quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Poder do Pensamento


O Pensamento


Diferentemente dos orientais, nós, os representantes da chamada civilização ocidental, dificilmente nos dedicamos a aprofundamentos em torno das imensas potencialidades mentais de que dispomos.

A ciência acadêmica, materialista por excelência, estabelece que o pensamento é um fenômeno meramente fisiológico, decorrente da incessante atividade neuronial.

Em tempos idos, acreditávamos que os pensamentos que emitíamos eram de nossa exclusiva propriedade, razão pela qual permaneceriam, por assim dizer, encarcerados em nossos cérebros.

Entretanto, nascida em berço europeu, a Doutrina Espírita fez surgir, sobretudo pelas vias da razão, um novo conceito daquilo que reputamos como sendo o mais importante atributo do Espírito.

A questão 833 de O Livro dos Espíritos nos esclarece que é pelo pensamento que o homem desfruta de uma liberdade sem limites. A problemática que então se estabelece é a de não avaliarmos, com total exatidão, a verdadeira amplitude das conseqüências de nossas produções mentais.

André Luiz, em sua obra Mecanismos da Mediunidade, psicografada por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, nos afirma que pensar é o ato de emitir matéria mental. Assim sendo, o pensamento deixa de ter um aspecto de invisibilidade para assumir a condição de matéria em movimento. Mas...de que modo isso se processa?

Recorrendo novamente à primeira obra basilar do Espiritismo, verificamos que Kardec, em nota correspondente à questão 495, nos esclarece que é exatamente através do fluido cósmico (presente em todo o universo) que os corpúsculos mentais se movimentam. Por certo, não conseguimos visualizá-los com nossos olhos grosseiros, apenas lhes sentimos os resultados, da mesma forma como divisamos claramente a luz do sol refletida na Terra, mas, nunca, a movimentação das partículas que lhe deram origem.

Importante ressaltar que, em virtude das ondas emitidas por sua mente, o homem se mantém enclausurado nas zonas inferiores da vida carnal, acometido por diversos males, de ordem física e psíquica, decorrentes das vibrações deletérias com as quais se ajusta.

Todavia, é também a partir do pensamento que todos nós, seres eternos que somos, nos candidatamos aos mais altos vôos em direção ao sublime caminho de luz que nos cumpre trilhar.

Ademais, bem sabemos que toda vibração, de qualquer matiz, ao ser lançada no espaço, certamente há de influenciar tantos outros seres, encarnados e desencarnados, que, conscientemente ou não, nutrir-se-ão das mesmas emanações, num fenômeno natural de afinização.

Lembremo-nos, finalmente, que a tão falada reforma íntima, que se traduz por constante renovação de atitudes, inicia-se, incontestavelmente, pela reformulação lenta e gradual de nossa vida mental.


José Marcelo Gonçalves Coelho

Fonte: O Mensageiro

Nenhum comentário:

^