Fita, viajor, o Azul do velário bendito!
A vida se revela a súbitos relampos...
Cataratas de luz rolam nos céus escampos,
Tudo fala de amor na pompa do Infinito!
Contempla a Terra presa a pávido conflito!
Faustos, cimos, lauréis são pobres pirilampos,
Se prelibas a paz de outros sóis e outros campos,
Alma pairando além...Além do peito aflito!
Por muito hajas sofrido, em lágrimas, sozinho,
Perdoa a pedra, a serpe, o empeço, a poeira, o espinho...
Pensa nas florações da eterna primavera!
Segue esparzindo em torno os pomos da alegria,
Enquanto a noite passa e a aurora se anuncia,
Ama, crê, serve, chora, apura, sonha e espera!...
*Alves de Faria
Do livro “Sonetos de Vida e Luz”, de Waldo Vieira, por Espíritos Diversos.
* Não foi encontrada qualquer referência biográfica para o Espírito poeta Alves de Faria.
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