O bônus-hora – Detalhes sobre essa interessante retribuição por serviços prestados, valorizando o trabalho pelo bem coletivo.
Cap. 23 – Saber ouvir – Notas sobre a inconveniência da maioria dos desencarnados terem notícias dos encarnados com os quais se ligavam. Geralmente, ocorrem desequilíbrios...
Cap. 24 – O impressionante apelo – Notícias (Agosto/1939) da 2ª Guerra Mundial, então prestes a eclodir... Ouve-se em “Nosso Lar” apelos de uma emissora espiritual, solicitando voluntários à assistência a coletividades terrenas indefesas, que sofrerão os horrores de uma grande guerra...
Cap. 25 – Generoso alvitre – Sugestões de Laura a A.Luiz quanto às futuras atividades que ele poderá exercer em “Nosso Lar”.
Cap. 26 – Novas perspectivas – A.Luiz vai às “Câmaras de Retificação”, localizadas em pavimentos de pouca luz, onde estão hospitalizados Espíritos necessitados nos primeiros tempos de moradia em “Nosso Lar”.
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