O Príncipe e a Luz
Um dia um pequeno príncipe de um principado distante e humilde, acendeu uma pequena lamparina e saiu a caminhar pelas ruelas do lugar.
Algumas pessoas não entendiam, pois era dia e não havia necessidade de luz, já que o sol brilhava a pino no céu azul; olhavam curiosas e comentavam:
-coitado, és louco!!, o príncipe é um desvairado...
Andava pelos becos, e aonde chegava acendia um pequenino lume e ofertava a quem bem o recebesse e seguia, caminhava...
enfrentava dias de chuva ou de intenso calor, subia, descia montanhas íngremes e em cada canto uma candeia deixava.
Alguns riam e apontavam, outros só olhavam, cochichavam; encontrava noutros a hostilidade e silencioso, paciente, prosseguia em sua jornada.
Assim, levou grande parte de sua vida, até que um dia, sentindo que a velhice se aproximava, escalou a montanha mais alta e em seu cume sentou, era tarde ainda, o céu sem nuvens estampava a beleza de um indescritível azul, ele sereno apreciou a beleza da paisagem, recolheu-se em uma pequena gruta e permitindo-se a um breve repouso, adormeceu...
Sem noção de quanto tempo assim levou, se horas, dias, ou meses, despertou...
era noite, o vento era forte e a escuridão era tão profunda que ao menos conseguia enxergar seu próprio corpo.
Assustado percebeu que a sua pequena lamparina havia se apagado, levantou e com dificuldade deu alguns passos até sair da gruta, o que pode ver naquele momento foi um espetáculo que para sempre iria ficar registrado em sua alma. Foi para ele o maior presente de toda sua vida perceber que lá de cima podia contemplar milhares de pequeninas luzes que brilhavam acesas na escuridão da noite e se multiplicavam, tal qual estrelas de raro esplendor.
Compreendeu então que era finda a sua missão, despojou-se de sua roupa já bastante desgastada e diante de seus olhos seu caminho foi iluminado por uma reluzente luz superior.
Carlos Pereira
*Ditado por Glauco.
Algumas pessoas não entendiam, pois era dia e não havia necessidade de luz, já que o sol brilhava a pino no céu azul; olhavam curiosas e comentavam:
-coitado, és louco!!, o príncipe é um desvairado...
Andava pelos becos, e aonde chegava acendia um pequenino lume e ofertava a quem bem o recebesse e seguia, caminhava...
enfrentava dias de chuva ou de intenso calor, subia, descia montanhas íngremes e em cada canto uma candeia deixava.
Alguns riam e apontavam, outros só olhavam, cochichavam; encontrava noutros a hostilidade e silencioso, paciente, prosseguia em sua jornada.
Assim, levou grande parte de sua vida, até que um dia, sentindo que a velhice se aproximava, escalou a montanha mais alta e em seu cume sentou, era tarde ainda, o céu sem nuvens estampava a beleza de um indescritível azul, ele sereno apreciou a beleza da paisagem, recolheu-se em uma pequena gruta e permitindo-se a um breve repouso, adormeceu...
Sem noção de quanto tempo assim levou, se horas, dias, ou meses, despertou...
era noite, o vento era forte e a escuridão era tão profunda que ao menos conseguia enxergar seu próprio corpo.
Assustado percebeu que a sua pequena lamparina havia se apagado, levantou e com dificuldade deu alguns passos até sair da gruta, o que pode ver naquele momento foi um espetáculo que para sempre iria ficar registrado em sua alma. Foi para ele o maior presente de toda sua vida perceber que lá de cima podia contemplar milhares de pequeninas luzes que brilhavam acesas na escuridão da noite e se multiplicavam, tal qual estrelas de raro esplendor.
Compreendeu então que era finda a sua missão, despojou-se de sua roupa já bastante desgastada e diante de seus olhos seu caminho foi iluminado por uma reluzente luz superior.
Carlos Pereira
*Ditado por Glauco.
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